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terça-feira, 30 de novembro de 2010

A CONAF PODE TER NOVO PRESIDENTE EM 2010?

A informação chegou até o Blog do Marçal, fui checar, ouvi diversos árbitros, ex-árbitros, dirigentes de arbitragens, e integrantes de comissões. Fiz rápida leitura de jornais, revistas, sites (sites de busca, site de fofocas, site sérios, etc) e apurei que pode ocorrer (veja bem, eu disse PODE e não, DEVE ocorrer) mudança no comando da arbitragem nacional, o burburinho é forte. O Sérgão balança, será que cai?

No meio da arbitragem uma coisa está clara, nunca se fez tanto pela arbitragem nacional como nos últimos anos e os créditos devem ser dados ao Edson Rezende, Sérgio Corrêa e ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Estamos apurando com fontes próxima aos envolvidos e nos próximos dias o blog do Marçal apresentará os supostos candidatos...

Enquanto isso leiam na próxima quinta feira à parte II do “Pitacos do Apito”.

Frase: "Existem certas ocasiões em que um homem tem de revelar metade do seu segredo para manter oculto o resto". (Philip Dormer Stanhope)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pitacos do Apito!

Existem muitas especulações e pitacos sobre a lista dos árbitros Fifa para 2011. O Blog do Marçal tentou de todas as formas arrancar algo, infelizmente não obtive o sucesso almejado.

Para não ficar em cima do muro e seguindo a mesma linha do ano passado (leiam o post “Atiradores de Pedras em Vidraças Alheias!” do dia 29/01/2010), farei minhas previsões com base em tudo que ouvi de árbitros, ex-árbitros, do que vi, li e ouvi dos testes físicos, do que li nos jornais, sites sérios e até o de fofocas oriundo da cidade maravilhosa bem conhecido no meio.

De tudo isso, podemos dizer que a lista foi enviada para a FIFA no mês de setembro, esta é a única certeza, as demais são apenas especulações. Lembram quando o diário Lance e a radio Jovem Pan de São Paulo através do especulador jornalista Fernando Sampaio davam como certo a entrada de Sandro Ricci no lugar de Leonardo Gaciba e dias depois a lista oficial trouxe a surpresa Péricles Bassols!

Os que estiveram no curso em Santa Catarina estão com chances maiores do que os demais, diria que saiu dali os nomes dos novatos que constam na lista enviada para a FIFA. Os assistentes presente no curso que brigam por duas vagas, foram: Fabrício Vilarinho da Silva/Go - Vicente Romano Neto/SP - Marcelo Carvalho Van Gasse/SP - Cleriston Clay Barreto Rios/SE - Thiago Gomes da Silva Brigido/CE - Kleber Lúcio Gil/SC - Guilherme Dias Camilo/MG - Bruno Boschillia/PR - Fabio Pereira/TO e Rodrigo Pereira Jóia/RJ.

Certeza de saída: Carlos Eugênio Simon e Ednilson Corona, ambos fazendo tour de despedida pelo Brasil.

Vamos aos meus palpites.

Abaixo meus comentários iniciais dos detentores atuais do escudo e depois minha opinião do que deve ocorrer.

Sálvio Spinola Fagundes Filho: 42 anos, entrou na FIFA em 2005, é um bom baiano radicado em São Paulo, excelente pessoa, de fino trato. Pelos critérios da Conaf deveria ter saído, por que não tem como ir a uma Copa do Mundo, sua ultima chance foi na África, porém foi atropelado por Carlos Eugênio no processo seletivo. Se saísse, o Fifa seria o Luiz Flávio de Oliveira? Duvido, pois este ainda não conseguiu se firmar nas competições locais e nacionais, em que pese ser um bom árbitro, nasceu com o dom de arbitrar, é detentor de altas qualidades para a profissão e a descrição nos jogos é a maior de todas. O José Henrique de Carvalho, caso não tivesse tantos problemas físicos e inabilidade política cairia como uma luva, esteve a um passo do escudo, circunstancias alheia conspiraram contra o apitador.

Wilson Luiz Seneme: Paulista de São Carlos, 40 anos, foi um dos melhores árbitros do país nos últimos anos, sofre com problemas físicos em todo corpo. Entrou na FIFA em 2006 e saiu em 2008 por não passar em teste fisico devido as lesões. Sérgio Corrêa usou de sua influência para bancar sua volta ao quadro em 2009. Não é mais o mesmo, cometeu vários erros, esta disperso e apitando só com o nome. Contudo, é cotado para Copa de 2014, o que seria um final de carreira espetacular para o sancarlense. Precisa aprender a ouvir e aceitar as críticas, nem sempre quem fala contra nós, está contra nós! Amigo não é o que fala o que você quer ouvir mas o que você precisa ouvir!

Paulo César de Oliveira: 37 anos, paulista, nascido na cidade de Cruzeiro, uma cidadezinha quase em Minas, quase no Rio de Janeiro. Revelado por Gustavo Caetano Rogério, um mito da arbitragem paulista que foi pessoalmente buscar a jovem promessa do apito até então, um simples funcionario de mercearia. Amigos de curso revelaram ao Blog que durante as aulas, Gustavo Caetano afirmava carinhosamente que aquele "negrinho" muito em breve seria um árbitro FIFA! Atualmente mora em São Paulo e também é considerado um dos melhores do país. Tornou se Fifa em 1999, com a aposentadoria de Carlos Simon, passa a ser o mais antigo integrante do quadro. Já viveu fases melhores, anda sumido das escalas. Estaria sendo poupado por conta da escolha para a Copa 2014?

Marcelo de Lima Henrique: 39 anos, carioca, fuzileiro naval. Foi muito contestado quando foi promovido, inclusive fontes próximas ao Armando Marques relatam o que o ex-presidente da Conaf, afastado por causa da omissão no caso Edílson Pereira de Carvalho, em 2005, dizia: “Este não apita nada. Ele não vai ser escalado enquanto eu estiver na Conmebol. O Alarcon faz o que eu mando”. Era apenas bravatas e mais bravatas do ex-presidente que vive a sombra de João Havelange. O árbitro carioca, não era o preferido do Jorge Rabello que deu entrevistas falando que sua preferência era por outro. Hoje ele é uma realidade e disputa uma vaga para 2014. Como o evento será no Rio de Janeiro, tem muitas chances, ou alguém acha que o estado vai fazer uma festa somente para os outros?

Péricles Bassols Pegado Cortez: Carioca, 35 anos, dentista, fala dois idiomas, boa família. Foi considerado o melhor árbitro do Rio de Janeiro em 2009, mas chegou na FIFA de paraquedas. O escudo chegou por conta das constantes reprovações do gaúcho Leonardo Gaciba. Todos diziam que, pelo critério de mérito, seria escolhido o mineiro radicado em Brasília. Dizem, inclusive, que a CBF mudou quando o Diário Lance e um jornalista pitonisa de São Paulo divulgaram o nome do Sandro Meira Ricci. Em 2010, a surpresa, o nome do jovem carioca apareceu na lista da Fifa. O mundo da arbitragem não acreditava no que estava acontecendo, mas para quem já viu tantas outras, do tipo, Emidio Marques de Mesquita, um catedrático das regras, sem uma única final no currículo indo para Fifa enquanto o alemão Dulcidio Wanderley Boschillia continuava sendo Aspirante. São tantos exemplos que a promoção do Péricles seria mais uma. Bom árbitro, mas não para ostentar o escudo branco, objeto de desejos de tantos, conseguido por poucos.

Héber Roberto Lopes: O Collina brasileiro, paranaense de Londrina, 38 anos, considerado o melhor do Brasil, em 2009, este ano não tem reeditado a temporada passada. Parece estar atuando com muito cuidado e isto tem feito com que erre muito, como, por exemplo, no jogo Guarani x Vasco e Flamengo x Corinthians, só para citar os jogos que envolvem equipes paulistas, pois são as que acompanho. Se falar nos jogos de maior repercussão não é difícil lembrar do jogo Botafogo x Cruzeiro e Fluminense x Grêmio. Basta uma breve pesquisa num dos sites especializados para aumentar a lista do “Collina Brasileiro”. É sem dúvidas o nome mais forte para 2014.

Evandro Rogério Roman: Gaúcho radicado no Paraná. 37 anos, um árbitro considerado correto, em 2005 denunciou vários ex-companheiros no famoso caso intitulado pela mídia paranista de “Bruxo”. Professor universitário tem um Instituto de nome “Quero Evoluir’’, tendo como um dos parceiros o ex-presidente da Anaf Jorge Paulo de Oliveira Gomes (amigo de longa data deste blogueiro). Sua fase em 2009 foi horrível, a ponto de correr o risco de deixar a Fifa em 2010. Um site de fofocas publicou que neste ano, após a Copa do Brasil, um árbitro FIFA em sinal de protesto mandaria o seu escudo pelo correio para a CBF, fontes próxima de Roman confirmaram que ele seria este árbitro. O seu bom caráter e o enorme potencial ajudaram na sua permanência. Não tem tido grandes oportunidades fora do país, mas é uma esperança. Dizem que o Armando Marques não gosta dele por que é muito inteligente e o Armando gosta de comandar “topeiras, comedores de alfafas e sem diplomas”. Tem como meta apitar na Copa de 2014.

Ricardo Marques Ribeiro: Tem 31 anos, é o mais novo do quadro com o escudo. O mineiro é o mais espalhafatoso de todos, um verdadeiro pára raios, ninguém em sã consciência é capaz de prevê como terminará as partidas sob seu comando. Esta tentando mudar esta imagem, aos poucos vem se firmando, segundos informações a Conaf escolhe a dedo os jogos para ele. Sempre vai naqueles jogos que não tem riscos. Teve problemas locais onde é acusado de trabalhar para um dirigente de clube influente no estado, mas parece estar superando as desconfianças. Esta mais maduro, precisa apenas corrigir o estilo de deixar o jogo rolar, o estilo europeu que muitos dizem não servir para o Brasil o que eu discordo totalmente, é só insistirem com todos os árbitros e em todos os jogos que conseqüentemente aos poucos os jogadores mudarão a maneira de jogar. Dizem que ele correu riscos de perder o escudo, mas quem conhece a Conaf sabe que ele não correria riscos, pois é um talento sendo lapidado. Precisa ajudar e não deixar o bonde passar.

Leandro Vuaden: 35 anos, o gaúcho de varias metáforas surgiu como um raio em 2008. Seu estilo europeu de apitar as partidas encantaram a todos e o levou rapidamente a Fifa. Depois do escudo, acovardou-se com as criticas de parte da imprensa e dirigentes ultrapassados, passando a apitar partidas de forma politicamente correta, mudou radicalmente o estilo que o consagrou e como nos contos de fadas, a carruagem virou abóbora. Hoje, não encanta mais ninguém, esta no mesmo patamar dos demais. Poderia ter virarado referência e entrar para a história como o árbitro que mudou o estilo da arbitragem brasileira. Escalado numa partida da Série B, ele se complicou e esta partida serviu de exemplo para ele. Ficou no quase por opção própria e falta de visão, mesmo assim, é candidato a Copa de 2014.

Esta é minha analise dos atuais detentores do escudo FIFA, ela pode agradar alguns e provavelmente desagradará a grande maioria, mais é uma opinião baseada em dados, informações e conhecimentos técnicos, mesmo que esses conhecimentos sejam mínimos, foram adquiridos durantes anos e com vários personagens diferentes.

Na parte II que será divulgada em breve, farei uma análise dos Assistentes e, na parte III, as previsões para 2011.

Aguardem!

Frase: "Três pessoas podem manter um segredo, se duas delas estiverem mortas". (Benjamin Franklin)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Neymar cobra pênalti a la Dick Vigarista e é punido pela arbitragem

Craque santista tentou ludibriar juiz e goleiro Harley, do Goiás. Fingiu que ia ajeitar a bola e chutou para o gol. Acabou levando o amarelo

O atacante Neymar do Santos não é tão mais garoto assim como a maioria aponta para justificar seus erros. Ele tentou aprontar mais uma das suas e inventar mais uma moda durante confronto da sua equipe contra o Goiás, neste domingo no estádio Serra Dourada em Goiás. Em uma cena pitoresca espelhada no vilão da história em quadrinhos Dick Vigarista, tentou aplicar um golpe no goleiro Harley e no árbitro Marcelo Henrique no lance do primeiro dos seus três gols marcados na goleada aplicada por sua equipe por 4 a 1 sobre o Esmeraldino.

Após o árbitro Marcelo de Lima Henrique autorizar a cobrança, o garoto projeto de Dick Vigarista foi andando em direção à bola, dando a impressão de que daria uma última ajeitada. Em vez disso, sem que o goleiro esperasse, chutou a bola fazendo o gol. O lance foi invalidado corretamente pelo árbitro por atitude anti-desportiva, na sequência ele com cara de poucos amigos acabou levando o cartão amarelo.

Cobranças de pênalti diferentes são especialidade do craque santista. No primeiro semestre deste ano, abusava das paradonas, em que brecava totalmente a corrida no instante que antecede o chute. Os goleiros invariavelmente se estatelavam no chão, esperando a bola que ainda estava parada lá na marca do pênalti, o goleiro Rogério Ceni do São Paulo foi uma de suas vitimas. Quando a FIFA normatizou a parada, Neymar passou a dar a cavadinha, até que quebrou a cara no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, quando o goleiro do Vitória, Viáfara, não caiu na sua. Ficou parado e pegou a bola no meio do gol.

Desta vez mudou o estilo, veio o lance inusitado contra o Goiás, que foi corretamente invalidado e punido pelo ótimo arbitro carioca Marcelo Henrique. As polêmicas do jovem atacante continuam subindo de patamar assustadoramente. -"Estamos criando um monstro" - disse o técnico Rene Simões no inicio do ano. Desde então ele criou outras varias confusões, ficando inclusive afastado do selecionado brasileiro.

Veja a cobrança a la Dick Vigarista no Vídeo da UOL abaixo:



O seu Staff tenta de todas as maneiras corrigir sua postura dentro e fora de campo, porém, o ego do goleador é bem maior que tudo e por mais que se tente, a cafajestice e o mau-caratismo parece estar impregnada no seu DNA.

Enquanto as belas jogadas e os gols estiverem saindo magistralmente de seus pés, as polemicas serão apagadas com facilidade, porém elas criarão inimigos ocultos que estarão sempre a postos para cobrarem aquilo que lhe foi tirado ou imposto pela sua personalidade que lhe da a impressão de que tudo pode e que desrespeitar a tudo e a todos são coisas normais e sem consequência futuras. seria o monstro maior do que todos pensam?

Frase: "Valores não são itens de moda que são casualmente comercializados". (Ellen Goodman)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Artifício de Jornalista do Estadão Quebra Silêncio de Sérgio Corrêa

Desde Julho de 2009 quando Sérgio Corrêa foi orientado pelo presidente da CBF Ricardo Teixeira a não se pronunciar publicamente, venho tentando entrevistá-lo. Longe de mim achar que sou mais importante do que qualquer órgão gigantesco da imprensa e que por isso ele falaria comigo, mas como tenho um conhecimento pessoal com ele a pelo menos 17 anos inclusive tendo participado de jogos juntos quando éramos árbitros da Federação Paulista de Futebol, insistia na entrevista. O Brasil todo quer falar com o chefe dos árbitros do país, porque eu que mantenho um Blog simples seria diferente.

Porém a cada e-mails que eu enviava, ele sempre respondia educadamente que não falaria e quando falasse não privilegiaria uma única pessoa ou um único veiculo de comunicação e que até então só falaria para o site da CBF.

Ao deparar hoje com a entrevista dada ao jornalista Sílvio Barsetti do Estadão, reproduzida em todos os órgãos de imprensa do país, fiquei indignado e fui procurar uma explicação por ele ter agido diferentemente do que disse que faria anteriormente. Tentei vários contatos durante o dia de ontem, sem sucesso.

No final da tarde, recebi de uma fonte muito próxima a um dos integrantes da comissão de árbitros o seguinte e-mail: "Prezado senhor Marçal, leio o seu Blog e sou amigo pessoal de um integrante da comissão de árbitros da CBF, o mesmo relatou a mim que receberam vários e-mails do senhor tentando um contato com o presidente Sérgio Corrêa e que o mesmo não iria responder o seu contato por estar puto da vida com a imprensa e com a maneira sórdida e sorrateira de se fazer jornalismo a qualquer preço".

Fiquei curiosos e retornei o e-mail pedindo maiores explicações que para minha surpresa chegaram no final da noite de ontem.

No e-mail, o meu informante relata que Sérgio Corrêa no final do expediente na sede da CBF ficou aguardando em frente da entidade o táxi que havia solicitado para levá-lo até o hotel onde reside quando esta no Rio de Janeiro. Que era um final de dia com chuva fina, quando se aproximou um rapaz com bolsa de executivo na mão puxando conversa. Como ele, Sérgio Corrêa conversa normalmente com os taxistas e com os demais que ali ficam esperando um táxi, não se apercebeu que poderia se tratar de um jornalista.

No inicio da conversa o rapaz fazia perguntas tipo torcedor no intuito de desarmar o espírito do dirigente e ganhar a confiança, como aparentemente não estava com gravador e nem anotava o que ele falava, levou a conversa de forma informal para passar o tempo.

Como as perguntas ficaram mais objetivas, estranhou e indagou se ele era jornalista. O rapaz respondeu que sim e que era do Estadão. Neste momento caiu a ficha e percebeu o dirigente a forma sorrateira do jornalista em conseguir o que queria. Disse de imediato ao rapaz que não estava autorizado a dar entrevista, que não autorizava ele publicar o que fora dito de forma informal e que desmentiria tudo se fosse publicado. Para sua surpresa, no dia de hoje estava tudo estampado em praticamente todos os veículos de comunicação do país. Concluiu o meu informante.

A partir deste relato pude entender o porque que do presidente da Conaf não ter respondido o meu e-mail como sempre fez educadamente. Ele fora enganado, esta puto da vida com a imprensa e com razão. Ele foi testemunha viva de que “Jornalista não tem amigo. Jornalista tem informação” e o jovem jornalista não pensou duas vezes em usar de artifícios para conseguir o que ninguém conseguiu desde a lei da mordaça imposta por Ricardo Teixeira, que Sérgio Corrêa falasse.

Frase: "Nenhum homem merece uma confiança ilimitada - na melhor das hipóteses, a sua traição espera uma tentação suficiente”. (Henry Louis Mencken)

domingo, 14 de novembro de 2010

Fifa pode pedir a Wada que decisão do STJD no caso Jobson seja revista

Atacante pode cumprir suspensão de dois anos se o caso for analisado pelo CAS, mas há chance de ser banido ou ficar mais seis meses parado.

Quando é que o STJD vai aprender que não pode tudo? Quando é que seus membros aprenderão que tem que seguir a lei? Levaram uma dura lição no caso Dodô e tudo indica que levarão outra no caso Jobson.

O que poderíamos esperar de um tribunal onde o conhecimento com os dirigentes da CBF, das federações e dos clubes são os maiores méritos dos indicados, onde as paixões clubísticas valem mais do que o código Brasileiro de justiça desportiva. Não podemos esquecer que o indicado pela categoria dos árbitros, nunca foi árbitro e seu maior mérito é ser chofer do presidente da Sul-Americana e guia turístico dos árbitros de países do continente quando aportam em nosso solo tupiniquim.

Dodô foi pego no antidoping com a substância femproporex na partida em que o Botafogo venceu o Vasco por 4 a 0, no dia 14 de junho de 2007. Em 9 de julho daquele ano, foi suspenso preventivamente pelo STJD. Quinze dias depois, levou um gancho do mesmo tribunal por 120 dias. Em 2 de agosto, ele foi absolvido em novo julgamento no STJD. A decisão descabida e improvável dos magistrados brasileiros chamou a atenção da Fifa, e, num outro julgamento, na Corte Internacional Arbitral, na Suíça, ele foi suspenso dois anos. Substância usada por pugilistas desonestos para se manterem no peso ideal, o femproporex somente causa o efeito desejado se usado com freqüência. Em 2008, Dodô tinha se submetido a quatro exames de urina e em apenas em um deles a substância proibida foi encontrada.

A Fifa e a Wada, agência mundial antidoping, apelaram ao TAS-CAS que é um tribunal arbitral em matéria jusdesportiva, reconhecido tanto pela FIFA como pelo COI para julgar lides pertinentes ao desporto.
David Howman, diretor-geral da Wada, que comanda o combate às drogas no esporte, no escritório da Wada em Montreal, Canadá.

No dia 11/09/2008, o TAC-CAS divulgou o veredicto suspendendo o atleta Ricardo Lucas, o Dodô, por dois anos, a pena se estendeu até o fim de 2009. A decisão deixou clara a posição internacional de não aceitar o argumento de falta de dolo e/ou responsabilidade objetiva em casos de doping, indo de encontro à posição que o Pleno do STJD havia sacramentado ao inocentar o atleta. Como o TAS-CAS não tem jurisdição sobre o STJD, mas sim sobre a CBF e o atleta, ele não reverteu à decisão, mas apenas se colocou em posição contrária, o que fez valer a suspensão via FIFA (o atleta ficou impedido de atuar em qualquer competição de países filiados à FIFA).

Quando retornou aos gramados após cumprir integralmente a pena, o atleta disse: "Quando tudo aconteceu, foi uma bomba. Tinha certeza de que seria absolvido no STJD, e fui. Estava seguro da minha inocência. Aí veio a notícia de que o caso seria julgado na Suíça. Fiquei preocupado, vi que era sério. Acho que fui pego de exemplo para o mundo todo. Mas jamais pensei em parar. Só vou parar de jogar quando perceber que não dá mais, quando eu decidir. Não dessa forma, com outros decidindo por mim".

O filme se repete e provavelmente o STJD será atropelado novamente na sua decisão. Protagonista de belas jogadas dentro de campo e episódios polêmicos fora dele, Jobson pode, em breve, reviver um dos momentos mais difíceis de sua curta trajetória. Em janeiro de 2010, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu punir Jobson com dois anos de suspensão por doping. Mas em 29 de abril, o atacante – que confessou ter consumido crack no fim do ano passado, quando defendia o Botafogo –, teve sua pena reduzida para seis meses, após recurso do Brasiliense, clube com o qual tinha vínculo. Contratado novamente pelo Botafogo em junho, o atacante pôde retornar aos gramados no mês seguinte.

                               Jobson pode ter seu caso levado a Wada pela Fifa

Depois de ser informada do resultado do julgamento que o condenou a seis meses de suspensão por uso de cocaína, a Fifa pode interceder para que a sentença seja revista. Dessa forma, o atacante do Botafogo corre o risco de ficar mais alguns meses impedido de jogar futebol.

A situação de Jobson é bem mais grave, ele corre o risco de ser banido do futebol por ser reincidente. A Wada determina que o atleta flagrado duas vezes por uso de substâncias proibidas seja excluído do esporte para sempre. O advogado Carlos Portinho, que defenderá o atacante, já traçou a estratégia: para ele, não houve reincidência porque o jogador desconhecia o resultado (positivo) do primeiro exame quando se submeteu ao segundo teste.

Jobson foi pego pela primeira vez no dia 8 de novembro, na vitória por 2 a 1 do Botafogo sobre o Coritiba. No dia 6 de dezembro, foi o autor de um dos gols no triunfo por 2 a 1 sobre o Palmeiras, que salvou o time do rebaixamento. O atacante jura que cheirou cocaína apenas uma vez. Porém, o médico gaúcho Eduardo De Rose, membro brasileiro da Wada, considera isto impossível, já que presença da droga deixa de ser observada nos exames de urina após sete dias.

"Em trinta anos, é a primeira vez que eu vejo um atleta ser pego pela segunda vez, sem ter cumprido a punição pelo primeiro doping", afirmou De Rose.

Nos casos de doping no futebol, a Fifa tem o poder de pedir uma revisão da sentença se não concordar com a decisão tomada nacionalmente. Assim, ela leva o caso à Corte Arbitral do Esporte (CAS), que pode aplicar uma nova sentença. Como foi o episódio do atacante Dodô, inicialmente teve pena reduzida pelo STJD, mas que depois precisou cumprir uma suspensão de dois anos.

A punição por seis meses em caso de doping é considerada um fato raro. O Wada aponta dois anos como a pena base para o atleta que ingere substâncias não permitidas. No entanto, em seu artigo 10.5.2, que fala sobre redução da pena para casos em que não há culpa significativa ou em que existe negligência, é admitida a redução para o período de um ano.

- Meu voto foi por dois anos de suspensão, pois avaliei que não havia hipótese de redução da pena. No entanto, entendo que o código é aberto a outras interpretações e pode haver, sim, penas inferiores há um ano - afirmou Alexandre Quadros, auditor do STJD, que foi relator do julgamento de Jobson no Tribunal Pleno.

Especula-se, entretanto nos bastidores, que a pena de Jobson pode ser modificada sem que seja levada ao CAS. No fim do mês de novembro, uma decisão pode fazer com que o atacante cumpra mais seis meses de suspensão, se enquadrando na redução padrão prevista pelo Wada. Assim, ele poderia retornar aos gramados no Brasileirão de 2011. No entanto, se a Fifa levar ao Tribunal Internacional, dificilmente o jogador fugiria dos dois anos de gancho. Como já cumpriu seis meses, retornaria após um ano e meio parado.

- A decisão do STJD é definitiva em âmbito nacional. O caminho normal é que a Fifa a submeta ao CAS, mas se ela fizer qualquer tipo de solicitação ao tribunal brasileiro e se eventualmente a decisão for modificada, serão fatos inéditos - disse Alexandre Quadros.

Em 2009, o futebol brasileiro teve seis casos de doping comprovados. Além do atacante Jobson do Botafogo, foram fragados Marcio Santos, do ABC; Jair, do Bragantino - por uso de cocaína -; Ailson e Cláudio Luís, do Brasiliense; e Abimael, do Araguaia-MT.

A substância isometepteno, presente em remédios para dor de cabeça como a Neosaldina, foi encontrada nos exames de Ailson, Cláudio Luís e Abimael. Já na urina de Marcio Santos havia um metabólito do clostebol. Por sua vez, o volante Jair, do Bragantino, foi flagrado por uso de cocaína, devido à presença no organismo dos metabólitos benzoilecgoninca e metilecgonina.

O caso mais grave e parecido com o de Jobson é justamente o de Jair. O jogador, que atuava no Atlético-GO, foi pego depois da vitória por 2 a 1 sobre o América-RN, no dia 9 de maio, pelo Campeonato Brasileiro da série B. Pouco depois, ele se transferiu para o Bragantino. O STJD o puniu com 120 dias de suspensão e transgrediu as regras internacionais novamente.

O primeiro caso de doping comprovado no futebol brasileiro aconteceu no dia 18 de novembro de 1973, na vitória do Atlético-MG por 2 a 1 sobre o Vasco, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano.

Atacante do time mineiro, Campos passou a soltar uma gosma estranha pelos cantos da boca no segundo tempo, o que deixou os vascaínos em alerta. Escalado para o antidoping, ele tinha o estimulante efedrina na urina. Alegou que consumia apenas os remédios receitados pelo médico do clube, Haroldo Lopes da Costa, e que tomava muito suco de beterraba, daí a coloração avermelhada do líquido recolhido no vestiário.

Campos ficou seis meses suspenso. Quando voltou, passou a ser saudado pelas torcidas rivais como "Campos Beterraba". Saiu do Atlético-MG, defendeu mais de vinte clubes e, em 1985, encerrou a carreira no Marília-SP. Ele, assim como Jobson, tinha 21 anos de idade - e uma vida inteira pela frente.

Frase: As leis são como as teias de aranha que apanham os pequenos insetos e são rasgadas pelos grandes". (Sólon)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Somente Federações de São Paulo e do Rio de Janeiro tem autorização da FIFA para testes com árbitros atrás dos gols

A arbitragem brasileira é dominada por vários tipos de dirigentes, uns fazem a história, outros vivem contando história.

No grupo que fazem a história, podemos incluir o Paulista Cel. Marinho que mesmo com o peso econômico da Federação Paulista, não vive esperando as coisas acontecerem. Os membros de sua comissão juntamente com seus instrutores estão sempre em contato com os árbitros em busca da excelência da arbitragem Paulista.

Neste seleto grupo podemos incluir o carioca Jorge Rabello que anunciou recentemente a importação de 54 rádios do sistema de comunicação para árbitros VOK-REF-05, utilizados na última Copa do Mundo e pela UEFA. São Kits com nove maletas contendo seis rádios, seis auriculares universal, sistema sem fios, comunicação full duplex com áudio conferência entre os seis árbitros. “O investimento na compra, impostos e encargos de importação e contrato anual de manutenção será em torno de 80 mil euros. Estamos importando o que há de melhor no mundo em matéria de comunicadores para árbitros, sistema 100% mãos livres, filtro digital para ruídos, sistema encriptado, confidencialidade de comunicação, aparelhos leves, compactos e robustos. Em Janeiro do próximo ano, estaremos repassando informações e ministrando treinamento para os árbitros em nossa pré-temporada no CT do Vôlei em Saquarema”. – disse Rabello.

Não posso deixar de mencionar a Cef do Rio Grande do Sul, formadora de árbitros ganhadores de prêmios a nível nacional como Carlos Simon, Leonardo Gaciba e futuramente Leandro Vuaden. A Ceaf alagoana também merece registro, comandada pelo ex-árbitro Hércules Martins, um batalhador que futuramente será recompensado a nível nacional com os bons valores que estão sendo por ele lapidado.

No grupo dos que vivem da história, a lista é grande, porém, um supera a todos, Afonso Vitor de Oliveira. O Jurássico ex-árbitro paranaense que comanda o destino dos apitadores locais desde Novembro 2005 quando foi nomeados pelo ex-presidente Onaireves Moura. Para piorar Afonso Vitor se tornou presidente da Associação de árbitros, hipoteticamente tem que se reunir com ele mesmo para tratar dos interesses da categoria seria como se ele de um lado da mesa falasse e do outro lado ouvisse suas próprias reivindicações. Árbitros Paranaenses representados por Afonso Vitor, a situação é hilária, sorriam para não chorar!

Em entrevista para a equipe de esportes da Radio Difusora Curitiba, comandada por Sidnei Campos, Afonso disse que a Federação Paranaense de Futebol não quis participar dos testes propostos pela FIFA, por entender que onera os clubes e os árbitros não tem poder de decisão nos jogos. Na contra mão da historia, o dirigente disse ser contrário a uma das inovações que é considerada revolucionária mundialmente. A FIFA vem fazendo estudos minuciosos relativamente à fixação de dois árbitros adicionais atrás dos gols, para que não passe lances que fujam do campo visual do árbitro central na área de pênalti.

Ao afirmar que o experimento vai onerar os clubes afirmando que os árbitros extras não terão nenhuma autoridade naquilo que observarem de errado no campo de jogo que fuja do campo visual do árbitro principal, demonstra que não leu a decisão do Board, mesmo que as associações e federações do Brasil tenham confirmado para 2011, a presença do árbitro atrás do gol não poderia ser ignorada pela Federação Paranaense de Futebol, que mais uma vez deixa o bonde passar.

Vale lembrar que a Federação Paranaense mencionou que usaria os árbitros atrás do gol, mas por incompetência de sua comissão de árbitros e desmascarados por uma reportagem mostrando que a FPF não havia solicitado autorização da FIFA via CBF perdendo assim o prazo e estariam proibidos de usarem da experiência em 2011.

Para maquiar esta desatenção que vai causar perdas irreparáveis para os apitadores locais que ficarão em desvantagem quando as competições a nível nacional começarem, o dirigente fala que não usará, quando o mais correto seria falar que esta proibido de fazer uso da experiência por incompetência sua e de seus subordinados.

O Blog do Marçal correu atrás das informações e descobriu que somente as federações de São Paulo e do Rio de Janeiro poderão fazer os testes com os árbitros atrás dos gols autorizadas pela FIFA. As demais não podem, pois não estão autorizadas e qualquer dirigente como o boquirroto Afonso Vitor de Oliveira que diga ao contrario a não ser que consiga uma autorização especial o que duvido, pois a FIFA é rigorosíssima nos seus cronogramas, estará usando do artifício de desviar o foco com factóides.

Frase: “A mentira roda meio mundo antes da verdade ter tido tempo de colocar as calças”. (Winston Leonard Spencer-Churchill)