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quarta-feira, 31 de dezembro de 2025

Copinha: sem novidades no apito e sem coragem nas escalas

Lustou (centro) mais hora de voo entre São Paulo e Buenos Aires que na sede da FPF

Foi se o tempo em que a Copinha - Copa São Paulo de Futebol Júnior - era vitrine para jogadores e para a arbitragem, onde, geralmente quem apitava a final estreava no Paulistão.

Pelo menos essa é a impressão que se dá nas escalas da primeira rodada com a escolha de árbitros e assistentes, do chamado baixo clero, que há anos estão apenas buscando dinheiro e que não tem capacidade de crescimento dentro do quadro, ocupando lugares de outros que poderiam estar tendo melhores oportunidades. Claro que a culpa não é dos escalados, mas sim de quem escala, que está no cargo a anos sem apresentar qualquer renovação. Isso inclui o hermano Patricio Loustau, uma especie de boa vida que finge dirigir a arbitragem paulista, mas não passa de uma cópia piorada da rainha da inglaterra delegando poderes a Marcelo Rogério, escondido no desenvolvimento da arbitragem, mas que de fato tem mandado mais que o argentino que embolsa seus 150 mil reais mês livre de impostos e vive mais na ponte área São Paulo x Buenos Aires que na sede da entidade paulista.

Quem discordar que apresente um grande árbitro, daqueles que apita qualquer jogo no estadual e nacional, revelado em São Paulo desde Raphael Claus, único nome de consenso da arbitragem paulista formado em 2002.

E que fique bem claro que não é nada de pessoal contra ninguém. Estou apenas apontando o continuísmo de quem dirige a entidade, de quem forma, de quem orienta, de quem escala como prejudicial a carreira dos árbitros e olha que estamos falando de Federação Paulista de Futebol, uma entidade que arrecada cerca de 15 milhões de reais só com anúncios nas camisas dos árbitros.

Ao analisar os nomes ficou claro o receio e a falta de coragem em soltar os mais novos, os formados nos últimos cursos, sendo destinados a eles uma pequena parte das escalas.

Clayton Dutra, 43 anos, formado 2007 atuara em sua 14ª Copinha - Crédito: FPF

Vou apontar alguns exemplos após dar uma rápida olhada na escala dos 64 jogos da primeira rodada da competição que começa na primeira sexta-feira de janeiro e mais uma vez reforço que nada é pessoal e que respeito os árbitros trabalharem, pois são profissionais cumpridores de escalas.

Muitos já tiveram a carreira encerrada faz tempo, só não perceberam isso ainda e sonham que um dia as coisas vão melhorar e enquanto isso seguem em frente se sujeitando a decepção e humilhação por taxas irrisórias como as praticadas nesta competição, principalmente levando-se em consideração os valores que a FPF arrecada com os inumeros patrocinios estampados nas camisas dos árbitros.

Vamos a alguns exemplos do citado acima:

Ricardo Busette, 49 anos, formado em 2006; Silvio Renato Silveira, 43 anos, formado em 2005; Veridiana Contiliani Bisco, 41 anos, formada em 2013; Marcelo Zamian de Barros, 43 anos, formado em 2002; Clayton de Oliveira Dutra, 43 anos, formado em 2007; Wellington Bragantim Caetano, 41 anos, formado em 2007; Alexandre Tostes Fleming, 31 anos, formado em 2013.

Mas o que chama mais atenção é a escala de um árbitro e um assistente que já atuaram na Série A1 do Paulistão. Um deles é o caso emblemático do árbitro Flávio Roberto Mineiro Ribeiro, de 31 anos, formado em 2013, que fez lambanças na sua estreia no paulistão de 2020 e foi afastado da competição para nunca mais voltar, após erros cruciais na partida entre São Paulo e Novorizotino. Nos bastidores há quem diga que seu comportamento na semana seguinte à estreia foi pior que os erros no Morumbi e a razão principal do seu sumiço da Série A.

Flavio Mineiro durante São Paulo x Novorizontino - Crédito: FPF

Mineiro nunca mais recebeu outra oportunidade de apitar na Série A1 do Paulistão e desde então perambula por jogos inexpressivos de divisões de acesso, feminino, de divisão de base e até escalado para erguer placas de substituições em jogos no interior sonhando que um dia a roda gire e volte aos holofotes dos grandes jogos. Um talento desperdiçado assim como tantos outros que se perderam ao longo do caminho por prepotencia, arrogancia ao se acharem bom demais e insubstituiveis.

Outro absurdo e falta de gestão na carreira do árbitro de quem escala é a designação de Claudenir Donizeti Gonçalves da Silva, 49 anos, formado em 2005 com atuações na Série A1 do Paulistão. Esta será a 16ª Copinha do piracicabano.

Claudenir Donizeti da Silva, 25 anos de FPF, na sua 16ª Copinha - Crédito: FPF

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