Trocando seis por meia dúzia
CBF troca
três FIFAs para 2020. Dewson Freitas, Ricardo Marques Ribeiro e Wagner Reway deixam o quadro e serão substituídos por Bruno Arleu, Flávio
Rodrigues de Souza e Rafael Traci
A
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou na última segunda-feira (30),
a lista dos indicados para integrarem o quadro de árbitros FIFA em 2020. Três
mudanças foram realizadas no quadro masculino, Dewson Freitas (PA), Ricardo
Marques Ribeiro (MG) e Wagner Reway (MT) perderam o escudo e em seus lugares foram promovidos Bruno Arleu (RJ), Flávio Rodrigues de Souza (SP) e Rafael Traci (SC).
O presidente
da Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, comentou as alterações.
“A lista
premia árbitros e assistentes por seus rendimentos técnicos nas últimas
temporadas a partir de análises qualitativas das performances nas competições
organizadas pela CBF” – explicou Gaciba.
Opinião do Blog
Como disse Leonardo Gaciba tempos atrás, a arbitragem brasileira não tem mais que seis ou sete
árbitros com qualidades para apitar qualquer jogo e os que saíram e os que
estão entrando certamente não fazem parte deste seleto grupo. Eu na verdade
acho que Gaciba foi bem otimista, pois
na minha opinião não temos nem a metade do que ele disse. É bem provável que os promovidos e rebaixados sejam do grupo dos 'cabeçudos', como também disse o
chefe dos árbitros da CBF, se referindo aos seus comandados que não seguem orientações.
Promovidos
Bruno Arleu/RJ (36 anos), Rafael Traci/SC (38 anos) e Flávio Souza/SP (39 anos)
Entre os promovidos, o paulista Flávio Rodrigues de Souza é a principal aposta desta comissão, mas eu não apostaria tanto assim nele. Na verdade Flavio Souza já é um veterano do apito, vai completar sua 17ª temporada como árbitro em 2020 sem grande destaque, teve uma melhora de rendimento nos últimos dois anos devido a repetição nas escalas que fez com que adquirisse confiança e vem, principalmente nesta temporada, tendo boas atuações, mas já atingiu seu limite e certamente será mais um que passará pelo quadro internacional sem empolgar ou até mesmo atuar em grandes competições a nível internacional. Duvido muito que isso aconteça, mas por ser um menino de ouro, adoraria e ficaria muito feliz se ele me desmentisse.
A entrada de Rafael Traci talvez se justifique mais pelos que saíram, pois já era hora de fazem mudanças, mas o paranaense que agora atua por Santa Catarina não tem regularidade alternando boas partidas, principalmente quando não é exigido, com outras conturbadas quando se exige presença e poder de decisão rápida do árbitro do jogo. Tem a confiança da comissão, mas não tem todas essas qualidades dentro das quatro linhas. Pode evoluir? Pode, mas pela idade já atingiu seu máximo e a tendência é cair. Outro que não deixara saudades quando deixar a FIFA.
O carioca Bruno Arleu, 36 anos, sem dúvidas é o paraquedas da lista, aquele que entra no quadro para equilibrar os escudos dos estados. Seria um chororô, termo bem apropriado para os cariocas, se o estado do Rio de Janeiro, que fica na rabeira de São Paulo mais uma vez, perdesse em números de escudos para estados sem força no futebol como Santa Catarina. Sem currículo, sem técnica, sem sal e sem alma, Arleu é o mais novo dos promovidos e certamente sem nada a perder pode ser o que mais aproveite a oportunidade e consiga evoluir fazendo jus ao escudo inesperado que literalmente caiu no colo.
Rebaixados
Ricardo Marques/MG (40), Dewson Freitas/PA (38) e Wagner Reway/PB (38)
Dos que
deixam o quadro, apenas o mineiro Ricardo Marques foi surpresa,
pois apesar de nunca ter sido apontado como melhor do país e nem apitar as grandes decisões, sempre atuava em grandes jogos alternando algumas boas atuações com outras tantas polêmicas. Já
Dewson Freitas nunca conseguiu se firmar definitivamente, perdeu espaço com o tempo, cometeu erros inadmissíveis para
um árbitro FIFA como o pênalti marcado fora da área para o Cruzeiro na partida contra o
Palmeiras no ano passado e sua substituição já era esperada. Agora unanimidade
era a esperada saída de Wagner Reway, talvez o árbitro que mais recebeu criticas durante sua permanência no quado internacional. Foram quatro anos com o escudo FIFA sem ser respeitado. Apesar de ser bom moço, Reway conseguiu ser rejeitado no quadro do Rio de Janeiro e de outros estados indo parar na Paraíba onde a arbitragem tem tido ultimamente mais destaque nas paginas policiais que na esportiva e onde qualquer um que apareça vestido de preto apita uma partida profissional.
Resumo
A análise das
trocas e o pessimismo do post comprova justamente o que disse Leonardo Gaciba, pois com
raríssimas exceções, não temos árbitros de boas qualidades no país. Eu queria
estar escrevendo ao contrário, elogiando os que saíram por relevantes serviços
prestados com o escudo mais desejado do mundo e parabenizando os promovidos por
estarem subindo degraus na carreira de forma justa e merecida, mas infelizmente
seria utopia de minha parte, pois não temos motivos nem para parabenizar quem sai e nem para
esperar algo melhor dos que estão entrando.
Mas se não
temos uma boa safra a culpa é de quem? Dos árbitros? Não, mas sim de quem
forma, de quem treina e principalmente de quem escala. O modelo atual está
falido há pelo menos uma década e se não mudar a maneira de cooptar e formar os
árbitros, quem quer que seja que sente naquela cadeira na CBF não vai conseguir
mudar o que temos hoje e será refém de mais uma geração perdida.
Gaciba diz à
pessoas próximas a ele que tem que escalar árbitros que na opinião dele são
jurássicos (ultrapassados) como Heber Lopes, Leandro Vuaden e Marcelo Henrique
para tocar o campeonato porque não tem opções. Sou obrigado a concordar com o gaúcho de Pelotas, pois ou ele escala esses profissionais em fim de carreira por segurança ou joga sua sorte nas mãos de meninos sem talentos a não ser em outras profissões como um deles que faz sucesso na internet com videos eróticos se masturbando. Mas se é escalado é porque tem quem goste de seus atributos, pois a técnica não difere dos demais não justificando a aposta no quesito apito.
Antigamente a arbitragem era dirigida por apenas uma pessoa e sua secretaria. Os erros existiam sim e muito, mas não mudou muito desde então. Hoje a comissão de
arbitragem da CBF virou cabide de emprego, de apadrinhados bem remunerados que
geram anos após anos resultados pífios para a arbitragem brasileira levando o investimento em consideração. Agora as
partidas são apitadas e decididas pelo VAR que vem ocupando cada vez mais o espaço de árbitros omissos, sem
personalidade e sem poder de decisão.
Crédito: Sérgio Lima / Folhapress
Crédito: Sérgio Lima / Folhapress
Amando Marques comandou sozinho a arbitragem brasileira de 1997 a 2005
Renovação
Claramente,
até mesmo por falta de opções, não foi priorizado renovação no quadro
internacional para a próxima temporada. Deixaram o quadro um árbitro de 40 anos
(Ricardo Marques) e dois de 38 (Dewson e Reway) e entraram um de 39 (Flávio
Souza, um com 38 (Traci) e um de 36 (Arleu). Diminuíram três anos na média de idade, mas a qualidade continua a mesma, ou seja, um quadro internacional com um talento, um meia boca, dois ou três coadjuvantes e o resto levantadores de placa de substituição.
Minha analise
não é pessoal e baseada em cima do profissional dentro de campo. Conheço
pessoalmente alguns deles e outros por contatos telefônicos e sei que são
pessoas que batalharam muito pelo espaço, que não mediram esforços para
responder as expectativas dentro das quatro linhas e se não foram os melhores,
com certeza cada um deu o melhor que podia dar.
Abaixo lista de árbitros FIFA 2020
Árbitros
Anderson
Daronco – RS
Bráulio da
Silva Machado – SC
Bruno Arleu
de Araujo – RJ
Flavio
Rodrigues de Souza – SP
Luiz Flavio
de Oliveira – SP
Rafael Traci
– SC
Raphael Claus
– SP
Rodolpho
Toski Marques – PR
Wagner do
Nascimento Magalhaes – RJ
Wilton
Pereira Sampaio – GO
Assistentes
Alessandro
Alvaro Rocha Matos – BA
Bruno
Boschilia – PR
Bruno Raphael
Pires – GO
Danilo
Ricardo Simon Manis – SP
Fabricio
Vilarinho da Silva – GO
Guilherme
Dias Camilo – MG
Kleber Lúcio
Gil – SC
Marcelo
Carvalho Van Gasse – SP
Rafael da
Silva Alves – RS
Rodrigo
Figueiredo Henrique Correa – RJ
Árbitras
Deborah
Cecilia Cruz Correia – PE
Edina Alves
Batista – SP
Rejane
Caetano da Silva – RJ
Thayslane de
Melo Costa – SE
Assistentes
Fabrini
Bevilaqua Costa – SP
Fernanda
Nandrea Gomes Antunes – MG
Leila Naiara
Moreira da Cruz – DF
Neuza Ines
Back – SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário