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terça-feira, 9 de abril de 2024

Federação Paulista premia ‘politicamente’ os melhores do Paulistão 2024

Crédito: FPF

A Federação Paulista de Futebol realizou ontem à noite (8), em uma casa noturna da zona norte de São Paulo, a premiação dos melhores do Campeonato Paulista de 2024. A FPF politicou e desmereceu sua própria competição ao premiar maioria de jogadores do Santos – seis contra três do Palmeiras -, que chegou a uma final oito anos depois da última decisão (2016) e foi rebaixada a Serie B nacional no fim do ano passado em vez de premiar os jogadores e valorizar a equipe do Palmeiras que se tornou tricampeã paulista e vem colecionando títulos atrás de títulos nos últimos anos.

Na arbitragem não foi diferente. Falando somente do profissional, deu o prêmio de melhor ao árbitro Flavio Rodrigo de Souza, bom árbitro sem dúvidas nenhuma, mas infinitamente inferior a Raphael Claus, não só nesse campeonato, mas na vida toda como profissional do apito e na próxima vida com certeza caso exista e sejam árbitros novamente. O ‘Ratão’ – Como Claus é conhecido em Santa Barbara -  com sete finais seguidas no currículo, onze partidas nesse ano, incluindo a final e três a mais que Flavio Souza, foi o terceiro colocado atrás até de Edina Alves que mesmo com suas polêmicas na carreira, atuou em 10 partidas.

Imagens: FPF/TV

Não se sabe, além da bolsa de estudo, qual foi a premiação desses profissionais. Aliás, a FPF deveria fazer como faz com os clubes quando divulga a premiação deles e além de tornar transparente, também divulgar os critérios para que não fiquem duvidas sobre as escolhas dos melhores e os motivos. A desse ano, analisando todos os números disponíveis, ficou claro que não foi por critérios técnicos e talvez tenham sido políticos ou sabe se lá qual ou por que! Eu não sei. Alguém sabe?

Até pouco tempo atrás o melhor árbitro ganhava 300 mil e outros 150 mil eram divididos entre os assistentes. Aliás, durante a pandemia do corona vírus, foi sugerido pelo então presidente do Sindicato dos Árbitros – Aurélio Sant’Anna, que esses valores, em vez de serem pagos aos melhores da competição, que  fossem revertidos em cestas básicas e distribuídos para árbitros que estavam passando necessidades na ocasião por falta de jogos devido a paralização da maioria das competições.  Mas o pedido foi vetado por Reinaldo Carneiro Bastos, presidente eterno da FPF que diz se preocupar com os árbitros, mas que na verdade essa preocupação não vai além da sua entidade e da cor da armação de seus óculos.

Homenagem a um condenado

Para fechar a cerimonia com chaves de ouro e escancarar seu apoio a um condenado da justiça, a FPF homenageou José de Assis Aragão, ex-árbitro FIFA e atual Presidente do Sindicato dos Árbitros de São Paulo e aliado de Reinaldo Bastos de longa data.

Em 24 de junho de 2021, como noticiou com provas, o Blog do Paulinho, o ex-árbitro José de Assis Aragão foi condenado por improbidade administrativa ocorrida durante sua gestão no estádio do Pacaembu cuja pena inclui ressarcimento dos cofres públicos (R$ 585,5 mil – o valor inicial era de R$ 210 mil); perda de função pública; suspensão dos direitos políticos por quatro anos; multa de 20% sobre os danos ocasionados (R$ 117,1 mil); proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios, incentivos fiscais e creditários, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica, pelo prazo de três anos.

Esse é o tipo de pessoa que merece ser homenageado pela FPF cujo presidente também deve ter seus esqueletos no armário e quem sabe dia desses eles não dão sinal de vida né!

Essa dupla se merecem e a arbitragem merece ser comandada por esse tipo de gente.