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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Alguém tem visto árbitro paraibano apitando nas diversas divisões do futebol brasileiro? não né! Pois é, o estado está fora do mapa da arbitragem brasileira, só Pablo Alves, o cigano do apito, tem saído em algumas escalas e muito pouco é verdade, mas algumas mas linguás dizem que só é escalado por ser filho de Paulo Jorge Alves, membro da CA-CBF. No resto ninguém trabalha, entretanto, este post tentara elucidar o porquê e irá revelar o que levou a arbitragem Paraibana ao descrédito atual.
Má fama!
Não é de hoje que os árbitros paraibanos tem má fama, fama que levou aos outros estados não querer mais os apitadores de lá, o que já é uma dificuldade. Fora esta fama, a vitória de Amadeu Rodrigues nas eleições da Federação paraibana de futebol, fez de Rosilene Gomes uma eminencia parda, levando ao cargo de presidente da comissão José Renato Albuquerque, figura controversa e de passado duvidoso segundo comentários de bastidores. Com isso levou a bancarrota toda e qualquer possibilidade de alguém trabalhar a nível nacional, pois a CBF confiava no trabalho de Miguel Félix, já em Zé Renato, os calafrios não deixam soltar as escalas, vide que em passado não muito distante, não sou eu que estou falando, pois basta consultar os arquivos de jornais, a Paraíba esteve envolvida em diversas suspeitas de manipulação de resultados.

Uma guerra entre os apitadores paraibanos também dificulta, João Bosco Sátiro e Renan Roberto vivem trocando farpas, inclusive com ameaças pelo whatsapp como comprova vários áudios enviados a redação do Apitonacional.

A presença de Pablo Alves no quadro é desconfortável, chamado por alguns de presente de grego deixado pela administração Miguel Felix.


Vou tentar montar esse quebra cabeça e peço a ajuda dos universitários para me corrigirem se errado estiver. Então vou por partes porque o problema é grande e muito grave!

José Renato e o descrédito da Paraíba na CBF
Além de ter um quadro limitado, o fato de José Renato (foto abaixo) estar na presidência da CEAF-PB dificulta a saída dos árbitros locais nas diversas séries do campeonato brasileiro. Tudo pela falta de confiança que a CA-CBF  tem no comandante local. Como a tropa é o espelho do comandante, quem confia?


Outra! José Renato tem muita amizade com alguns árbitros, o mais próximo dele era João Bosco Sátiro, digo era porque segundo informações, hoje a amizade anda abalada. Este mesmo árbitro (JBS) teria sido reprovado em duas provas físicas e teóricas e o presidente foi se preocupar com um novo teste físico para supostamente beneficiar o mesmo em vez de brigar por escalas para o grupo. Ledo engano de todos, José Renato não briga por escalas porque sabe que será em vão, será rechaçado pela CA-CBF.

Ameaças do João Bosco
Após uma discussão sem sentido no grupo de whastapp da CEAF-PB, João Bosco que mandava áudios supostamente alcoolizado, foi excluído do grupo. De forma intempestiva soltou o verbo no grupo do sindicato local (áudios em poder do Blog). Nos áudios, o mesmo faz ameaças à comissão de arbitragem dizendo que não poderia dizer o que sabia por ser muito grave e que pediria uma CPI do apito. Também atacou Renan Roberto, Antônio Umbelino e fez ameaças de morte conforme comprova os áudios em poder do Blog.
João Bosco
De que e de quem João Bosco falava nos áudios? Por que a comissão de arbitragem tem medo dele? Aliás, João Bosco é outra figura controversa, além de não passar nos testes físicos e provas teóricas, o mesmo supostamente teria sido alvo de investigação na corregedoria de arbitragem da CBF na partida Paraná x Boa Esporte, disputada em 2011. O mesmo tem trocado farpas com Renan Roberto para assumir uma "liderança" local, o que causou um racha no grupo que já não era muito unido.
Renan Roberto muda de opinião
Quando Miguel Félix era presidente da CEAF-PB, Renan Roberto (foto abaixo) era maior crítico da suposta banda podre posando de bom samaritano. Segundo informações, Renan mandava recados ao ex-presidente criticando os que seriam as laranjas podres do cesto, no caso, José Renato, Griselildo Souza e João Bosco Sátiro.
Agora com José Renato no poder, Renan passou a ser seu melhor amigo, tanto que o mesmo teria induzido a realização  das escalas da segunda divisão local. 
Esta aproximação desagradou João Bosco, que após a divulgação da escala da final foi a o grupo do sindicato e disparou áudios contra a comissão, inclusive dando a entender que não era a comissão que escalava, no caso Renan, já que até o amigo de Renan, Antônio Umbelino foi colocado casado na final com o próprio Renan. 
Alias, aqui cabe duas ressalvas, uma delas é as suspeitas que não faltaram sobre este sorteio. Outra ressalva é que Renan passou de promessa a esquecido pelo chefe da arbitragem da CBF.
Racha entre Amadeu Rodrigues e Rosilene Gomes
Todo mundo sabe que houve um racha entre o atual presidente e a ex-presidenta. Este racha quase fez José Renato sair da comissão de arbitragem, mas o mesmo foi aconselhado por Rosilene para ficar, pois seria ainda um foco de controle da mesma na atual gestão. Mas este racha entre o atual e a ex pode derrubar José Renato. Segundo apurado por este Blog, os clubes não o querem na presidência, basta ver que no quadrangular final o Botafogo quase pediu arbitragem de fora por suspeitar da escala de Roberto Lima na partida contra o Campinense.
Para quem não sabe, Roberto Lima (foto ao lado) é um árbitro de 52 anos, ele faz parte do quadro das “múmias da paraíba” sobre quem pairou suspeitas, eu disse “suspeitas”. 
Após o incêndio ser apagado na partida seguinte por João Bosco, na época amigo do presidente, inexplicavelmente Roberto Lima voltou a ser escalado no mesmo quadrangular deixando muitos CBFs de fora. Inclusive o cavalo de Tróia Pablo Alves entre outros.
Resumo
Fica a pergunta porque os principais árbitros da atualidade na Paraíba ficaram fora dos jogos decisivos do campeonato local. Vale lembrar que quando o Botafogo quis arbitragem de fora, João Bosco Sátiro liderou um movimento contra o próprio Botafogo e por uma coincidência o mesmo Bosco apita a partida seguinte, fato que causou estranheza, pois o árbitro supostamente não é bem quisto pela equipe reclamante.
Nacional de Patos e jogadores irregulares
Você acha que já viu tudo? Não! A segunda divisão da Paraíba esta sub judicie, o Nacional de patos entrou no STJD porque a federação deixou quase todas as equipes jogarem com jogadores irregulares, exceto o Nacional, Paraíba de Cajazeiras e o Semar. Se este processo der ganho de causa ao Nacional poderá levar a saída do presidente da Federação, Amadeu Rodrigues, em consequência deverá haver mudanças também na arbitragem.
2015 sem nada
Enquanto os outros estados investem em treinamentos, a Paraíba está parada. Segundo relatos de especialistas de arbitragem daquele estado, José Renato não entende de arbitragem e muito menos de treinamentos, com isso não houve trabalho na área, o quadro esta parado, só engordando. Também não se tem noticias de árbitros jovens promissores sendo preparados e o futuro se mostra negro.

Para finalizar este post e colocar mais uma pitada de pimenta no seu feijão, árbitros como Éder Caxias (foto acima) e Clizaldo Luiz Di Pace ficam longe da atualidade, totalmente fora das escalas, ficam navegando numa arbitragem do passado.
Esse post acabou, mas não o dossiê, pois ainda tem a historia dos áudios e dos uniformes de árbitros, talvez os que foram desviados tempos atrás, sendo vendidos na OLX pelo filho de um dirigente local. 
Como podemos ver, em se tratando de arbitragem, na Paraíba as coisas são complicadas. Muito complicadas!
Frase: "Essa crise pode não ser tão grande quanto à gente imagina, mas pode ser maior do que a gente imagina" (Lula).

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Ele esta voltando!

Possível volta de Alexandre Andrade a CA-DF causa revolta na arbitragem candanga
Alexandre Andrade

Centro da polêmica de 2012 que dividiu a arbitragem candanga, quando os árbitros deflagraram greve por conta da sua indicação supostamente feita por um dos clubes filiado à Federação Brasiliense de Futebol, Alexandre Andrade esta prestes a voltar para comandar a Comissão de Arbitragem do Distrito Federal (CADF). Cargo que ele ocupou de janeiro a outubro de 2012.

Segundo informações vindas do planalto central, Erivaldo Alves, atual presidente da conturbada Federação Brasiliense de Futebol, que substituiu o ex-presidente Jozafá Dantas, cassado no ultimo mês de agosto por decisão da maioria dos clubes filiados à FBF, estaria sendo pressionado pelo seu vice, Cléver Rafael, para substituir o atual presidente da CA-DF, Jeufran Almeida de Oliveira por Alexandre Andrade.

A pressão do vice seria supostamente por conta de que Alexandre Andrade, comissionado no Gabinete do Senador Jader Barbalho, teria intermediado emprego no Senado Federal para um filho do atual vice-presidente da FBF, que como forma de gratidão estaria agora supostamente forçando junto a presidência da FBF a volta de Andrade a chefia dos árbitros do DF.

Outro possível apoio de Alexandre Andrade para voltar ao antigo cargo viria do Deputado Distrital Julio César que tem Nivaldo Nunes como comissionado no seu gabinete. Nunes por sua vez é diretamente ligado a Alexandre Andrade.

Erivaldo Alves

Como é publico e notório, a FBF tem um débito com a arbitragem desde as fases finais do Candagão que ultrapassa facilmente a casa dos R$ 60 mil reais. Levando se em consideração essa divida e mais a possível volta de Alexandre Andrade, o sindicato dos árbitros do DF (SAF-DF) presidido por Jamir Garcez, já mobiliza os árbitros para irem a greve se necessário for.

O sindicato ainda ameaça caso o pagamento não seja feito nos próximos dias, que os árbitros não atuarão na segunda divisão do Candangão, que está prevista para começar no próximo dia 26.

O Blog apurou que a volta de Alexandre Andrade desagrada à CBF, a escola de arbitragem do DF, o sindicato e os árbitros. Pelo visto, caso Erivaldo Alves decida pela troca no comando do apito, estará possivelmente trazendo de volta os dias de caos á arbitragem daquele estado que tanto tem sofrido nos últimos anos.

Obs. Procurados, tanto Erivaldo Alves, como Alexandre Andrade e Jamir Garcez não responderam até o fechamento deste post. Caso eles ou qualquer outra pessoa citada no post queira se pronunciar, o espaço estará aberto  democraticamente como em outras ocasiões.

Frase: “Política é quase tão excitante quanto à guerra, e quase tão perigosa. Na guerra, você é morto uma vez, mas na política, várias vezes” (Winston Churchill).

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

ELE VOLTOU!

Após ser vítima da vingança dos que tiveram os maus feitos escancarados, o jornalista Paulo César de Andrade Prado, “Paulinho”, foi libertado da prisão e está de volta para dar  continuidade ao seu trabalho 

Depois de 130 dias encarcerado em condições sub-humanas como se bandido fosse, eis que o destemido jornalista Paulo César de Andrade Prado, mais conhecido como “Paulinho”, proprietário do conceituado “Blog do Paulinho”, espaço que há nove anos luta contra todo tipo de bandidos travestidos de dirigentes esportivos que infectam o esporte brasileiro, foi libertado da prisão e já retornou sua luta diária onde promete continuar com a mesma forma e conduta de sempre.

Detido de forma arbitraria por agentes da 34ª DP (Vila Sonia) para prestar esclarecimentos sobre denuncias contra um dirigente esportivo vagabundo que recentemente foi apeado do poder em um grande clube de São Paulo, permaneceu preso para cumprir sentença anterior de cinco meses e dez dias (por crime de difamação contra o advogado Antônio Carlos Sandoval Catta Preta). Sentença absolutamente suspeita diga se de passagem onde por ser em regime semi-aberto - tinha que dormir na prisão e trabalhar durante o dia – permaneceu o tempo todo trancado e incomunicável.

Sou testemunha deste fato, pois tentei visitá-lo e fui desencorajado por este motivo.

Conheci Paulinho quando ainda nem era jornalista, mas já fazia suas denuncias no seu espaço. Nosso primeiro encontro foi durante uma passeata “Fora Ricardo Teixeira”, então integrante e chefe mor da casta dos piores dirigentes que tomaram de assalto o esporte brasileiro. Tempos depois estive em sua radia, a Midia Cast, entrevistando o ex-árbitro Euclydes Zamperetti Fiori.


Nunca escondi de ninguém a admiração e respeito que tenho pelo trabalho realizado por este moço. Bem informado, destemido, corajoso, investigativo, incisivo e acima de tudo, sempre aberto a ouvir e dar espaço para aqueles que de alguma forma lutam para que bandidos e malfeitores não se apodere de vez, seja qual for o segmento do esporte brasileiro.

Com alegria e esperança de dias melhores com a volta deste defensor, este simples espaço saúda a liberdade do Blogueiro “Paulinho” e certamente a volta da luta diária contra os poderosos que o calaram por certo tempo, mas, como querem, não conseguirão silencia-lo para sempre!

Que seu retorno seja frutífero Paulinho, pois a luta continua!

Abaixo o relato do jornalista do ocorrido durante o tempo em que ficou preso.



“Eram 13 horas do dia 06 de julho quando este jornalista, retornando de um PetShop em que havia adquirido um lindo Shih Tzu com apenas dois meses de vida (o nome é "blog", por razões óbvias), teve seu veículo abordado, em movimento, poucos metros antes de chegar em sua residência, por dois homens armados, até então sem identificação.
A ação, cinematográfica, de extrema violência, com ares milicianos, foi realizada por policiais civis do 34º DP da Vila Sônia.
Este jornalista, sem opção, freou o carro, ergueu as mãos e escutou: "Desce do carro, Paulinho, caiu a casa..."
Abri a porta com cuidado, ainda sem saber do que se tratava (pensei em tudo, desde sequestro até execução) e, sem explicações, fui retirado do veículo como se fora bandido, algemado com as mãos para trás, sob o olhar atônito de comerciantes e transeuntes.
"Aqui é polícia! Você sabe porque está sendo preso. Vai aprender a não mexer com quem não pode", gritou um alucinado (com ares de drogado) agente, enquanto levava-me para um desfile público pelo que restava do caminho da abordagem até a garagem do meu prédio (a intenção, evidente, era de proporcionar humilhação), em que observava o outro policial, mais ponderado, estacionar o veículo e entregar a chave à chefe de segurança do local.
"Do que se trata ? Cadê o mandado ?", questionei.
"Fica na sua... a ordem está na delegacia, não crie problemas que vai ser pior", respondeu o alucinado.
"Sem mandado não vou. Preciso, ainda, deixar o cachorrinho com alguém. Acabei de comprá-lo. É filhote, não posso deixar com estranhos, muito menos dentro do carro", respondi.
"Dá um fim nesse bicho, joga fora", disse o miliciano ao parceiro.
A discussão foi intensa e consegui (se é que se pode tratar essa vergonha como conquista), condicionar minha ida, sem "criar problemas", ao DP, a que deixassem-me levar o "bloguinho" à casa de minha sogra (a intervenção do policial menos violento foi fundamental).
Entrei na viatura, ainda algemado, com o miliciano lutando para denegrir minha imagem, proferindo bobagens para os moradores, entre as quais "olha o bandido que morava ai e vocês nem sabiam", seguimos à residência de minha sogra (duas quadras do local), quando, após avisada por telefone, encontrou-me naquela situação deplorável.
Sem o menor constrangimento (e humanidade), o covarde agente, em ação criminosa, teve a coragem de jogar o cachorro (repito, de apenas dois meses) com um soco lateral, nos braços da referida senhora, empurrando-a bruscamente na sequencia.
"Avise à Fernanda (minha esposa) que estou sendo levado para o 34ª DP", concluí, indignado, por sorte, algemado, o que impediu uma reação certa diante de cena tão surreal e deplorável.
No caminho para a Vila Sônia escutei diversas bobagens, mas que trataram, aos poucos, de esclarecer o que, de fato, estava acontecendo:
"Mexeu com o Aidar... ele vai por no seu rabo...", "quem financia seu trabalho ?", "qual a senha do seu celular ?", "está fudido... não vai sair mais...", "quem te passa as informações ?", "como consegue acesso a tantos documentos e dados sigilosos, nós, para conseguirmos, temos grande dificuldade...", "você foi caguetado... já era..."
Ao chegar no distrito, fui levado, como se fosse prêmio, a outro desfile, em que o policial gabava-se pela prisão, e levava-me aos diversos departamentos e salas do local.
Somente após alguma espera, colocaram-me em frente ao um escrivão, que disse ter sido minha prisão uma ação policial para garantir depoimento em inquérito movido por denúncia de Carlos Miguel Aidar, inconformado com publicações do Blog do Paulinho.
Ou seja, a constatação da arbitrariedade: um jornalista é preso, sem mandado, por policiais civis, para prestar depoimento num caso em que sequer foi intimado a depor.
Respondidas as perguntas do tal inquérito, chega a notícia de que não poderiam me soltar porque havia uma condenação solicitando minha prisão por difamação, numa pena de 5 meses e 10 dias (absolutamente suspeita), em processo movido pelo advogado Catta Preta.
Levado à carceragem do DP, logo a imprensa foi avisada e começaram a chover ligações ao distrito (jornalistas, dirigentes de clubes e, pasme, desembargadores ligados ao Corinthians), motivando o delegado titular a descer e abordar-me:
"Cara, você é famoso mesmo... o telefone não para... ligou a Globo, Uol, Terra, Romeu Tuma, gabinete do Andres Sanches e até um desembargador de nome Ademir", relatou, para depois, ato contínuo, ligar para um tal de "Milton", que, tudo indica, seria o "Neves", confirmando, na minha frente, a prisão.
Horas mais tarde, após minha família correr para comprovar, com o diploma, meu nível universitário, ficou certo que o único local que poderia me receber, no momento, com alguma segurança, seria o 31º DP da Vila Carrão, que possui três celas especiais (somente formados) com quatro camas e, no máximo, cinco pessoas (uma dormiria no chão).
Porém, durante a transferência, realizada por outros agentes, fez-se necessário (para eles) o último ato de maldade (e tortura): colocaram-me, após o exame de corpo de delito, algemado com as mãos para trás, na parte de traseira da viatura, que foi dirigida, maldosamente, com diversos movimentos bruscos (inclusive "cavalo de pau"), ação que ocasionou-me algumas lesões, além do constrangimento de vomitar o carro inteiro, sem que pudesse controlar a situação.
Espertos (ou se achando), os policiais pararam o carro antes da chegada ao destino, lavaram a viatura e depois colocaram-me, ainda algemado, cheirando azedo, no banco de trás.
Ao entrar no 31º DP, deparei-me com minha esposa, filho e duas mulheres, Doutoras Danúbia Azecedo e Claudia Mantovani (ainda não sabia que eram advogadas), que abordaram-me: "Fique tranquilo, somos sócias do Dr. Romeu Tuma Jr., ele está indignado com sua prisão e será seu advogado, por favor, assine as procurações.".
Na sequencia, após conversarem com os policiais locais, cientificando-os de que tratava-se da prisão arbitrária de um jornalista, não de bandido, as doutoras despediram-se, avisando que tentariam livrar-me com um HC.
Eram pouco mais de 20 horas quando uma carcereira escoltou-me até a minha cela, o "X-3", local em que entrei apreensivo, sem saber o que esperar, mas, por sorte, fui bem acolhido por três presos, Nelson, Herges e Leandro, que, após tomarem ciência de minha história, trataram de apresentar-me, na manhã seguinte, aos demais presos, não sem antes conversar com o sentenciado "Da Sul", denominado "disciplina", que esclareceu-me regras e dicas de comportamento para evitar problemas na prisão.
A noite foi longa, dormi pouco, envolto em diversos pensamentos, mas ciente de que precisava sobreviver para dar sequencia ao trabalho e continuar amparando meus familiares.
Permaneci no 31º DP por 44 dias, fechado (apesar da pena indicar regime "semi-aberto"), em condições deploráveis de higiene, além doutros desconfortos, mas, por sorte, acolhido até com alguma admiração pelos outros presos (alguns vítimas de injustiças claras).
Neste período, tive HCs negados pelo TJ-SP, STJ e STF (Ricardo Lewandowisky), que, de maneira adversa ao que prevê a legislação, disseram não enxergar constrangimento ilegal no fato referido acima.
Minha permanência no local, que terminou numa transferência ao Presídio de Tremembé - PII (um lixo), será detalhada num livro (ainda a ser escrito), embora, assim como ocorreu neste relato, publicaremos, neste espaço, resumos do que consideramos importante e essencial para o conhecimento público.
Nos próximos dias, o leitor conhecerá a verdade sobre o "presídio das estrelas", o comportamento do judiciário (principalmente a deplorável VEC de Taubaté), além doutros pormenores que levaram um jornalista sério, combativo, que acerta (bastante) e erra como todos, a amargar 130 dias de cárcere, para deleite de malfeitores (e seus seguidores) por ele denunciados, numa verdadeira ação de ataque contra a imprensa, repudiada pela grande maioria da população, mas, lamentavelmente, pouco notada pela própria profissão”.

Estamos de volta, com a mesma coragem e habilidade, porém mais atentos, para, nos próximos dias, contarmos tudo o que ficou escondido (ou foi tratado sem verdade) durante estes quatro meses, além de, para desespero de alguns, dar continuidade ao nosso trabalho - Paulinho -.