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sexta-feira, 8 de abril de 2016

Pergunte no posto Ipiranga

Cooperados indignados com má gestão elege novo financeiro, trocam conselho fiscal e convocam assembleia para destituir atual diretoria da Cooperativa dos Árbitros do Rio de Janeiro


No dia 31 de maio, uma quinta-feira, ocorreu assembleia para prestação de contas da Cooperativa de árbitros do Estado do Rio de Janeiro (COOPAFERJ). Na reunião realizada no auditório da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), vários fatos inusitados aconteceram, teve lista com os nomes de quem podia entrar no prédio, cooperado legalmente impedido de entrar, cooperado ameaçado de expulsão do recinto, aliado se rebelando ou Rabelando, dirigente dizendo que não sabia onde estava o dinheiro e, pasmem, sequer sabia até mesmo que era dirigente.

O cooperado José Alexandre Barbosa Lima, ex-membro da comissão de ensino da COAF foi barrado na portaria da FERJ, pois só subia para o primeiro andar quem estava na listagem. A alegação foi que ele não pertence mais ao quadro da cooperativa.

A assembleia foi aberta com a indicação de Sérgio Montovani Cerqueira para presidir os trabalhos acompanhado na mesa pelo presidente Messias José Pereira e pelo contador Neftali Moraes.

O edital de convocação aponta o numero de 567 cooperados da Coopaferj, destes, cerca de quinze ou pouco mais, estiveram na assembleia e a grande surpresa foi à presença Péricles Bassols Pegado Cortez, árbitro FIFA do de Janeiro e histórico aliado de Jorge Rabello, que segundo informações de bastidores, seria o verdadeiro mandatário de tudo que é feito e desfeito na cooperativa. Bassols teve atuação destacada na assembleia se RABELLANDO e por algum motivo ainda não desvendado, contraria a direção da cooperativa, o que não tinha ocorrido até então. Bassols não só questionou os dirigentes, mas como liderou outros poucos e corajosos cooperados que buscavam explicações de onde estava o dinheiro deles descontados nas partidas que atuaram.

Dando inicio aos trabalhos, Montovani leu o edital e deu andamento na pauta passando a palavra ao contador. Segundo os gráficos apresentaram em PowerPoint e narrados por Neftali, a Coopaferj deu lucro em 2015 de R$ 4.150,62. Valor oriundo de uma arrecadação de R$ 375.040,60 contra uma despesa de R$ 370.890.08.

Para evitar saia justa devido às ultimas denuncias de não pagamento de tributos por parte da cooperativa, só foram aceitas perguntas e indagações relativas a assuntos relacionados no edital de convocação (prestação das contas de 2015, eleição diretor financeiro e eleição conselho fiscal). Isso causou enorme constrangimento e principio de tumulto quando o cooperado Estevão Cunha da Trindade perguntou sobre INSS. Segundo informações de pessoas que estavam presente na areunião, Estevão foi ameaçado por Montovani de ser expulso da assembleia se insistisse com assuntos fora da pauta e os demais cooperados o convenceram a permanecer calado para que assim não fosse dado motivo para a suspensão da assembleia, o que visivelmente queriam os dirigentes naquele momento.

Todas as assembleias foram publicadas em edital, no site da Coopaferj, no site do sindicato e algumas no site da COAF” – disse Montovani respondendo a Estevão.



Com o fim da discussão acalorada, Péricles questionou os itens apresentados como despesas sem especificações, entre eles salários e ordenados e pediu a apresentação das notas fiscais ou equivalente comprovando os gastos. O FIFA queria saber de forma discriminada, quando foi aprovado e quem aprovou as despesas. Péricles ainda questionou porque a cooperativa gastou cerca de 40 mil com despesas com a sede em saquarema se, segundo ele, é em um endereço com um monte de empresas para reduzir custos.

Outro ponto abordado por Bassols foi outros 40 mil gastos com a manutenção dos rádios de comunicação usada pelos árbitros nos jogos. Segundo o FIFA, essa despesa seria de atribuição da FERJ. Péricles ainda questionou a manutenção informando que os rádios falham constantemente nos jogos e que usam os mesmo fones de ouvido desde 2010.

Indagado o que teria feito com o dinheiro do INSS descontados dos árbitros em borderô, Messias teria informado que foi utilizado como empréstimo para pagamentos de taxas de arbitragem dos campeonatos da FERJ quando esta estava com as contas bloqueadas pela justiça.

O ex-diretor financeiro Willian Nery, disse que duvidava que a FERJ devesse qualquer valor a Cooperativa. Fato confirmado pelo contador Neftali Moraes que disse que o empréstimo tinha sido quitado.

Um dos cooperados indagou sobre fundo de reserva, pergunta respondida pelo contador que teria afirmado existir, mas que não poderia dar detalhes por não te o valor exato naquele momento.

Segundo informações, o ex-diretor financeiro, Willian Nery e o Presidente Messias Pereira, afirmaram que não tinham conhecimento do movimento financeiro da cooperativa. 

“Na verdade arbitragem é um tanto quanto complicado porque as pessoas não se unem né! E quem esta no poder é unido” – Estevão Trindade.



Em um ponto destacado da assembleia, Péricles pressionou Messias Pereira para que este falasse onde estava o dinheiro descontado das taxas dos árbitros que segundo a o contador teria sido quitado pela Federação. Messias respondeu que estava emocionalmente abalado naquele momento, que não poderia responder e que os cooperados fizessem essa pergunta ao diretor administrativo (Jorge Rabello).

Segundo ainda Messias, no dia 11 de março, recebeu comunicado de Rabello onde o mesmo informava que Messias era o responsável e que ele não tinha nada a ver com isso.

Como ato concreto, por decisão unanime dos cooperados, foi eleito Péricles Bassols como diretor financeiro e aventada a possibilidade de destituição de toda diretoria atual, fato só não confirmado por não constar no edital. Em ato continuo um novo conselho fiscal foi eleito com a destituição do antigo que assim ficou:

Novo conselho eleito: Luiz Claudio Regazzone, Daniel Oliveira, Thiago Farinha, Itande Carneiro de Mendonça Filho e Daniel Alexandre.

Antigo conselho destituído: Daniel de Souza Macedo, Tevaldo Lemos Corrêa, Carlos Eduardo Nunes Braga, Daniel Wilson Barbosa de Castro, Wendel de Paiva Gouveia e Ivan Silva Araújo. 

Nenhum deles estava presente na assembleia com exceção de Carlos Eduardo Nunes Braga, membro do conselho desde a fundação da cooperativa, que chegou quando já tinha sido destituído do cargo. Braga teria alegado que não tinha conhecimento que fazia parte do conselho, que nunca aprovou seu nome e que não compareceu a qualquer reunião do conselho fiscal para aprovar contas.

Ficou decidido ainda que por não haver parecer do conselho fiscal, as contas referente exercício 2015 não foram aprovadas com a convocação de uma nova assembleia no próximo dia 18 de abril para apreciação das contas, votação da destituição da atual diretoria por má gestão e outras deliberações.

Estou emocionalmente abalado neste momento e não poderei responder sobre esse assunto. Não sei onde esta o dinheiro, pergunte ao Rabello Messias Pereira. 

Cooperados presentes na assembleia: Péricles Bassols, Estevão Cunha da Trindade, Rodrigo Corrêa, também conhecido como ‘palmito’, Thiago Farinha, Daniel Oliveira, Itande Carneiro, Luiz Claudio Regazzone, Jorge Roxo, Daniel de Oliveira, Rodrigo Carvalhaes de Miranda, Wagner Magalhaes, Wagner Rosa, Leandro Newley Ferreira Belota, João Batista Arruda, Carlos Eduardo Nunes Braga, Rodrigo Jóia e outros.

O que eles disseram:

O blog do Marçal procurou as principais pessoas envolvidas e citadas na assembleia. Leia abaixo o que elas falaram.

José Alexandre: “Sim, fui barrado pelo Messias por segundo ele estar fora há três anos, mas não é verdade, pois só me desliguei da comissão de ensino da COAFFERJ em 2015. Não solicitei desligamento e nem recebi nenhum informativo de exclusão da cooperativa”.

Péricles Bassols: Minha luta é pelo que descobri da cooperativa, a aposentadoria dos árbitros esta sendo roubada. Esse é o motivo da minha revolta.

Estevão Trindade: Na verdade ele (Montovani) ameaçou encerrar a assembleia caso eu continuasse a contestar por eu não ter pagado a anuidade desse ano. É uma situação um tanto que complicada porque ninguém quer se expor.

Na verdade arbitragem é um tanto quanto complicado porque as pessoas não se unem né! E que esta no poder é unido. As pessoas fora do poder, quem esta contestando, que deveriam se unir não se unem.

Também procurados, Jorge Rabello e Wilian Nery não responderam o contato até o fechamento deste post.


Frase: “O dinheiro não só fala como faz muita gente calar a boca” (Millôr Fernandes).

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