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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Ex-presidente da federação paraibana é condenada a cinco anos de prisão

Rosilene Gomes foi apenada por crime contra patrimônio e furto duplamente qualificado; Também acusado, Genildo Januário, presidente do sindicato a época,  foi inocentado

Rosilene Gomes - foto divulgação

Presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF) por 25 anos (1989/2014), de onde só saiu por decisão judicial, Rosilene de Araújo Gomes (70 anos), foi condenada a cinco anos de prisão, por “furto duplamente qualificado (abuso de confiança e concurso de pessoas), por desvio de 15 mil reais em materiais esportivos enviados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) à entidade da qual estava afastada”.

Além de Rosilene, Antônio Alves Gonçalves (Toinho), secretário da FPF na época, também foi condenado no processo que investigou desvio de materiais esportivos. Outras duas pessoas citadas no processo, Kléber Fábio Pereira de Lima e Genildo Januário Silva, foram inocentados.

A decisão, assinada em 11 de janeiro deste ano, é do Juiz Geraldo Emílio Porto, da 7ª Vara Criminal de João Pessoa/PB.

O juiz determinou na sentença que a pena de cinco anos deverá ser cumprida em regime semiaberto. Já Antônio foi condenado a cumprir quatro anos de reclusão, a serem cumpridos em regime aberto.

Na sentença, o magistrado relatou que a ré permaneceu clandestinamente dando ordens na Federação o que teria facilitado sua atuação criminosa. O juiz ainda classificou os crimes como injustificáveis, pois segundo ele, a ré teria agido motivada pela ganancia e lucro fácil tendo em vista que a mesma comercializa materiais esportivos na capital paraibana.

A defesa de Antônio Gonçalves disse que o acusado confessou a prática delitiva, mas que agiu sob as ordens de Rosilene, e não teve a intenção de subtrair os materiais.

Rosilene foi condenada com base no artigo 155, parágrafo 4, do Código Penal, caracterizando o delito como furto qualificado, já que houve abuso de confiança e foi mediante concurso de duas ou mais pessoas.

A decisão cabe recurso e o magistrado decretou que os réus recorram em liberdade.

Entenda o caso

Em 2014, a Junta Administrativa que administrava a entidade a época, deu entrada numa representação criminal contra dois funcionários da entidade e contra o então presidente de sindicato dos árbitros acusando-os de “furto qualificado”. A denúncia dizia que a CBF enviou um kit com 355 itens da Seleção Brasileira para a Federação, avaliado em R$ 15 mil, mas que este acabou sendo “desviado” para Rosilene Gomes, a ex-presidente da entidade.

A investigação interna durou cerca de 3 meses, pois segundo Eduardo Faustino, membro da Junta Governativa da FPF, os envolvidos permaneceram em silêncio e tudo só foi elucidado após um e-mail recebido pela CBF comprovando o envio do material, que foi doado também às outras federações do país.

Genildo Januario e Rosilene Gomes - foto divulgação

Segundo a denúncia, os documentos que comprovaram a entrega da encomenda mostra que esta foi recebida por Antônio Alves Gonçalves, o secretário-geral da entidade que é conhecido por Toinho.

O documento diz ainda que Toinho junto com o motorista da FPF, Kleber Fábio Pereira da Silva, enviaram sem o conhecimento da Junta o kit para Rosilene, num ato que segundo os dirigentes da Federação corresponde a furto.

Ainda de acordo com a denúncia, o envio do material esportivo para Rosilene teria contado com o conhecimento de Genildo Januário, então presidente do Sindicato dos Árbitros da Paraíba.

A época, a Federação Paraibana de Futebol divulgou o conteúdo do kit supostamente desviado da FPF para Rosilene: 50 meiões de jogo, dez chuteiras, cinco camisas polo, 20 calções de jogo, 40 calções de treino, 20 calças de treino, dez jaquetas de frio, 20 casacos-hino, 50 camisas térmicas, 50 calções térmicos e 80 agasalhos. Todos produtos da Seleção Brasileira de Futebol.

Na época, Genildo Januário confirmou o caso em reportagem. Segundo ele disse, estava viajando quando soube por Toinho que o material tinha chegado e sido colocado na sala do sindicato. Ao chegar de volta a João Pessoa, viu que o kit não era da entidade que presidia e avisou isto ao secretário-geral, que por sua vez pediu ajuda para colocar tudo dentro de um carro.

“Ajudei como ajudaria qualquer pessoa. Toinho disse que era de Rosilene Gomes e eu acreditei. Apenas ajudei ele a colocar o material no carro, mas não tenho nenhuma responsabilidade com o suposto desvio. Vou levar esta versão a quem precisar, porque ela é a verdadeira”, declarou GJS na ocasião. 

Veja a sentença abaixo na integra.









Imagens Blog do Gordinho

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

regulamento RASGADO!


No ultimo sábado (20), jogaram Taboão da Serra e São Carlos pela segunda rodada da Serie A3 do Campeonato Paulista. A partida teve um vencedor, o time da casa que fez dois 2 a 0, e um grande perdedor, a arbitragem paulista.

Em mais uma decisão equivocada da comissão de arbitragem paulista, que apesar de vários membros, se resume a um só nome, o todo poderoso Dionisio Roberto Domingos, escalaram uma árbitra sem as qualificações exigidas para a partida conforme as normas da arbitragem paulista escrita pelo próprio Dionísio. O mesmo Dionísio que tem tantas exigências com os árbitros sequer cumpre o que escreve!

Infelizmente a arbitragem paulista, entregue por mais de uma década a um estranho no ninho (Cel. Marinho) que resultou no sucateamento e envelhecimento daquela que é considerada a melhor do país, esta agora nas mãos de um dirigente soberbo, arrogante e mal preparado que se acha um Deus, mesmo não tendo realizado até hoje qualquer trabalho que o credencie a ser um simples Querubim. Vale lembrar que esse mesmo dirigente foi praticamente escorraçado da CBF, após, supostamente, tramar contra Sérgio Corrêa que o colocou lá e de Santa Catarina quando tentou implementar esses mesmos métodos, mas nitidamente protegia, a época, sua amada Nadine Bastos, com escalas acima de um nível aceitável.

Na verdade o dirigente sequer respeita ou cumpre o que ele mesmo escreve.

Adeli Mara Monteiro não tem índice físico masculino como exige as normas de classificação dos árbitros de futebol, que no item 7 (Fator condições física), paragrafo 2 letra B diz que as integrantes do gênero feminino, caso não atinjam os índices para as competições masculinas; farão avaliações de índice feminino para atuarem nas competições não profissionais (amadoras)” (veja abaixo).




O outro lado

Procurei, na manhã do sábado e em tempo hábil para mudanças, Dionísio Domingos e José Henrique, abordando o assunto. Dionísio, no alto do pedestal, como sempre não quis se pronunciar. Já Zé Henrique, via celular, infirmou que a escala tinha sido um erro de um subalterno, mas que na sua visão de momento, deveria ser mantida, pois a árbitra já estava em deslocamento para o local da partida. Porém disse que consultaria antes os demais membros da comissão para tomar uma decisão, ficando nítido e cristalino que consultaria Dionísio, que todos sabem quem manda verdadeiramente e comanda com mãos de ferro a CEAF Paulista.

A árbitra Adeli Monteiro não tem culpa alguma do ocorrido, pois a ela cabe cumprir as escalas que é designada. A culpa pelo erro é de quem a escalou e sequer conferiu se a mesma preenchia todos os pré-requisitos para a partida. Enquanto isso, outras com índice masculino não são escaladas por não fazerem parte do grupinho do vale, tão prestigiado por Dionísio Domingos e sua comissão de subservientes.

Veja abaixo a escala da partida.



segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Se convidar eu vou

Santa Catarina 2016

Nesta terça-feira (9) embarco para Belo Horizonte, onde cobrirei, para os veículos de comunicação que represento (Blog do Marçal e Apitonacional), a pré-temporada da arbitragem mineira. De lá, na quinta (11), sigo direto para Blumenau, em Santa Catarina, onde confiro a pré-catarinense.

Todo inicio de ano é assim, recebo vários convites, estou aberto a eles, mas infelizmente não tenho como aceitar todos. Tem sido assim desde 2011 e desde então estive em diversos estados como São Paulo (onde moro), Alagoas, Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina entre outros, cobrindo os trabalhos da arbitragem local sempre a convite dos dirigentes.

Reteste CBF em Jundiaí/SP 2012

Minha função nessas viagens é observar, interagir com árbitros e dirigentes se convidado, registrar todas as atividades através de matérias e fotos nos canais já mencionados e passar um Feedback caso seja solicitado.

Para aceitar o convite algumas regras precisam ser cumpridas e respeitadas. A principal delas é a liberdade para estar em todas as atividades e independência para mostrar e escrever o que foi visto e ouvido sob minha concepção. Em hipótese alguma é permitido ou aceito qualquer maquiagem ou manipulação na informação a ser repassada aos internautas.

Alagoas 2011

Certa vez um dirigente disse que minha ida a sua pré era como uma auditoria, pois tinha através de mim uma visão mais apurada do trabalho realizado pela sua equipe, além de receber de mim sugestões de fatos presenciados em outros estados que enriqueceram o conteúdo da sua pré. 

Durante a minha estadia registro tudo, mostro tudo e comento o trabalho realizado. Se ele for bom é elogiado, mas se for ruim, com certeza vou criticar.

Visita à Comissão de arbitragem da CBF 2015

Outra regra é a logística da viagem. Cabe a quem convida arcar com as despesas básicas como passagens aéreas, hospedagem, alimentação e transporte interno quando necessário. Além disso, em nenhum momento é cobrado qualquer valor para fazer esse trabalho que entendo ser muito importante, pois além de divulgar a arbitragem local a nível nacional, o apresentado pode ser usado como referencia para aperfeiçoar o bom trabalho e corrigir as possíveis falhas.

Quero aproveitar e parabenizar todos os dirigentes dos estados que visitei, pois em todos tive total liberdade para trabalhar, para elogiar e criticar quando necessário aceitando principalmente as criticas com naturalidade sem que isso abalasse a confiança e o respeito pelo meu trabalho.

Minas Gerais - 2017

Caso você queira que eu visite seu estado para divulgar sua arbitragem local, basta convidar que estarei a sua disposição sempre!

sábado, 6 de janeiro de 2018

Manter ou renovar!
Federação Paulista de Futebol usa Copa São Paulo para dar ritmo aos veteranos em vez de revelar jovens árbitros 


A Federação Paulista de Futebol esta realizando, de 02 a 25 de janeiro, a 49ª Copa São Paulo de Futebol Júnior. A maior competição da categoria no país tem números impressionantes como os mais de três mil atletas inscritos oriundos de quase 800 cidades do país distribuídos nos 128 times divididos em 32 grupos. Ao todo, 25 estados brasileiros e o Distrito Federal, além de atletas estrangeiros estão representados na competição.

Segundo o censo da competição, ao todo, são 774 cidades brasileiras com pelo menos um atleta inscrito no torneio. Dos 3.079 garotos que disputam a copinha, nove são estrangeiros sendo dois chineses, dois uruguaios e dois portugueses, além de um haitiano, um hondurenho e um indonésio.

Os clubes usam o torneio principalmente para revelar atletas para suas equipes principais e para negociar jogadores fazendo entrar dividendos nos seus cofres.

Na arbitragem não deveria ser diferente, deveria ser exclusivamente para revelar jovens árbitros, mas não é! A entidade do estado mais rico da federação tem mais de 400 árbitros inscritos no seu departamento. Desses, pouco mais da metade estão trabalhando nas divisões de base aguardando oportunidades para mostrarem que tem condições de ascenderem na carreira e chegar aos grandes jogos. Muitos deles ficam só no sonho, o tempo passa, as oportunidades não aprecem, as escalas diminuem e os diamantes terminam abandonando a carreira sem serem lapidados perdendo tempo e o investimento.

A copinha seria a vitrine perfeita para a revelação de novos talentos para a renovação que se faz necessário, mas a Comissão de Arbitragem, capitaneada pelo ex-árbitro Dionisio Roberto Domingos, demonstra o mesmo erro e a habitual covardia do antecessor Cel. Marinho que ficou uma década no comando da arbitragem sem revelar sequer um árbitro a nível nacional. Marinho escalava só árbitros rodados nos jogos deste torneio com medo de escalar jovens e ter problemas nas partidas e assim perder poder, o emprego e a polpuda grana que recebia como chefe do apito paulista. O resultado foi o pior possível com o sucateamento da arbitragem paulista, hoje velha e sem uma base para a renovação com um minimo de qualidade.

Curiosamente o comandante foi demitido após escalar um desses medalhões de forma irregular numa edição anterior do torneio (Flávio Guerra estava suspenso pelo STJD).

Em 2016 Flávio Guerra atuou suspenso pelo STJD na partida São Paulo x Figueirense

Neste ano, a comissão atual, divulgou até aqui, as escalas de 192 jogos das três primeiras rodas do torneio. Nessas designações, principalmente nas partidas da terceira rodada, escalou os principais árbitros do seu quadro, muitos deles com rodagem internacional como os FIFAs Raphael Claus e Luiz Flavo de Oliveira, além de outros que apitam a principal divisão do Estado (A1) e as principais competições da CBF como Flavio Rodrigues de Souza, Vinicius Furlan, Thiago Duarte Peixoto, Vinicius Gonçalves Dias Araújo, Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza e Salim Fende Chavez.

Mas a dependência dos antigões não para por ai, ainda utilizaram Thiago Luis Scarascati, Douglas Marques das Flores, Adriano de Assis Miranda, Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral, Leandro Bizzio Marinho, Aurélio Sant Anna Martins, Jose Claudio Rocha Filho e Rafael Gomes Felix da Silva que já apitam jogos da primeira divisão do Paulistão.

O mesmo sistema também foi adotado com os assistentes, só que em menor proporção. Nas escalas aparecem nomes como Claudenir Donizeti Gonçalves da Silva, Miguel Cataneo Ribeiro da Costa e Daniel Luis Marques com experiências em jogos da primeira divisão do estado e jogos da CBF.

O Blog procurou Dionisio Domingos que não retornou contato. Já José Henrique de Carvalho, presidente da CEAF paulista, disse por telefone que os árbitros foram escalados a pedido deles mesmos para pegarem ritmo de jogo tendo em vista que estão em inicio de temporada.


O Blog do Marçal respeita a informação, mas não concorda e  explico porque. O árbitro consagrado só tem a perder atuando nesta competição, pois se for bem não será mais que obrigação, mas se for mal estará sendo observado e questionado sua condição podendo até mesmo prejudicar a carreira. A explicação que é para dar ritmo aos árbitros não convence, pois os mesmos devido a pouca importância do jogo para eles levando em consideração com os grandes jogos que estão acostumados, não terão motivação suficiente para acompanhar as partidas de perto. A tendencia é plantarem como bananeiras no meio do campo e acompanhar as jogadas de longe o que certamente será prejudicial não só para a arbitragem assim como o jogo todo.

Rafael Felix Gomes da Silva apitou a final de 2017 e atua em jogos da CBF

Além disso, se sofrerem qualquer tipo de agressão ou cometerem grande erro, estarão na mídia nacional, podem sofrer punições desportiva além de virar motivos de chacotas não deixando de incluir os riscos das lesões.

Por fim, deixo uma pergunta no ar que só teremos respostas com o passar dos anos. O que é mais importante, dar ritmo a árbitros experientes e rodados ou revelar e dar experiência a novos valores?

Obs. A critica não é ao árbitro, eles não tem culpa de serem escalados, não é pessoal e nem ao cidadão, mas sim a covardia do dirigente que prefere manter seu emprego em vez de arriscar e fazendo algo diferente do que ali estava. Se fosse para continuar a mesma coisa, não teria necessidade de mudanças.

O todo poderoso Dionísio Domingos assumiu a arbitragem paulista botando pavor e reformando geral. Trocou colaboradores, extinguiu e criou novos cargos, implantou novas determinações, regulamentos, metodologia, mas no contexto geral continua tudo como antes com a arbitragem patinando como um carro de alta potencia atolado em bancos de areia.

Acompanhe abaixo as escalas dos medalhões.