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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

‘Casa da mãe Joana’: Fofocas, intrigas, áudios vazados e diretores afastados marcam reinado de Janja Aragão no Safesp

Sede do Safesp na barra Funda, São Paulo/SP

Como já postamos neste veículo, José de Assis Aragão, ex-árbitro FIFA, no seu terceiro mandato no Safesp – Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo – condenado por improbidade administrativa na prefeitura de São Paulo, em junho de 2021 como publicado pelo Blog do Paulinho (leia), não passa de uma marionete nas mãos de sua mulher Maria Aparecida G Aragão, também conhecida como ‘Cida do ouro e Janja do Safesp’. Segundo apurado e comprovado por áudios vazados, Aragão é o presidente, mas quem manda de fato, quem dita as regras com mãos de ferro é Maria Aparecida, mesmo sem nuca ter sido árbitra e não ter qualquer vínculo com o sindicato.

O Blog teve acesso, com exclusividade, a áudios vazados (veja abaixo), que teriam sido gravados clandestinamente, de uma reunião ocorrida no mês de maio com a presença do presidente, sua esposa, o assessor financeiro Silvio Aranha e esposa que causou reboliço e comprova a desavença e inimizades entre apoiadores com mais de trinta anos de amizades.

Nos áudios, Janja faz comentários, tratados como fofoca por Aragão, contra o vice presidente (Ulisses) e o secretário geral (Oiti) da atual gestão. No áudio, editado pelo Blog, também é possível ouvir sobre supostos depósitos bancários feitos supostamente na conta de Maria Aparecida, para os quais teriam, segundo o áudio, emissão de notas fiscais para comprovar a saída do dinheiro com endereço do beneficiário em Santos. No áudio ainda é possível ouvir Aragão falando que o uso da NF pode levar eles para a cadeia. Ainda pode se ouvir no áudio a menção sobre dinheiro da OAB, algo em torno de 11 mil, que supostamente estariam entrando, sem deixar claro se no caixa da entidade ou direto nos bolsos de algum dirigente do sindicato.

Segundo uma fonte dentro do Safesp, ao tomarem ciência do ocorrido na reunião, o vice-presidente e o secretário geral interpelaram Aragão em relação a fofoca e as críticas sofridas, mas o presidente negou. Porem os dirigentes insistiram revelando os áudios, o que teria deixado Aragão pálido e revoltado querendo saber quem teria colocado escutas na sede do sindicato que resultou na gravação clandestina.

Trechos dos áudios vazados

Com a forte interferência de Janja, o grupo de apoiadores conhecido como 'bengalas' se esfacelou e hoje resume a dois ou três e o saldo é brigas e inimizades entre pessoas que se conhecem a mais de três décadas e se juntaram para recolocar Aragão de volta no poder. O que eles não sabiam é que Aragão, agora comandado pela esposa, é uma versão piorada da que eles conheceram tempos atras.

Segundo a fonte, Janja não respeitava e não respeita ninguém e tratava tanto o secretário geral como o vice presidente com chacotas chamando os de dinossauros por sequer saberem ligar um computador.

Renúncia forçada

O último ato foi, segundo a fonte, a realização de uma assembleia, daquelas com lista de presença suspeita e difícil de se sustentar, onde foi comunicado a renúncia do secretário geral, do diretor da escola e do assessor financeiro, que estava na reunião gravada, alegando que por problemas pessoais esses membros da diretoria teriam protocolado documentos pedindo afastamento. Sobrou até mesmo para o presidente do conselho de ética que foi destituído antes mesmo de ser empossado.


Trechos da Ata da Assembleia comunicando a suposta renuncia dos diretores

O Blog apurou que, pelo menos um dos diretores afastados, não pediu a renuncia como consta na ata de assembleia. Segundo informações, não existe nenhum documento que comprove a renúncia deste diretor, que foi um ato ilegal e ditatorial do presidente, supostamente a mando da esposa e que o dirigente destituído estuda acionar juridicamente o presidente e a entidade. Disse ainda que o mesmo teria ocorrido com a maioria dos destituídos e que a assembleia foi irregular.

O Blog entrou em contato com José de Assis Aragão que não retornou até a publicação deste post.

O Blog não localizou os demais diretores citados na matéria que será atualizada caso isso ocorra.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

A geopolítica do apito e a inércia dos árbitros explicam o erro de Zanovelli no Maracanã
Paulo Cesar Zanovelli da Silva - Rafael Vieira/AGIF - divulgação Internet

 Por Rafael Porcari

Para o torcedor comum, foi “só mais um erro de ruindade do juizão” em Flamengo 1x1 Grêmio (pênalti decisivo e inexistente de Ayrton Lucas). Mas o problema, em si, não é a baixa capacidade técnica dos árbitros brasileiros. A raiz do problema é outra…

Sabemos que a formação dos “homens de preto” é ruim no Brasil. Não há uma Escola Nacional de Arbitragem, como na maioria do mundo, mas sim um “punhado de árbitros” indicados pelas federações estaduais (que são formados por elas mesmo) e que a CBF os recebe.

Perceba o seguinte: não é a CBF que descobre um árbitro no interior do Piauí e o integra ao quadro nacional por considerá-lo um talento, mas sim a Federação do Piauí (ou de Tocantins, de São Paulo e de todos os demais estados – e são elas que formam os nomes que a Comissão de Árbitros trabalhará). E chegam ao Brasileirão formados com suas características regionais: um estado mais rigoroso, outro que deixa o jogo rolar mais, e cada um “com o seu jeitão”. A CBF, eventualmente, tenta uniformizar os critérios e não consegue.

A verdade é que tudo isso se tornou conveniente por dois problemas sérios: a falta de meritocracia dos árbitros que ascendem aos principais jogos (ocorrida por interesses políticos) e as más orientações que recebem (e que, muitas vezes os árbitros sabem que há equívocos, mas se calam).

Vide:

O “escudo FIFA” é instrumento de troca política há décadas. Para as federações, é um prestígio enorme dizer que seu árbitro pertence ao quadro internacional e seus cartolas regozijam-se na vaidade entre seus pares. Sabedora disso, a CBF nem sempre indica ao quadro internacional o melhor nome, mas o que interessa para acordos políticos. A negociação dessas premiações faz com ocorram situações contestáveis: estados brasileiros sem tradição alguma no futebol de ponta, acabam tendo em suas fileiras árbitros ou bandeiras da FIFA (vide o quadro feminino), mesmo não tendo condições técnicas. Veja o Paraná: há algum tempo não tem um nome internacional, e Lucas Torezin (veterano, do pênalti equivocado em Palmeiras vs Ceará) e Lucas Casagrande (jovem, com potencial) estão sendo escalados à exaustão. Ou o estado de Minas Gerais: desde Márcio Rezende de Freitas, tentou-se muitos nomes para a elite, mas o último FIFA mineiro foi Ricardo Marques Ribeiro (que não deixou saudades nos campos). Por falta de nomes, seu distintivo foi para Paulo César Zanovelli. Enquanto não aparecer um nome melhor, ele continuará sendo FIFA, pois a FMF “tem que ter” um representante nesse jogo político. E Zanovelli (o mesmo do pênalti de queimada em Grêmio vs Red Bull Bragantino, das dezenas de cartões de Bahia vs Flamengo que lhe custou a primeira”geladeira”, dos quase 10 minutos de VAR em Corinthians x Internacional, do erro de direito que lhe rendeu a segunda “geladeira” em Fluminense x São Paulo) ficará lá, intocável. O chefe dos árbitros da CA-CBF, Rodrigo Martins Cintra, que foi empossado pelo grupo político de Edinaldo / Reinaldo, entende bem como funciona essa sistemática, e garantiu seu cargo mantendo a política na gestão Samir Xaud/ Ricardo Teixeira. Ou como explicar a permanência de Zanovelli na FIFA e nos bons jogos escalados, repetidamente?

Rodrigo Martins Cintra e o 'Arbitragem sem fronteira' - Nome é outro, mas seminário não é inédito e foi copiado gestões anteriores - Foto crédito: CBF

A passividade dos árbitros é outro ponto negativo. Árbitro de futebol, ao contrário do que pensa o torcedor, não tem uma categoria unida (embora o senso comum entenda: quando um jogador sacaneia o juiz, outro árbitro vai vingá-lo e o atleta ficará marcado – e essa é uma situação verdadeira). Em geral, o árbitro que não está escalado torce contra o seu colega, pois queria estar no lugar dele. Como não há profissionalismo formal, nenhum juiz quer ficar em casa vendo seus pares apitando no Morumbi, no Maracanã ou no Mineirão. Acomodados, os árbitros não batem de frente com o sistema ou se unem contra ensinamentos errados. Prova disso são os pênaltis da Regra 12B (B, em referência à Regra 12, que fala de bola na mão e mão na bola – mas que fazemos errado). Em 2014, Jorge Larrionda, ex-árbitro e instrutor Conmebol, ousou dizer aos árbitros que, em caso de dúvida, era mais fácil marcar infração na bola que bate na mão do que mandar seguir o jogo, pois como é algo interpretativo, daria polêmica de qualquer jeito. Ninguém teve peito de contestar, mesmo a própria Regra explicando que são intenção e movimento antinatural as duas únicas condições para se marcar. Com isso, virou queimada no Brasil… qualquer mão é falta ou pênalti. Avalie no próprio jogo do Flamengo contra o Grêmio: o defensor quis colocar a mão de propósito na bola, ou ainda, deixou o braço para que a bola batesse nele? Claro que não, foi um movimento natural de corrida, e bater a  bola na mão é casualidade e o jogo deve seguir. E, para piorar, muitos comentaristas de arbitragem (que eventualmente frequentam eventos da CBF e algumas festas) acabam fazendo malabarismos para justificar essas marcações bizarras, como que se “defendessem a causa”.

No mundo ideal, os melhores apitariam, os árbitros seriam formados e treinados por pessoas competentes da CBF e não pelas suas federações, e os aspectos políticos deixados de lado. Óbvio, os pênaltis inexistentes e os “jogos picados por excessivas faltas” (todo contato físico é infração no Brasil, é uma loucura) não existiriam. O problema é: onde estão as pessoas competentes e livres de amarras para fazerem isso?

Assista algum jogo da Premiere League e reveja Cruzeiro vs São Paulo, apitado por Anderson Daronco no último sábado (ou Corinthians vs Palmeiras, no domingo, apitado por Ramon Abatti Abel): é outro esporte, é outro tempo de bola rolando e outra dinâmica.

Não podemos normalizar os pênaltis “a lá brasileira”, da Regra 12B, nem aceitar sem contestar os jogos maltratados por inúmeras faltinhas no meio de campo, sem bola rolando.

Fonte: professorrafaelporcari.com

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

A Era Cintra: entre coaching, política e estagnação

'O Pavão" - Foto: IA

A Comissão de Arbitragem da CBF iniciou em 2025 um novo ciclo sob a liderança de Rodrigo Martins Cintra. Longe do apito há quase 20 anos, sem experiência em gestão e conhecido nos bastidores como “Pavão do Apito”, Cintra assumiu em meio a desconfiança geral.

O modelo de “coaching” aplicado à arbitragem

Segundo uma fonte na CBF, Cintra promove encontros presenciais no Rio de Janeiro com a promessa de elevar o rendimento dos árbitros. Porém, o conteúdo exposto causa perplexidade: cerca de 15 minutos de orientação técnica, seguidos de longas palestras motivacionais típicas de coaching – definição de sonhos, metas e obstáculos.

Na prática, os árbitros saem com frases feitas, mas o rendimento em campo permanece o mesmo, ou seja, sofrido e questionável.

A falta de diálogo com o futebol real

Um dos pontos centrais é o isolamento da comissão. Cintra não conversa com presidentes de clubes, não dialoga com federações e ignora a voz das arquibancadas. A arbitragem vive em redoma, alheia ao futebol real.

A gestão dividida: Cintra e Péricles

Na prática, a comissão funciona em duas frentes: Cintra cuida do campo e Péricles Bassols do VAR. Mas em vez de integração, há conflito. As orientações mudam ao sabor da repercussão midiática, sem projeto estruturado.

O slogan “arbitragem sem fronteiras”

O lançamento do bordão “arbitragem sem fronteiras” parecia ousado, mas se revelou instrumento político. Cursos foram espalhados por estados sem calendário, servindo mais como moeda de troca com federações do Norte do que como medida de qualificação.

Acúmulo de funções e suspeitas de isenção

Inspetores e analistas como Eveliny Pereira, Marcelo Van Gasse e Regildenia Moura, e outros chegaram a atuar em três jogos na mesma rodada. Como manter isenção, qualidade e focar no trabalho.

Seria como uma pessoa ter três empregos em um: Escala, avalia, viagem, dá o feedback do que avaliou; instrução, viajam para cursos e jogos no exterior. Quem pode melhorar a arbitragem desta forma?

A influência política de Samir Xaud

Por trás da comissão está o novo presidente da CBF, Samir Xaud, de Roraima. Amparado por apoios políticos e decisões judiciais que suspenderam investigações, assumiu o comando de uma confederação que movimenta bilhões, mesmo vindo de um estado sem tradição nem estrutura no futebol.

A sucessão de presidentes e o padrão de fracasso

Cintra sucedeu Wilson Seneme, cuja gestão foi marcada por autoritarismo, salário milionário e assédio moral explícito contra árbitros e inspetores. Antes dele, Leonardo Gaciba durou pouco. Antes ainda, o Cel. Marinho estruturou o VAR, mas caiu na turbulência política da CBF.

O padrão se repete: discursos novos, práticas velhas, resultados decepcionantes.

Conclusão

A era Cintra não inaugura um novo ciclo. Pelo contrário, repete vícios históricos: improvisos, vaidades e política. O que deveria ser trabalho sério virou espetáculo de coaching e autopromoção.

O diagnóstico é claro: a arbitragem precisa de dirigentes dedicados em tempo integral, abertos ao diálogo com clubes, federações e torcedores, focados em meritocracia e evolução técnica.

Enquanto isso não acontecer, seja quem for o comandante, a credibilidade seguirá em queda.

Arbitragem brasileira, culto à malandragem e o que ensina a Premier League

Paulo César Zanovelli, árbitro de Corinthians x Inter, cercado por jogadores durante partida do Brasileirão - Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

por Rafael Porcari*

É perceptível que o futebol jogado em nosso país é diferente do europeu, especialmente na Premier League. Os ingleses se reinventaram, organizaram os estádios, criaram uma Liga séria, implementaram leis para punir crimes, pensaram no lucro e, para isso, fizeram o futebol se tornar um espetáculo agradável para se assistir.

No Brasil, há jogos onde os 90 minutos parecem intermináveis! Há catimba, unfairplay, simulação, milonga, tempo morto e pouca bola rolando. É difícil convencer um jovem, nessa sociedade tão acelerada, em ficar atento a um jogo que não tem dinâmica.

E de quem é a culpa? De todos nós. Há jogadores que não colaboram, alguns jornalistas que defendem a malandragem do atleta que transgride as regras e o torcedor que gosta de ver seu time levar vantagem de maneira ilegal. Mas o principal culpado: o árbitro brasileiro!

Os juízes de futebol tupiniquins se tornaram reféns do VAR, têm medo dos diretores de clubes que reclamam na CBF e "picam a partida", quebrando a dinâmica do jogo com a marcação de inúmeras faltinhas inexistentes. O jogo não flui, se torna enfadonho, e tal situação, rotineiramente, vai se normalizando. E não podemos deixar isso acontecer.

Na temporada 2024/2025 da Premier League, por exemplo, existiram algumas simulações (boa parte de atletas sul-americanos), a discussão do tempo perdido pelo árbitro em frente o monitor do VAR (questionou-se se deveria ter árbitro de vídeo ou não) e a falta de clareza das marcações de impedimento (resolveu-se com o impedimento semiautomático nos últimos jogos). Diante disso, para a temporada 2025/2026, a PL publicou uma cartilha que alerta os árbitros sobre a necessidade de cumprir a regras (que já existem), e que na temporada passada "relaxou-se" no cumprimento.

Compare com o Brasil os seguintes pontos:

Evitar o retardamento, contando claramente os oito segundos de posse do goleiro e marcando o escanteio ao adversário, caso a bola não seja recolocada em jogo nesse período (tivemos "menos de meia dúzia" de marcações como essas no Brasil, literalmente falando, pois os árbitros, para não se comprometerem, começam a contar depois de um certo tempo que o goleiro já tem a posse e está em equilíbrio - criamos uma malandragem na matemática).

Advertir com Cartão Amarelo toda e qualquer simulação (repare que no Brasileirão, quem cava pênaltis vira herói para muito torcedor, e vemos bizarrices sendo aplaudidas, como as forçadas faltas e quedas provocadas, por exemplo, por Deyverson).

Punir com falta somente os agarrões ou empurrões que realmente impactem a disputa de bola. Já repararam que no Brasil, à menor percepção de contato do adversário, o atleta cai ou abdica de jogar? Essa é a "falta cavada" que não pode acontecer. Precisamos acabar com essa mania! lembrando: futebol é um esporte de contato físico, não tem como evitá-lo (seria outro esporte caso se defendesse isso).

A recomendação para que o VAR seja pontual, atendendo apenas às situações do protocolo ou erro crasso grave. E o alerta (que é um reforço ao documento que a própria FIFA já divulgou): o árbitro de vídeo não é um instrumento para reapitar o jogo. Lamentavelmente, os árbitros brasileiros apitam esperando o chamado do VAR, que não se intimida e quer ser co-protagonista com o juiz de campo (mais uma bizarrice: os protagonistas no futebol, obviamente, devem ser os jogadores).

Mais do que isso: a PL recorda que, nos casos de lances duvidosos, prevalecerá a decisão de campo (para que não se perca tempo discutindo e forçando uma decisão duvidosa). Na prática: há um lance para ser revisto, percebeu-se que é confuso e que demorará, o VAR avisará o árbitro que deve ser mantido o que ele marcou (não quebra a dinâmica da partida, não esfria o jogo, não traz questionamentos sobre a lisura, não atrapalha o espetáculo).

Reclamações: no Brasileirão, vale a regra que somente o capitão pode conversar com o árbitro, e o deve fazer respeitosamente. Qualquer outro atleta receberá Amarelo se abordar o juiz. Será assim na Premier League também. Mas a gente vê essa regra sendo cumprida no Brasil? Todo mundo que está em campo reclama com o árbitro, que passivamente aceita.

Por fim: mão na bola ou bola na mão! A Premier League lembra que só é infração a intenção ou o movimento antinatural, e define antinatural como "abrir os braços deliberadamente em movimento adicional não justificável", cobrando dos árbitros que vejam a "lógica do movimento" (que significa: se atente para ver se é um movimento natural, fisiologicamente normal). Em nosso país, absurdos são vistos rodada a rodada: atleta em movimento natural, tendo a bola resvalada em seu braço após um desvio, sendo punido por falta ou pênalti.

Parece jogo de queimada: bateu, marcou. E aí eu sou obrigado a me lembrar do Massimo Bussaca, chefe de arbitragem da FIFA em 2014, que deu uma entrevista dias antes da Copa do Mundo do Brasil, escandalizado com os pênaltis de mão na bola aqui marcados. Disse ele em coletiva de imprensa (que registrei e não mais esqueci): "Um jogador precisa de sua mão e de seu braço para correr, se equilibrar e saltar. Não se pode jogar sem a mão. O árbitro precisa fazer a leitura correta do lance.

Não se pode dar falta a qualquer toque na mão. Isso é um absurdo. O árbitro deve ver se a mão estava no local de forma natural ou não-natural. Tem que ser avaliado se o toque (da mão na bola) foi intencional ou não. Quando um jogador tenta fazer seu corpo maior usando a mão, isso deve ser punido. O juiz não pode só pensar como juiz e aplicar o que está escrito. Precisa se colocar no lugar do jogador para entender o movimento".

Quando comparo as orientações da Premier League com o que vemos no Campeonato Brasileiro, penso: não é hora de uma força tarefa (clubes, imprensa, entidades e árbitros) defenderem a aplicação da regra e do futebol jogado, não "sacaneado", pelo bem de nós mesmos?

* Ex-árbitro FPF e comentarista de arbitragem


terça-feira, 15 de julho de 2025

Seminário catarinense tem cobranças e saia justa entre membros da comissão de arbitragem

Crédito: Reprodução Sinafesc

Ainda órfãos com a perda do seu grande líder Marco Martins e com os atuais dirigentes batendo cabeça e com uma programação esvaziada, foi realizado, nos dias 4 e 5 de julho, o tradicional seminário da arbitragem catarinense.

O evento ocorreu no Tropicanas Hotel, situado no bairro de Canavieiras, em Florianópolis com valores que chegaram a R$ 500 reais, sem direito a hospedagem, para não associados.

Se comparado a anteriores, segundo informações, o seminário deste ano esteve esvaziado, sonolento e não apresentou nenhuma novidade, principalmente por conta dos palestrantes como o árbitro FIFA Anderson Daronco, já na fase decrescente da sua carreira, que relatou sua vivencia na arbitragem e explicou sobre a rigorosa dieta que se submeteu, onde teria perdido cerca de 15 quilos, supostamente exigida pela CBF para que pudesse continuar sendo escalado, devido a lentidão durante as partidas por conta da massa corporal ganha ao longo dos anos e dos famosos ‘danones’.

Outro convidado foi o ex-árbitro FIFA Márcio Rezende de Freitas, um dos grandes árbitros da arbitragem brasileira, mas um desconhecido para muitos do seminário e que pouco teve a contribuir, além das histórias de duas décadas atrás, tendo em vista que está totalmente desatualizado por conta da evolução da arbitragem, principalmente com a chegada da tecnologia do VAR, algo inimaginável em sua época.

Roupa suja

Mas, segundo as informações, o que chamou mesmo a atenção foi a lavagem de roupa suja feita por Kleber Lúcio Gil, diretor de arbitragem da Federação Catarinense de Futebol, cobrando dedicação, profissionalismo e atenção, principalmente dos membros da comissão de arbitragem.

Kleber Lúcio Gil - Diretor arbitragem FCF - Crédito: Reprodução Instagram

Na sua fala, com auditório lotado, o diretor mostrou grande desconforto e aparente irritação ao narrar o fato ter sido cobrado dias antes por um árbitro que relatou estar um mês e seis dias sem ser escalado. Ao buscar informações, recebeu como resposta da CEAF que teriam esquecido de escalar o referido árbitro.

Por fim, Kleber Gil, sempre educado, agregador e pacifico em suas colocações, foi frio e duro em mostrar sua decepção com seus liderados e deixar o recado que evoluir sempre é necessário e que cabeças devem rolar para que outras tomem o lugar caso isso não ocorra.

A fala que, para muitos teria soado como ameaça, pode ter surpreendido pela forma e local, mas logo deve cair no esquecimento sem surtir efeito, pois o ex-assistente FIFA tem sua gestão mal avaliada e estagnada pelo grupo que, em off, reclamam que nada acontece desde que assumiu o posto antes exercido por Marco Martins.


sexta-feira, 13 de junho de 2025

Federação amazonense vendeu camisas falsificadas e contrabandeadas aos árbitros

Árbitros nos treinamentos com as camisas pirateadas

A arbitragem brasileira não é para amadores e, com raríssimas exceções, dirigida por incompetentes e espertalhões. Fatos ocorrem com frequência em diversas federações para comprovarem a má gestão, autoritarismo e subserviência dos árbitros e de entidades (sindicatos, associações etc.) que deveriam representa-los.

Tempos atrás, este Blog denunciou a revenda de camisas falsificadas na CEAF baiana (leia), fato admitido na época pelo próprio presidente da comissão de arbitragem como se isso fosse algo normal. Não, não é normal e sim no mínimo um crime e para escancarar o conluio ou outro motivo provavelmente nada puritano, o denunciado continua no cargo até hoje com a benção de Ricardo Nonato Macedo de Lima, presidente da FBF e ex-homem forte da CBF.

O Blog tem o conhecimento que o fato se repete em várias federações do país, mas poucos tem a coragem, mesmo que anonimamente, de denunciar com as devidas provas. Felizmente, no Amazonas, isso não ocorreu. O Blog recebeu a denúncia e checou com dirigentes e vários árbitros que terão seus nomes preservados para não sofrerem mais ainda com ameaças e represálias.

O paradoxo na Federação Amazonense de Futebol (FAF) é surreal. Enquanto a entidade confirma o árbitro Raphael Claus, do quadro FIFA, para apitar abertura da terceira edição da Copa da Floresta 2025, oprime seus árbitros obrigando, através de comunicado oficial datado em 22 de maio do presente ano, comprarem camisas para treinamentos. Detalhe: segundo apurado, as camisas são pirateadas e contrabandeadas da Guiana Britânica que faz divisa com nosso país naquele estado.

Camisas 'falsificadas e contrabandeadas' da NIKE como mostra detalhe

Esta não é a primeira vez que Ednailson Rozenha, mais que também poderia ser conhecido como ‘Resenha’, Deputado Estadual, presidente da FAF e eleito recentemente vice-presidente da CBF, usa a estrutura da entidade e a arbitragem para se promover importando árbitros famosos de outros estados, com elevado custos. Ele vem repetindo o ato promocional desde que foi eleito na federação em meados de 2022. Em 2023, a final foi conduzida por Edina Alves Batista. Já em 2024 o escolhido como outdoor e cabo eleitoral, inclusive com direito a desfile em carro aberto pela cidade, foi o gaúcho Anderson Daronco.

Vale frisar que a ida desses árbitros para esses jogos festivos com fins eleitoreiros tem custos elevadíssimo, cerca de 20 mil reais em média, segundo informação de uma fonte dentro da FAF.

Foto crédito: Laiza Balieiro

Foto crédito: Deborah Melo/FAF

Enquanto isso, árbitros do quadro local, além de receberem taxas insignificantes comparadas com a dos importados e são obrigados a comprarem uniformes para atuarem no estadual e para treinamentos, como comprova uma portaria da FAF que o Blog teve acesso com exclusividade.

Comunicado da CEAF/AM obrigando a compra das camisas pelos árbitros

Mas a situação é pior ainda. O Blog apurou que as camisas de treino que os árbitros foram obrigados a comprarem, supostamente foram contrabandeadas cometendo crime fiscal como descaminho, evasão fiscal e sonegação de impostos e para piorar ainda mais, as camisas seriam pirateadas da marca Nike, vindas como muamba da cidade de Lethem*, na Guiana Britânica.

*Lethem: cidade da Guiana na fronteira com Roraima é paraíso de compras de produtos falsificados e baratos.

A informação que a relação entre Rodrigo Novaes, secretário da FAF e Resenha não anda nada boa e um rompimento pode ocorrer a qualquer momento. Pelo apurado, Novaes vem sendo cozinhado desde a demissão do ex-presidente da CEAF Weden Cardoso. O comentário geral nos bastidores seria que uma suposta armação teria encerrado o curto período de Weden no cargo.

Os árbitros relataram ao Blog que o clima é de desconfiança e o pior possível. Que estão com medo de represálias e intimidados por conta de uma suposta perseguição por parte dos dirigentes. Alguns disseram até que foi oferecido uma recompensa para quem apontasse o responsável pelo vazamento da informação.

Demissão de Weden Cardoso

O Blog está coletando e checando informações sobre a saída repentina de Weden da CEAF amazonense. Procurado, o ex-árbitro não quis falar sobre o assunto, mas matérias na imprensa (leia) dão conta que o afastamento teria ocorrido após denúncias de desvios de verbas na comissão de arbitragem e acusações de assédio contra uma árbitra que faz parte do quadro de árbitros e da instituição.

Após denúncias, Weden Cardoso deixou a CEAF/FAF - Foto crédito: Divulgação/FAF

O próprio presidente da FAF teria confirmado as denúncias. “Abrimos um processo na Comissão Disciplinar da Federação. Semana passada afastamos preventivamente para melhor apuração. As denúncias são reais, mas ele já está afastado”, teria dito Rozenha a imprensa local.

Conheço Weden Cardoso e ficaria muito surpreso caso esta denuncia se confirme. Nos bastidores, as informações dão conta que as denuncias seriam falsas e não passaria de uma suposta armação para retirá-lo do cargo.

O que já foi apurado é que o caso é muito grave, que o ex-árbitro, que esta internado em um hospital desde então, ficou muito abalado com as acusações, esta muito doente com depressão profunda e correndo risco de vida.

Aqui minhas preces para que seja forte, se recupere, enfrente as adversidades, pois é a única saída e que volte a alegria que sempre blindou a todos nós que tivemos o prazer de conhece-lo.

O que eles disseram

O Blog entrou em contato, via WhatsApp, com Rodrigo Novaes, Secretário Geral e agora presidente da Comissão de Arbitragem da FAF que, gentilmente retornou o contato e falou sobre todas as denuncias.

Rodrigo Novaes - Foto crédito: Deborah Balieiro/FAF

“A gente assumiu a pedido do presidente por conta de uma situação aqui com o Waden. Tivemos árbitro e assistente estreando na Série A do Brasileiro e duas ou três pessoas que estão dentro da arbitragem, que nem atuam muito, não se preocupam em falar as coisas boas e só se preocupam em tentar denigrir a imagem de uma forma pequena” – disse Novaes.

Sobre a denúncia das camisas falsificadas e pirateadas Rodrigo Novaes disse que terceirizou para um membro da comissão, o ex-árbitro e ex-dirigente da associação de árbitros do amazonas, Celso Mota Rezende a compra das camisas de treino, mas que não tinha conhecimento que seria nas condições que ocorreu, ou seja, falsificadas e produto de contrabando.

O dirigente ainda disse que Coloral, como Celso é mais conhecido, informou que tinha nf das camisas e que elas passaram pelo posto da alfandega da Policia Federal. Disse também que este fato não vai mais se repetir, pois a Ceaf/Am não vai mais permitir ou vender camisas.

“O Celso me garantiu que não houve superfaturamento, que pagou passagens para ir comprar as camisas e que e vendeu as camisas por um valor próximo das despesas, mas independente de quem esteja certo ou errado, eu garanto que foi a ultima vez. Estou dando a palavra aqui que isso não vai mais existir e serve de aprendizado para a gente que está entrando agora. Foi a primeira e última vez que isso aconteceu e serviu para a gente aprender e não vai mais ocorrer” – disse Rodrigo ao Blog.

Celso Rezende 'coloral' - Foto crédito/FAF

Sobre os árbitros pagarem para participarem da pré-temporada, informou que ainda não estava no comando da comissão e que na próxima os árbitros nada pagarão.

Sobre árbitros de fora disse que a vinda da Edina e Daronco não foram na sua gestão e que na vinda do Claus, apenas cumpriu ordens.

Sobre sua relação com Rozenha informou que é a melhor possível, que são amigos pessoais e que inclusive trabalha com ele na política e que encara sua participação na CEAF como uma missão dada.

Sobre a demissão de Weden Cardoso da comissão, disse que não teve nenhuma participação e que mantem uma amizade de longa data com seu antecessor.



sexta-feira, 25 de abril de 2025

Federação Pernambucana homenageia arbitragem do estadual, mas esquece árbitros das finais

Árbitros (com Arleu e Zanovelli no destaque) que foram homenageados no Salão Nobre da FPF – Crédito: Divulgação/FPF

A Federação Pernambucana de Futebol (FPF), divulgou em sua página oficial na internet, que realizou na última terça-feira (22), uma solenidade especial para homenagear os árbitros, árbitros assistentes e operadores de vídeo que se destacaram ao longo do Campeonato Pernambucano de 2025.

O evento foi conduzido pela Comissão Estadual de Arbitragem (CEAF-PE) e reuniu diretoria, representantes de clubes, membros da comissão e os homenageados.

A homenagem é justa e merecida por todos, mas a FPF cometeu um ato falho, certamente de proposito para esconder sua incompetência, ao não mencionar que os árbitros que apitaram as duas partidas finais foram de fora do estado, o que mostra a incompetência dos dirigentes locais.

Na primeira partida, apitou o árbitro Bruno Arleu de Araújo, do Rio de Janeiro e pertencente ao quadro de árbitros da Federação do estado carioca. Já a segunda partida da final, foi arbitrada pelo árbitro Paulo César Zanovelli, importado de Minas Gerais. Então seria justo que a Federação Pernambucana, além de citar os referidos árbitros, prestar a eles as devidas homenagens.

Veja abaixo a relação dos árbitros que apitaram as duas partidas finais do pernambucano 2025.


Arbitragem das finais do Pernambucano 2025 - Crédito: FPF

Obs. Vale informar que nenhum dos homenageados foram escalados nas finais e que o Sport foi o campeão ao vencer o Retrô, nos pênaltis, por 4 a 2.

Segundo ainda divulgado no site, durante a cerimônia, também foi entregue oficialmente ao árbitro Rodrigo Pereira o escudo da FIFA, marca que confirma a presença no quadro internacional da temporada 2025. A árbitra Deborah Cecilia, que igualmente integra o seleto grupo FIFA, não estava presente e receberá a insígnia em momento oportuno.

Foram reconhecidos e homenageados os seguintes profissionais:

Árbitros Destaques:

      Rodrigo Pereira

      Diego Fernando

      Hugo Figueiredo

      Michelangelo Almeida

Assistentes de Árbitro Destaques:

      Karla Santana

      Francisco Chaves

      Bruno Vieira

      Luiz Henrique

VAR / AVAR Destaques:

      Gilberto Castro Júnior

      Tiago Nascimento

      Clóvis Amaral

Além dos profissionais de campo e vídeo, os membros da CEAF também foram, INJUSTAMENTE, homenageados pelo trabalho técnico, ético e incansável ao longo da competição.

Bruno Arleu (ao fundo) durante Retrô x Sport pela final do Pernambucano - Crédito: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Em seu discurso, visivelmente abatido e com cara de poucos amigos, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, ressaltou a importância da valorização dos árbitros em um momento de constante evolução do futebol.

“Pernambuco tem um quadro de arbitragem de excelência, que orgulha nosso futebol em todo o Brasil. Nada mais justo do que reconhecer e incentivar o trabalho de quem atua com responsabilidade, preparo e dedicação.”

Com o discurso acima, provavelmente redigido por algum lambe botas, Evandro Carvalho mostrou mais uma vez que vive outra realidade e que não tem qualquer conhecimento do assunto que está falando. O certo seria fazer o que mencionou a mim certa vez em um café da manhã no Hotel Casa Blanca, onde os árbitros se concentraram para uma final entre Sport e Santa Cruz, que seu sonho era acabar com o quadro de árbitros da FPF e contratar árbitros de empresas para tocar o campeonato na fase classificatória e de outras federações para as finais.

Tivesse feito isso, não teria pagado o mico de homenagear árbitros de um campeonato falido técnica e financeiramente e ainda por cima com arbitragem importada de outras federações.

Paulo Zanovelli durante Sport x Retrô, pela final do pernambucano - Crédito: Marlon Costa/AGIF

Segundo ainda a matéria, o presidente da CEAF, Ubirajara Ferraz, tentando esconder seu fracasso que já era esperado, celebrou o reconhecimento e reforçou o compromisso com o desenvolvimento da arbitragem.

“Essas homenagens representam não apenas conquistas individuais, mas o esforço coletivo de uma comissão que se preocupa diariamente em preparar os árbitros para os desafios do futebol moderno.”

Em que mundo vive o velho “BIRA”?

sexta-feira, 7 de março de 2025

Ruim de apito e MIMIZENTA!

Crédito: Facebook

Eu poderia ficar calado ou fazer a política da boa vizinhança defendendo a mulher e neste caso a árbitra Edina Batista. Mas... não seria eu. 

O tema é polêmico e certamente a maioria dos leitores da coluna vão preferir ignorar o que é obvio e vão ficar contra mim provavelmente me taxando de preconceituoso, misógino e outros adjetivos que a lacração adora usar para se auto defender atacando.

E antes que você diga que é inveja minha, que sou isso, que sou aquilo, que ela apitou na Copa do Mundo e em tantas outras competições importantes pelo mundo afora, eu pergunto: "Um profissional que tem tantos erros graves no currículo tem qualidades técnicas e meritocracia para as indicações ou o fator padrinho ou até mesmo gênero teve peso maior na hora da indicação e... se fosse homem com esses erros, teria o mesmo tratamento e as mesmas oportunidades? 

Pense cara pálida!

Mas antes das pedradas que o tema exige, que tal vocês darem um google para terem noção do que estou falando e da quantidade enorme de ‘erros graves’ que esta árbitra já cometeu na sua carreira com apito na boca. Sei que não vão fazer isso, mas vou dar uma ajudinha e no final deste post vou deixar um copilado do tema abordado nesta postagem.

Deixo claro que não estou criticando a cidadã, se bem que, com o profissionalismo na arbitragem e não adiantam falar que não existe, pois no nível que atingiu – provavelmente não por meritocracia – Edina Batista é sim uma profissional do apito, vive e muito bem da labuta e conquistas exclusivamente vindas do apito. Mas como disse, a crítica não é a cidadã, mas sim as qualidades técnicas ou a falta delas, que são ruins, da árbitra e de suas atuações dentro de campo.

Li na rede social a seguinte frase da Edina: “Não me criticam pela minha arbitragem, e sim por eu ser mulher” - Edina Alves.

A crítica fora do campo é por frase como essa que mostra a arrogância, o mimimi e chororô descabido usados para se vitimizar e esconder as cacas que tem feito dentro de campo ao longo de sua carreira. E esta não é a primeira vez que ela usa o gênero e a lacração para se defender atacando quem ousa discordar dela.

Os gestos bruscos e a cara feia durante o sorteio do cara-coroa que tem usado ultimamente contra jogadores, membros de comissões técnicas e alguns críticos, só expõe a fragilidade, a falta de confiança e a tentativa de se auto defender das críticas que virão e ela sabe disso. A depressão de outrora não comove tanto e já não serve mais para se vitimizar. A moda atual é usar a lacração e o mimimi para ter o sonhado engajamento da trupe.

Já que os lacradores não vão fazer isso, vou dar um google e deixar abaixo o link dos erros da Edina Batista que todos reclamam, não por ser uma mulher apitando, mas por serem erros absurdos que não pode ser cometido por um profissional da elite e que vive arbitragem as 24 horas do dia.

Antes das críticas a este post que certamente virão, analise o que foi escrito. Não estou julgando e nem criticando por ela ser mulher, até mesmo que neste espaço tem várias críticas a árbitros homens que são ruins também, mas não se vitimizam ou usam o machismo ou a lacração para se defenderem.

Como exemplo, o torcedor, o critico, pode reclamar do Anderson Daronco, dizer que ele é bombado, vitaminado, gordo, lento e é mesmo a olhos nu, mas não pode criticar uma árbitra porque será taxado de preconceituoso e misógino.

Viva a igualdade dos gêneros.

 

Erros e polêmicas

Novorizontino x São Paulo – Paulistão 2021

No duelo, válido pela quarta rodada do Campeonato Paulista de 2021, Edina não marcou pênalti do goleiro Giovanni em cima do são-paulino Luciano. O lance também não chamou atenção do VAR e o erro, reconhecido posteriormente por Edna, a levou à depressão por um tempo.

“Eu não vi. Falei para o VAR que estava em dúvida porque não tinha conseguido enxergar. Ele me disse que não havia sido pênalti, e eu segui (...) Ali (após o jogo, já no vestiário), desabei. Falei para meus colegas: 'Eu errei, foi pênalti'. Eles tentaram me consolar dizendo que o VAR havia me dito que não. Mas eu estava vendo no vídeo, foi pênalti, sim. E eu não dei" - afirmou em entrevista para o UOL.

"Esse lance me machucou. Fiquei deprimida, em uma fossa absurda por meses. Precisei de terapia para me recompor daquele dia. Foi um erro inadmissível, eu me posicionei mal e não consegui ver. Não gosto de errar, ainda mais desse jeito. Disse que queria me redimir com os jogadores do São Paulo, mas não foi possível" - completou.

Santos x São Paulo – Paulistão 2022

O clássico vencido por 3 a 0 pelo São Paulo, em jogo válido pelo Campeonato Paulista de 2022, causou grande irritação nos santistas por causa de dois pênaltis não marcados para o Peixe – em um deles com Marcos Leonardo sendo derrubado na área, e no outro com Ângelo. Segundo nota oficial emitida pelo Santos na época, a Federação Paulista reconheceu os erros de Edina e da equipe de arbitragem.

“Atendendo à ofício enviado pelo Santos FC no início da semana, a Federação Paulista de Futebol (FPF) reconheceu dois equívocos técnicos da arbitragem, tanto de campo, quanto do VAR, no jogo contra São Paulo, na Vila Belmiro. Após análise de imagens e áudio, a FPF concluiu que o Santos FC teve dois pênaltis não marcados pela árbitra Edina Alves no clássico do último domingo (20), na Vila Belmiro. A Federação afirma que aplicará ações corretivas na equipe de arbitragem que trabalhou na partida”  - disse a FPF.

Santos x Corinthians – Paulistão 2023

A atuação de Edina em um clássico entre Santos e Corinthians, que terminou empatado em 2 a 2, pelo Paulistão de 2023, ainda gerou críticas em relação ao seu desempenho e por ter anulado um gol marcado por Yuri Alberto. No lance, que teve intervenção do VAR, a árbitra considerou que Yuri estava em posição irregular quando participou da construção do lance que terminaria com a bola no fundo das redes.

Flamengo x Botafogo – Campeonato Brasileiro 2023

Durante o clássico carioca, a árbitra foi apontada como uma juíza sem pulso para apitar determinada partida. No confronto ela chegou a expulsar o lateral Rafael, do Botafogo, em chegada forte em Everton Cebolinha, mas não teve a mesma postura para tirar Thiago Maia de campo depois de uma falta forte em Di Plácido.

O VAR convocou a árbitra para uma revisão do lance, considerando o chute na canela como passível de expulsão, A juíza analisou a jogada na cabine, mas optou por manter o cartão amarelo para o flamenguista.

Flamengo x Fortaleza - Campeonato Brasileiro 2024

No primeiro tempo da partida contra o Fortaleza, dentro do Maracanã, pela 16ª rodada do Brasileirão 2024, Edina marcou um pênalti no mínimo questionável sobre o atacante Pedro, no momento em que os rubro-negros perdiam por 1 a 0.

O camisa 9 do Flamengo erra a bola ao tentar um chute, cai sozinho na área, e mesmo assim a paranaense assinalou a penalidade máxima.

Leia mais

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domingo, 23 de fevereiro de 2025

Interferência externa ou ruindade do Bráulio Machado?

Ex-árbitro FIFA confirma gol do Barra, termina o jogo e anula gol depois do final da partida; Campeonato Catarinense pode parar

Bráulio Machado no momento em que confirma o gol do Barra (Foto: Tiago Winter)

Há tempos critico as atuações do ex-árbitro FIFA Bráulio da Silva Machado. O estrelinha catarinense é daqueles que quando comete erros com o apito na boca, são dignos de derrubar comissões de arbitragens. Foi assim na Copa do Brasil de 2023, quando estendeu o jogo por 10 minutos entre Sergipe e Botafogo até que a equipe carioca empatasse a partida e continuasse na competição se tornando 'persona non grata' em Aracajú. E agora, sem o escudo no peito que herdou sem meritocracia e já se aproximando do fim da carreira cheia de polêmicas, apronta mais uma na partida entre Barra e Caravaggio pelo Catarinense 2025.

Desta vez ele superou todos os limites do aceitável no futebol e na arbitragem e deve explicações da sua decisão de anular um gol decisivo e classificatório, onde ele validou, com anuência do assistente e em seguida, como mostra as imagens da FCFTV, encerrou o jogo, legitimando o resultado.

Veja vídeo abaixo.

Crédito: imagens FCFTV

Entenda

Caso o gol fosse confirmado, o Barra estaria classificado entre os oitos times para as quartas de final da competição. Estranhamente e para não falar outra coisa, e de forma irregular, pois a partida já tinha sido encerrada, o gol foi anulado e o Joinville ficou com a vaga que seria do Barra.

Será que teve interferência externa na decisão da arbitragem ou será que a decisão agradou dirigentes da FCF? A federação Catarinense de Futebol precisa urgentemente esclarecer o ocorrido na partida. Lamentavelmente a sumula da partida ainda não foi divulgada e o site oficial está fora do ar na aba referente a arbitragem.

Campeonato pode parar

Segundo o colunista Rodrigo Faraco, o Barra pretende contestar no TJD/SC o gol anulado no final da partida que oficialmente terminou empatada em 0 x 0.

O argumento do Barra é a conduta do árbitro Bráulio  Machado, que teria confirmado o gol e logo em seguida encerrado a partida, para depois anular o gol, que foi marcado no último lance do jogo.

Pelas imagens os gestos de Bráulio Machado indicam realmente que ele confirmou o gol e encerrou a disputa. Na sequência ele aponta o meio de campo, confirmando o gol, logo depois olha o relógio e encerra o jogo.

O TJD-SC ainda não recebeu nada oficialmente, mas nos bastidores o Barra já se movimenta para tentar parar o Catarinense 2025.

Encerro aqui dizendo: "A estrelinha, agora decadente, em queda livre, após perder o escudo FIFA me fez perceber o quanto o meu amigo Marco Martins faz falta à arbitragem catarinense e certamente, vendo esta arbitragem, se virou de raiva no seu leito de morte".

Batalha campal no fim da partida entre Sergipe e Botafogo pela Copa do Brasil de 2023