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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Chance aproveitada!

Analise arbitragem Coritiba  x Figueirense


O árbitro alagoano Charles Hebert Ferreira Cavalcante (foto) fez sua estréia na série A do campeonato brasileiro em 2009, logo depois confirmou um gol de mão na série B. O erro, grave é verdade, tirou as chances de se firmar na elite da arbitragem brasileira, mas como nem todo mal dura para sempre, cinco anos depois do trágico lance, recebeu nova oportunidade para reconquistar o espaço perdido e provar para todos e para ele mesmo que a cruz que carrega desde o erro no passado é devido a um acidente de percurso e que tem qualidades para atuar nos principais jogos do Brasil.

Ficha técnica:

Coritiba e Figueirense se enfrentaram na noite da ultima quarta-feira (16), pela 10ª rodada da série A do campeonato brasileiro. A partida foi disputada no estádio Couto Pereira em Curitiba para 10.383 pagantes.

Com as duas equipes na zona do rebaixamento, quem levou a melhor foi a equipe catarinense, que se aproveitou das chances e venceu por 2 a 0, com gols de Thiago Heleno e Everaldo, um em cada tempo de partida.

O Jogo

Primeiro tempo:

5’ – Logo no inicio da partida, o zagueiro Thiago Heleno desviou de cabeça após escanteio para marcar o primeiro do Figueirense sobre um Coritiba desorganizado  e candidatíssimo ao rebaixamento.

13’ –  O assistente Pedro Araújo marcou toque de mão do ataque do Figueirense de forma correta.

27’ – Atacante Robinho do Coritiba caiu na área após disputar a bola com o zagueiro do Figueira. Houve o choque que foi interpretado como jogada normal de forma correta pela arbitragem.

31’ – Primeiro erro da arbitragem. Marcou falta de Robinho do Coritiba em uma disputa de bola normal.

32’  - Atacante do coxa Alex se jogou na bola, mas não conseguiu concluir para o gol. Sensação que o atacante estava impedido no lance, fato ignorado pelo assistente Pedro Araújo que marcou apenas tiro de meta.

Acréscimo: Mesmo não tendo muitas paralisações, no final do primeiro tempo foram acrescentados corretamente dois minutos à partida. Efeito Copa do mundo?


Segundo tempo:

2’ – Em uma jogada no meio de campo, Dener do Figueirense tocou levemente o jogador Alex do Coritiba, arbitragem marcou a falta corretamente e mostrou primeiro cartão do jogo. O amarelo foi exagero, mas dentro do padrão brasileiro de mostrar amarelo para qualquer falta.

6’ – Luan do Figueirense deu entrada forte em Carlinhos do Coxa e também foi amarelado. Desta vez corretamente.

10’ – Baraka, o contestado jogador do Coritiba empatou a partida de cabeça, mas antes empurrou o zagueiro Nirley do Figueirense. Gol anulado de forma correta pela arbitragem.

23’ –Ricardo Bueno recuperou a bola e num rápido contra ataque lançou Everaldo que driblou dois zagueiro e tocou por cima do goleiro Vanderlei. Um bonito gol, o segundo do Figueirense que definiu o placar da partida.

45’ – Antes do apito final, Leandro Almeida do Coritiba deu carrinho forte, mas lateralmente e foi punido corretamente com cartão amarelo.

AcréscimoA placa anunciou quatro minutos de acréscimo provando que a Copa do mundo deixou algum legado para a arbitragem brasileira.

Resumo:

Charles Hebert demostrou tranquilidade e confiança no seu regresso a primeira divisão do futebol brasileiro. Foi muito bem tecnicamente, razoável na parte disciplinar e contou com a ajuda dos assistentes e adicionais quando necessário.

Estranhamente atuou à frente da linha da bola quase que o tempo todo da partida, herança herdada da série B onde não existe os adicionais. Em um determinado lance, teve que usar sua agilidade para não ser tocado pela bola, mas o posicionamento inadequado não interferiu na sua arbitragem. 

O “ponto futuro”, quando o árbitro antecipa a jogada, deve ser usado sem exageros e não como posicionamento de jogo. Quesito a ser corrigido.

A partida não ofereceu grandes dificuldades para a arbitragem, mas no único lance que mereceu uma intervenção dos homens de preto, neste caso de azul, o gol irregular de Baraka, agiram rapidamente e de forma precisa.

A duas equipes jogaram futebol e não abusaram das faltas, mesmo assim marcou 37  – 19 do Coritiba e 18 do Figueirense - (três acima da media deste brasileiro), mas poderia ter marcado menos, pois nem todo contato é falta segundo a regra do jogo. Outro quesito a ser corrigido.

Os adicionais usaram uniformes padrão de jogo, o uso dos agasalhos tira autoridade e da a sensação que são inúteis à partida. Mas os componentes da arbitragem poderiam usar amarelo, pois em partidas noturna, o azul confunde muito com as cores mais escuras dos times, no caso o Figueirense.

Conclusão:

Foi uma bela atuação do quinteto alagoano, se a partida não exigiu tanto, pelo menos passaram despercebidos legitimando o resultado do confronto. Pela atuação estão de parabéns e merecem novas oportunidades.




Frase: “Neste mundo, são aqueles que aproveitam a oportunidade que têm as oportunidades” (George Eliot).

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