Copinha: sem novidades no apito e sem coragem nas escalas
Foi se o tempo em que a
Copinha - Copa São Paulo de Futebol Júnior - era vitrine para jogadores e para a arbitragem, onde, geralmente quem
apitava a final estreava no Paulistão.
Pelo menos essa é a
impressão que se dá nas escalas da primeira rodada com a escolha de árbitros e
assistentes, do chamado baixo clero, que há anos estão apenas buscando dinheiro e que não tem capacidade
de crescimento dentro do quadro, ocupando lugares de outros que poderiam estar
tendo melhores oportunidades. Claro que a culpa não é dos escalados, mas sim de
quem escala, que está no cargo a anos sem apresentar qualquer renovação. Isso
inclui o hermano Patricio Loustau, uma especie de boa vida que finge dirigir a arbitragem paulista, mas não passa de uma cópia piorada da rainha da inglaterra delegando poderes a Marcelo Rogério, escondido no desenvolvimento da arbitragem, mas que de fato tem mandado mais que o argentino que embolsa seus 150 mil reais mês livre de
impostos e vive mais na ponte área São Paulo x Buenos Aires que na sede da
entidade paulista.
Quem discordar que apresente
um grande árbitro, daqueles que apita qualquer jogo no estadual e nacional,
revelado em São Paulo desde Raphael Claus, único nome de consenso da arbitragem
paulista formado em 2002.
E que fique bem claro que
não é nada de pessoal contra ninguém. Estou apenas apontando o continuísmo de
quem dirige a entidade, de quem forma, de quem orienta, de quem escala como prejudicial a
carreira dos árbitros e olha que estamos falando de Federação Paulista de
Futebol, uma entidade que arrecada cerca de 15 milhões de reais só com anúncios
nas camisas dos árbitros.
Ao analisar os nomes
ficou claro o receio e a falta de coragem em soltar os mais novos, os formados nos
últimos cursos, sendo destinados a eles uma pequena parte das escalas.
Vou apontar alguns
exemplos após dar uma rápida olhada na escala dos 64 jogos da primeira rodada da competição que começa na primeira sexta-feira de janeiro e
mais uma vez reforço que nada é pessoal e que respeito os árbitros trabalharem,
pois são profissionais cumpridores de escalas.
Muitos já tiveram a carreira encerrada faz tempo, só não perceberam isso ainda e sonham que um dia as coisas vão melhorar e enquanto isso seguem em frente se sujeitando a decepção e humilhação por taxas irrisórias como as praticadas nesta competição, principalmente levando-se em consideração os valores que a FPF arrecada com os inumeros patrocinios estampados nas camisas dos árbitros.
Vamos a alguns exemplos do citado acima:
Ricardo Busette,
49 anos, formado em 2006; Silvio Renato Silveira, 43 anos, formado em
2005; Veridiana Contiliani Bisco, 41 anos, formada em 2013; Marcelo
Zamian de Barros, 43 anos, formado em 2002; Clayton de Oliveira Dutra,
43 anos, formado em 2007; Wellington Bragantim Caetano, 41 anos, formado
em 2007; Alexandre Tostes Fleming, 31 anos, formado em 2013.
Mas o que chama mais
atenção é a escala de um árbitro e um assistente que já atuaram na Série A1 do
Paulistão. Um deles é o caso emblemático do árbitro Flávio Roberto Mineiro
Ribeiro, de 31 anos, formado em 2013, que fez lambanças na sua estreia no
paulistão de 2020 e foi afastado da competição para nunca mais voltar, após
erros cruciais na partida entre São Paulo e Novorizotino. Nos bastidores há quem diga que seu comportamento na semana seguinte à estreia foi pior que os erros no Morumbi e a razão principal do seu sumiço da Série A.
Mineiro nunca mais
recebeu outra oportunidade de apitar na Série A1 do Paulistão e desde então
perambula por jogos inexpressivos de divisões de acesso, feminino, de divisão
de base e até escalado para erguer placas de substituições em jogos no
interior sonhando que um dia a roda gire e volte aos holofotes dos grandes
jogos. Um talento desperdiçado assim como tantos outros que se perderam ao longo do caminho por prepotencia, arrogancia ao se acharem bom demais e insubstituiveis.
Outro absurdo e falta de gestão na carreira do árbitro de quem escala é a designação de Claudenir Donizeti Gonçalves da Silva, 49 anos, formado em 2005 com atuações na Série A1 do Paulistão. Esta será a 16ª Copinha do piracicabano.




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