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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Alguém tem visto árbitro paraibano apitando nas diversas divisões do futebol brasileiro? não né! Pois é, o estado está fora do mapa da arbitragem brasileira, só Pablo Alves, o cigano do apito, tem saído em algumas escalas e muito pouco é verdade, mas algumas mas linguás dizem que só é escalado por ser filho de Paulo Jorge Alves, membro da CA-CBF. No resto ninguém trabalha, entretanto, este post tentara elucidar o porquê e irá revelar o que levou a arbitragem Paraibana ao descrédito atual.
Má fama!
Não é de hoje que os árbitros paraibanos tem má fama, fama que levou aos outros estados não querer mais os apitadores de lá, o que já é uma dificuldade. Fora esta fama, a vitória de Amadeu Rodrigues nas eleições da Federação paraibana de futebol, fez de Rosilene Gomes uma eminencia parda, levando ao cargo de presidente da comissão José Renato Albuquerque, figura controversa e de passado duvidoso segundo comentários de bastidores. Com isso levou a bancarrota toda e qualquer possibilidade de alguém trabalhar a nível nacional, pois a CBF confiava no trabalho de Miguel Félix, já em Zé Renato, os calafrios não deixam soltar as escalas, vide que em passado não muito distante, não sou eu que estou falando, pois basta consultar os arquivos de jornais, a Paraíba esteve envolvida em diversas suspeitas de manipulação de resultados.

Uma guerra entre os apitadores paraibanos também dificulta, João Bosco Sátiro e Renan Roberto vivem trocando farpas, inclusive com ameaças pelo whatsapp como comprova vários áudios enviados a redação do Apitonacional.

A presença de Pablo Alves no quadro é desconfortável, chamado por alguns de presente de grego deixado pela administração Miguel Felix.


Vou tentar montar esse quebra cabeça e peço a ajuda dos universitários para me corrigirem se errado estiver. Então vou por partes porque o problema é grande e muito grave!

José Renato e o descrédito da Paraíba na CBF
Além de ter um quadro limitado, o fato de José Renato (foto abaixo) estar na presidência da CEAF-PB dificulta a saída dos árbitros locais nas diversas séries do campeonato brasileiro. Tudo pela falta de confiança que a CA-CBF  tem no comandante local. Como a tropa é o espelho do comandante, quem confia?


Outra! José Renato tem muita amizade com alguns árbitros, o mais próximo dele era João Bosco Sátiro, digo era porque segundo informações, hoje a amizade anda abalada. Este mesmo árbitro (JBS) teria sido reprovado em duas provas físicas e teóricas e o presidente foi se preocupar com um novo teste físico para supostamente beneficiar o mesmo em vez de brigar por escalas para o grupo. Ledo engano de todos, José Renato não briga por escalas porque sabe que será em vão, será rechaçado pela CA-CBF.

Ameaças do João Bosco
Após uma discussão sem sentido no grupo de whastapp da CEAF-PB, João Bosco que mandava áudios supostamente alcoolizado, foi excluído do grupo. De forma intempestiva soltou o verbo no grupo do sindicato local (áudios em poder do Blog). Nos áudios, o mesmo faz ameaças à comissão de arbitragem dizendo que não poderia dizer o que sabia por ser muito grave e que pediria uma CPI do apito. Também atacou Renan Roberto, Antônio Umbelino e fez ameaças de morte conforme comprova os áudios em poder do Blog.
João Bosco
De que e de quem João Bosco falava nos áudios? Por que a comissão de arbitragem tem medo dele? Aliás, João Bosco é outra figura controversa, além de não passar nos testes físicos e provas teóricas, o mesmo supostamente teria sido alvo de investigação na corregedoria de arbitragem da CBF na partida Paraná x Boa Esporte, disputada em 2011. O mesmo tem trocado farpas com Renan Roberto para assumir uma "liderança" local, o que causou um racha no grupo que já não era muito unido.
Renan Roberto muda de opinião
Quando Miguel Félix era presidente da CEAF-PB, Renan Roberto (foto abaixo) era maior crítico da suposta banda podre posando de bom samaritano. Segundo informações, Renan mandava recados ao ex-presidente criticando os que seriam as laranjas podres do cesto, no caso, José Renato, Griselildo Souza e João Bosco Sátiro.
Agora com José Renato no poder, Renan passou a ser seu melhor amigo, tanto que o mesmo teria induzido a realização  das escalas da segunda divisão local. 
Esta aproximação desagradou João Bosco, que após a divulgação da escala da final foi a o grupo do sindicato e disparou áudios contra a comissão, inclusive dando a entender que não era a comissão que escalava, no caso Renan, já que até o amigo de Renan, Antônio Umbelino foi colocado casado na final com o próprio Renan. 
Alias, aqui cabe duas ressalvas, uma delas é as suspeitas que não faltaram sobre este sorteio. Outra ressalva é que Renan passou de promessa a esquecido pelo chefe da arbitragem da CBF.
Racha entre Amadeu Rodrigues e Rosilene Gomes
Todo mundo sabe que houve um racha entre o atual presidente e a ex-presidenta. Este racha quase fez José Renato sair da comissão de arbitragem, mas o mesmo foi aconselhado por Rosilene para ficar, pois seria ainda um foco de controle da mesma na atual gestão. Mas este racha entre o atual e a ex pode derrubar José Renato. Segundo apurado por este Blog, os clubes não o querem na presidência, basta ver que no quadrangular final o Botafogo quase pediu arbitragem de fora por suspeitar da escala de Roberto Lima na partida contra o Campinense.
Para quem não sabe, Roberto Lima (foto ao lado) é um árbitro de 52 anos, ele faz parte do quadro das “múmias da paraíba” sobre quem pairou suspeitas, eu disse “suspeitas”. 
Após o incêndio ser apagado na partida seguinte por João Bosco, na época amigo do presidente, inexplicavelmente Roberto Lima voltou a ser escalado no mesmo quadrangular deixando muitos CBFs de fora. Inclusive o cavalo de Tróia Pablo Alves entre outros.
Resumo
Fica a pergunta porque os principais árbitros da atualidade na Paraíba ficaram fora dos jogos decisivos do campeonato local. Vale lembrar que quando o Botafogo quis arbitragem de fora, João Bosco Sátiro liderou um movimento contra o próprio Botafogo e por uma coincidência o mesmo Bosco apita a partida seguinte, fato que causou estranheza, pois o árbitro supostamente não é bem quisto pela equipe reclamante.
Nacional de Patos e jogadores irregulares
Você acha que já viu tudo? Não! A segunda divisão da Paraíba esta sub judicie, o Nacional de patos entrou no STJD porque a federação deixou quase todas as equipes jogarem com jogadores irregulares, exceto o Nacional, Paraíba de Cajazeiras e o Semar. Se este processo der ganho de causa ao Nacional poderá levar a saída do presidente da Federação, Amadeu Rodrigues, em consequência deverá haver mudanças também na arbitragem.
2015 sem nada
Enquanto os outros estados investem em treinamentos, a Paraíba está parada. Segundo relatos de especialistas de arbitragem daquele estado, José Renato não entende de arbitragem e muito menos de treinamentos, com isso não houve trabalho na área, o quadro esta parado, só engordando. Também não se tem noticias de árbitros jovens promissores sendo preparados e o futuro se mostra negro.

Para finalizar este post e colocar mais uma pitada de pimenta no seu feijão, árbitros como Éder Caxias (foto acima) e Clizaldo Luiz Di Pace ficam longe da atualidade, totalmente fora das escalas, ficam navegando numa arbitragem do passado.
Esse post acabou, mas não o dossiê, pois ainda tem a historia dos áudios e dos uniformes de árbitros, talvez os que foram desviados tempos atrás, sendo vendidos na OLX pelo filho de um dirigente local. 
Como podemos ver, em se tratando de arbitragem, na Paraíba as coisas são complicadas. Muito complicadas!
Frase: "Essa crise pode não ser tão grande quanto à gente imagina, mas pode ser maior do que a gente imagina" (Lula).

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Ele esta voltando!

Possível volta de Alexandre Andrade a CA-DF causa revolta na arbitragem candanga
Alexandre Andrade

Centro da polêmica de 2012 que dividiu a arbitragem candanga, quando os árbitros deflagraram greve por conta da sua indicação supostamente feita por um dos clubes filiado à Federação Brasiliense de Futebol, Alexandre Andrade esta prestes a voltar para comandar a Comissão de Arbitragem do Distrito Federal (CADF). Cargo que ele ocupou de janeiro a outubro de 2012.

Segundo informações vindas do planalto central, Erivaldo Alves, atual presidente da conturbada Federação Brasiliense de Futebol, que substituiu o ex-presidente Jozafá Dantas, cassado no ultimo mês de agosto por decisão da maioria dos clubes filiados à FBF, estaria sendo pressionado pelo seu vice, Cléver Rafael, para substituir o atual presidente da CA-DF, Jeufran Almeida de Oliveira por Alexandre Andrade.

A pressão do vice seria supostamente por conta de que Alexandre Andrade, comissionado no Gabinete do Senador Jader Barbalho, teria intermediado emprego no Senado Federal para um filho do atual vice-presidente da FBF, que como forma de gratidão estaria agora supostamente forçando junto a presidência da FBF a volta de Andrade a chefia dos árbitros do DF.

Outro possível apoio de Alexandre Andrade para voltar ao antigo cargo viria do Deputado Distrital Julio César que tem Nivaldo Nunes como comissionado no seu gabinete. Nunes por sua vez é diretamente ligado a Alexandre Andrade.

Erivaldo Alves

Como é publico e notório, a FBF tem um débito com a arbitragem desde as fases finais do Candagão que ultrapassa facilmente a casa dos R$ 60 mil reais. Levando se em consideração essa divida e mais a possível volta de Alexandre Andrade, o sindicato dos árbitros do DF (SAF-DF) presidido por Jamir Garcez, já mobiliza os árbitros para irem a greve se necessário for.

O sindicato ainda ameaça caso o pagamento não seja feito nos próximos dias, que os árbitros não atuarão na segunda divisão do Candangão, que está prevista para começar no próximo dia 26.

O Blog apurou que a volta de Alexandre Andrade desagrada à CBF, a escola de arbitragem do DF, o sindicato e os árbitros. Pelo visto, caso Erivaldo Alves decida pela troca no comando do apito, estará possivelmente trazendo de volta os dias de caos á arbitragem daquele estado que tanto tem sofrido nos últimos anos.

Obs. Procurados, tanto Erivaldo Alves, como Alexandre Andrade e Jamir Garcez não responderam até o fechamento deste post. Caso eles ou qualquer outra pessoa citada no post queira se pronunciar, o espaço estará aberto  democraticamente como em outras ocasiões.

Frase: “Política é quase tão excitante quanto à guerra, e quase tão perigosa. Na guerra, você é morto uma vez, mas na política, várias vezes” (Winston Churchill).

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

ELE VOLTOU!

Após ser vítima da vingança dos que tiveram os maus feitos escancarados, o jornalista Paulo César de Andrade Prado, “Paulinho”, foi libertado da prisão e está de volta para dar  continuidade ao seu trabalho 

Depois de 130 dias encarcerado em condições sub-humanas como se bandido fosse, eis que o destemido jornalista Paulo César de Andrade Prado, mais conhecido como “Paulinho”, proprietário do conceituado “Blog do Paulinho”, espaço que há nove anos luta contra todo tipo de bandidos travestidos de dirigentes esportivos que infectam o esporte brasileiro, foi libertado da prisão e já retornou sua luta diária onde promete continuar com a mesma forma e conduta de sempre.

Detido de forma arbitraria por agentes da 34ª DP (Vila Sonia) para prestar esclarecimentos sobre denuncias contra um dirigente esportivo vagabundo que recentemente foi apeado do poder em um grande clube de São Paulo, permaneceu preso para cumprir sentença anterior de cinco meses e dez dias (por crime de difamação contra o advogado Antônio Carlos Sandoval Catta Preta). Sentença absolutamente suspeita diga se de passagem onde por ser em regime semi-aberto - tinha que dormir na prisão e trabalhar durante o dia – permaneceu o tempo todo trancado e incomunicável.

Sou testemunha deste fato, pois tentei visitá-lo e fui desencorajado por este motivo.

Conheci Paulinho quando ainda nem era jornalista, mas já fazia suas denuncias no seu espaço. Nosso primeiro encontro foi durante uma passeata “Fora Ricardo Teixeira”, então integrante e chefe mor da casta dos piores dirigentes que tomaram de assalto o esporte brasileiro. Tempos depois estive em sua radia, a Midia Cast, entrevistando o ex-árbitro Euclydes Zamperetti Fiori.


Nunca escondi de ninguém a admiração e respeito que tenho pelo trabalho realizado por este moço. Bem informado, destemido, corajoso, investigativo, incisivo e acima de tudo, sempre aberto a ouvir e dar espaço para aqueles que de alguma forma lutam para que bandidos e malfeitores não se apodere de vez, seja qual for o segmento do esporte brasileiro.

Com alegria e esperança de dias melhores com a volta deste defensor, este simples espaço saúda a liberdade do Blogueiro “Paulinho” e certamente a volta da luta diária contra os poderosos que o calaram por certo tempo, mas, como querem, não conseguirão silencia-lo para sempre!

Que seu retorno seja frutífero Paulinho, pois a luta continua!

Abaixo o relato do jornalista do ocorrido durante o tempo em que ficou preso.



“Eram 13 horas do dia 06 de julho quando este jornalista, retornando de um PetShop em que havia adquirido um lindo Shih Tzu com apenas dois meses de vida (o nome é "blog", por razões óbvias), teve seu veículo abordado, em movimento, poucos metros antes de chegar em sua residência, por dois homens armados, até então sem identificação.
A ação, cinematográfica, de extrema violência, com ares milicianos, foi realizada por policiais civis do 34º DP da Vila Sônia.
Este jornalista, sem opção, freou o carro, ergueu as mãos e escutou: "Desce do carro, Paulinho, caiu a casa..."
Abri a porta com cuidado, ainda sem saber do que se tratava (pensei em tudo, desde sequestro até execução) e, sem explicações, fui retirado do veículo como se fora bandido, algemado com as mãos para trás, sob o olhar atônito de comerciantes e transeuntes.
"Aqui é polícia! Você sabe porque está sendo preso. Vai aprender a não mexer com quem não pode", gritou um alucinado (com ares de drogado) agente, enquanto levava-me para um desfile público pelo que restava do caminho da abordagem até a garagem do meu prédio (a intenção, evidente, era de proporcionar humilhação), em que observava o outro policial, mais ponderado, estacionar o veículo e entregar a chave à chefe de segurança do local.
"Do que se trata ? Cadê o mandado ?", questionei.
"Fica na sua... a ordem está na delegacia, não crie problemas que vai ser pior", respondeu o alucinado.
"Sem mandado não vou. Preciso, ainda, deixar o cachorrinho com alguém. Acabei de comprá-lo. É filhote, não posso deixar com estranhos, muito menos dentro do carro", respondi.
"Dá um fim nesse bicho, joga fora", disse o miliciano ao parceiro.
A discussão foi intensa e consegui (se é que se pode tratar essa vergonha como conquista), condicionar minha ida, sem "criar problemas", ao DP, a que deixassem-me levar o "bloguinho" à casa de minha sogra (a intervenção do policial menos violento foi fundamental).
Entrei na viatura, ainda algemado, com o miliciano lutando para denegrir minha imagem, proferindo bobagens para os moradores, entre as quais "olha o bandido que morava ai e vocês nem sabiam", seguimos à residência de minha sogra (duas quadras do local), quando, após avisada por telefone, encontrou-me naquela situação deplorável.
Sem o menor constrangimento (e humanidade), o covarde agente, em ação criminosa, teve a coragem de jogar o cachorro (repito, de apenas dois meses) com um soco lateral, nos braços da referida senhora, empurrando-a bruscamente na sequencia.
"Avise à Fernanda (minha esposa) que estou sendo levado para o 34ª DP", concluí, indignado, por sorte, algemado, o que impediu uma reação certa diante de cena tão surreal e deplorável.
No caminho para a Vila Sônia escutei diversas bobagens, mas que trataram, aos poucos, de esclarecer o que, de fato, estava acontecendo:
"Mexeu com o Aidar... ele vai por no seu rabo...", "quem financia seu trabalho ?", "qual a senha do seu celular ?", "está fudido... não vai sair mais...", "quem te passa as informações ?", "como consegue acesso a tantos documentos e dados sigilosos, nós, para conseguirmos, temos grande dificuldade...", "você foi caguetado... já era..."
Ao chegar no distrito, fui levado, como se fosse prêmio, a outro desfile, em que o policial gabava-se pela prisão, e levava-me aos diversos departamentos e salas do local.
Somente após alguma espera, colocaram-me em frente ao um escrivão, que disse ter sido minha prisão uma ação policial para garantir depoimento em inquérito movido por denúncia de Carlos Miguel Aidar, inconformado com publicações do Blog do Paulinho.
Ou seja, a constatação da arbitrariedade: um jornalista é preso, sem mandado, por policiais civis, para prestar depoimento num caso em que sequer foi intimado a depor.
Respondidas as perguntas do tal inquérito, chega a notícia de que não poderiam me soltar porque havia uma condenação solicitando minha prisão por difamação, numa pena de 5 meses e 10 dias (absolutamente suspeita), em processo movido pelo advogado Catta Preta.
Levado à carceragem do DP, logo a imprensa foi avisada e começaram a chover ligações ao distrito (jornalistas, dirigentes de clubes e, pasme, desembargadores ligados ao Corinthians), motivando o delegado titular a descer e abordar-me:
"Cara, você é famoso mesmo... o telefone não para... ligou a Globo, Uol, Terra, Romeu Tuma, gabinete do Andres Sanches e até um desembargador de nome Ademir", relatou, para depois, ato contínuo, ligar para um tal de "Milton", que, tudo indica, seria o "Neves", confirmando, na minha frente, a prisão.
Horas mais tarde, após minha família correr para comprovar, com o diploma, meu nível universitário, ficou certo que o único local que poderia me receber, no momento, com alguma segurança, seria o 31º DP da Vila Carrão, que possui três celas especiais (somente formados) com quatro camas e, no máximo, cinco pessoas (uma dormiria no chão).
Porém, durante a transferência, realizada por outros agentes, fez-se necessário (para eles) o último ato de maldade (e tortura): colocaram-me, após o exame de corpo de delito, algemado com as mãos para trás, na parte de traseira da viatura, que foi dirigida, maldosamente, com diversos movimentos bruscos (inclusive "cavalo de pau"), ação que ocasionou-me algumas lesões, além do constrangimento de vomitar o carro inteiro, sem que pudesse controlar a situação.
Espertos (ou se achando), os policiais pararam o carro antes da chegada ao destino, lavaram a viatura e depois colocaram-me, ainda algemado, cheirando azedo, no banco de trás.
Ao entrar no 31º DP, deparei-me com minha esposa, filho e duas mulheres, Doutoras Danúbia Azecedo e Claudia Mantovani (ainda não sabia que eram advogadas), que abordaram-me: "Fique tranquilo, somos sócias do Dr. Romeu Tuma Jr., ele está indignado com sua prisão e será seu advogado, por favor, assine as procurações.".
Na sequencia, após conversarem com os policiais locais, cientificando-os de que tratava-se da prisão arbitrária de um jornalista, não de bandido, as doutoras despediram-se, avisando que tentariam livrar-me com um HC.
Eram pouco mais de 20 horas quando uma carcereira escoltou-me até a minha cela, o "X-3", local em que entrei apreensivo, sem saber o que esperar, mas, por sorte, fui bem acolhido por três presos, Nelson, Herges e Leandro, que, após tomarem ciência de minha história, trataram de apresentar-me, na manhã seguinte, aos demais presos, não sem antes conversar com o sentenciado "Da Sul", denominado "disciplina", que esclareceu-me regras e dicas de comportamento para evitar problemas na prisão.
A noite foi longa, dormi pouco, envolto em diversos pensamentos, mas ciente de que precisava sobreviver para dar sequencia ao trabalho e continuar amparando meus familiares.
Permaneci no 31º DP por 44 dias, fechado (apesar da pena indicar regime "semi-aberto"), em condições deploráveis de higiene, além doutros desconfortos, mas, por sorte, acolhido até com alguma admiração pelos outros presos (alguns vítimas de injustiças claras).
Neste período, tive HCs negados pelo TJ-SP, STJ e STF (Ricardo Lewandowisky), que, de maneira adversa ao que prevê a legislação, disseram não enxergar constrangimento ilegal no fato referido acima.
Minha permanência no local, que terminou numa transferência ao Presídio de Tremembé - PII (um lixo), será detalhada num livro (ainda a ser escrito), embora, assim como ocorreu neste relato, publicaremos, neste espaço, resumos do que consideramos importante e essencial para o conhecimento público.
Nos próximos dias, o leitor conhecerá a verdade sobre o "presídio das estrelas", o comportamento do judiciário (principalmente a deplorável VEC de Taubaté), além doutros pormenores que levaram um jornalista sério, combativo, que acerta (bastante) e erra como todos, a amargar 130 dias de cárcere, para deleite de malfeitores (e seus seguidores) por ele denunciados, numa verdadeira ação de ataque contra a imprensa, repudiada pela grande maioria da população, mas, lamentavelmente, pouco notada pela própria profissão”.

Estamos de volta, com a mesma coragem e habilidade, porém mais atentos, para, nos próximos dias, contarmos tudo o que ficou escondido (ou foi tratado sem verdade) durante estes quatro meses, além de, para desespero de alguns, dar continuidade ao nosso trabalho - Paulinho -.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Prefeitura procura ex-árbitro
Segundo jurídico da prefeitura de São Paulo, Marcos Spironelli terá que devolver quase meio milhão de reais aos cofres do Município

Foto divulgação Internet
A Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação da Prefeitura de São Paulo (SEME) tenta notificar fisicamente, Marcos Fábio Spironelli (foto), ex-Presidente da Federação Paulista de Beach Soccer (FEBS-SP), por, segundo comprovado por farta documentação já publicada em diversos veículos de comunicação, irregularidades em convênios públicos firmados entre a Federação de Beach Soccer e a Prefeitura de São Paulo através da SEME.

Uma das irregularidades encontradas e pela qual esta sendo procurado para ser notificado, Marcos Fabio Spironelli, à época, presidente da FEBS-SP, contratou diretamente a empresa Shamou Esportes, da qual é sócio juntamente com sua mãe, para executar eventos em parceria com a SEME, o que é proibido pelo art. 37 da Constituição Federal e pela Portaria 026/2014 da SEME. Por esta irregularidade provavelmente terá que devolver quase meio milhão de reais (478.276,65 ) aos cofres da Prefeitura Municipal de São Paulo.

Veja abaixo o despacho do Jurídico da SEME:

DESPACHO - 2015-0.160.827-0

INTIMAÇÃO

"À vista dos elementos constantes do presente, especialmente o parecer retro da Assessoria Jurídica, com fundamento no art. 37 da Constituição Federal e na Portaria 026/SEME/2014, INTIMO a FEDERAÇÃO PAULISTA DE BEACH SOCCER, CNPJ nº 05.018.837/0001-81, para apresentar defesa prévia no prazo de 15 (quinze) dias, (i) da rejeição parcial das contas apresentadas nos seguintes processos de prestação de contas de eventos realizados com a SEME: 2008-0.372.963- 0; 2009-0.073.458-9; 2009-0.066.868-3; 2009-0.117.507-9; 2009-0.212.180-8; 2009-0.243.260-1; 2009-0.264.414-5; 2009-0.327.504-6; 2009-0.348.388-9; 2010-0.018.197- 5; 2010-0.018.203-3; 2010-0.049.187-7; 2010-0.174.758-1; 2010-0.289.992-0; 2010-0.284.787-3; 2010-0.297.444-1; 2010- 0.119.008-0 e 2010-0.327.371-4, em razão da contratação da empresa SHAMOU ESPORTES COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA EPP, da qual era sócio o próprio Presidente da FEDERAÇÃO PAULISTA DE BEACH SOCCER, e para que fique ciente de que, consequentemente, haverá necessidade de restituição a esta Pasta do valor de R$ 478.276,65 (quatrocentos e setenta e oito mil duzentos e setenta e seis reais e sessenta e cinco centavos), já devidamente atualizado, correspondente aos serviços prestados pela referida empresa, bem como (ii) acerca da possibilidade de aplicação da sanção prevista no art. 87, inciso IV, da Lei Federal nº 8.666/93, por força do art. 116, consistente na declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade".

Só que estranhamente a SEME, que já notificou por duas vezes via Diário Oficial do Município a Federação Paulista de Beach Soccer, ao tentar notificar o ex-presidente fisicamente no endereço fornecido a Secretaria - endereço que fica ao lado da Associação de Árbitros da Grande São Paulo (AAGSP - empresa fundada por Spironelli), a correspondência volta dizendo que a entidade não funciona mais no endereço.

O que mais chama a atenção nesse quebra cabeça todo é que a SEME procura por Spironelli sem sucesso, mesmo ele frequentando as dependências do órgão público. Segundo a ata de registro de preços - documento publico disponibilizado a qualquer pessoa interessada - (abaixo), Marcos Spironelli esteve na sede da Secretaria no ultimo dia 09 de setembro para assinar dois contratos com a Administração Publica que são da arbitragem de futebol dos Jogos da Cidade e também o de Assessoria em arbitragem para os campeonatos de menores.


Procurado, Marcos Fabio Spironelli não respondeu o contato até a publicação deste post. O espaço está aberto para caso ele ou qualquer outra pessoa citada no post queira se pronunciar.

Frase: “Falsidade não é inteligência ou astúcia, é desvio de caráter” (Izzo Rocha).

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Assembleia de trabalho da ANAF em BH

Muitas discussões e poucas definições

Foto: Julio Cancellier - ANAF

No ultimo final de semana, dias 11 e 12, os dirigentes da arbitragem Brasileira estiveram reunidos no Hotel Ímpar - com excelente infraestrutura e acomodações - em Belo Horizonte-MG para discutirem os assuntos da categoria na 38ª reunião de trabalho da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF). A cerimônia de abertura foi realizada na noite da sexta-feira (11) no salão de eventos do hotel com a mesa sendo composta pelas seguintes autoridades: Vereador de BH Juliano Lopes Lobato, ex-árbitro e comentarista da Rede Globo Márcio Rezende Freitas, Presidente da Comissão de arbitragem de Minas Gerais Giulliano Bozzano além do Presidente da ANAF Marco Antônio Martins e do Presidente do Sindicato de Minas Gerais (SAMG) Ronaldo André Bento. Após a cerimônia todos participaram do churrasco oferecido pela organização do evento em um salão próximo ao hotel.

Na manhã seguinte deu se o inicio aos trabalhos com discussão da agenda e deliberações das pautas da categoria, como a ação pelo Direito de Arena, diárias, uniformes, patrocínios, transporte, acordo coletivo de trabalho, carta sindicais, Escola Brasileira de Arbitragem, aspectos financeiros das entidades, mobilização pela derrubada do veto a MP 671 - ação que nem os próprios dirigentes acreditam que aconteça - deliberação sobre o estado de greve e outros assuntos.

Algumas decisões que julgo importante foram aprovadas. Entre elas o direito de arena onde os representantes dos árbitros foram atualizados sobre o andamento da ação civil para que seja impedida a exibição da imagem das equipes de arbitragem nos jogos transmitidos ao vivo por emissoras de TV aberta e fechadas. É esperada para qualquer momento uma decisão da justiça que segundo Giulliano Bozzano, ex-diretor jurídico da ANAF, acredita ser difícil não ter uma decisão favorável à categoria.

Outras decisões não menos importantes foram tomadas como diárias onde os representantes da categoria defende o mesmo valor independente do deslocamento com acréscimos em caso da permanência exceder às 12 horas. Os representantes também querem o direito da escolha do fornecedor de material esportivo assim como a exclusividade na negociação do contrato para a entidade nacional dos árbitros, sendo que 100% do que for negociado será destinado aos árbitros.

Também ficou decidido que as entidades estaduais terão um prazo de 30 dias para convocarem seus associados para ratificarem o acordo coletivo de trabalho com data base sugerido no dia 1º de novembro de cada ano para a negociação dos reajustes com base no INPC dos 12 meses anteriores.

Sobre as às taxas ficou decidido que a reivindicação será para valores escalonadas com base na taxa FIFA, devendo as categorias FIFA e Especial receber o mesmo valor, o aspirante 80%, CBF-1 70%, CBF-2 60%, CBF-3 50%, 4º árbitro metade da taxa do assistente.

Os participantes

A participação dos dirigentes nos trabalhos da entidade ficaram restritas aos sindicatos mais ricos, com destaque para Pernambuco que enviou dois representantes, o sempre participativo Emerson Sobral e Gleydson Ferreira Leite e Rio Grande do Sul com Carlos Castro e Ciro Camargo.

Treze presidentes e representantes de Sindicatos estiveram presentes no evento. Como novidade a participação pela primeira de vez do ex-FIFA Francisco Carlos do Nascimento, o Chicão, recentemente eleito Presidente do sindicato dos árbitros de Alagoas e Edson de Souza do sindicato de Goiás que também pela primeira vez esteve presente nos trabalhos da arbitragem Brasileira. Também participaram da assembleia Ivaney Alves de Lima (Sergipe), Juscelino Santos (Maranhão), Antônio Nunes (Piauí), Roberto Braatz (representante do Paraná), Ronaldo André Bento (Minas Gerais), João Lucas (Ceara), Silvio Camargo (Espirito Santo), João Lupato (Mato Grosso do Sul), Lincoln Ribeiro Taques (Mato Grosso), Hélio Prado (Santa Catarina), Luiz Carlos Câmara Bezerra (Rio Grande do Norte) além dos membros da diretoria da ANAF Marco Martins (Presidente), Salmo Valentim (tesoureiro), Jamir Garcez (Vice-presidente), Wagner Rosa (assessor da presidência) e Silvio Acioli Cancellier (Santa Catarina - representante parlamentar da ANAF).

Também esteve participando dos debates Geraldo Castro (Goiás), ex-árbitro assistente CBF. A cobertura do encontro ficou a cargo deste que voz escreve - Marcelo Marçal - representado os veículos de comunicação Apitonacional e Blog do Marçal, Pedro Paulo de Jesus do portal Voz do Apito e Julio Cancellier da ANAF. Os trabalhos contaram com apoio e organização da sempre competente Erica Klauss, secretária da ANAF.

Ausências

Sentida a ausência de todos os representantes da arbitragem do Norte do país que não mandou nenhum representante assim como Fernando Castro do Pará e Arthur Alves Junior de São Paulo que não compareceram ao evento.

A organização

Aqui registro o empenho, a educação e o carinho do presidente do Sindicato dos Árbitros de Minas Gerais, Ronaldo André Bento, que batalhou incansavelmente buscando apoio para o sucesso do evento. Mas lamentavelmente e pela baixa participação dos árbitros local que ignoraram o evento seu esforço não foi recompensado. Árbitros com escudo FIFA do estado como Ricardo Marques, Guilherme Dias Camillo, Márcio Eustáquio Santiago e Janette Mara Arcanjo sequer apareceram um minuto no evento, mas caso fosse um evento organizado pela CBF, certamente todos eles estariam presentes. 

Como sempre a organização de um evento que reúne pessoas de diversas regiões do país depende basicamente de uma coisa para ser sucesso, a logística e ela foi totalmente falha em Belo Horizonte. O hotel ficava a cerca de sessenta quilômetros do aeroporto de Confins e a grande maioria dos dirigentes teve que se deslocar por conta própria com muitos pagando cerca de R$ 200 reais de taxi no percurso ida e volta. Este foi o 38º e pelo visto os organizadores ainda não aprenderam essa regra simples.

Esvaziamento

Aqui uma critica ao presidente da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, que teima em jogar contra a categoria com a tática do esvaziamento. Coincidentemente Sérgio marcou treinamentos com os árbitros do quadro de Minas no mesmo final de semana para esvaziar o encontro da ANAF. Lembro que não é a primeira vez, pois em outras ocasiões assim como esta reunião de trabalho, anteriormente marcada para agosto, foi transferida para esta data por conta de evento da CBF com os árbitros no Rio de Janeiro.

Agradecimentos

Agradeço ao presidente da ANAF, Marco Antônio Martins e ao tesoureiro Salmo Valentim pelo apoio sem o qual não poderia ter participado do evento. Agradeço também a todos os participantes pela amizade e carinho dispensado a mim e aos veículos que represento. Agradeço ainda Erica Klauss, Julio Cancellier e Ronaldo André Bento que não mediram esforços para que a imprensa pudesse desenvolver seu trabalhar da melhor forma possível.

Obrigado a todos e até novembro quando nos reencontraremos em Campo Grande no Mato Grosso do Sul quando ocorrerá mais um Congresso da Arbitragem Brasileira.

Frase: “A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias em pessoas comuns” (Abraham Lincoln).

Abaixo fotos do evento. Fotos Marçal





















Geraldo Castro - ex-árbitro assistente CBF/GO


























Acioli Cancellier - assessor ANAF

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