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segunda-feira, 1 de julho de 2019


Eleições no Sindicato Paulista

Justiça valida chapa 1 e determina reabertura do processo eleitoral em até 30 dias


Na tarde da ultima quinta-feira (27), a justiça divulgou decisão sobre o processo eleitoral que vem ocorrendo no Sindicato dos Árbitros de São Paulo (Safesp). A ação foi movida pelo candidato oposicionista Aurélio Sant’anna Martins que alegou ter sido impedido de concorrer à presidência da entidade por não residir na capital como prevê o regimento eleitoral de 2003 que foi utilizado no pleito.

O regimento prevê na leta H a inelegibilidade do candidato que não residir no município onde estiver instalada a sede administrativa da entidade. Martins reside em Jacareí, município localizado no Vale do Paraíba e distante cerca de 80 km da capital. 

Na decisão, a juíza Raquel Marcos Simões, da 86ª Vara do Trabalho de São Paulo, reconheceu a legalidade da chapa 1 com base no regimento eleitoral de 2004 e determinou que o mesmo seja usado na reabertura do processo eleitoral que deve ocorrer em até 30 dias. A magistrada decidiu ainda manter a atual diretoria no comando da entidade até que seja definido um novo presidente.

Pito!

A juíza Raquel Simões deu um pito (bronca) no candidato oposicionista quando este requereu que fosse retirada do regimento eleitoral a exigência dos candidatos não estarem atuando para que ele e a candidata a vice, Regildênia Moura, voltassem a atuar no futebol profissional: “é inadmissível a parte autora afastar-se do regimento eleitoral para usufruir do mesmo nas condições que apenas o favorece” – frisou a magistrada (veja abaixo).


Procurado, Leonardo Pedalini, vice-presidente e atual mandatário do Sindicato, disse que decisão judicial se cumpre ou recorre da mesma, mas que vai se reunir com a assessoria jurídica do sindicato nesta segunda-feira (1) para analisar a decisão e só após ira se pronunciar.

Veja abaixo a decisão judicial.


A decisão cabe recurso.

Nota do Blog

Lamentavelmente e como previ com antecedência, a eleição no Safesp, que teve findado o mandato atual em abril deste ano, ainda não ocorreu e provavelmente não será realizada em curto prazo tendo em vista que a briga judicial ainda vai continuar por mais algum tempo, pois tudo indica que a atual diretoria deve recorrer desta decisão judicial, que não é definitiva e cabe recurso o que deve levar um bom tempo até que tudo se resolva.

Desde o começo do processo eleitoral sou contra as duas chapas concorrentes por entender ser um retrocesso na entidade seja qual for a vencedora. A entidade só vai prosperar e representar realmente o associado como ele merece quando for eleito um presidente que não seja subserviente e principalmente, que não tenha qualquer tipo de ligação com entidades do futebol, como FPF e CBF.

Entendo que o atual presidente e candidato a reeleição, Arthur Alves Junior, não tem mais as mínimas condições de continuar no cargo. Poderia citar uma serie de motivos que já é de conhecimento de todos, mas Arthur se tornou um peso morto no cargo, abandonou a tempos a entidade e hoje, como fazia antes quando era funcionário da Federação Paulista de Futebol, serve aos interesses da CBF que o colocou na presidência de uma comissão de arbitragem em outro estado a quase três mil km de distancia do Safesp.

Por outro lado, com seu comportamento pessoalista, Aurélio Sant’anna e os demais membros da sua diretoria, já deram entender que pouco estão ligando para o sindicato e provavelmente não hesitarão em usar a entidade em interesses próprios. Basta saber que alguns deles usufruíram e presenciaram tudo de ruim que ocorreu na entidade nos últimos anos e calaram-se nos momentos que tiveram oportunidade de se manifestarem.

O candidato de oposição sequer compareceu na ultima assembleia de prestação de contas do sindicato, o que mostra estar mais preocupado em servir a si mesmo e a FPF, fato comprovado ao pedir autorização da justiça para voltar a apitar e ao não participar das decisões da entidade que pretende ser gestor, o que demonstra quais são suas reais intenções.

Lamento que a juíza não tenha determinado um novo processo eleitoral partindo do zero tornando inelegível todos os membros das duas chapas concorrentes, o que abriria oportunidades para o surgimento de novos candidatos isentos e que poderiam trazer esperanças de novos e melhores dias para a categoria.

Como a eleição será mesmo entre essas duas chapas, os associados vão decidir pelo menos pior. Um candidato que pretende administrar a entidade a quase três mil km de distancia e outro que, menos distante é verdade, mas também a distancia e sem voz para lutar pelos direitos dos seus associados tendo em vista que será prestador de serviços à entidade que as vezes terá que se opor.  

Essa é a dura realidade de um sindicato tido por muitos como o maior e mais organizado do país, mas que não passa de um elefante branco abandonado pelos seus dirigentes, pelos seus associados e na mira constantes dos interesseiros e seus vassalos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Candidato "Bão" seria você!!!! Vivia lambendo a "casseta" da situação, e agora, fala mal!!!