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terça-feira, 5 de novembro de 2013

ANAF realiza 33º Congresso pregando mudanças para continuar a mesma

Neste final de semana, dias 08, 09 e 10, teremos em Belém do Pará o 33º e ultimo Congresso da ANAF-Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, isso porque após o evento a entidade deverá ganhar um Up-Grade que se faz necessário após a criação da profissão do arbitro de futebol.

Após 16 anos de vida, a ANAF ganhara sua esperada maioridade, deixará de ser uma mocinha adolescente cheia de sonhos e descaminhos para se transformar em uma dama da sociedade. Juridicamente a Associação que foi fundada por pessoas com interesses comuns em prol da arbitragem se transformará em uma Federação (FENAF-Federação Nacional dos Árbitros de Futebol), com status e poder de negociação  infinitamente superior. Agora ela não terá mais que pedir para participar e sim ser ouvida necessariamente antes de qualquer decisão relacionada a categoria.

Os tempos mudaram, a mocinha e a arbitragem cresceram e nesse caminho deve seguir os árbitros e seus dirigentes que devem se adequar a realidade sob pena de serem engolidos pelo sistema. Não há mais espaço no meio para amadores, o futebol é altamente profissional, a arbitragem pelo menos no papel agora é, mas tem que ser também nas atitudes e o que esta faltando é uma união maior dos árbitros e a profissionalização dos dirigentes. Não é mais admissível que se aceite migalhas como cala boca enquanto outros segmentos fique com os lucros do apito, assim como não é mais admissível que se aceite escalas por critérios pessoais e nem tão pouco baseada em logística e custos.



Neste 33º Congresso os dirigentes devem deixar o turismo de lado não só para levar à mesa de discussões suas reivindicações, mas acima de tudo para cobrar que as deliberações sejam cumpridas ao pé da letra, o que infelizmente não ocorreu até hoje com as deliberações do 30º em Santa Catarina como a união dos sindicatos e as associações nos estados e a carta de São Paulo discutida no 31° Congresso. Esses assuntos caíram no esquecimento e sequer voltaram a pauta em qualquer reunião.

Itens da Carta de São Paulo: 

2) Paralelamente à profissionalização, devemos organizar os Sindicatos, com vistas à fundação da Federação Brasileira de Árbitros de Futebol (Febaf). Foi criada neste Congresso uma comissão para legalizar o maior número possível de sindicatos, que sob a coordenação da Anaf, encaminhará a questão da Febaf.

Comentário: Caiu no esquecimento.

3) Defendemos a criação da Escola de Arbitragem para formação e recrutamento de árbitros de futebol, sendo que tal atribuição deve ser das entidades de classe, conforme o art. 88 da Lei Pelé.

Comentário: Sérgio Corrêa deu um golpe na ANAF e criou pela CBF a ENAF-Escola Nacional de Arbitragem de Futebol. Também conhecida como "cabidão" (cabide) de emprego para onde a CBF manda como cala boca os dirigentes destituídos do poder.


Os dirigentes do apito também devem aproveitar a oportunidade para neste congresso decidirem de vez o que cada um quer. É hora de separar o joio do trigo, não há mais espaço para dirigente duplo, aquele que serve a Deus e ao diabo ao mesmo tempo. Ou ele serve aos árbitros ou serve as federações e a CBF. Não há necessidade e nem cobro confronto com os empregadores e sim que tenham posições e que lutem por elas, mas dirigente sindical sem exceção que presta serviços remunerados as federações não tem isenção para reivindicar e nem sentar para cobrar melhorias para a categoria, principalmente aqueles que são remunerados chegando ao absurdo de terem carteiras assinadas por federações.

A oportunidade está aí, o momento é esse! Ou mudam este cenário agora cortando na própria carne tendo em vista que a maioria esmagadora dos dirigentes que estarão no evento incluindo os três principais dirigentes da ANAF tem algum tipo de relacionamento com as federações e CBF, ou ficarão estagnado no tempo fazendo jornada dupla e vivendo nas abas sob as ordens das federações sendo vistos com desprezo pela imprensa, pelos árbitros e pelos demais dirigentes.

Desde que a atual diretoria assumiu a ANAF, ela tem priorizado o trabalho da imprensa e de forma transparente vem sempre que possível apoiando e colaborando para ampla cobertura dos eventos. Eu, mesmo não sendo jornalista formado, mas como representante de um veiculo de comunicação voltado a arbitragem, tenho acompanhado passo a passo tudo de bom e de ruim que aconteceu na arbitragem nos últimos vinte anos. Estive em 2011 cobrindo o 30º Congresso em solo catarinense, no 31º em São Paulo ocorrido em 2012, não estive no 32º em Recife, mas estarei neste 33º que será realizado em Belém do Pará.

Érico Veríssimo disse certa vez que quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento. Espero que os dirigentes do apito fortifique o seu moinho (ANAF-FENAF) para impedir que alguém levante barreiras capaz de retardar o processo que na minha visão é inevitável.

Durante os dias 8, 9 e 10 estrei abastecendo o site www.apitonacional.com.br com fotos e informações on-line sobre os debates e decisões dos dirigentes no congresso. Espero sua visita.

Desejo boa sorte a todos, principalmente a arbitragem e que Deus ilumine a cabeça dos participantes deste evento que promete ser um divisor de águas para o futuro da arbitragem.

Frase: No mundo de hoje, não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças. (Charles Darwin)

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