Seminário
catarinense tem cobranças e saia justa entre membros da comissão de arbitragem
Ainda órfãos com a perda
do seu grande líder Marco Martins e com os atuais dirigentes batendo cabeça e
com uma programação esvaziada, foi realizado, nos dias 4 e 5 de julho, o
tradicional seminário da arbitragem catarinense.
O evento ocorreu no
Tropicanas Hotel, situado no bairro de Canavieiras, em Florianópolis com
valores que chegaram a R$ 500 reais, sem direito a hospedagem, para não
associados.
Se comparado a
anteriores, segundo informações, o seminário deste ano esteve esvaziado,
sonolento e não apresentou nenhuma novidade, principalmente por conta dos
palestrantes como o árbitro FIFA Anderson Daronco, já na fase decrescente da
sua carreira, que relatou sua vivencia na arbitragem e explicou sobre a
rigorosa dieta que se submeteu, onde teria perdido cerca de 15 quilos, supostamente exigida
pela CBF para que pudesse continuar sendo escalado, devido a lentidão durante
as partidas por conta da massa corporal ganha ao longo dos anos e dos
famosos ‘danones’.
Outro convidado foi o
ex-árbitro FIFA Márcio Rezende de Freitas, um dos grandes árbitros da
arbitragem brasileira, mas um desconhecido para muitos do seminário e que pouco
teve a contribuir, além das histórias de duas décadas atrás, tendo em vista que está
totalmente desatualizado por conta da evolução da arbitragem, principalmente com a chegada da tecnologia do VAR, algo inimaginável em sua época.
Roupa suja
Mas, segundo as informações, o que chamou mesmo a atenção foi a lavagem de roupa suja feita por Kleber Lúcio Gil, diretor de arbitragem da Federação Catarinense de Futebol, cobrando dedicação, profissionalismo e atenção, principalmente dos membros da comissão de arbitragem.
Na sua fala, com
auditório lotado, o diretor mostrou grande desconforto e aparente irritação ao
narrar o fato ter sido cobrado dias antes por um árbitro que relatou estar um
mês e seis dias sem ser escalado. Ao buscar informações, recebeu como resposta
da CEAF que teriam esquecido de escalar o referido árbitro.
Por fim, Kleber Gil,
sempre educado, agregador e pacifico em suas colocações, foi frio e duro em mostrar sua
decepção com seus liderados e deixar o recado que evoluir sempre é necessário e que cabeças devem
rolar para que outras tomem o lugar caso isso não ocorra.
A fala que, para muitos teria soado como ameaça, pode ter surpreendido pela forma e local, mas logo deve cair no esquecimento sem surtir efeito, pois o ex-assistente FIFA tem sua gestão mal avaliada
e estagnada pelo grupo que, em off, reclamam que nada acontece desde que assumiu
o posto antes exercido por Marco Martins.