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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Diga-me com quem tu andas e direi quem tu és!

No último dia 15 de setembro o maior bem feitor da arbitragem Sergipana, senhor Ivaney Alves Lima (esse jovem senhor de camisa branca na foto ao lado) – Presidente da Associação de Árbitros de Sergipe, que é reconhecida pela Anaf como a representante da arbitragem daquele Estado perante a entidade e a Profª. Thayslane Costa – Diretora da Escola de Árbitros de Sergipe, estiveram no Rio de Janeiro para conhecer as instalações da EAFERJ e aproveitaram para conversar sobre o próximo Encontro de Diretores de Escolas de Árbitros que será realizado nos próximos dias 25 a 27 de novembro em Aracaju – Sergipe. Fui convidado, estou tentando um patrocínio, se conseguir, irei cobrir esse encontro, rever velhos amigos e colocar as novidades em dia.

Esta visita estreitam os laços entre os dirigentes da arbitragem dos dois Estados que são exemplos para os demais. No Rio de Janeiro os dirigentes são invejados, pois é amplamente noticiado diariamente na grande imprensa os grandes feitos desses dirigentes em prol da arbitragem, feitos que trazem grandes conquistas e deixam os apitadores daqueles Estado felizes com os seus dirigentes. Em Sergipe, a historia se repete, apesar do Presidente José Carivaldo de Souza estar a 25 anos no comando da Federação Sergipana, os dirigentes de clubes fazem fila na porta da Federação pedindo a sua permanência tendo em vista que todos os clubes daquele estado estão com ótima situação financeira e disputando os principais campeonatos do país.

A arbitragem é o reflexo do sucesso dos clubes poderosos e de seus dirigentes, com árbitros reconhecidos em todo território nacional. A renovação é constante, tem aquele árbitro que pode ser Fifa no ano que vem, tem aquele outro que também pode ser indicado, enfim, a lista é grande e as possibilidades são grandes do escudo Fifa ir para o Estado no ano que vem. Reconhecidamente, em todas as rodadas do Campeonato Brasileiro, temos vários árbitros Sergipanos escalados nos grandes jogos da Série A.

Fora todas essas conquistas, não posso esquecer de um famoso assistente que já ganhou muitos troféus como o melhor em vários campeonatos que trabalho e até mesmo em alguns que nem trabalhou, segundo informações, ele esta entrando na justiça para ver se consegue um Habeas corpus para ser o assistente Brasileiro na Copa de 2014, afinal, ele só tem 40 anos e esta na flor da idade. Dizem algumas fontes próxima a ele (mas não tão próximo assim, em momentos de furia, ele pode ser perigoso), que é seu sonho trabalhar em uma partida no estádio Batistão que foi indicado por seu Estado para a Copa. Eu acho uma injustiça o que fazem com ele, sem duvidas nenhuma, é o maior bem feitor da arbitragem Sergipana, trabalha diuturnamente em favor da arbitragem, sob seu reinado a arbitragem Sergipana voltou a ser respeitada. Por isso estou torcendo por ele, o que não se consegue em um campo de futebol, pode ser perfeitamente adquirido através da justiça e convenhamos, ultimamente é mais fácil através da justiça do que por méritos próprios, não é mesmo?

A visita serviu também para uma reunião da direção da EAFERJ com a direção da Escola de Formação de Árbitros José Carivaldo de Souza onde foram tratados assuntos pertinentes ao 3º encontro, retribuindo assim a visita feita pela direção da EAFERJ, já que no mês passado o Professor Carlos Elias Pimentel esteve em Aracaju conversando sobre o evento não só com o Presidente da Associação de Árbitros e com a Diretora da Escola, como também com o presidente da Federação Sergipana de Futebol Sr. José Carivaldo de Souza e com o secretário de esportes de Sergipe Sr. Mauricio Pimentel que estão dando total apoio ao encontro.

A FERJ, através do seu presidente, o Dr. Rubens Lopes, e a EAFERJ vem dando total apoio à realização e organização do evento. É mais um passo que Rubens Lopes da para conquistar a cadeira de Ricardo Teixeira, outro exemplo de dirigente!

Não sei se dou risada ou se choro!

Frase: “Por ironia do destino a árvore chorou quando viu que o cabo do machado era feito de madeira”. (Eduardo Poly)

Foto: Prof. Carlos Elias Pimentel (Esquerda), Thayslane Costa e  Ivaney Alves Lima - Foto: Úrsula Nery/ Agência FERJ.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Blogueiro diz que Campeonato Paulista de 1993 pode ter sido comprado com um “Omega”

O blogueiro Paulo César de Andrade Prado postou hoje, dia 21, em seu Blog (Blog do Paulinho) que o Campeonato Paulista de 1993 pode ter sido comprado com um “Omega”.

Segundo o jornalista, a final de 1993 disputada entre a equipe do Corinthians e a do Palmeiras, foi uma das finais de Campeonato Paulista mais polêmica de toda a história. A partida foi realizada no dia 12 de Junho de 1993 no Estádio do Morumbi. O Corinthians havia vencido a primeira partida por um a zero e precisava apenas empatar para garantir o título contra o Palmeiras, seu maior rival, à época, quase 17 anos na fila.

Turbinado pelo dinheiro da Parmalat, José Carlos Brunoro, executivo responsável pela “parceria”, contatou o ex-árbitro Fifa José de Assis Aragão (ele abandonou a carreira em 1989), muito influente naquela época para fechar o que seria um acordo de vitória. Escolheram um árbitro, José Aparecido de Oliveira, e acertaram as bases da negociação.

Duas foram às exigências, mas apenas uma delas foi cumprida. Para o árbitro, um Ômega, considerado o carro do ano em 93. Caríssimo. Aragão pediu, para si, que fosse alçado à posição de auxiliar de V(W)anderlei(y) Luxemburgo, tentando que estava emplacar na carreira de treinador. No ano seguinte, Luxa não o quis.

No final da partida, o Palmeiras venceu por quatro a zero (três a zero no tempo normal), o Corinthians teve três jogadores expulsos, sofreu uma penalidade discutível, mas decisiva, na prorrogação, e Edmundo, após dar uma voadora em Paulo Sergio na frente do auxiliar Oscar Roberto Godoi, nada sofreu.

Essa história foi contada para o jornalista por um conhecedor dos bastidores palestrinos, ontem, em um jantar informal. Segundo o Jornalista, é óbvio, esta história jamais será comprovada, porém, segundo ele, não tem razões para duvidar de quem a divulgou. Até porque, segundo ele, nunca teve dúvidas da atuação, no mínimo suspeita, da arbitragem.

Obs 1: Em 1993, Dionisio Roberto Domingos, Oscar Roberto Godoi e João Paulo Araújo disputaram rodada a rodada não só a liderança nas escalas, mas também a chance de apitar a grande final. Após a definição de Dionisio como árbitro da primeira partida, ficou a expectativa para a segunda partida. A Federação Paulista decidiu que os três e mais o árbitro José Aparecido de Oliveira (foto abaixo) iriam para o Morumbi e, já nos vestiários participariam de um sorteio que apontaria o árbitro central, os dois auxiliares e o árbitro reserva.

O sorteio definiu que Jose Aparecido de Oliveira apitaria a partida, Oscar Roberto Godoi seria o auxiliar 1, Dionisio Roberto Domingos o 2 e João Paulo Araújo o árbitro reserva. José Aparecido era o 8º em números de escalas, o azarão do sorteio, mas deu sorte e apitou sua terceira final de Paulista e segunda consecutiva, no ano anterior já tinha apitado a vitória do São Paulo em cima do Palmeiras.

Obs 2: Em 1993 eu já fazia parte do quadro de árbitros da Federação Paulista de Futebol, estava no meu primeiro ano, condição que me colocava somente como ouvinte e não omitir opinião ou dar pitacos em assuntos como esse era regra primordial para permanecer no quadro. Nesta situação relatada, percebi algumas vezes na ocasião, comentários alusivos de forma jocosa a um certo Omega atrelado a essa final, comentários que nunca foram formalizados caindo assim no esquecimento. Ao ler o post no Blog do Paulinho, me recordei daquela época e estou reproduzindo para que quem viveu aqueles momentos assim como eu, possa recordar e tirar suas conclusões.

Obs 3: Em 1993 a equipe do Palmeiras tinha uma parceria com a empresa multinacional Parmalat, com o cofre cheio de recursos, formou uma equipe muito superior a do Corinthians e das demais equipes ganhando o campeonato com justiça. A exceção foi à primeira partida onde o Corinthians ganhou por um a zero com gol de Viola que imitou um porco após o gol, atitude que irritou profundamente os palmeirenses e entraram na segunda partida dispostos a devolverem a humilhação. O que de fato ocorreu, ficando ao Corinthians apenas o chororô de perdedor.

Link original da Matéria: http://www.blogdopaulinho.net/ ou http://anonymouse.org/cgi-bin/anon-www.cgi/http://www.blogdopaulinho.net/

Frase: "Na boca do mentiroso, até a verdade é suspeita". (Jacinto Benavente y Martinez)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Árbitro carioca entra no TJD/RJ com mais uma denuncia contra Jorge Rabello

Desde que a Ferj afastou vários árbitros do seu quadro de árbitros no inicio do ano sem motivos aparente, as ações jurídicas tanto na esfera civil quanto na esfera esportiva foi o caminho encontrado por esses árbitros para continuarem suas carreiras. Três deles tiveram sucesso até o presente momento, o árbitro André Paes Ramos e os assistentes Marçal Rodrigues Mendes e Vinicius da Vitória impuseram as maiores derrotas a Ferj. Devido a decisões da justiça, os três trabalham amparados por liminares, que podem ser cassadas, mas que poucos acreditam nesta hipótese.

Na tarde de ontem (14), André Paes Ramos deu entrada no TJD/RJ com mais uma denuncia contra Jorge Fernando Rabello (processo 1135/2011). Desta vez, ele pede que a comissão de arbitragem comandada por Rabello deixe de escalar ele em partidas fora de sua categoria. Na ação, ele cita o artigo 28, item e.e, do Regulamento Geral de Arbitragem (RGA) que diz: “os árbitros desta categoria devem ser escalados nos jogos da 1ª e 2ª Divisão de Profissionais, havendo possibilidade de atuarem em categorias inferiores, somente em casos de comprovada necessidade. Paes Ramos alega que é o único árbitro do módulo Verde A do quadro de árbitros do Rio de Janeiro que esta sendo escalado na função de 4º árbitro, em partidas sendo na sua totalidade em locais distantes do município do Rio de Janeiro, configurando assim na sua visão uma perseguição profissional.

Segundos pude apurar, o TJD/RJ está agilizando o tramite dessas ações. A denuncia que trata dos diplomas já está em fase bastante adiantada e, a ultima ação entregue por Paes Ramos por volta das 16:30hs, às 18:00hs já estava publicada no site do TJD/RJ com a ordem do presidente para investigação imediata!

Abaixo a denuncia do árbitro e o despacho do presidente do TJD/RJ

EXCELENTÍSSIMO SR. DR. AUDITOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA DO FUTEBOL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

André Luis Paes Ramos, R.G. 09663483-7 IFP, árbitro de futebol, devidamente registrado na FFERJ e na CBF, vem à presença de V. Exª expor para requerer o seguinte:

1) O Requerente foi retirado do quadro de árbitros da CBF, o qual fazia parte desde 2005, pelo Sr. Jorge Fernando Rabello, presidente da Comissão de Arbitragem do Rio de Janeiro (COAFRJ), no início do corrente ano, sem comunicação prévia. Tampouco foi informado o critério utilizado, visto que, embora seja previsto no Art. 28, item e.e, do Regulamento Geral de Arbitragem ( RGA ), a elaboração de um ranking de arbitragem, o dirigente supracitado não realizou tal procedimento, apesar de estar na função desde o ano de 2007.

2) O Requerente conseguiu, baseado nas fundamentações citadas, por medida judicial, através do processo nº 0033406-27.2011.8.19.0000 do TJ-RJ, retornar ao Quadro Nacional de Árbitros, aonde vem sendo escalado regularmente, em jogos de todas as séries do Campeonato Brasileiro, a partir de decisão judicial favorável emitida em 20/06/11.

3) Após o requerente voltar a ser escalado normalmente para as partidas promovidas pela CBF, o Sr. Jorge Rabello, em clara manifestação de insatisfação com a derrota judicial e como forma de retaliação, vem escalando o requerente em seguidas partidas que não fazem parte daquelas previstas aos árbitros do seu módulo, a categoria principal da arbitragem do Rio de Janeiro, denominado “Módulo Verde A”. De acordo com o Art. 18 do RGA, os árbitros desta categoria devem ser escalados nos jogos da 1ª e 2ª Divisão de Profissionais, havendo possibilidade de atuarem em categorias inferiores, somente em casos de comprovada necessidade.

4) Ocorre que o requerente vem sendo o único árbitro do módulo “Verde A” a ser escalado em partidas de categorias inferiores, na função de 4º árbitro, tendo como árbitro principal colegas de módulos inferiores, em partidas realizadas em sua totalidade em locais distantes do município do Rio de Janeiro, configurando evidente perseguição profissional. Tal fato, inclusive, foi matéria publicada no conceituado diário esportivo, Jornal O Lance! Em 03/09/11.

5) O Requerente faz saber a V.Exª a relação das partidas para qual foi designado, todas na função de 4º árbitro:

1- Friburguense x Estácio (02/07) - 2ª Divisão de Juniores

2- Rio Branco x Serramacaense (06/07) - 2ª Divisão de Juniores

3- Carapebus x Yasmin (10/07) - 3ª Divisão Profissional

4- Goytacaz x Carapebus (13/07) - 3ª Divisão Profissional

5-Carapebus x Juventus (24/07) - 3ª Divisão Profissional

6- Carapebus x América de Três Rios (28/07) - 3ª Divisão Profissional

7- Guapimirim x Campos (06/08) - Campeonato de Ligas Municipais - Sub 17

8- Carapebus x Goytacaz (14/08) - 3ª Divisão de Juniores

Posto isto, e levando em consideração o que consta neste requerimento, é que se requer aos eminentes membros do egrégio Tribunal, a adoção das medidas cabíveis para a interrupção das escalas de caráter persecutório, retornando o requerente a atuar nas partidas equivalentes à sua Categoria, bem como as devidas sanções previstas ao Presidente da COAFRJ ,por descumprir as normas desportivas.

P. Deferimento

Rio de janeiro, 14 de setembro de 2011

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André Luis Paes Ramos

Documentos que instruem este pedido:

RGA

Relação do Módulo Verde A

Escalas da COAFRJ

Matéria da Coluna De Prima, do Diário Lance!


Mensagem: “Quem decide um caso sem ouvir a outra parte não pode ser considerado justo, ainda que decida com justiça”. (Sêneca)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Árbitro Fifa do Rio de Janeiro e Voz do Apito vivem entre tapas e beijos!

O árbitro Fifa pelo Rio de Janeiro Marcelo de Lima Henrique esta passando por uma ótima fase dentro das quatro linhas, no começo não tinha apoio nem de sua comissão, era o patinho feio da arbitragem carioca, com o tempo, adquiriu confiança e hoje é o principal árbitro do seu estado. Já fora das quatro linhas a fase não é tão boa assim, ele fez uso da palavra na reunião convocada pela Ferj onde os árbitros foram encorajados a apoiar a entidade devido as denuncias da TV Record, sua atitude não foi bem vista por boa parte dos demais presente na reunião, eles interpretaram a intervenção do colega como de apoio aos dirigentes e contra os árbitros, o que teria sido na visão de muitos como uma trairagem!

Fora o relatado acima, o apitador carioca passou por momentos de alta tensão dias atrás quando trocou farpas pelo Twitter com PPJ, o proprietário do site Voz do Apito, também conhecido como fuxico do apito.

As farpas ocorreram no inicio deste mês devido à informações erradas postadas no Twitter do mencionado site. Nas postagens, o jornalista afirmava que o Paulista Sálvio Spinola Fagundes Filho poderia ser o árbitro representante do país na próxima Copa do Mundo, o que foi contestado prontamente pelo árbitro carioca. O jornalista mesmo sem ter conhecimento e sem fazer uma pesquisa detalhada antes de postar, manteve a discussão com Marcelo Henrique confirmando insistentemente a informação errada.

Momentos depois, após alerta de outros Twitteiros, o jornalista fez a mea culpa, admitiu o erro e pediu desculpas. Deste momento em diante, o clima que era tenso entre ambos, passou a ser de cordialidade e terminou em uma entrevista puramente promocional como se o árbitro precisasse disso. Adjetivos como: Exemplo de homem, pai de família e um doutor na arte de apitar futebol foram usados para promover o apitador. Se a intenção era selar a paz e a entrevista foi a condição, nada mais justo pois brindou os leitores com bastantes futilidades, tanto nas perguntas que não acrescentaram nada, como nas respostas fúteis que não trouxeram nada de novo.

Obs. Observem que no logo do referido site tem o slogan: “O veiculo de Comunicação oficial da Anaf e de todos os árbitros Brasileiros”. Como a Anaf nunca contestou esse slogan e como há rumores que teria sido oferecido o controle do site pelo PPJ para a anaf por R$ 2.000,00 reais, talvez ele seja bancado pela Anaf ou coisa parecida.

Há muito tempo eu pergunto sobre isso e até hoje não obtive uma resposta que esclareça o assunto. O espaço esta aberto para quem quiser se pronunciar. Mas como diz o Zagalo: “É estranho!”

Frase: “Se uma pessoa te enganar ela merece uma surra, se esta mesma pessoa voltar a te enganar quem merece a surra é você”. (provérbio chinês)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Árbitros e dirigentes cariocas são convocados pelo TJD/RJ após denuncias de possíveis manipulações de resultados e de diplomas irregulares.

Na noite da ultima quinta feira, primeiro de Setembro, a TV Record exibiu uma reportagem onde ex-árbitros denunciaram possiveis esquemas de manipulação de resultados do futebol do Rio de Janeiro. Na reportagem, os dois ex-árbitros com os rostos escondidos revelaram que teriam recebido ordens da FERJ (Federação de Futebol do Estado de Rio de Janeiro) para favorecer ou prejudicar algumas equipes de 2006 a 2010. Os clubes beneficiados seriam aqueles que teriam boas relações com a entidade e que eles só chegaram ao quadro de árbitros da CBF porque fizeram parte do esquema.

A reportagem foi o fio de cabelo que faltava para explodir de vez uma crise entre os dirigentes e os apitadores, crise que esta sendo anunciada há muito tempo com varias denuncias anônimas contra os dirigentes. A crise começou quando um grupo encabeçado por Jorge Fernando Rabello e Messias José Pereira tomaram o poder no Sindicato e na Cooperativa dos Árbitros daquele estado. No Saperj-Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Fernando Rabello é o presidente e Messias José Pereira o vice. Já na Cooperativa-Cooperativa dos Árbitros de Futebol do Estado do Rio de Janeiro os cargos se invertem, Messias José Pereira é o presidente e Jorge Rabello é diretor administrativo.

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No inicio de 2011, o Blog do Marçal recebeu vários documentos do Saperj e da Coopaferj, entre eles a ata de fundação da Cooperativa (foto ao lado). Também recebemos varias denuncias, algumas delas publicamos e outras não publicamos por não termos provas o suficiente. Em uma delas (não é anônima e temos como provar a denuncia), o denunciante conta que em 2009 o SAPERJ teria sido apenado pela a Justiça do Trabalho em 15 mil reais, como não pagou a indenização conforme fora determinado, teve uma penhora de R$ 500,00 on-line direto na conta do SAPERJ no Banco Itaú. A penhora pegou o presidente Jorge Rabello de surpresa, então, ele e Messias José Pereira determinaram: Todos os recursos provindos para o SAPERJ seriam desviados para a COOPAFERJ, com a finalidade de outras penhoras serem infrutíferas. O que de fato aconteceu e a autora da ação, Sra. Carmem Lúcia, ex-funcionária do Sindicato, depois de cerca de 75 dias sem receber, não encontrou alternativas e fez um acordo pelo qual recebeu cerca de R$ 8.000,00 reais, ou seja, a metade do que fora decidido pela justiça.

Neste ano de 2011 vários fatos ocorreram após a Ferj afastar vários árbitros da sua relação, em ato sumario fazendo uso da resolução 025/11 cancelou as inscrições dos assistentes Marçal Rodrigues Mendes e Vinicius da Vitória que recorreram ao judiciário tendo os seus direitos restituidos. Outro que também obteve sucesso foi o árbitro André Luis Paes Ramos, todos eles estão trabalhando amparados por medida judicial e aguardando o desfecho do processo que aguarda decisão final.

Reunião emergencial obrigatória

Na ultima quinta feira a crise anunciada explodiu de vez, após as denuncias feitas na reportagem da TV Record, as suspeita recaíram sobre todos os dirigentes e apitadores daquele estado. A Ferj tentando reagir convocou todos os árbitros para uma reunião emergencial que aconteceu no sábado passado (03) em sua sede. Segundo informações de um arbitro que esteve presente, esta reunião teria sido uma farsa (foto ao lado).

Segundo este árbitro, eles foram convocados na 6ª feira por telefone por José Messias Pereira, com presença obrigatória. Ao chegarem no local da reunião, todos tiveram que assinar uma lista de presença. No inicio da reunião, Rubens Lopes, presidente da Ferj, fez uso da palavra para apoiar a arbitragem e repudiar as acusações da TV Record. Em seguida, Jorge Fernando Rabello, presidente da Comissão de Árbitros da Ferj se pronunciou vangloriando seus feitos e elogiando o seu trabalho em prol da arbitragem Carioca.

Após os discursos, Rubens Lopes leu um manifesto que segundo as informações recebidas, possivelmente teria sido redigido pelo Dr. Cláudio de Albuquerque Mansur, diretor jurídico da Ferj, como se este fosse um documento feito pelos árbitros contra a TV Record. Rubens Lopes falou que anexaria a lista de presença como sinal de adesão ao manifesto pelos árbitros e que se alguém não concordasse, poderia retirar a assinatura que não haveria represálias! Afirmação que alguns dos árbitros presente tiveram vontade de retirar a assinatura, mas nenhum teve coragem suficiente para ver se realmente não teriam represálias.

Segundo relato do próprio árbitro, neste momento, Marcelo de Lima Henrique e Marcelo Venito teriam dado declarações de apoio a Comissão, inibindo qualquer possibilidade dos demais árbitros se manifestarem de forma contrária, o que já seria muito pouco provável.

Logo depois a Ferj publicou no seu site, matéria como se os árbitros tivessem se reunidos por vontade própria e com unanimidade procurado a Ferj para demonstrar apoio. Bem ao contrario do ocorrido sendo que na sexta feira, um dia antes da reunião, recebi varias mensagens de árbitros dizendo que estavam sendo convocados e que seria obrigatória a participação deles nesta reunião.

Fato idêntico ocorrido em São Paulo

Essa reunião obrigatória me fez recordar um fato idêntico ocorrido na segunda metade dos anos noventa na arbitragem paulista. Nessa época, Sérgio Corrêa era um jovem árbitro e membro do Safesp-Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo, já trabalhando em prol da classe. Defendendo os árbitros, ele deu uma declaração na imprensa onde criticava a Federação e seu presidente Eduardo José Farah. A Federação reagiu de imediato, todos os árbitros do quadro foram convocados e obrigatoriamente tiveram que ir pessoalmente no quinto andar da sede da Federação que ficava na Avenida Brigadeiro Luis Antonio para assinar uma lista repudiando as declarações do jovem árbitro-dirigente sindical.

Este episódio e outros que se sucederam depois contribuíram decisivamente para brecar a carreira de Sérgio Corrêa como apitador, ele se tornou um brilhante dirigente sendo hoje a maior autoridade da arbitragem no Brasil.

Este que voz escreve também assinou esta lista assim como os demais que faziam parte do quadro naquela época. Por experiência própria, posso dizer que compreendo como se sentem aqueles que foram forçados a assinarem este manifesto que supostamente teria sido preparado pela Ferj.


Esclarecimento de Marcelo de Lima Henrique

Como sempre faço em situações como esta, procurei de imediato o árbitro Fifa Marcelo de Lima Henrique expondo a ele as reclamações e as criticas vindas de boa parte dos árbitros que estiveram presente na reunião reclamando contra a sua intervenção que fora  interpretada por alguns como sendo de um aliado dos dirigentes e sendo contra os árbitros que não podem se pronunciar sob pena de serem perseguidos.

Sargento de Lima, como carinhosamente é chamado, em uma atitude honrada e como sempre faz quando é procurado, não se furtou a prestar os esclarecimentos a este Blog ao qual agradeço e repasso aos meus leitores.

Segundo nos relatou Marcelo Henrique, ele nunca foi aliado de nenhum dirigente da arbitragem, que os respeita pela hierarquia, que é aliado dos árbitros e das pessoas de bem e segundo ele os árbitros que estão nessa questão litigiosa com a FERJ sabem disso. Mas segundo De Lima, ele não poderia se omitir depois das denúncias de possíveis manipulações de resultados veiculados pela TV por duas pessoas não identificadas, que dói nele como em todos os árbitros ter sua honra e conduta colocada em xeque.

De Lima disse que se manifestou sim, mas em favor de que seja apurada a fundo todas as denúncias pelo Ministério Publico e pelos Tribunais de Justiça, salientando que ninguém pode tirar o direito do árbitro de errar. Segundo ele, nos seus 17 anos de apito, suou muito, deu um duro danado para conseguir arbitrar e que a omissão nunca fez parte da sua vida, que se existem denúncias com provas sobre essas condutas podres que se coloquem às claras para que possa ser extirpado todos os malfeitores do meio da arbitragem.

Para De Lima, os árbitros sofrem com balelas e maledicências pronunciadas por jogadores, dirigentes e imprensa sobre suas condutas e agora tem que engolir também falácias de árbitros escondidos na sombra. A sua indignação é grande, pois esta respondendo ha uma semana sobre essas acusações. Segundo ele, poderia se omitir e apenas ir à reunião, mas como árbitro FIFA e um dos mais antigos do quadro, tinha que se manifestar em favor de todos os árbitros e finalizou reiterando que não tem nada contra seus colegas Vinícius da Vitória, Marçal Rodrigues Mendes e André Pães Ramos, respeitando suas decisões e opiniões.

TJD/RJ convoca árbitros e dirigentes para esclarecimentos sobre denuncias e diplomas irregulares

O Tribunal de Justiça Desportiva do Estado Rio de Janeiro através do auditor Marcos Kac, convocou os dirigentes Jorge Fernando Rabello e José Messias Pereira e o jornalista Carlos Nascimento para comparecerem na sede do Tribunal no próximo dia 12 de setembro as 14:hs para serem ouvidos no processo 1107/2011sobre as denuncias da TV Record.

O mesmo procurador convocou para o mesmo dia às 15:00hs para prestarem depoimentos no processo 1036/2011 sobre diplomas irregulares os seguintes dirigentes e árbitros

1. Carlos Elias Pimentel – Diretor da Escola de Arbitragem;

2. André Luis Silva – Diretor Técnico da Liga Niteroiense de Desportos;

3. Edílson Soares da Silva- Instrutor de Arbitragem da COAF/RJ

4. Rafael Martins de Sá – árbitro da FFERJ;

5. Lílian da Silva Fernandes Bruno – arbitra aspirante da FIFA e FFERJ;

6. Wandemberg Araújo Alves – Arbitro da FFERJ;

7. Carlos Leandro da Silva Branco – Arbitro da FFERJ;

8. Ednei da Silva Floqut Miranda – Arbitro da FFERJ;

9. Gildo Miguel da Silva – Arbitro da FFERJ;

10. Lenilton Rodrigues Gomes Junior – árbitro da FFERJ

Frase: “Não haverá justiça enquanto o homem empunhar uma faca ou uma arma e destruir aqueles que são mais fracos que ele”. (Isaac Bashevis Singer)