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sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

ÁRBITRO ESFAQUEADO PELO MARIDO É EXCLUÍDO DA FPF E PEDE AJUDA PARA SOBREVIVER

O árbitro Everton Araújo de Oliveira, 33 anos (26/09/1990), do quadro da Federação Paulista de Futebol, desde 2017, sofreu uma grave violência doméstica sendo esfaqueado pelo marido e ao pedir ajuda na FPF, foi excluído do quadro de maneira desumana e no mínimo preconceituosa.

Entenda

Durante uma discussão familiar, Everton foi atacado pelo seu marido, segundo Boletim de Ocorrências, usuário de entorpecentes, sendo ferido com golpes de estilete no peito e nas pernas como mostram as fotos do post. O agressor fugiu do local, mas se apresentou logo depois à polícia e responde pelo crime. Everton foi socorrido por policiais ao hospital mais próximo, levou vários pontos, fez BO – Boletim de Ocorrência - que o Blog teve acesso com exclusividade e pede ajuda, não só para se recuperar fisicamente das agressões, como para sobreviver, pois arbitragem é seu único meio de renda e sem trabalhar, não tem o que comer e nem como pagar as despesas básicas da casa.

Trechos do BO - Crédito: Divulgação

No BO registrado na Delegacia da Mulher online, no dia 22 de novembro, Everton relata que a relação já era abusiva a algum tempo e que piorou quando seu companheiro mudou de comportamento ao passar fazer uso de drogas. Disse também que já tinha feito BO anterior por movimentos sem autorização em sua conta bancaria.

“Infelizmente quase fui morto pelo meu ex-companheiro. Estávamos a um bom tempo juntos. Quase não tinha fim de semana por causa da federação. Um belo dia esqueci uma data especial, ele ficou revoltado e me atingiu com um estilete de costura no peito. Quando cai ele furou minha perna com outros seis cortes” – disse Everton ao Blog.

Imagens da agressão - Crédito: arquivo pessoal

As perfurações causaram serias lesões e a perca do movimento no pé que possivelmente só retornara com intervenção cirúrgica. 

“Não sei como, pois não tenho recursos e dependo das taxas dos jogos pra sobreviver, mas preciso fazer a cirurgia e talvez nem volte a movimentar o meu pé e isso significaria o fim do meu sonho e da minha carreira na arbitragem.” - Frisou o árbitro que acrescentou:

“Sofri os desgastes de casamento que todo árbitro sofre por não ter fim de semana para a família, treinar todos os dias e a ansiedade que bate se as coisas não estarem indo bem na federação. Me dediquei muito à Federação Paulista de Futebol, esqueci meu casamento e no fim fiquei sem os dois”.

Desde a agressão Everton não trabalha, vive sob medicamento para dores, ansiedade e depressão.  Sem as taxas dos jogos está sobrevivendo de ajuda dos amigos e de rifas online.

Se você puder ajudar assine a rifa nesse link: Clique aqui e assine rifa de ajuda ao árbitro Everton Araújo Oliveira ou faça uma doação no pix: CPF: 380.074.888-63

Exclusão da FPF

Como diz o ditado, uma desgraça nunca vem só. Ao procurar ajuda na Federação Paulista de Futebol, recebeu como resposta que a entidade não poderia fazer nada e acabou sendo excluído do quadro.

‘Pautados na análise de dados de quatro segmentos de desenvolvimento da arbitragem: técnico, físico, mental e social RENUNCIAMOS a sua inscrição para a temporada 2024’. Diz a carta de dispensa da FPF ao árbitro (veja abaixo).

FPF se recusando ajudar e excluindo árbitro do quadro - Credito: arquivo pessoal

“Já tinha pedido ajuda a FPF. Tive reunião com a Ana Paula, meus relatórios todos bons, mas ela só disse que dependia de mim e ninguém falava nada. Dediquei a vida toda a arbitragem e fui dispensado pela Federação Paulista de Futebol sem sequer uma palavra de conforto, mesmo falando que precisava de ajuda. A gente que é gay tem que fazer bem mais que os outros, não cometer erros e nem deslizes algum".

Everton demonstra sua profunda decepção com a entidade que defendeu com tanta dedicação e empenho e faz uma alerta aos árbitros.

"Espero que meu caso sirva de exemplo aos demais árbitros, que tenham consciência que são só números e que a FPF não esta nem aí para os problemas deles. É uma entidade que só visa o lucro e  o árbitro como uma maquina, como um outdoor para ganhar dinheiro com os patrocínios".

Mesmo no fundo do poço e sem esperanças, Everton busca uma por uma luz no fim do túnel para seguir a carreira. 

"Enfim, vida que segue e quem sabe, caso consiga a cirurgia e me reabilitar, alguém me aceite em alguma federação para que eu possa prosseguir com minha carreira fazendo o que amo que é arbitrar futebol” - encerrou o árbitro.


O Blog apurou que a cirurgia para correção nas lesões causadas pela agressão no pé do árbitro custa em torno de 7 mil reais em hospital particular. Seja solidário, ajude o árbitro e ser humano que sofreu uma bruta e covarde agressão pede sua ajuda.

Nota do Blog

Fica claro e evidente a atitude não só preconceituosa, mas desumana da Federação Paulista de Futebol para com este árbitro tendo em vista sua homossexualidade. Everton é um bom árbitro, tem experiência desde muito jovem atuando em partidas amadoras e da várzea. É um talento que se perde devido a problemas extra campo e que qualquer um pode passar e o Blog duvida que teria mesmo tratamento caso o ocorrido fosse com algum árbitro FIFA. 

Analisando currículo disponível de Everton no site da FPF, fica evidente a perseguição e a forçação de barra por parte da CEAF/SP para que o mesmo desistisse da carreira o escalando em funções até mesmo humilhante devido sua experiência e qualidade dentro das quatro linhas.

Everton Araújo, ao lado de Regildenia Moura, durante jogo pela FPF - Crédito: Arquivo pessoal

A Federação Paulista de Futebol, mesmo com seu presidente tentando provar o contrário, mesmo com o presidente dizendo que se preocupa com seu 'árbitro', é uma entidade opressora que não da importância devida ou demonstra qualquer valor com a arbitragem tendo em vista caso como este e o ocorrido durante a Covid-19 quando foi insensível ao ponto de negar qualquer tipo de ajuda ou doar um cesta básica sequer aos árbitros necessitados.

O duro é que este mesmo dirigente opressor e insensível, quer ser presidente da CBF e usufruir dos acordos publicitários nas camisas dos árbitros, que rende valores suficiente para pagar boas taxas, dar condições de trabalho e dignidade a categoria, mas que infelizmente, por culpa dos próprios árbitros, são utilizados para pagar alto salários a alguns e dar mordomias á muita gente sem merecimento ou capacidade técnica.

O Blog procurou Sergio Corrêa e Reinaldo Carneiro Bastos da FPF, que não responderam as mensagens até a publicação deste matéria. Blog não conseguiu contatar Patrício Loustau - Presidente da CEAF - e caso algum deles se pronuncie, este post será atualizado.


sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

A derrocada de Ednaldo, seu mentor e seus aspones

Ednaldo Rodrigues e Reinaldo Bastos - Crédito: Foto: Thais Magalhães/CBF

Quase dois anos após assumir a presidência da CBF - Confederação Brasileira de Futebol - traindo apoiadores e aliados, Ednaldo Rodrigues, foi meticulosamente apeado do poder e mesmo sentado em cima de um bilhão de reais nos cofres da entidade, faltou estratégia, apoio político e influencia no mundo jurídico para se manter no cargo.

Mas não é só Ednaldo que perde o cargo, muitos outros, lista que vai de aliados a aspones, também deverão ter portas fechadas na CBF. Um deles é o paulista Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol e, para muitos, mentor de Ednaldo e chefe-mor na CBF.

Outro que deverá sair e, literalmente com um pontapé na bunda, é o também paulista Wilson Luiz Seneme, chefe dos árbitros, e seus aspones, pois como a decisão judicial anulou todos os atos da CBF desde 2018, o contrato de quatro anos onde ganhava 80 mil reais mês, também se tornou nulo. Pelo que se sabe, no desespero de perder a boquinha, Seneme andou contatando presidentes de federações e de clubes pedindo apoio para manter Ednaldo na presidência da CBF. 

Seneme e seus aspones - Crédito: Rodrigo Ferreira/CBF

Já se tem até o nome para o lugar de Seneme, mas é mantido a sete chaves para não queimar o sucessor. Mas posso adiantar que trata-se de um ex árbitro aspirante FIFA, longe do foco atual, que recentemente teve uma segunda chance na vida e se confirmada sua indicação, será uma surpresa geral para todos.

Para mim também foi.

Outro grande perdedor e com prazo de validade prestes a vencer é a ABRAFUT - recém criada associação de árbitros a mando da CBF, com articulação de Seneme e os subservientes árbitros FIFAs. Pelo que se sabe e como proíbe o estatuto da FIFA, sendo respeitado em todos países filiados a maior entidade esportiva do mundo, árbitro atuante não pode ser dirigente sindical e todos nessas condições, terão que renunciar ao cargo caso queiram seguir na arbitragem.

Pelo perfil já se sabe como todos se portarão, pois todos eles têm escudo FIFA, mas não tem capacidade e nem caráter para defender uma posição, haja visto que até o presente momento a ABRAFUT covardemente não emitiu nenhum comunicado defendendo seu criador e agora ex-presidente da CBF, negando sua lealdade a Ednaldo como Pedro negou a Jesus.

Ednaldo, Seneme e os "escolhidos' da diretoria da abrafut - Crédito: Twitter

A pergunta que fica é: qual será o caminho a ser seguido pelos cerca de seiscentos árbitros afiliados a entidade sindical quando os novos dirigentes, da CBF e da Comissão de Arbitragem, assumirem seus postos?

Você tem duvidas? Eu não!😂😂😂 

Por fim, segundo informações de bastidores, se mantido cenário atual, a eleição deverá ocorrer no fim de janeiro, mais tardar até meados de fevereiro com três candidatos, Ednaldo Rodrigues, Gustavo Feijó e Luís Zveiter do STJD.

Não está descartado a união entre Feijó e Felipe onde o acordo tornará o jovem Zveiter no novo presidente da CBF.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Denúncias de uniformes falsificados e outras irregularidades agitam arbitragem baiana

Jailson Macedo Freitas - Crédito: CBF

A arbitragem baiana passa por um momento delicado e espelhada em seus dirigentes, surgem denúncias de todos os lados que vão de assédio moral, sexual e até mesmo falsificação de material esportivo. 

Segundo informações de fontes e, confirmada por Jailson Macedo Freitas, chefe da arbitragem baiana, os árbitros estariam utilizando uniformes falsificados pelos quais cada um paga a quantia de 60 reais. Segundo a informação, a Federação Bahiana de Futebol, há pelo menos três anos não estaria fornecendo uniformes da Topper, empresa com quem mantem contrato, aos árbitros do quadro estadual. 

Como para trabalhar nas competições oficiais da FBF é preciso usar uniformes da Topper, os árbitros tem que se virarem nos 30 pedindo emprestado, adquirir através de rifas ou comprar diretamente das mãos de Jailson Macedo Freitas, como provam os prints deste post onde Macedo negocia a venda aos árbitros, não só para federados, mas também para amadores e, segundo ele, desde que era árbitro de futebol.

“Eu tenho uma loja virtual. Não divulgo muito, mas vendo uniforme a muito tempo, desde quando apitava e ante de ser presidente da comissão. Eu consegui um fornecedor aqui e o material é como qualquer outro falsie encontrado em qualquer camelódromo do país" – admitiu Jailson ao Blog.

Árbitros em competição oficial com uniformes da Topper supostamente pirateados

Questionado se tinha conhecimento que praticava pirataria e falsidade ideológica, crimes puníveis com até cinco anos de detenção, Jailson respondeu que:

“A Federação trabalha com a Topper, mas deixou de entregar esses uniformes aos árbitros. Esses profissionais estavam fazendo uma miscelânea muito grande indo atuar com varias marcas e até mesmo com uniformes com outras propagandas que não as oficiais. Ai eu comecei a vender o uniforme para eles com a marca Topper para não destoar e eu sou honesto em admitir que não é original.” – admitiu o dirigente.

Segundo informações, na última pré-temporada, o árbitro CBF Marielson Alves Silva pediu a palavra e falou sobre os problemas que vinham ocorrendo por conta dos árbitros não estarem recebendo os uniformes desde 2020. Depois de se posicionar, Marielson teve uma forte decaída nas escalas, tanto a nível estadual, como nacional e todos o apontam como a bola da vez a ser escanteado (deixado de lado) na FBF.

Segundo ainda as informações, a venda do material pirateado e as demais denúncias seriam de conhecimento de Ricardo Lima, Presidente da Federação Bahiana de Futebol, concunhado, braço direito e principal apoiador de Ednaldo Rodrigues na CBF. A fonte não descarta a possibilidade de o lucro estar, possivelmente, sendo repartido entre os dirigentes da arbitragem e da FBF.

Jailson Macedo Freitas assumiu a comissão de arbitragem da FBF em fevereiro de 2019. Cinco anos se passaram e nenhum árbitro foi revelado a nível nacional. A exceção é o assistente Luanderson Lima que foi uma imposição de Ednaldo Rodrigues para herdar escudo de Alessandro Matos, se tornando escandalosamente, sem entrar no quesito técnico e sim pela meritocracia, árbitro CBF e FIFA no mesmo ano.

Outras denuncias

Segundo ainda as informações, pairam sobre Jailson também a suspeita que o mesmo estaria mantendo relações intimas com uma assistente recém formada e promovida precocemente ao quadro nacional por conta desta suposta relação que seria de conhecimento de toda arbitragem baiana. Segundo ainda essas informações de bastidores, fato semelhante já teria ocorrido pouco tempo atrás com uma outra assistente CBF que teria deixado a arbitragem e indo literalmente se esconder no interior, por conta do suposto e insistente assédio que não cessava, mesmo com a assistente em outra relação.

O Blog falou com Jailson Freitas que, com exceção da venda do uniforme pirateado, negou todas as demais acusações dizendo ser de pessoas que, por algum motivo foram retirados do quadro, fazem denúncias sem qualquer fundamento.

O Blog tentou entrar em contato com a Topper, mas não obteve sucesso até o fechamento deste post. O Blog não conseguiu contatar Ricardo Lima, Presidente da FBF. 

O espaço esta aberto para os citados na matéria e este post será atualizado caso alguém se manifeste.

O Blog tem relatos de árbitros confirmando as denúncias.


terça-feira, 19 de setembro de 2023

CBF perde ação para ex-membro da comissão de arbitragem demitido por Seneme 

Almir Alves Mello e Wilson Seneme - Crédito: Marçal

Em abril de 2022, a CBF – Confederação Brasileira de Futebol – a pedido de Wilson Luiz Seneme, demitiu dez membros da Comissão Nacional de Arbitragem sob seu recente comando. Entre eles, um dos nomes mais antigos da estrutura, Sérgio Corrêa, então responsável pelo VAR e a mais de 17 anos à serviço da entidade. Na ocasião também foram dispensados Manoel Serapião, Coronel Marinho, Cláudio Cerdeira, José Mocellin, Nilson Monção, José Roberto Wright, Almir Alves de Mello, Marta Magalhães e Érika Krauss.

As demissões foram anunciadas diretamente pelo recém-empossado presidente da CA-CBF, Wilson Seneme, durante reunião telepresencial.

Boa parte deles entraram na justiça pedindo vínculo empregatício e indenização pelos serviços prestados. E a primeira decisão proferida foi parcialmente favorável a Almir Alves de Mello que era o responsável por cortes de vídeo do VAR.

Almir, ao lado de Daronco, durante trabalho pela CBF

A ação trabalhista - 0100532-58.2022.5.01.0001 - foi julgada em primeira instancia na 1ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. No ultimo dia 12, a Juíza Adriana Malheiro Rocha de Lima, julgou procedente em partes os pedidos formulados pelo advogados Tulio Claudio Ideses representando Almir Alves de Mello, condenando Confederação Brasileira de Futebol - CBF ao pagamento de valores ainda a serem calculados e fazer constar o vínculo empregatício e todos seus benefícios em carteira profissional de trabalho.

O pedido inicial foi de pouco mais de 766 mil reais.

Advogados da CBF tentaram impedir o testemunho do CEL. Ricardo Mauricio Ferreira de Almeida, que também trabalhou na CA-CBF e que também está processando a entidade, mas a juíza negou o pedido. Cláudio Vinícius Cerdeira também depôs em favor de Almir substituindo Nilson Monção que não compareceu à audiência.

Já Alicio Pena Júnior foi a testemunha de defesa e Gustavo Oliveira Galvão o advogado da CBF.

Segundo trecho da sentença, que o Blog teve acesso consultando o TRT/RJ, Almir ingressou na CBF em 01/08/2016, na função de analista de desempenho de arbitragem e foi demitido por Wilson Seneme, sem justa causa, em 25/04/2022 através de uma reunião telepresencial.

Almir Alves Mello em jogos da CBF

Em seu depoimento, Almir afirmou que cumpria expediente diário no escritório da comissão de arbitragem da CBF, além de laborar aos finais de semana acompanhando presencialmente partidas oficiais de futebol, conforme escala previamente organizada pela CBF.

Segundo o documento, seu salário era de R$13.000,00 mensais.

Por sua vez, a CBF afirmou que Almir exerceu a função de Analista de Desempenho, mas sem possibilidade de qualquer ingerência da CBF; que o reclamante NUNCA esteve subordinado, a qualquer preposto da CBF. Não tinha horário prefixado, jamais teve jornada fiscalizada ou registrada, não estava suscetível a aplicação de penalidades e gozava de total autonomia em relação à sua rotina de trabalho.

Pelo exposto, a 1ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, no mérito, julgou procedentes em parte, os pedidos formulados pela defesa de Almir Alves de Mello, condenando Confederação Brasileira de Futebol - CBF ao pagamento de indenização e o reconhecimento do vinculo empregatício.

Almir na Cabine do VAR/CBF

Segundo a decisão da magistrada, em razão do reconhecimento do vínculo de emprego, são devidas as seguintes parcelas ao autor:

- aviso prévio de 45 dias; 

- férias em dobro dos períodos 2016/2017, 2017/2018, 2018/2019 e 2019/2020, todas + 1/3 (deduzidos os valores pagos, como abaixo se especificará);

- férias proporcionais 2021/2022 (10/12 – projetado ao AP indenizado) + 1/3; décimo terceiro salário 2022 proporcional (5/12); 

- FGTS (8%) de todo o período imprescrito; indenização de 40% do FGTS; multa do art. 477 da CLT.

A base de cálculo é o salário de R$13.000,00.

Após o trânsito em julgado, a reclamada deverá ser intimada a anotar a CTPS do autor com as informações acima, observando a projeção do aviso prévio indenizado de 45 dias até 09/06/2022 sob pena de multa fixa de R$5.000,00 a ser revertida ao autor.

Do julgamento ainda cabe recursos.

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Assembleia do SAFESP aprova contas da gestão Aurélio Sant’Anna

Assembleia Safesp - Crédito: Marçal

No final da tarde da última quarta-feira (13) foi realizada a primeira assembleia para prestação de contas do SAFESP – Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo -. Ao todo, 13 associados, em dia, segundo decidido nas duas assembleias anteriores, aprovaram por unanimidade as contas de 2020, 2021, 2022 e parte de 2023.

Antes do início da assembleia, em conversa pacifica, informal e fora da pauta, algumas informações foram passadas e discutidas pelos presentes. Como dito, foram conversas em off e aqui não vai nenhuma acusação para ninguém, até mesmo que, por enquanto não se tem os elementos para provar, coisa que uma auditoria resolveria facilmente. Aliás, Aurélio deixou claro que sua grande frustração foi não realizar a auditoria que foi promessa de campanha, mas não foi realizada devido ao alto custo, cerca de 10 mil reais.

O que foi dito:

- Aurélio falou sobre as dificuldades do sindicato se manter. Relatou que minutos após a posse, recebeu um enviado da Federação Paulista de Futebol, portando um distrato cancelando o acordo que havia entre as entidades onde a FPF repassava os valores das arbitragens de suas competições e o sindicato realizava os pagamentos aos árbitros. Através desses pagamentos, onde se realizava os descontos das contribuições, a entidade obtinha recursos para seu funcionamento.

Crédito: Marçal

- Segundo relatado, outros profissionais como motoristas, fiscais, assessores, delegados e até palestrantes em eventos de arbitragens da FPF recebiam através do sindicato que chegou a movimentar mais de 4 milhões anuais em repasses. 

- A ideia inicial era oferecer benefícios para o associado para este fazer parte do sindicato e para isso antes da pandemia já tinha realizado parceria com estacionamento para facilitar os árbitros que se deslocam até a Federação para as viagens e devido à dificuldade de vagas na região. O sindicato também estava em tratativas para alugar uma casa de três quartos onde adaptaria para receber árbitros do interior que viessem trabalhar em São Paulo para não terem despesas com hotel. O projeto não foi a frente por falta de verba e ao pedir ajuda ao presidente da FPF recebeu um sonoro não como resposta.

- “Infelizmente o árbitro profissional não quer pagar sindicato. Quando nós assumimos isso aqui (sindicato), as meninas que trabalhavam antes aqui falavam isso pra gente: se vocês acham que o árbitro vai pagar, vocês são muito inocentes” –  frisou Aurélio.

- Segundo informado, o Safesp tem uma dívida tributária de cerca de 400 mil reais  devido a fiscalização do governo encontrar retiradas do caixa na antiga administração de três mil e até dez mil reais mensais sem a devida comprovação, o que levou a perda de isenção e multas sobre valores devidos gerando essa dívida enorme.

Segundo os bastidores, essas retiradas teriam sido feitas por um ex dirigente da entidade. 

- Segundo informado, as três funcionárias custavam algo em torno de 15 mil reais mês, mas ticket alimentação, seguro de vida e saúde entre outros benefícios. No desligamento de duas dessas funcionárias, a outra já tinha acertado, foi feito acordo de 36 meses onde o sindicato paga até abril do próximo ano, algo em torno de mil reais mês para as duas.

- O estacionamento está alugado, de forma verbal, uma vaga para uma clinica ao lado ao custo de 300 reais mês com o compromisso de cessar a locação quando as atividades voltarem ao normal.

Por fim e no horário estabelecido da segunda chamada, foi explanado de forma transparente toda situação da entidade nessa gestão com balanço financeiro bancário, devidos comprovantes, parecer do conselho fiscal devidamente a disposição dos associados presentes que puderam notar que o SAFESP tem hoje em caixa, algo em torno de 50 mil reais. No balancete consta os valores de entrada dos campeonatos administrados atualmente pelo sindicato, principalmente OAB e as devidas saídas para pagamento dos árbitros.

Tudo isso eu, e os demais presentes, vimos com nossos próprios olhos de forma transparente e com as devidas explicações em caso de dúvidas.

Considerações finais.

Sou um critico da forma como essa gestão administra o sindicato. Foram e são muito criticados por culpa deles mesmos ao não entenderem o oficio da profissão e se negarem a darem explicações e rebaterem críticas, as vezes injustas, que atingem não só a eles, mas a entidade Safesp que eles representam. Ninguém pediu ou obrigou que eles fossem dirigentes, mas a partir do momento que aceitaram, tem que agir conforme interesses do sindicato e não pessoal.

Mesmo ainda achando que o estatuto não está sendo respeitado, mas não sou dono da verdade, respeito as interpretações diferentes e a justiça que decida, saio feliz dessa assembleia, pois também luto por uma recuperação da entidade e as vezes temos que dar passos atras para no futuro seguir em frente.

Vou seguir apoiando, criticando quando necessário e a disposição para ajudar essa entidade que sou associado desde 1992.

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Presidente do SAFESP mente ao Ministério Público do Trabalho!

Buscando o arquivamento pelo MPT da denúncia feita pelo associado Douglas Roberto Maffei D´Andréa contra as supostas irregularidades praticadas nas Assembleias realizadas este ano pela atual Diretoria do Safesp, com o objetivo de alterar o quadro associativo visando o pleito eleitoral e a total omissão nas prestações de contas, o presidente Aurélio Sant´Anna Martins, mentiu, em sua peça de defesa, obtida com exclusividade pelo Blog, ao Ministério Público do Trabalho de São Paulo.

O Blog teve acesso, com exclusividade, da documentação do processo e vai pontuar o que disse o ex-árbitro a justiça e o que realmente aconteceu.

Aurélio declarou nos autos do Inquérito Civil nº 00206.2023.02.000/4 que:

Em 10/07/2023 o Sindicato denunciado peticionou nos autos negando as irregularidades denunciadas, afirmou em síntese, que o Sindicato foi gravemente afetado pela pandemia COVID no ano de 2020 o que acarretou o seu fechamento e que até o início deste ano (2023) não existiam associados aptos para deliberar sobre qualquer assunto do sindicato. Dessa forma, em um tentativa de reativar o sindicato, no início deste ano, a atual diretoria deliberou, ouvindo as pessoas presentes, na melhor forma de readmitir os árbitros aposentados, bem como diminuir os valores das anuidades e taxas as árbitros da ativa, enfatizando que o que foi deliberado não necessitariam de assembleias, pois se tratava de prerrogativa da diretoria atual, "mas se preferiu marcar as assembleias e ouvir aqueles, inclusive que não tinham direito a voto, para se buscar o que a maioria aprovariam.

Em suas considerações ao MPT, Aurélio ainda diz que o Sindicato permaneceu fechado sem atividades, portanto sem receitas, acumulando despesas, o que também é mentira, pois o Sindicato mesmo de forma remota escalou árbitros para amistosos e campeonatos, dentre os quais RB Brasil, OAB e outros, além de ter recebido anuidades de associados, o que por si só, segundo a atual legislação e o Estatuto do Sindicato, determina a Assembleia Ordinária de Prestação de Contas, o que essa administração não fez de nenhum ano, nem mesmo do último ano da administração Arthur Alves Junior/Leonardo Pedalini.

Em outubro de 2022, o Sindicato realizou Assembleia Extraordinária, presidida pelo próprio Aurélio, onde ratificou o apoio paulista à fundação da FENAF - Federação Nacional dos Árbitros de Futebol, com os associados aptos a votar à época, inclusive com publicação em Diário Oficial do Estado de São Paulo e a regularização financeira de alguns associados que desejaram participar desse momento da arbitragem paulista e brasileira.

Outro fato que chama a atenção na defesa do Sindicato é o trecho que diz:

"O denunciante, (Douglas Roberto Maffei D´Andréa) era membro da administração anterior e mencionou irregularidades praticadas pela antiga administração".

Douglas e Aurélio durante posse do instrutor no Safesp - Crédito: Marçal

Mentiu de novo o presidente. Aurélio nomeou o denunciante, em evento que este Blog cobriu, como Secretário da Escola de Árbitros Armando Marques em seu mandato e o permitiu ser instrutor coordenador em alguns cursos da entidade, sendo que o denunciante pediu seu desligamento por motivos pessoais (veja abaixo), o que se isso não acontecesse, poderia estar até hoje prestando serviços ao Sindicato Paulista. 

Também ataca a administração anterior disseminando irregularidades e mais irregularidades, mas sem nada de concreto pra provar o que fala, inclusive podendo ser responsabilizado conjuntamente com sua diretoria pelo teor de suas declarações.

Face a manifestação do MPT de que, se necessário for, deverá ser buscado a litigância por meio de inquérito civil e que a prática de improbidade administrativa e financeira, bem como suas controvérsias e desdobramentos devem ser levados para a esfera judicial, locus adequado para serem dirimidas.

O MPT arquivou o processo dando o prazo de 10 dias para que o denunciante se manifeste nos autos.

Em contato com o Douglas D´Andréa o mesmo disse que estudará junto com advogados o que decidirá fazer sobre a sequência ou não da ação, mas que ficou perplexo com o conteúdo do que leu nos autos e que, se não fosse sigilo essa parte do processo, os árbitros paulistas teriam vergonha.

Veja abaixo na integra os documentos que o Blog teve acesso.





terça-feira, 29 de agosto de 2023

CBF desvaloriza Brasileiro ao dar um título ao Galo por mini-torneio

Por: Rodrigo Mattos - Colunista do UOL

O time do Botafogo já jogou 20 vezes no Brasileiro para acumular 11 pontos na liderança. Ainda está longe de garantir o título pois tem quase um turno inteiro para correr para garantir a taça. Seus adversários serão os maiores times do Brasil e a caminhada será árdua por 38 rodadas.

Agora imaginem um jogador alvinegro que acorda de manhã e lê no noticiário que a CBF reconheceu um título brasileiro do Atlético-MG em um mini-torneio de seis jogos, com o nome de Torneio dos Campeões, disputado com o Rio Branco, de Vitória, Portuguesa, de SP, e Fluminense, em 1937. Uma taça ganha em dois meses.

E esse pensamento vale para todos os jogadores que disputaram de forma dura o Brasileiro pelos últimos 53 anos desde 1971. Times que enfrentaram campeonatos de fato, longos, contra os principais times do Brasil, para se sagrarem campeões. No final, seus esforços foram igualados a meia dúzia de partidas de um min-torneio de verão esquecido.

"Ah, mas a realidade era diferente na década de 30" De fato, era. Não havia a possibilidade de um campeonato nacional, o que levava a disputa de min-torneios sem representatividade nacional de fato, alguns de seleções, outros de times, organizados por federações - não havia CBF, nem CBD na época.

O dossiê feito pelo Atlético-MG - como mostra uma extensa matéria do "Globo Esporte" - conta a história de um min-torneio que tem o confronto entre os campeões estaduais de quatro Estados, Rio, São Paulo, Minas e Espírito Santo.

Não há nenhuma representatividade de times do Sul, do Nordeste, do Centro-Oeste ou do Norte. A divisão regional do país era diferente, mas não havia equipe nenhuma de Estados dessas regiões. Não era sequer um mini-torneio de âmbito nacional.

O que havia, sim, eram equipes irrelevantes para o futebol sob qualquer perspectiva como a Liga da Marinha e a Aliança Campista. Disputaram uma fase preliminar. Quase que a Liga da Marinha emplaca um título "Brasileiro" não fosse eliminada pelo Rio Branco na prévia.

O Atlético-MG ganhou com jogos de ida e volta um quadrangular, inclusive tomando uma goleada de 6x0 do Fluminense no Rio. Na partida de volta, o Fluminense abandonou o jogo aos 18min do segundo tempo quando o Galo vencia por 4x1. Ao final, foi campeão com 9 pontos.

No seu dossiê, também segundo a matéria do "Globo Esporte", o Galo alega isonomia em relação ao reconhecimento das Taças Brasil e do Roberto Gomes Pedrosa. Bem, o reconhecimento da Taças Brasil como Brasileiro já foi sem nenhuma base técnica, baseado também em dossiê do Santos.

Eram campeonatos que, em certas edições, os times jogavam quatro vezes e eram campeões. Estavam classificados por serem campeões estaduais. Seu paralelo é com a Copa do Brasil, que foi criada para revive-la aliás. São torneios relevantes na sua época, nunca foram o Brasileiro, nem de perto se assemelham a ele.

O Roberto Gomes Pedrosa, sim, há uma discussão porque era uma competição mais nacional, com mais jogos disputados. E foi a base para a formação do que se convencionou chamar de Brasileiro. Ainda assim, era um campeonato proporção menor do que se instalou em 1971. Não deveriam ser reconhecidos também na modesta opinião desta blog diante dos fatos históricos. Porém, é uma posição bem defensável de quem os quer incluir no rol de Nacionais.

Na realidade, Ricardo Teixeira, em 2010, deu uma canetada e reconheceu esses títulos por mera política. Havia uma disputa em curso no Clube dos 13, primeiro por eleição, depois por poder na entidade. E a CBF queria atrair clubes para o seu grupo, que tinha Kléber Leite à frente, contra Fábio Koff. Ao distribuir títulos, agradava vários clubes e os trazia para seu lado. O C13, no qual Koff ganhou a eleição, acabou implodido pelas manobras da CBF e de seus clubes aliados.

Pois essa decisão é tomada como referência para dar o novo título ao Galo.

A CBF atual afirmou que foi uma decisão baseada em pareceres dos departamentos de competições e jurídicos. Bem, Ricardo Teixeira alegou também que foi uma decisão técnica.

No final das contas, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, repetiu Teixeira ao reconhecer como um título Brasileiro um mini-torneio de poucos jogos, e, neste caso, com parte dos adversários irrelevantes. A base é um monte de matéria de jornais que chamava o Atlético-MG de campeão brasileiro.

Se houver um mínimo de coerência da CBF, o Paulistano e o Bangu também devem ser reconhecidos como campeões brasileiros, já que ganharam o mesmíssimo Torneio dos Campeões, em 1920 e 1967. É possível até cogitar pagar com atraso as cotas de premiação para a Liga da Marinha pelo seu 5o lugar no Brasileiro.

Difícil é explicar para os jogadores dos times que correm por 38 rodadas para levantar a taça porque eles deveriam levar o Brasileiro a sério.

Documento que oficializa o título brasileiro do Atlético-MG de 1937 — Foto: Reprodução

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Discussão com Seneme gera paralisia facial em árbitro FIFA

A convivência entre o árbitro paranaense Heber Roberto Lopes, hoje atuando por Santa Catarina, e Wilson Luiz Seneme, presidente da comissão de arbitragem da CBF, que nunca foi boa, desde os tempos que ambos pertenciam ao quadro da FIFA, piorou com Seneme presidindo o comitê de arbitragem da Conmebol e azedou de vez quando este foi contratado pela CBF.

Segundo pessoas próximas aos dois, na época em que ambos eram árbitros do quadro FIFA, Seneme reclamava em off da preferência dada ao paranaense pelas comissões de arbitragem, o que muitos na época entendiam como ciúmes, tendo em vista que Heber, além de ter mais qualidades técnicas dentro de campo, era hábil politicamente e um gentleman quando precisava enquanto Seneme, além de ser acanhado, de difícil convivência, mal sabia falar com as pessoas.

Como já demonstrou em várias situações, Seneme é um homem rancoroso e vingativo e ao assumir a CA/CBF, vem aproveitando a oportunidade de uma macabra vingança contra seu algoz de outrora. A primeira alfinetada foi tirar Heber do apito, principalmente na Série A do Brasileiro onde é o recordista com 363 jogos, seis desses em 2021. A última partida de Heber na elite do brasileiro foi Cuiabá e Fortaleza, na 38ª rodada no dia 06/12/2021 com escala de Alicio Pena Júnior e a partir daí, com Seneme no comando, não atuou em mais nenhum jogo passando a ser escalado somente como VAR, o que gerou uma discussão acalorada como divulgado na época (veja).

A relação voltou a ficar tensa no final de maio, após a partida Sport e Botafogo/SP pela sétima rodada da Série B do brasileiro. Na ocasião, o árbitro carioca Bruno Mota Correia, foi orientado pelo VAR a revisar um lance de possível pênalti para o time paulista. Heber viu movimento antinatural do defensor em bola na mão na área, mas o árbitro manteve a decisão de campo e não marcou o pênalti (veja abaixo).

O lance é polêmico, eu marcaria, pois tem pênaltis sendo marcado nessa mesma situação em diversos jogos, mas Seneme entendeu como interferência desnecessária e disse que Heber queria apitar o jogo, que estava queimando o jovem que a comissão estava trabalhando, o que causou mais uma discussão acalorada entre os dois e o alto estresse do embate teria trazido problemas ao profissional do apito.

Segundo informações, logo depois Heber teria sofrido princípio de paralisia facial, se recuperando logo depois. Mas, desde a discussão, o carequinha bom de apito e de VAR não foi mais escalado por Seneme.

Wilson Seneme e Péricles Bassols - Crédito: CBF

Um membro da CA/CBF reafirmou em off, que todos estão proibidos de falar com o Blog. Disse também que eles, que tem familiares que dependem deles, não concordam com certas atitudes de Seneme, mas tem medo das consequências se ao menos ousarem questionar qualquer decisão do ditador do apito.  Segundo esse membro, em reuniões interna, Seneme em tom de deboche e sempre direcionando olhar para Péricles Bassols, a quem desconfia tramar pelas suas costas, diz saber da rejeição que causa no grupo, mas que se alguém quiser se habilitar a resolver, basta pagar o restante do contrato que ele tem com a CBF, que ele vai curtir sua aposentadoria tranquilamente.

É a política Seneme de “se não vai no amor, vai na dor” aterrorizando membros da comissão de arbitragem da CBF e a arbitragem brasileira 😉.

Não consegui contato com Heber Roberto Lopes. Seneme e nenhum outro membro da CA/CBF fala oficialmente com o Blog. O espaço esta aberto para quem foi citado e este post será atualizado caso isso ocorra.

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Perseguição á árbitros goianos e xingamentos de Felipe Melo causam racha na ABRAFUT

Diretoria e fundadores da ABRAFUT - Crédito: Divulgação

E a ABRAFUT hein! Pouco mais de três meses após sua fundação, por árbitros da elite do futebol brasileiro, sob as benções da CBF, a entidade que foi criada para que árbitros não apanhasse calados, enfrenta sua primeira briga interna e, além do racha na diretoria, vê aumentar a insatisfação dos associados pela falta de atitudes e providencias na defesa da categoria.

Os recentes episódios da perseguição em cima da arbitragem goiana por parte da CBF, que não escala nenhum profissional de Goiás desde a critica da Federação Goiana de Futebol em cima de Seneme e arbitragem brasileira após confronto entre Cruzeiro e Goiás e os xingamentos, no ultimo domingo, de Felipe Melo, após partida entre Grêmio e Fluminense, foi o gatilho do levante de alguns e da insatisfação de boa parte dos profissionais do apito.

Segundo informações, Marcelo Carvalho Van Gasse e Felipe Correa, presidente e diretor financeiro da ABRAFUT, já não falam a mesma língua e divergiram sob quais medidas deveriam ter sido tomadas nos episódios relatados acima. Segundo os bastidores, já no apagar da carreira, Marcelo Van Gasse foi totalmente contra um posicionamento da entidade contra a CBF no caso dos árbitros goianos, o que teria irritado o Palmito, apelido de Correa, que era favorável um posicionamento firme da entidade em favor dos árbitros.

Em uma rápida e acalorada discussão, Felipe Correa teria dito a Van Gasse que além de estar sendo subserviente à comissão de arbitragem trocando sua dignidade por escalas ao não defender a categoria, a ABRAFUT não vem atendendo os propósitos pela qual foi criada ao tomar medidas contra jogador e se omitir sobre a tirania da CBF.

Diretoria da ABRAFUT. Em destaque goianos sem escala desde 25 de julho

O clima na diretoria não é bom e muitos deles, principalmente os dois goianos (Wilton Sampaio e Bruno Pires), que estão sentindo na pele e no bolso o peso da tirania de Seneme, já demonstram arrependimentos por terem aceitados fazerem parte da criação de uma entidade chapa branca para servir unicamente aos propósitos da CBF.  

Desde que a ABRAFUT foi criada, este Blog alertou que era uma entidade chapa branca, criada por árbitros da elite, todos eles subservientes a CBF e que nada fariam na defesa da categoria quando os interesses desta estivessem presentes.

O silêncio no caso de perseguição absurda a arbitragem goiana assim como os inúmeros árbitros punidos, muitos deles publicamente, são indícios mais que suficientes para provar os propósitos nada sindical da nova entidade e de seus dirigentes. 

O Blog não conseguiu contatar nenhum dos árbitros-dirigentes citados para falarem sobre o assunto. Este post será atualizado caso algum deles se pronunciem.