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terça-feira, 24 de maio de 2011

Assistentes premiados pelo Clube dos Treze no final do Campeonato Brasileiro de 2010 ainda não viram a cor do dinheiro

No final de 2010 o candango Sandro Meira Ricci surpreendeu e foi eleito melhor árbitro do Campeonato Brasileiro daquele ano. Ricci não era apontado como o principal favorito na época e o motivo ainda esta fresco na memória de todos os amantes do futebol, ele foi o protagonista principal da 35ª rodada ao marcar pênalti duvidoso do cruzeirense Gil em cima do centroavante corintiano Ronaldo. O lance ocorreu aos 41 minutos do segundo tempo da partida que foi disputada no estádio do Pacaembu e foi vencida pelos paulistas por 1x0.

Por conta deste lance polêmico que foi bastante discutido, Sandro Ricci foi escondido pela CA/CBF em partidas sem importância nas rodadas finais do campeonato, enquanto Carlos Simon que foi segundo melhor árbitro fazia as principais partidas, Ricci foi escalado em partidas que é desnecessário dizer que só eram para cumprir tabela.

Na segunda feira seguinte da final do campeonato, a CBF realizou a festa de premiação para os melhores do campeonato e a arbitragem também foi contemplada com Sandro Ricci, Carlos Simon e Paulo César, respectivamente, primeiro, segundo e terceiro melhor árbitro do campeonato. Na ocasião, atendendo a um pedido do presidente da Anaf Marco Martins, o Clube do 13 destinou uma verba para serem entregue aos três melhores árbitros e aos três melhores assistentes do campeonato.

Para os árbitros ficou fácil a divisão, foi só usar a classificação na premiação da CBF para dividir o montante. Números extras oficiais dão conta que foram 15 mil para Sandro Ricci, 7.500 para Carlos Simon e 3.500 para Paulo César Oliveira.

Difícil foi decidir quais assistentes deveriam receber a premiação em dinheiro pois para a CBF só os árbitros participam das partidas com os assistentes sendo literalmente ignorados, talvez venha daí a maldita frase do quase gagá e boquirroto Arnaldo César Coelho “se bandeirinha fosse bom, seria árbitro”.

O assunto foi discutido em assembléia da entidade e ficou decidido que se usaria o ranking da CBF para a divisão da premiação. Assim receberiam em ordem, Altemir Hausmann (seu Lunga como é chamado carinhosamente pelos companheiros da arbitragem), Ednilson Corona e Roberto Braatz. Receberia eu disse, porém, Ednilson Corona por não estar em dia com as contribuições sindicais em seu estado, foi impedido de receber os valores, recebendo então o montante o quarto colocado, ou seja, Alessandro Rocha de Matos.

A premiação foi no dia 06/12/2010 e até hoje os assistentes não receberam a premiação em dinheiro, a demora por parte dos árbitros em decidir quem receberia e a implosão do Clube dos Treze foram os motivos principais. Resta saber agora é se receberão, pois o Clube dos Treze esta prestes a fechar as portas de vez devido à batalha que trava com a CBF, os clubes e as redes de televisão por conta do contrato de transmissão das partidas.

Em tempo: A Anaf solicitou ao Clube dos treze que repassasse a ela o dinheiro da premiação dos assistentes e ela repassaria a eles após decidir quem tinha direito. A solicitação foi rechaçada pelo Clube dos Treze que faz questão de depositar diretamente nas contas dos assistentes, talvez temendo pelo destino final do dinheiro.

O atual mandatário da Anaf, Marco Martins que vem recolocando aos poucos a entidade nos trilhos novamente, esta pagando pelos desmandos dos dirigentes anteriores, inclusive com o surgimento inesperado de funcionários fantasmas e contas de telefone de R$ 1.400,00 reais mensais. Pena que as contas e as atas das assembléias da entidade não são divulgadas no site oficial, a transparência mostraria quem depredou o patrimônio da entidade e desmascararia muitos que se dizem santinho e posa de bom samaritano.

Frase: "Chega de homenagens. Eu quero o dinheiro". (Adoniran Barbosa)

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