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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Na corda bamba!

O presidente da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, vive uma má fase profunda e apesar dos números, da organização, anda sobre corda bamba e balança no cargo! 

Os bastidores do apito deve estar fervendo com amigos e inimigos pondo à mesa suas cartas apostando pesado na permanência ou não de Corrêa na CONAF.

Mas se Sérgio Corrêa sair, quem entra? Assim como não temos nomes de reposição na arbitragem, também não temos nomes entre os dirigentes que possa mudar a realidade rapidamente. A crise não é por conta exclusivamente do dirigente e sim pela qualidade da mão de obra utilizada e uma coisa é certa, o problema tem se mostrado a algum tempo ser de gestão e por Sérgio ou por outro, caso haja uma mudança, algo de novo precisa ser feito e rapidamente!

Quem vive no meio, conhece um pouco dos bastidores, nota a decepção do chefe do apito, pois ele se vê cercado de incompetentes e sem opções para mudar rapidamente uma situação que só se agrava a ponto do presidente da entidade em que trabalha, José Maria Marin, vir a público demostrar sua insatisfação com a arbitragem.

Marin cobra uma melhora na arbitragem, mas quem cobra resultados da CBF?

Após a Copa do Mundo, o chefe do apito mudou seu discurso e apontou mudanças profundas para o futuro, mas elas têm sido tímidas e não tem passado de números em um papel frio e timbrado com a chancela da CBF.

Descontente com o quadro que tinha em mãos, recheado de árbitros acomodados e sem comando, Sérgio Corrêa apostou nas estreias de novos nomes, mas o problema é que esses "novos" já são velhos conhecidos do publico e infelizmente mais pelas lambanças do que por qualidades técnicas

As escalas falam por si e nesse sentido Sérgio Corrêa tem se mostrado meio perdido ultimamente, parece cachorro quando cai de mudança. Escalou um árbitro em duas partidas seguidas do mesmo time (Flamengo) e escalou Felipe Duarte Varejão (aquele mesmo que em 2012 mandou um dirigente do Paraná Clube se foder) para Corinthians e Chapecoense, ocorre que o capixaba apitou apenas três partidas esse ano, sendo uma pela série C e duas pela série D. No ano passado esse árbitro trabalhou também em apenas três partidas, uma da C, uma da D e uma da Copa do Brasil. Será que se tornou um fenômeno do apito da noite pro dia? Será que aprendeu apitar vendo de trás dos gols outros apitarem (trabalhou vinte vezes de adicional desde 2012). 

E se ele errar, de quem será a culpa?

A TV flagrou Varejão xingando o dirigente do Paraná

A falta de qualidades, de bons valores na arbitragem brasileira de norte a sul do país é algo preocupante. Em algum lugar do passado perdeu se o elo que fazia brotar árbitros com qualidades e personalidades para suportar os grande jogos. Hoje, o árbitro treina pela manhã, passa pelo psicólogo a tarde e apita os jogos a noite. É tanta informações, é tantos "pilares" e afazeres que esquece o principal, apitar as partidas. Em determinado lances ele não sabe se atende à comissão, a psicologia, ao adicional, ao quarto árbitro ou se segue seu instinto. 

As estreias para tentar sacudir e colocar sombras para aqueles que ficaram fora das escalas, de nada adiantou, pois os erros continuam e em números crescente, o que já era esperado, pois a falta de qualidades e as lambanças nas divisões inferiores do futebol brasileiro daqueles em quem ele apostou, já apontava o que se sucedeu.

Dois pesos e duas medidas

Diz o bom senso que um pai deve dispensar tratamento igual para todos seus filhos, tanto na hora de acariciar como na hora beliscar. Na arbitragem não deveria ser diferente, mas não é o que acontece e exemplos não faltam.

Francisco Carlos do Nascimento, de Alagoas, já cometeu inúmeros erros, esteve envolvido em tantos outros e não sai das escalas. Sandro Meira Ricci, o árbitro da Copa e de tantos subterfúgios nos bastidores, parece que se auto escala, apita quando e onde quer e muitos já dizem que trama para assumir o posto de Corrêa na CBF.

Se os amigos do rei tem vida longa e carta branca para errar, o mesmo não se pode dizer daqueles que por um motivo ou outro caem em desgraça. Quem se lembra da assistente Fernanda Colombo (foto ao lado) de Santa Catarina? Ela foi varrida pra debaixo do tapete. Fernanda cometeu o crime de marcar quatro impedimentos errados na partida São Paulo x CRB pela Copa do Brasil e um impedimento no clássico mineiro entre Atlético e Cruzeiro quando o jogador estava mais de três metros em condições de jogo. Sabe em quantas partidas da série A ela tinha trabalhado antes dessas duas partidas? Apenas uma, Corinthians 0x0 Internacional e sabe em quantas ela trabalhou depois dos erros? Cinco, quatro da série C e uma da D. Esses erros acumulados com a declaração que poderia posar nua no futuro, praticamente tiraram qualquer possibilidade da loira se firmar a nível nacional e poder assim ganhar os milhares de reais da Playboy.

Em off, pois ninguém tem a coragem de enfrentar o poderoso chefão, corre nos bastidores o boato que o chefe do apito brasileiro é uma pessoa vingativa, extremamente rancorosa e imune a opiniões alheias, fatos que pode acabar com a carreira de um árbitro por uma simples postagem em rede social (Facebook) e ao mesmo tempo dar vida longa no apito à árbitros com extensa ficha de erros na carreira. Os exemplos acima citados só reforçam esses boatos.

Criticas de Marin

Na ultima terça-feira (17), José Maria Marin, presidente da CBF, criticou a arbitragem, ele disse não estar satisfeito e cobrou uma melhora do diretor de arbitragem (Sérgio Corrêa). Marin lembrou ainda que a CBF tem feito o possível, mas que não esta satisfeito e vai procurar melhorar, custe o que custar.

Meias verdades dita pelo dirigente.

Não é verdade quando Marin diz que a CBF tem feito tudo o possível pela arbitragem. O que a entidade faz é tentar dar legitimidade aos campeonatos que organiza e para isso precisa que a arbitragem não cometa erros, principalmente os exagerados, aqueles que viram polêmicas todo dia após as rodadas.

Quer um exemplo que a CBF não liga para os árbitros e sim para os números? Vou dar um abaixo!

No ultimo domingo (15), jogaram Porto (PE) e Confiança (SE) em Caruaru, agreste pernambucano, pela 9ª rodada da série D do Campeonato Brasileiro. Durante a partida, Avelar Rodrigo da Silva, árbitro do confronto, sofreu uma queda após se chocar com um jogador do time sergipano e acabou sendo substituído pelo quarto árbitro, o pernambucano Diego Fernando Lima.

Avelar saindo de campo com o braço imobilizado

Ao ser examinado em um hospital local, foi diagnosticado que a clavícula havia sido quebrada. Mais o pior ainda estava por vir. Segundo informações de um membro da arbitragem da partida, foi feito um comunicado ainda no hospital à CBF relatando o ocorrido e se o árbitro poderia retornar a sua cidade, de avião, sendo que o deslocamento do trio tinha sido determinada por via terrestre, mesmo com os cerca de 850 quilômetros de distancia entre Fortaleza, cidade do árbitro, e Caruaru, local da partida.

Só lembrando: Segundo determinado pela própria CBF, escalas de arbitragem acima de 501 quilômetros, o transporte deve ser via aérea.

Como não receberam retorno do dirigente do apito, Avelar, com o braço imobilizado e acompanhado pelos demais membros do trio de arbitragem, enfrentou as dores ocasionadas pelo trajeto esburacado da volta calado para não ficar fora das escalas.

Como podemos ver nesse exemplo, a CBF não faz tudo pela arbitragem como disse seu presidente, pois ao mesmo tempo em que é capaz de presentear autoridades com relógios avaliados em R$ 60 mil reais como amplamente divulgado na imprensa, nega auxilio a um árbitro que se lesionou trabalhando pela entidade. Tudo isso para economizar nas passagens. É a velha politica do economizar tostões para gastar milhões!

Quem sabe no futuro, esse árbitro tenha coragem e procure seus direitos na justiça fazendo com que o economizado agora pela CBF, retorne em valores monetários capaz de diminuir um pouco seu sofrimento. Se não vai pelo amor, que vá então pela dor!

Frase: “Deu no jornal: economia vai bem o povo vai mal” (Carlos Seabra).