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sexta-feira, 6 de março de 2020


RONDÔNIA: Membros da CEAF trabalham de graça 

Nova Comissão de Arbitragem - Crédito: FFER/Divulgação

No início de fevereiro, a Federação de Futebol de Rondônia  (FFER) anunciou a composição da sua nova Comissão de Arbitragem. Segundo o anuncio, a comissão atualmente é composta por cinco membros: Almir Belarmino Caetano, Francisco Udson de Souza, José Carlos Sana, Paulo Pereira e Wilson Gonçalves Aquino.

Fiz uma busca no site da CBF e constatei que o estado conta com apenas três árbitros no quadro nacional, ou seja, a CEAF/RO, desde 2016, ocasião em que assumiu Belarmino, tem mais membros do que árbitro no quadro nacional e nada mudou desde então. Tem alguma coisa de errado aí.

Uma fonte no estado revelou que, com exceção do presidente da Comissão de Arbitragem, Almir Belarmino, funcionário da FFER, os demais membros da CEAF trabalham de graça, sem receber um centavo sequer. Uma vergonha para uma Federação que só de verba da CBF recebeu mais de dois milhões de reais nos anos de 2017 e 2018.

Detalhe: o mensalinho da CBF é para manutenção da Federação, o que inclui gastos com a arbitragem.

Segundo informações, a ideia da Federação é colocar um analista, todos membros da CEAF, em cada um dos cinco jogos da rodada do estadual para eles receberem as taxas pelos serviços prestados a FFER.

Pesquisei as contas da FFER nos anos de 2017 e 2018 (abaixo). Na prestação de contas desses dois anos consta entrada de R$ 2.160.000,00, grana pura proveniente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A Federação teve ainda uma renda extra de 200 mil reais de patrocínio em 2018.

Prestação contas FFER - Crédito: Reprodução CBF

Toda essa grana some pelos ralos da gastança e a arbitragem continua sem verbas sequer para remunerar dignamente profissionais para trabalharem de forma digna sem depender de escalas que acaba sendo uma forma de pagamento.

De acordo com Heitor Costa, Presidente da FFER, a mudança deve-se ao grande volume de jogos (cinco por rodada) e a necessidade de atualização da Comissão de Arbitragem para a elaboração das audiências públicas (no máximo duas por semana) para a escala de árbitros e assistentes para cada rodada das competições promovidas pela entidade.

A pergunta que fica é: Será que cabe todos esses membros na sala da Comissão ou na verdade são fantasmas, como nas repartições públicas ou nas salas do Congresso Nacional, e nem aparecem na entidade pra bater o ponto?

O outro lado

O Blog entrou em contato com Almir Belarmino para que falasse sobre a composição da CEAF, sobre a possível não remuneração dos membros e as atribuições de cada um, mas o dirigente não respondeu o contato até o fechamento deste post.

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