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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Brigas internas e renuncia do tesoureiro marcaram 33º Congresso da ANAF

Só mudança de nome não impedirá subserviência da arbitragem brasileira. Blá blá blá e falta de atitude impediu avanços e manteve entidade no cabresto da CBF.

Foto gentilmente cedida por Arthur Alves Junior

Prezado leitores, no ultimo final de semana tivemos o 33º Congresso da ANAF, agora FEBRAF, em solo paraense. Eu, mesmo não sendo jornalista, estive lá a convite da ANAF representando o site www.apitonacional.com.br e o Blog do Marçal para cobrir o evento e faço abaixo um breve resumo do que aconteceu ou deixou de acontecer.

Primeiramente gostaria de esclarecer a alguns críticos que não viajei 2900 quilômetros de São Paulo até Belém do Pará para me ater aos acontecimentos e deixar de noticiar o que presenciei repassando aos meus leitores informações fidedigna que colhi. 

Fiz o meu papel da melhor maneira possível, se algumas pessoas acharam que desagreguei a arbitragem como chegaram a me acusar, quero lembrar a eles que não conspirei nos bastidores para tomar o poder como fez um dirigente da própria entidade chegando inclusive a levar um presidente de sindicatos ao seu estado com todas as despesas custeadas por dinheiro supostamente proveniente das contribuições dos seus associados para fechar aliança e tentar fundar e ocupar a presidência da FEBRAF. Também quero lembrar a eles que em momento algum debati com algum dirigente pedindo que esse se calasse na presença dos demais. Então se tem alguém que desagregue a arbitragem esse alguém certamente não sou eu.

Fui apelidado por alguns dos presentes no congresso de “homem bomba” por publicar a discussão entre Salmo Valentim defendendo a arbitragem e Arthur Alves Junior defendendo seu patrão Marco Polo Del Nero e desagregador por outros como já relatei, mas um dia se houver justiça a historia mostrara que agindo assim, já fiz mais pela arbitragem em geral do que a grande maioria dos que estavam no encontro. Sem contar que o mundo é uma roda gigante, onde um dia você esta em cima e no outro pode estar embaixo, que os bastidores do apito ferve mais que dia de camburão e um dia quem sabe toda sujeira seja publicada pelo homem bomba.


Durante a reunião foi pedido aos presentes que essa discussão no fosse divulgada para a imprensa, fato desnecessário sendo que toda discussão pode ser ouvida do lado de fora da sala. Se a ANAF quer proibir alguma coisa ou controlar as informações que serão publicadas, que escolha melhor os veículos de imprensa que leva para estas reuniões, pois este que voz escreve não aceita cabresto, não usara vendas e nem tão pouco se venderá por uma passagem aérea com estadias em hotéis de luxo e visitas a pontos turísticos.

Como a maior entidade do apito pode cobrar alguma coisa se é a CBF que banca seus eventos como relatou a mim Arthur Alves Junior em alto e bom som para todos ouvirem. Por sua vez a entidade banca a ida da imprensa especializada na tentativa desesperada de visibilidade e controle do que será noticiado.

Parafraseando Abraham Lincoln: "Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo".

Vamos aos pontos bons e aos pontos ruins deste congresso.

Pontos positivos:

> A recepção em Belém do Pará foi a melhor possível. O presidente do sindicato local Fernando Castro recebeu pessoalmente com extrema simpatia e cavalheirismo 90% dos dirigentes. Fernando e sua equipe de apoio fromada por Olivaldo Moraes, Márcio Gleidson, Luís Diego e pelos motorista da van Salccy Tavares e Marcelo Ramos, estiveram sempre a disposição para resolver qualquer problema apresentado por quem quer que fosse.

> As acomodações do hotel superaram as expectativas, duas torres arranha céus com quartos aconchegantes deram conforto aos visitantes. Também eram ótimas as condições da sala de reunião e do auditório que ofereceu acústica favorável, só não sendo capaz de abafar o discurso inflamado do tesoureiro da ANAF no épico embate com Arthur Alves Junior.

> Os coffee break foram satisfatórios com grandes opções a disposição de todos.

> Nas discussões do evento a mudança de nome da entidade, à transformação da ANAF em FEBRAF foi o ponto forte. Essa discussão foi importante, mas tem seu lado negativo que será relatado abaixo.

> De bom o surgimento nesse congresso de novos lideres e a afirmação de outros. Alguns deles já tinham dado o ar de sua graça nos dois últimos congressos como Fernando Castro e Charles Hebert, mas é bem vinda o surgimento de outros como Arilson Bispo, Ivaney Alves de Lima e principalmente Emerson Sobral, o discípulo de Salmo Valentim foi sem duvidas o destaque dos debates.  Se Salmo esta de saída,  Sobral chegou de vez para ocupar seu espaço. Outros dirigentes já com histórico de lutas em prol da arbitragem também tiveram participação ativa, o principal deles foi Genildo Januário, o Paraíba foi combativo defendendo sua palavra e suas ideias com a língua afiada e peixeira nas mãos.

Pontos negativos

Embora seja um hotel de ótimas qualidades, mostrou não estar preparado para grande acumulo de pessoas, pois junto com os dirigentes do apito o hotel hospedou três delegações que participaram dos jogos Escolares da Juventude, que reuniu cerca de 4 mil jovens de vários estados do pais com idades entre 15 e 17 anos em Belém. O acumulo de pessoas tornou impossível trafegar fazendo uso dos elevadores fora o péssimo sistema de internet que foi falho com a conexão lenta e caindo seguidamente o que dificultou  o trabalho da imprensa e o acesso à internet pelos hospedes e participantes do congressos.

Mais uma vez, como já tinha ocorrido em São Paulo, à organização do evento falhou na parte da alimentação, o restaurante do hotel não ofereceu muitas opções tanto nas refeições como no café da manhã obrigando alguns procurar alimentação em outros lugares.

A organização também não ofereceu as três refeições diárias que se faz necessário para quem fica enclausurado tomando decisões em reuniões como essa. Foi falha a comunicação não avisando claramente que cada um arcaria com suas despesas nas vezes em que saíram em grupos a convite da organização para jantares e passeios. Não foi raro ver um pedindo dinheiro emprestado a outro por ter sido pego de surpresa. Também foi grande o trafego de motoboys entregando pizzas no hotel para forrar o estomago vazio dos dirigentes que na maioria das vezes lancharam sem se alimentar direito.

Ouvi de um dirigente que a alimentação não era problema da entidade e que cada um deveria arcar com suas despesas para não encarecer os valores do evento. A impressão que da é que a ANAF esta preocupada em fazer economias com o dinheiro da CBF, o mesmo que ela faz pagando taxas irrisórias nas series C e D e na migalha como diárias enquanto seus dirigentes recebem salários astronômicos e mimos em todos os lugares que vão. 

Principal ponto negativo foi a proibição da cobertura de algumas reuniões, eu que sempre parabenizei a transparência fui pego de surpresa com a atitude no minimo suspeita e retrograda. Lamentavelmente tentaram esconder o que já era obvio e do conhecimento de todos há algum tempo, o racha e as tentativas de golpes na entidade. A ANAF neste ano regrediu proibindo mais do que em outras ocasiões, está se tornando uma entidade sem transparência onde tudo é resolvido em salas fechadas e na calada da noite.

A reativação da FEBRAF que transformou em meia-boca a transformação da associação em federação se mostrou que mesmo com boa vontade é grande a incompetência dos nossos dirigentes do apito, pois a profissionalização saiu há quase dois meses e eles ainda não tinham em mãos o processo que atestasse aos dirigentes a real situação da federação que reativaram no escuro para representar a arbitragem.

Fora isso, nada mais foi definido e jogaram tudo para o próximo congresso que será realizado no ano que vem em Aracaju. Tentaram mais uma vez reativar a escola, o mesmo que foi feito ano passado e mantiveram a liberação para os dirigentes trabalharem para as federações, ou seja, todos continuarão mamando nas tetas do poder aqui representado pelas federações locais e pela CBF.

A participação no evento de Sérgio Corrêa demonstra mais uma vez a subserviência da ANAF-FEBRAF com os patrões (CBF), pois em um evento onde foi selado o futuro da arbitragem, o patrão, quem estava pagando a conta, teve assento e voz assegurada.

A renuncia de Salmo Valentim, a segunda do ano, pois antes já tinha pedido demissão da comissão de arbitragem de Pernambuco e depois convencido a voltar atrás foi o grande momento do evento, onde dirigentes que o criticaram nos bastidores por sua atitude um dia antes no embate com Arthur derramaram lagrimas pedindo que o pernambucano permanecesse no cargo mostrando dependência da sua liderança e isenção para falar o que eles querem e não tem coragem de falar e dos seus inflamados discursos cobrando atitudes de todos. 

Eu fiquei sabendo na noite anterior sobre a renuncia de Salmo Valentim, ele mesmo leu para mim o texto da sua renuncia no corredor em frente ao quarto que estava hospedado e me afirmou varias vezes que não voltaria atrás e disse a mim que: "um homem que da um passo a frente, não da outro atrás não amigão" - palavras de Salmo Valentim. Acredito nele, mas torço que repense sua decisão, pois ele é muito importante para a arbitragem e só a arbitragem perderá com sua renuncia. Mas pelo lado pratico, caso não mantenha o que disse, ficará marcado como um dirigente de grandes discursos, mas de pouca palavras. Aliás, estará dando razão a um dirigente que diz que ele "vive de discursos”.

Quero registrar e parabenizar a presenças do árbitro catarinense Ronan Marques da Rosa e do assistente Luciano Benevides de Brasília que foram acompanhar o evento bancando suas despesas. Se Ronan entrou calado e saiu mudo não participando dos debates, Benevides mostrou posição inclusive questionando com propriedade Sérgio Corrêa quando teve oportunidade. Isso deve servir de exemplo para os demais para que participem, que cobrem dos dirigentes, que lutem por seus direitos e questionem nessas ocasiões o que esta sendo feito em seu nome. Só assim se farão respeitados.

Quero agradecer a todos a minha participação, o respeito e a forma acolhedora que fui recebido. Valeu pela parte turística, por rever os amigos e pelas novas amizades. Provavelmente esta foi a ultima vez que participei de um congresso de arbitragem, pois me recusarei a participar de qualquer evento onde as reuniões sejam as portas fechadas e seja proibido dar informações e opiniões isentas sem ter que ouvir palavrões e ser taxado de desagregador.

Para saber dos bastidores eu não preciso estar presente e para saber das decisões é só seguir o perfil dos dirigentes do apito traçado ao longo dos anos com a total subserviência aos dirigentes da CBF, quem verdadeiramente manda na arbitragem brasileira. Como disse em um post anterior, mudou o nome, mas as atitudes e a dependência continua as mesmas.

Frase:  “Não existem fórmulas perfeitas. Existem pessoas de atitude” (Larisse Ribeiro).

Abaixo assista um vídeo que conta a historia de Belém do Pará.


Conheça abaixo Mister Bacalhau, ele vende CDs e da show de graça no Mercado Ver-o-Peso em Belém do Pará.



Abaixo algumas fotos do evento.


Reunião da diretoria antes do Congresso.

Os irmãos Bozzano: Raphael e Giulliano.

Conselho Fiscal analisando as contas.

Visita ilustre direto de Portugal - Alberto Helder.

A simpática, competente e séria Érica Klauss - Secretária da ANAF.

Genildo Januário e Eli Carlos - Paraíba.

Jantar na noite do primeiro dia do congresso: Airton Nardeli (PR), Ciro Camargo (RS), Charles Hebert (AL), Castrinho (RS), Paulo Lira (AL), Salmo Valentim (PE), Marçal (SP) e Eli Carlos (PB).

A simpática e meiga Aldeilma Lima (RN).

Salmo Valentim, Ciro Camargo, Ivaney Lima e Genildo Januário.

Ciro Camargo (RS).

Cláudio Freitas (Delegado Especial CBF).

Ronan Marques da Rosa (SC).

Hélio Prado (SC).

Giulliano Bozzano (Diretor Jurídico FEBRAF).

Jamir Garcez (Presidente Sindicato DF).

Maria Antônia Silva (RO).

Carlos Castro (Presidente eleito Sindicato RS).

Dr. Gilberto (Advogado Sindicato Pernambuco).

Ailton Farias da Silva(SE).

Luciano Benevides (DF).

Fernando Castro e árbitros do quadro paraense.

Arilson Bispo e Rildo Góis (BA).

Ivaney Alves de Lima (SE).

Rildo Góis da DBAF homenageando presidente da ANAF-FEBRAF Marco Martins.

Salmo Valentim assinando carta de renuncia.

Sérgio Corrêa representou a CBF (Patrões).

Dirigentes emocionados batem palma após renuncia de Salmo Valentim.

Marçal e Ivaney - felizes após briga nos tribunais.

Kalil Valentim, futuro árbitro como o pai quer ou futuro doutor do coração como ele quer!

Hotel Tulip Inn.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Debate explosivo entre dirigentes marca segundo dia do Congresso da ANAF

Nesta sexta feira (8) teve inicio de fato os trabalhos dos dirigentes da arbitragem no 33º Congresso da ANAF. A parte da manhã foi marcada por uma decisão equivocada dos dirigentes que proibiram a presença da imprensa na plenária dos presidentes que foi feita a portas fechadas e trancada a sete chaves. Se a intenção era esconder os debates mais acirrados já esperados por todos devido aos últimos movimentos nos bastidores, principalmente em um encontro fechado em São Paulo entre o dirigente do sindicato paulista e o presidente do sindicato dos árbitros do Paraná que não é reconhecido pela ANAF, à estratégia não deu certo, pois berros e socos na mesa foram ouvidos por todos que estavam próximo do local da reunião inclusive a imprensa que esperava o fim da reunião.


UFC

A discussão explosiva teve inicio quando Salmo Valentim, defendendo a arbitragem do Norte-Nordeste disse ser por imposição do presidente da FPF Marco Polo Del Nero por supostamente este não gostar de nordestinos e que o dirigente não era o mais indicado para impor alguma coisa por ter um passado duvidoso como o indiciamento no caso Madona e as recentes investigações da Policia Federal.  Prontamente Arthur Alves Junior, funcionário da FPF, tentou defender seu patrão o que acabou em um acalorado debate onde Salmo aos berros pediu para que Arthur se calasse, pois ele deveria estar ali para defender os árbitros e não Del Nero. Salmo chegou a perguntar se Arthur era advogado do presidente da FPF, com a recusa de Arthur, Salmo pediu então que se calasse, pois não lhe daria a palavra, pedido acatado de forma humilhante pelo dirigente paulista.

Arrogância

Após a tensa reunião, houve uma pausa para o almoço onde foi registrada a chegada ao recinto do Congresso do poderoso chefão do apito brasileiro Sérgio Corrêa. Repetindo seu comportamento dos últimos anos, sua chegada foi cercada de mistério e arrogância que foi notada quando juntamente com Nilson Monção que o acompanhava se isolou em um local fechado para fazer sua refeição sem ligar a mínima para os presentes. Mesmo comportamento que teve quando adentrou a sala de reunião, cumprimentou de forma fria duas ou três pessoas e ignorou os mais presentes saindo em seguida para uma estratégica reunião com árbitros paraenses.

Profissionalização na Europa

O Português Alberto Hélder, convidado do evento, falou sobre profissionalização da arbitragem em Portugal e fez um balanço da arbitragem europeia.

Reeleição Martins
Marco Martins, mais quatro a frente da ANAF-FEBRAF

Em mais um discurso brilhante onde foi aplaudido de pé, Salmo Valentim abordou vários aspectos, o mais importante foi o lançamento da candidatura de Marco Martins a reeleição em 2014.

FEBRAF

Na deliberação mais aguardada do encontro, o presidente da agora extinta ANAF, Marco Martins, abriu o debate sobre a criação da Federação Brasileira de Árbitros de Futebol e por unanimidade, foi criada a FEBRAF-Federação Brasileira de Árbitros de Futebol (na verdade já existe), ela será reativada para substituir a ANAF em curto espaço de tempo.  O dirigente fez questão de frisar que não foi um golpe e que as eleições da FEBRAF deverão ocorrer em abril de 2014.

Por ultimo, registro que o presidente do sindicato dos árbitros do Paraná Airton Nardelli esteve presente na quinta feira e como não foi permitida sua participação no evento, retornou na manha desta sext feira ao seu estado. Também registro e parabenizo a presença do árbitro catarinense Ronan Marques da Rosa que veio especialmente prestigiar a abertura do evento devendo retornar ao seu estado e neste sábado onde no domingo tem jogo marcado pela Copa Santa Catarina.

A Abertura do evento com dirigentes e convidados encerrará logo mais as atividades do dia.

Frase: Na discussão, o vencido obtém maior proveito, pois aprende aquilo que ainda não sabia. (Epícuro).

terça-feira, 5 de novembro de 2013

ANAF realiza 33º Congresso pregando mudanças para continuar a mesma

Neste final de semana, dias 08, 09 e 10, teremos em Belém do Pará o 33º e ultimo Congresso da ANAF-Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, isso porque após o evento a entidade deverá ganhar um Up-Grade que se faz necessário após a criação da profissão do arbitro de futebol.

Após 16 anos de vida, a ANAF ganhara sua esperada maioridade, deixará de ser uma mocinha adolescente cheia de sonhos e descaminhos para se transformar em uma dama da sociedade. Juridicamente a Associação que foi fundada por pessoas com interesses comuns em prol da arbitragem se transformará em uma Federação (FENAF-Federação Nacional dos Árbitros de Futebol), com status e poder de negociação  infinitamente superior. Agora ela não terá mais que pedir para participar e sim ser ouvida necessariamente antes de qualquer decisão relacionada a categoria.

Os tempos mudaram, a mocinha e a arbitragem cresceram e nesse caminho deve seguir os árbitros e seus dirigentes que devem se adequar a realidade sob pena de serem engolidos pelo sistema. Não há mais espaço no meio para amadores, o futebol é altamente profissional, a arbitragem pelo menos no papel agora é, mas tem que ser também nas atitudes e o que esta faltando é uma união maior dos árbitros e a profissionalização dos dirigentes. Não é mais admissível que se aceite migalhas como cala boca enquanto outros segmentos fique com os lucros do apito, assim como não é mais admissível que se aceite escalas por critérios pessoais e nem tão pouco baseada em logística e custos.



Neste 33º Congresso os dirigentes devem deixar o turismo de lado não só para levar à mesa de discussões suas reivindicações, mas acima de tudo para cobrar que as deliberações sejam cumpridas ao pé da letra, o que infelizmente não ocorreu até hoje com as deliberações do 30º em Santa Catarina como a união dos sindicatos e as associações nos estados e a carta de São Paulo discutida no 31° Congresso. Esses assuntos caíram no esquecimento e sequer voltaram a pauta em qualquer reunião.

Itens da Carta de São Paulo: 

2) Paralelamente à profissionalização, devemos organizar os Sindicatos, com vistas à fundação da Federação Brasileira de Árbitros de Futebol (Febaf). Foi criada neste Congresso uma comissão para legalizar o maior número possível de sindicatos, que sob a coordenação da Anaf, encaminhará a questão da Febaf.

Comentário: Caiu no esquecimento.

3) Defendemos a criação da Escola de Arbitragem para formação e recrutamento de árbitros de futebol, sendo que tal atribuição deve ser das entidades de classe, conforme o art. 88 da Lei Pelé.

Comentário: Sérgio Corrêa deu um golpe na ANAF e criou pela CBF a ENAF-Escola Nacional de Arbitragem de Futebol. Também conhecida como "cabidão" (cabide) de emprego para onde a CBF manda como cala boca os dirigentes destituídos do poder.


Os dirigentes do apito também devem aproveitar a oportunidade para neste congresso decidirem de vez o que cada um quer. É hora de separar o joio do trigo, não há mais espaço para dirigente duplo, aquele que serve a Deus e ao diabo ao mesmo tempo. Ou ele serve aos árbitros ou serve as federações e a CBF. Não há necessidade e nem cobro confronto com os empregadores e sim que tenham posições e que lutem por elas, mas dirigente sindical sem exceção que presta serviços remunerados as federações não tem isenção para reivindicar e nem sentar para cobrar melhorias para a categoria, principalmente aqueles que são remunerados chegando ao absurdo de terem carteiras assinadas por federações.

A oportunidade está aí, o momento é esse! Ou mudam este cenário agora cortando na própria carne tendo em vista que a maioria esmagadora dos dirigentes que estarão no evento incluindo os três principais dirigentes da ANAF tem algum tipo de relacionamento com as federações e CBF, ou ficarão estagnado no tempo fazendo jornada dupla e vivendo nas abas sob as ordens das federações sendo vistos com desprezo pela imprensa, pelos árbitros e pelos demais dirigentes.

Desde que a atual diretoria assumiu a ANAF, ela tem priorizado o trabalho da imprensa e de forma transparente vem sempre que possível apoiando e colaborando para ampla cobertura dos eventos. Eu, mesmo não sendo jornalista formado, mas como representante de um veiculo de comunicação voltado a arbitragem, tenho acompanhado passo a passo tudo de bom e de ruim que aconteceu na arbitragem nos últimos vinte anos. Estive em 2011 cobrindo o 30º Congresso em solo catarinense, no 31º em São Paulo ocorrido em 2012, não estive no 32º em Recife, mas estarei neste 33º que será realizado em Belém do Pará.

Érico Veríssimo disse certa vez que quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento. Espero que os dirigentes do apito fortifique o seu moinho (ANAF-FENAF) para impedir que alguém levante barreiras capaz de retardar o processo que na minha visão é inevitável.

Durante os dias 8, 9 e 10 estrei abastecendo o site www.apitonacional.com.br com fotos e informações on-line sobre os debates e decisões dos dirigentes no congresso. Espero sua visita.

Desejo boa sorte a todos, principalmente a arbitragem e que Deus ilumine a cabeça dos participantes deste evento que promete ser um divisor de águas para o futuro da arbitragem.

Frase: No mundo de hoje, não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças. (Charles Darwin)