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sexta-feira, 8 de maio de 2020


Safesp e a indicação da arbitragem ao TJD/SP

Dúvida cruel: Presidente do sindicato terá que decidir entre se auto indicar ou negociar cargo com FPF

O Presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (Safesp), Aurélio Sant’Anna Martins, terá que decidir em breve, um dilema que sempre foi seu sonho, indicar o representante da arbitragem para compor como auditor o Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Futebol (TJD/SP). A composição da nova turma, com mandato de quatro anos, deve ocorrer em julho próximo, salvo mudanças devido a pandemia do coronavírus.

Segundo o CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) o Pleno dos TJD Estaduais deve ser composto por nove auditores indicados por entidades, entre elas a representante da arbitragem nos estados.

É do conhecimento geral da categoria que Aurélio Sant'Anna tem a vaidade e o sonho pessoal de compor a corte e ao que tudo indica, segundo informações de bastidores, pensa em fazer a sua auto indicação, o que não é proibido, mas seria imoral e até questionável no quesito de ter vínculo com a própria FPF onde atua ou atuou até recentemente como árbitro de futebol.

Não podemos esquecer e nem deixar de mencionar que, segundo informações, o atual mandatário nutre ódio e desprezo profundo pelo ex-presidente Arthur Alves Junior por supostamente este negar pedido do próprio Aurélio para indicá-lo ao órgão julgador anos atrás.

Caso se auto indique, poderá se manter nas duas funções ou até mesmo renunciar dando posse a sua vice, Regildenia de Holanda Moura, que também tem o sonho e a vaidade pessoal de presidir o sindicato paulista sendo a primeira mulher a comandar a entidade.

Por outro lado, a Federação Paulista deseja que a indicação do Safesp seja outra, provavelmente mantendo se a indicação feita por Arthur Alves a época de Antonio Assunção de Olim ou simplesmente Delegado Olim como é mais conhecido o atual presidente do TJD Paulista.

Para ter o direito de indicar o membro que, por lei, seria da arbitragem, a FPF sinaliza uma aproximação com a entidade sindical através de algumas iniciativas no sentido de reaproximação das duas casas, dando espaço ao sindicato fazendo com que os associados pensem que o Safesp voltou a ter representatividade na Federação, o que na verdade não ocorre.

Regildenia e o sonho de ser a primeira mulher no comando do sindicato paulista
Nesta linha, a FPF permitiria a atuação do presidente do Safesp nos  assuntos como discussão da divisão do prêmio da arbitragem do Paulistão entre todos os árbitros do quadro para minimizar a crise nesta pandemia, no percentual da receita dos patrocínios nos uniformes dos árbitros, na presença institucional do sindicato nas pré-temporadas, nos congressos e em outras iniciativas da FPF que envolver assuntos da categoria. Também haveria uma ajuda de custo mensal ao sindicato disfarçada em forma de recursos para projetos, sem esquecer a possibilidade de indicação pelo sindicato de um membro do Departamento de Desenvolvimento da Arbitragem ou Comissão de Arbitragem. Alias, isso não seria novidade, pois  aconteceu na administração Sérgio Corrêa.

Ao que tudo indica, Aurélio Sant'Anna Martins enxerga, pela primeira vez, uma chance de negociar e ser ouvido pela direção da Federação Paulista, que até o presente momento tem negado toda e qualquer aproximação assim como pedidos do Sindicato para a arbitragem como a recusa em aporte financeiro a categoria por conta da pandemia.

Será que Aurélio vai ter a coragem de se auto indicar ao TJD/SP ou vai se curvar se ajoelhando à vontade da poderosa FPF repassando a ela o poder da indicação? Não sei, só sei que em pouco tempo saberemos a resposta.

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