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terça-feira, 6 de dezembro de 2016



O que eles disseram!



Na Coluna do Fiori do dia 26 de novembro, no post “Papo/entrevista com Arthur Alves Junior”, publicada no Blog do Paulinho, o Presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (Safesp), Arthur Alves Junior, fez comentários explicando a relação de trabalho ou prestação de serviços, como ele disse, firmado em contrato de prestação de serviços entre Marcelo Marçal e o Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (Safesp). Como fui citado, gostaria de usar este espaço para prestar alguns e merecidos esclarecimentos trazendo à luz do dia a verdade dos fatos. Claro que não sou o dono da verdade, mas posso provar, inclusive com áudios de tudo que aqui relatar.

Meias verdades

O que disse o colunista
O Colunista autor do post, Euclydes Zamperatti Fiori, talvez por desconhecimento das necessidades e opções de escolhas de um site para publicar matérias, disse que não publiquei matéria com áudio captado para uma entrevista que fiz com ele por conta de ter havido uma reaproximação entre mim e o presidente do Safesp. O que não é verdade.

Na ocasião da entrevista eu ainda nem sonhava em voltar a trabalhar com Arthur. A matéria não foi publicada pelo simples motivo que o conteúdo coletado não traria nenhum fato novo, algo de concreto que pudesse chamar a atenção dos leitores e por haver outros assuntos que poderiam dar mais repercussão na época. Tempos depois e após ser informado que havia esse pensamento, procurei o áudio para publicar e assim tirar as duvidas, mas lamentavelmente foi deletado e uma copia do conteúdo gravado nos estúdios do Blog do Paulinho foi enviada a mim, mais infelizmente nunca chegou à minha caixa postal.

O que disse Arthur
Por sua vez, Arthur diz no áudio que me demitiu no dia da sua posse, o que em parte é verdade e explico a seguir: Na noite da posse realizada no salão de eventos da Federação Paulista de Futebol (FPF), já no final da festa que foi dada na sede do sindicato e já alterado pela grande quantidade de álcool ingerido, o presidente recém-empossado se aproximou de mim dizendo que tinha algo para me falar e antes de qualquer coisa eu disse a ele que sabia do que se tratava, pois já tinha sido alertado por outros que, apesar de pessoalmente me dizer o contrario, ele não iria continuar com meus trabalhos. Disse a ele que entendia a situação e deixei-o a vontade para dispensar meus serviços se assim fosse sua vontade. Desejei boa sorte na sua gestão que estava iniciando naquele dia, pedi que ele nunca traísse a confiança depositada nas urnas pelos associados, mas que esperava ser indenizado pelos longos anos de dedicação e serviços por mim prestados a entidade que agora ele presidia.

Arthur me disse que poderia ficar sossegado, que a entidade e ele saberiam recompensar minha dedicação, fato que nunca ocorreu, pois nunca recebi um centavo sequer do que me era devido de indenização na época. Inclusive cheguei a acionar a entidade na justiça, mas fui convencido pelo ex-presidente a retirar a ação, fato que me arrependo até hoje devido à forma como ele administrou a entidade desde então e pelo desinteresse que os associados têm com o patrimônio que é deles e que vem sendo delapidado dia após dia sem que alguém faça algo para impedir.

Para que entendam, comecei meu trabalho no Safesp em 2004 quando a pedido do então presidente Sérgio Corrêa desenvolvi e implantei na internet o site da entidade gerando economia de quatro mil reais bimestral à época, valor que era gasto com a impressão do jornalzinho do apito que era confeccionado mensalmente e enviado aos associados.

Contrato
Permaneci afastado do sindicato até 2014, quando na ocasião da Copa do Mundo, recebi diversos telefonemas do presidente - tenho testemunhas se preciso - me convidando para voltar a trabalhar com ele, dizia ele que precisava de mim e que minha volta contribuiria para o engrandecimento da entidade. Recusei o convite varias vezes argumentando que tinha uma linha diferente, de criticas e que não concordava com muitas coisas que ele realizava no sindicato. Também argumentei que tinha publicado varias matérias criticando sua gestão e que por esses motivos minha contratação pelo sindicato traria perda de credibilidade pra mim e que não mudaria a linha critica e isenta em hipótese alguma. Para meu espanto o mesmo disse não se importar com as matérias, com as criticas e que se eu aceitasse o convite teria toda liberdade e isenção para escrever o que quisesse desde que não fosse no site do sindicato. Fato que realmente aconteceu, pois no período de pouco mais de um ano que lá permanecei, nunca sofri qualquer tipo de pedido ou censura pelo que publicava no Apitonacional e Blog do Marçal.

Obs. O acordo foi firmado em contrato de prestação de serviços assinado por mim (Marcelo Marçal), pelo presidente do Safesp (Arthur Alves Junior), pelo vice-presidente (Leonardo Schiavi Pedalini) e pelo diretor tesoureiro (Carlos Donizeti Pianosqui). Contrato esse que apesar das três copias, nunca foi me dado uma com a desculpa que teria que ser registrado antes.

Denuncias
Permaneci trabalhando no sindicato até dezembro de 2015 quando publiquei as denuncias relatando assedio sexual e moral no Blog do Marçal que acabaram resultando na demissão do dirigente do cargo de membro da comissão de arbitragem que exercia na Federação Paulista de Futebol (FPF). Uma semana antes das denuncias serem publicadas, fui à sede do sindicato onde em reunião expus tudo que estava ocorrendo ao Arthur. Falei das informações que corria nos bastidores, que eram acusações muito graves e apresentei os áudios que tinha recebido (de uma árbitra, de um assessor e da ex-secretária). Disse que isso traria um escândalo com consequências graves e inimagináveis para ele. Disse também que entendia que ele deveria renunciar ao cargo de presidente do Safesp para preservar a categoria, a entidade, seus familiares e assim poder se concentrar na sua defesa. Se é que existisse como!

Ele respirou, pensou e no auge da sua arrogância disse que não tinha feito nada, que não renunciaria e que podia fazer a matéria que não ia dar em nada. O resto todo mundo sabe no que deu.



No dia 4 de dezembro, três dias depois da matéria que denunciou o assedio, recebi pelos correios carta notificando meu desligamento do Safesp (acima). Um dia após a denuncia a FPF demitiu Arthur do seu quadro de funcionários.

Porque aceitei
Sempre me perguntam por que aceitei trabalhar no Safesp, porque fiz as denuncias e tem uns que me rotulam como traidor. Para essas pessoas respondo em três partes que são:

Aceitei pela proposta financeira que na época era o triplo do valor pago a mim por outras entidades e eu como pai de família precisava e preciso pagar minhas contas. Nenhum dos que me criticam em qualquer ocasião deu um centavo sequer para ajudar a manter o trabalho que desenvolvia e desenvolvo a duras penas até o dia de hoje.

Todas as condições que pedi para aceitar o trabalho foram colocadas no contrato de prestação de serviços. Entre elas liberdade e isenção para desenvolver meu trabalho no Apitonacional e Blog do Marçal pelo qual não poderia ser responsabilizado e liberdade para trabalhar em outros sites. Também levei em consideração o enriquecimento do meu currículo que seria proporcionado com o meu trabalho na maior entidade sindical de árbitros do país, pelo menos no nome, e pela aproximação com as lideranças da categoria que me deu conhecimento, farta informações transformando meus veículos de comunicação em lideres de audiência e de credibilidade.

Como mencionei acima, quando da ocasião das matérias denunciando assedio sexual e moral, Arthur foi o primeiro a saber do conteúdo das denuncias contra ele quando apresentei todo material coletado dando o amplo direito de resposta. Lamentavelmente ele não quis se defender. Mesmo assim, com a matéria já pronta, liguei para ele, tenho áudio, dizendo que ia publicar e se ele quisesse falar algo sobre o assunto, o momento seria aquele e mais uma vez ele não quis se pronunciar.

Sergio Corrêa
No áudio, Arthur diz que me contratou a pedido de Sérgio Corrêa. Desconheço essa informação e fato nunca dito a mim nas diversas ocasiões que estive junto com o ex-presidente da comissão nacional de arbitragem. Lembro que pouco antes da posse em abril de 2011, Arthur me informou que a pedido do Sérgio eu continuaria trabalhando no sindicato e afirmou ‘que não mexeria com ninguém que trabalhava com o ex-presidente’. Logo depois demitiu a todos!

Honraria
Quando afastado do sindicato e após varias matérias denuncias contra o dirigente, durante uma assembleia com associados, foi votada e aprovada uma monção me tornando ‘persona non grata’ da arbitragem. Em contrapartida, tempos depois, mais precisamente no dia 30 de maio de 2012, fui condecorado com a maior honraria da casa, com a medalha 9 de abril, entregue pessoalmente por Arthur Alves Junior por relevantes serviços prestados a arbitragem (foto abaixo).



Justiça
Arthur já mencionou diversas vezes que esta acionando seus denunciantes na justiça por conta da matéria de assedio sexual e moral. Com exceção de ter sido intimado para comparecer na 23ª delegacia de Perdizes para prestar esclarecimentos, afirmo que até o presente momento não fui notificado de nenhum processo por parte do presidente ou da entidade Safesp, mas que caso isso ocorra, será um enorme prazer, pois poderei disponibilizar para a justiça todo conteúdo coletado na ocasião.


Frase: “Ontem eu acreditava em todas as mentiras, hoje eu duvido de todas as verdades” (M. L. Cavalcante).