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sexta-feira, 19 de julho de 2013

+ uma “cagada” do Tonhão

Entidade máxima do futebol brasileiro escala assistente do Acre para partida entre Rio Branco do Acre e Sampaio Corrêa do Maranhão


Foto: "A criação de Adão" de Michelangelo adaptada pelo Blog do Marçal para os dias de hoje.

Todo dirigente de arbitragem comete as suas “cagadas” e quanto mais sobe sua arrogância e prepotência, mais ele fica cego e suscetível aos erros que geram as criticas. Sérgio Corrêa cometeu vários deles, Aristeu Tavares então foi o campeão, superou todos no curto espaço de tempo que teve no comando do apito brasileiro. O ex-coronel do apito conseguiu sob espanto e conivência de todos, tirar um aluno do banco do curso de árbitros para colocá-lo direto no quadro da FIFA. A casa que dita regras para tudo e para todos, tem uma única regra para seus dirigentes, não respeitar regras quando lhes é conveniente!

Trilhando o mesmo caminho de seu antecessor, o atual presidente, o bonachão Antônio Pereira já tem uma lista de desrespeito às regras que só vem aumentando no mesmo ritmo que tem aumentado seu ego. A lista inclui escala de assistente do seu estado na serie A do brasileiro sem nunca ter feito uma partida profissional pela CBF (Bruno Raphael Pires), a escala de assistente que estava afastado a dois anos das escalas por problemas “extra-campo” enquanto vários outros devidamente qualificados aguardam uma chance e a escala de um árbitro carioca que não passou no ultimo teste teórico entre outros que estou apurando.

Como todos podem ver a lista só vem aumentando e continuarei investigando e publicando aqui neste espaço mesmo contra ameaças daqueles que se sentem incomodados com isso.

Desta vez, a desatenta comissão de arbitragem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) que é comandada por Antônio Pereira, mas sob severa e atenta supervisão de Sérgio Corrêa, não rasgou o regulamento como esta acostumada, mas foi no mínimo incoerente ao escalar um assistente local em partida de equipes de estados diferentes. O confronto que acontece neste domingo (21), às 19h (horário de Brasília), na Arena da Floresta será entre o Rio Branco do Acre - mesmo estado do assistente - e o Sampaio Corrêa do estado do Maranhão.


O árbitro da partida será o militar mato-grossense Marcelo Alves dos Santos e o outro assistente o rondoniense Valdebranio da Silva. A curiosidade fica por conta do assistente dois, o escalado, o também militar João Gomes Jácome reside a poucos metros da equipe mandante. O quarto árbitro será Antônio Neuricladio do Rego Costa.

O chefe da comissão de arbitragem da entidade, Antônio Pereira, no alto de sua imponência não costuma atender a imprensa, ele se acha superior - um verdadeiro Adão retratado na foto acima - e não tem tempo a perder dando explicações. Já Sérgio Corrêa - seu mentor - que antes não falava, agora fala e defendeu a escala dizendo que tem “confiança na dedicação, isenção e responsabilidade” dos árbitros do quadro.

Nos árbitros eu também tenho, o que não tenho é nos dirigentes, esses são suscetíveis a todo tipo de manobras e interesses nos bastidores capaz de deixar qualquer um de olhos arregalados.

Consultado por e-mail pelo Globo.com, Corrêa usou a vasta documentação a seu favor para explicar que o critério da escala está incluído no item 4, do capítulo XIII, das normas da arbitragem da CBF que diz:

A Comissão de Arbitragem da CBF poderá, a qualquer tempo, designar para sorteios os árbitros, assistentes, quarto árbitro, árbitro assistente reserva, adicionais, delegado especial do mesmo estado em que se realizam a partida, de forma mista ou de outros estados.

“Na Série A já ocorreu isto, ou seja, tivemos assistentes e adicionais do mesmo estado atuando desta forma. Isto também ocorreu em jogos da Série D. A comissão tem plena confiança na dedicação, isenção e responsabilidade de seus Oficiais de Arbitragem” - respondeu Corrêa, por e-mail.

O competente assistente João Jácome não terá o direito de cometer erros nesta partida

Nada contra o assistente João Jacome a quem conheço pessoalmente e sempre se mostrou digno e merecedor da confiança nele depositada, mas nada justifica a escala do mesmo não podendo ser usada à desculpa da dificuldade de transporte sendo que o árbitro e o outro assistente são de outros estados. Ou seria a CBF economizando tostões com a arbitragem quando gasta milhões com as mordomias dos seus dirigentes!

Vamos torcer então para que tudo ocorra conforme planejado, que a arbitragem saia da partida sem ser notada, mas se algo sair errado a culpa toda será da CA-CBF que não tinha necessidade de correr tamanho risco colocando o assistente sob tamanha pressão.

Frase: “Com arrogância e prepotência você pode até ir longe... Agora com humildade, e respeito você chega aonde quiser”. (Guilherme Albuquerque).

quarta-feira, 29 de maio de 2013

O que a final da Liga dos Campeões ensinou para o apito brasileiro


O jogo ente Bayern de Munique x Borussia Dortmund foi um belo espetáculo, futebol de altíssima qualidade, um show de organização e um cerimonial que todos nós desejaríamos ver por aqui na América do sul, a final, quem não se arrepia com o hino da Champions tocado antes dos jogos?


Mas foi só o jogo e os aspectos que mencionei que serve de exemplo para o Brasil, país da próxima copa? Claro que não! A belíssima arbitragem comandada por Nicola Rizzoli me trouxe uma reflexão que põe em cheque a forma com que os presidentes que passaram pela CONAF, pensam a renovação do quadro FIFA e o futuro da arbitragem no Brasil.

Na manhã do jogo estava lendo o Blog do Gaciba, e lá tina um perfil de Rizzoli, aliás, com algumas falhas, mas foi bom que dei uma pesquisada e vou repassar para vocês abaixo a ficha completa do apitador.


Nicola Rizzoli é arquitetonasceu em Mirandola, uma província que fica em Modena na Itália. Completará 42 anos no próximo dia 05 de outubro. Estreou na série A do seu país em 2002, entrou para o quadro da FIFA em 2007 e em 2011 foi eleito o melhor árbitro da Itália. Esteve no Mundial Interclubes de 2011 quando apitou Santos 3x1 Kashiwa Reysol. Apitou a final da Liga Europa, antiga Copa UEFA em 2010 Atletico Madrid (ESP) 2x1 Fulham (ING). Já apitou 26 jogos da Liga dos Campeões sendo que a primeira foi em 2008. Ao todo foram 63 Jogos Internacionais e é um dos pré-selecionados para a Copa do Mundo de 2014 que será disputada em nosso país.

Esse moço com esses pré-requisitos acaba de apitar a final da liga dos campeões e vai apitar a Copa do Mundo, mas será que isso aconteceria se Nicola Rizzoli fosse brasileiro?  Lógico que não! Hoje no Brasil pensa-se em renovação como quem vai pegar um árbitro com 25 anos e por na FIFA para dizer, “esse eu ensinei”, todo presidente de comissão quer ser o pai da criança, que a cada dia esta mais criança.

Brasil erra há muito tempo

Se voltarmos no tempo, o Brasil já vem errando na formação dos apitadores há muito tempo, quando em 97 indicou Paulo César de Oliveira para FIFA, Armando Marques ficou fascinado com a bela atuação do árbitro num jogo Sport x Vasco onde o mesmo marcou quatro pênaltis. Os mais entusiastas dizem que foram todos corretos, como eu tenho a minha opinião, acho que em pelo menos dois deles houve um certo exagero. Aliás, PC vive deste jogo até hoje, pois apitar futebol não apita há muito tempo. Salvo algum engano, ele nunca foi premiado como melhor árbitro do Campeonato Paulista e nem do Brasileiro.

O que se viu depois na carreira daquele menino recém saído de trás dos balcões de uma pequena mercearia em Cruzeiro, interior de São Paulo, foi um árbitro em formação, com pouca idade, com um escudo FIFA  aprendendo a apitar na serie A do brasileiro, o que refletiu em sua carreira internacional que acabou não acontecendo. Muito por falta de maturidade nos torneios em que foi designado.

Com os presidentes seguintes a coisa piorou, Edson Rezende criou varias normas para uma renovação abrupta e lançou nomes sem preparo em varias partidas. Com Sérgio Correa não foi diferente, dando sequencia em uma renovação por idade e não por qualidade, o que se viu foram árbitros saídos da “maternidade”  indo direto para os jogos.

Lembro-me de um caso especial, em 2009 o carioca Rodrigo Nunes Sá caiu de paraquedas na final do carioca e Sérgio Corrêa nas semanas seguintes colocou o inexperiente apitador que é dono de um excelente preparo físico para apitar a série A, Avaí x Atlético MG. Tudo em nome da FIFA e dos testes físicos e o que aconteceu? Não aconteceu! Rodrigo travou, muitos a sua volta enchiam sua bola e o chamavam de futuro FIFA. Ele subiu no salto, achou que apitava mais do que realmente apita, acabando em um declínio vertiginoso. O fundo do poço foi o famoso cai-cai ao melhor estilo Neymar, cena lamentável quando simulou uma agressão na serie D do Brasileiro em partidas disputada no Paraná (Operário-PR 3x0 Mirassol-SP).


Na ocasião, Rodrigo Sá relatou que o lateral do time paranaense tinha atingido sua testa com o dedo de raspão e alegou ter caído no chão quando tentou se esquivar do jogador. Veja o vídeo acima com as cenas lamentável.

Mas como as lições não são aprendidas, Aristeu Tavares quando assumiu a CA-CBF subiu nos tamancos e continuou o mesmo caminho e pior, cometeu um verdadeiro crime quando trocou um quadro de aspirantes no meio do ano e pela segunda vez. Assunto amplamente debatido aqui. O coronel do apito como ficou conhecido galgou o paraense Dewson Fernando a aspirante FIFA com apenas um punhado de jogos e sem respeitar os pré-requisitos do RGA. Também tivemos nessa mesma gestão, assistentes vindos do nada que foram para o mesmo quadro. 

Tudo poderia e seria pior ainda devido a soberba e arrogância de Aristeu se não fosse a famosa entrevista de Goiânia que para sua infelicidade, chegou até o Apitonacional. Daí para sua queda, foi questão de horas, pois a pá de cal já tinha sido jogada.

Renovações FIFA pelo mundo

Quando escrevo sobre algum assunto, procuro pesquisar antes para depois não ter que me retratar, seguindo esse ensinamento fiz então uma pesquisa no site da FIFA e descobri que as renovações e ascensões vêm acontecendo pensando no futuro. Muitos árbitros não tem chegado aos 45 anos, sem chances futuras tem saído antes, caso do colombiano Oscar Ruiz, Jorge Larrionda do Uruguai e do brasileiro Sálvio Spínola que enveredaram por outros caminhos diferentes ou mesmo dentro da arbitragem. Mas não quem sai e sim quem entra que chama a atenção.

No final de 2012, as listas FIFA do ano seguinte, no caso para 2013, foram enviadas pelos países a FIFA, a brasileira teve um membro que destoou, Rodrigo Figueiredo que aos 29 anos e com poucos jogos, saiu do CBF-1 direto para o quadro da FIFA para aprender a bandeirar (lembro que a promoção a aspirante e a lista enviada a FIFA foram na mesma data), mas países como: Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai colocaram árbitros nascidos em 1975 e 1976, optando pelos “novos experientes”.

O que chama atenção é que 1975 é o ano de nascimento dos assistentes aspirantes do Brasil que saíram para criar um vácuo, ou seja, um espaço para a subida de Rodrigo, ou alguém tem dúvida que o Fabiano Ramires do Espírito Santo não poderia ser FIFA diante de suas belas atuações que inclusive foram elogiadas por Aristeu Tavares.

O que vemos então é uma renovação errada, somente pensando na idade é que o Brasil amarga críticas e não tem chegado a lugar nenhum. Na Europa vários países têm árbitros que entraram na FIFA aos 38 anos, a Itália é um dos países assim como a Inglaterra, Alemanha, França, Espanha e outros, indo ao encontro do que disse Máximo Bussacca: “Nós queremos árbitros na idade certa”, frase que foi criticada por Aristeu Tavares no encontro em Goiânia quando de sua explanação inicial.

Então vendo o resultado internacional do Brasil e dos outros países, quem esta certo?

Copa 2018 só árbitros até 42 anos

Na Rússia, quando da Copa do Mundo, só árbitros até 42 anos atuarão, e o quadro FIFA do Brasil tem membros que já não vão ter idade para o tal, fato que fatalmente levará a uma renovação forçada e aí é que se deve pensar, arriscar um inexperiente ou fazer como os outros países, buscar opções seguras. Este dilema deve passar na cabeça de Antônio Pereira e Nilson Monção, única certeza é que mudanças precisarão acontecer se não vamos ficar para trás mais do que já estamos.

Lista de árbitros do Brasil sem idade para Rússia, ou seja, nascidos antes de 1976 em laranja:


Parafraseando o atual presidente da comissão que diz: ”prefiro o árbitro feito no forno de lenha ao do forno de micro ondas”, deixo no ar: 

Renovação é necessária, mas temos que ter cuidado, pois renovação sem qualidade pode levar o Brasil em um futuro próximo a ficar sem um árbitro na Copa. Será que teremos árbitros na Rússia? Se continuarmos com esta politica creio que não.

Frase: "É tempo de renovação, é tempo de aceitar que o passado não pode ser esquecido e nem vivido novamente". (Diana Corvinus).

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Salto de qualidade na arbitragem Pernambucana

No ultimo final de semana (10, 11 e 12), estive em nome do Apitonacional e do Blog do Marçal acompanhando a arbitragem da final do campeonato pernambucano de 2013 à convite da Federação Pernambucana de Futebol, através do seu diretor de competições Murilo Falcão, que me proporcionou abertura total nos trabalhos, podendo mostrar a transparência e profissionalismo da mesma!


Com Salmo Valentim e Chico Domingos

Quando recebi o convite, visualizei minha participação em todas as atividades do quinteto escalado em sorteio para o jogo, eu queria vivenciar o clima, participar com os olhos (câmera) e ouvidos (gravador) das atividades que seriam realizadas visando a final e não ir lá apenas para fazer turismo. Para isso não fiz nenhuma exigência que não fosse a total participação nos trabalhos dos apitadores desde minha chegada até o apito final da partida. Confesso que minhas exigências foram superadas, pois participei até mesmo como autoridade do pódio de entrega dos prêmios e do jantar de comemoração entre dirigentes da FPF, árbitros da final, membros da comissão de arbitragem e respectivas esposas. Atividades que ocorreram depois do apito final na luxuosa churrascaria Boi Preto na Praia de Boa Viagem onde eu era o único estranho no ninho.

Convite feito, convite aceito, fui informado que Gilberto Castro e Sandro Meira Ricci iriam concorrer no sorteio e comecei a bater os tambores para que Gilberto Castro fosse o sorteado, não por torcer contra alguém, mas sim para ter o trabalho facilitado, pois Gilberto é um árbitro em busca de afirmação e do seu espaço, diferentemente de Ricci que já é um árbitro consagrado e poderia não estar disposto a participar do que já tinha sido planejado em minha mente. Como meu santo é forte, fui agraciado por papai do céu, Castro ganhou o sorteio e Ricci foi escalado em uma partida há mais de 700 km da capital (Petrolina) e assim pude desenvolver meu trabalho e observações com tranquilidade as quais relato abaixo.

Mas antes, quero agradecer publicamente Evandro Barros Carvalho (Presidente da FPF), Roberto Zaidan Gama (diretoria executiva) Murilo Sávio Barbalho Falcão (diretor de competições), Salmo Valentim e Francisco Domingos da Silva (comissão de arbitragem), Neide Zaidan (assistente social) e Bárbara Gayo (psicóloga). Todos eles tiveram uma parcela no sucesso do trabalho, pois viabilizaram de uma maneira o de outra minha viagem, hospedagem, participação nos trabalhos e todo tipo de suporte durante os quatro dias que permaneci em Recife. 

Agradeço especialmente Salmo Valentim e Francisco Domingos (Chico Domingos) – Membros da Comissão de arbitragem – que me receberam de braços abertos proporcionando todas as condições e logísticas para que o trabalho fosse realizado da melhor maneira possível. Também quero agradecer aos árbitros com quem tive um contato mais direto, pois me receberam muito bem, repassando todas as informações solicitadas e sem nenhum tipo de questionamento dando tranquilidade para que eu pudesse realizar o meu trabalho. Esses dias foram muitos proveitosos para mim como pessoa, pois pude rever alguns conceitos, fiz novas amizades, aprendi muito com cada um deles e espero ter deixado uma boa impressão.

Isto dito, isto posto, vamos à matéria.

1º dia - preparativos

O meu trabalho começou assim que desembarquei na sexta feira a tarde em Recife, pois fui diretamente para a sede da FPF onde após ser devidamente apresentado a todos, participei da primeira palestra entre a comissão de arbitragem e os árbitros já visando a grande final. Na sua fala na palestra, Salmo Valentim lembrou aos árbitros que a FPF da total apoio e retaguarda para eles, mas que eles precisariam responder a altura trabalhando em equipe e colocando em pratica tudo que foi discutido e treinado exaustivamente por todos para aquela final. Já Chico Domingos atacou o lado motivacional do grupo dizendo que todos que estavam na final era por merecimento, pois "muitos são chamados, mas pouco escolhidos" (Mateus 22:14), que pensassem positivo e aplicassem a regra que tudo iria dar certo. 

Barbara Gayo em um bate papo com os árbitros

A psicóloga Barbara Gayo disse o quanto era gratificante o trabalho com os apitadores, que não tinha tido nenhuma experiência parecida anteriormente, mas que já estava contaminada pela atmosfera e ambiente que gravita em torno dos homens de preto. Encerrou dizendo ser gratificante o seu trabalho com os apitadores, que estava otimista, desejando sorte a todos e que ela estaria torcendo pelo sucesso da equipe.

2º dia - concentração

Exatamente ao meio dia, o quinteto de arbitragem entrou em concentração no Hotel Casa Blanca, um paraíso a cerca de 30 quilômetros de Recife. 

Palestra no sábado a tarde - Arbitragem: Não basta conhecer; é preciso dominar!

Após o almoço e o descanso merecido, houve na parte da tarde mais uma palestra entre os árbitros e a comissão de arbitragem também com a participação da assistente social e da psicóloga. Acompanhei só uma parte desta palestra, pois fui acompanhar Salmo Valentim até a cidade de Altinho que fica no interior onde ocorreu a final do campeonato municipal “Salmo Valentim”.

3º dia - dia D

O dia da decisão do campeonato pernambucano também era o dia das mães, começou e terminou com grandes emoções. 

Homenagem para as mães e esposas dos árbitros da final

Demonstrando que não estavam para brincadeiras, não deixando passar nenhum detalhe despercebidos e mostrando uma grande visão humanitária, a FPF presenteou o quinteto de arbitragem com as presenças de seus familiares homenageando suas mães. Todos os árbitros foram pegos de surpresa quando desceram dos seus quartos para o café, pois lá, encontraram suas progenitoras, esposas e filhos com quem confraternizaram e tomaram o café da manhã. Vale registrar e parabenizar o fato do presidente da FPF Evandro Carvalho e o diretor Murilo Falcão estarem o tempo todo junto com a comissão participando da homenagem as mães dos árbitros, onde foram bastante simpáticos deixando todos a vontade.

Plano de trabalho

Após as homenagens, os árbitros se reuniram mais uma vez com a comissão de arbitragem, desta vez para traçar o plano de trabalho que seria usado na final, almoçaram e seguiram rumo ao estádio. 

Reunião traçando o plano de trabalho da partida e camiseta de homenagem 

Antes do inicio da partida, todos, inclusive eu, usamos uma camiseta com a foto do assistente Alcides Lira, falecido há um ano atrás prestando reverencias e homenagem ao arbitro e que deixou muitas saudades.

O jogo

A comissão de arbitragem não deixava transparecer, mas era evidente que torciam para que não houvesse o jogo extra como previa o regulamento em caso de vitória do Sport, pois assim, quebrariam a sequência de oito anos sem um árbitro nascido no estado apitando uma decisão. O ultimo pernambucano da gema que apitou uma final foi Patrício Antônio de Souza em 2004. Se houvesse o jogo extra, Sandro Meira Ricci que é do Distrito Federal, já estava escalado.

Apesar de estar extremamente preparado pela comissão, Gilberto Castro demonstrava certo nervosismo por ser sua primeira final e por não ter ido muito bem no ultimo clássico que apitou devido ao regulamento que previa uma possível definição de vaga por critérios de cartões amarelos. Segundo ouvi de um repórter atrás do gol durante a partida, no clássico dos cartões, como ficou conhecido, cada cartão mostrado era comemorado como um gol pela torcida adversaria. Quem fez o regulamento ousou e quis o melhor, mas acabou mesmo foi jogando um peso desnecessário em cima da arbitragem.

Final do aquecimento

Durante o jogo, Gilberto Castro cometeu pelo menos quatro equívocos aos olhos mais clínicos. Foram dois escanteios marcados erroneamente como tiro de meta, um lateral invertido mesmo com o assistente marcando corretamente (faltou o trabalho de equipe nos três lances) e uma expulsão de forma exagerada. 

Aos 44 minutos do primeiro tempo, o atacante do Santa Cruz, Flávio Augusto do Nascimento ou simplesmente Flávio Caça-Rato como é conhecido, tenta dominar a bola no peito, como não consegue, estica o braço e toca a bola levemente sendo anotada a falta corretamente pelo árbitro. Como já tinha sido advertido aos 25 minutos com cartão amarelo por erguer a camisa na comemoração do seu gol, foi expulso, no meu entender, de forma exagerada. 

No momento da expulsão eu estava atrás do gol onde desenrolou a jogada e a olho nu, não tive a mesma convicção do árbitro de que ele tentou ludibriar a arbitragem, o que pude confirmar após ver e rever várias vezes o vídeo da jogada. Mas a expulsão não foi nenhum absurdo levando se em consideração que o atacante realmente tocou a bola com o seu antebraço que eu interpretei de uma maneira, mas para infelicidade de Caça-Rato, o árbitro interpretou de outra maneira o expulsando.

Fora isso, os erros não interferiram no resultado final da partida, nenhum clube esboçou qualquer tipo de reclamação o que demonstra que além de capacidade, Gilberto Castro é um árbitro de sorte.

Os assistentes demonstraram o porquê de estarem escalados na partida decisiva, participando com firmeza, estando sempre bem colocados contribuindo com o bom desenrolar da partida. Já o quarto e quinto árbitro tiveram bastante trabalho desenvolvendo um trabalho de alto nível. 

Emerson Sobral se preocupou mais com as substituições e com o banco de reservas do Santa Cruz se aprofundando até a bandeira de escanteio para auxiliar o árbitro nas jogadas que por ali se desenrolaram. O mesmo aconteceu com Alber Junior no lado oposto do campo. Este teve participação decisiva evitando um maior confronto entre os jogadores das duas equipes quando interviu com firmeza e autoridade em um principio de tumulto entre eles próximo à linha lateral do centro do gramado. 

A participação ativa na partida do quarto e quinto árbitro, supriu com vantagem a não utilização nesse campeonato dos árbitros adicionais, pois eles não se limitaram a tradicional faixa de atuação destinada aos AAAs sendo mais útil circulando da linha de fundo até o meio de campo com menor custo para os clubes.

No vestiário e no túnel momentos antes do inicio da partida

A arbitragem da final foi composta pelo árbitro Gilberto Castro Junior, pelos assistentes Clóvis Amaral da Silva e Ricardo Chianca. Emerson Luiz Sobral e Albino de Andrade Albert Júnior foram 4º e 5º árbitros respectivamente.

Reconhecimento

Após o termino da partida, em uma atitude para mim inédita e elogiável, o Presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, juntamente com o diretor Murilo Falcão e os integrantes da Comissão de Arbitragem – menos Salmo Valentim que estava bastante emocionado evitando o choro no meio do campo – foram até o meio do campo parabenizar os árbitros pela boa arbitragem, abraçando efusivamente cada um deles agradecendo a legitimação do resultado da partida e reconhecendo o grande trabalho desenvolvido por todos.


Após os comprimentos os árbitros se retiraram para os vestiários  não antes de irem até a linha lateral para abrasarem Salmo Valentim agradecendo a indicação e o apoio do competente dirigente.

Comemoração

Já era noite na capital do frevo quando os dirigentes da FPF Roberto Zaidan, Murilo Falcão, todos os integrantes da arbitragem e esposas, mas os membros da Comissão, o arbitro FIFA do estado Sandro Ricci e eu, nos reunimos na Churrascaria Boi Preto na praia de Boa Viagem para as comemorações merecidas.

Comemoração após a partida na Churrascaria Boi Preto

O ambiente durante o jantar como em todo o final de semana foi descontraído, com todos se parabenizando e já traçando metas para o futuro.

Resumo

Nesses três dias que passei ao lado de integrantes da arbitragem pernambucana, pude notar a competência, a cumplicidade e o árduo trabalho que é feito sem vaidades de todos, sem exceção para o engrandecimento da arbitragem daquele estado. Notei que apesar de terem passado por uma crise na metade do campeonato quando foi cometido um equívoco que quase levou a interrupção dos trabalhos, eles estão extremamente organizados, que os árbitros têm o respaldo e o total apoio da FPF através de sua comissão de arbitragem que esta engajada em fazer um trabalho exemplar apostando na renovação que se faz necessária.

Segundo fui informado, a média de idade atual dos apitadores é de 28.6 anos, num quadro que conta atualmente com 68 árbitros dos quais 49 trabalharam na primeira divisão deste ano, sendo 23 árbitros e 26 assistentes.

O bom desempenho da arbitragem pernambucana atualmente é respaldado além da capacidade técnica de cada um, pelo trabalho em conjunto da Comissão de Arbitragem com a psicóloga Bárbara Gayo e com a assistente social Neide Zaidan, que contam com total apoio do presidente, Evandro Carvalho, que já disse que arbitragem não é gasto e sim investimento.

Frase: Ser competente é acertar um alvo que ninguém acertou. Ser administrador é acertar um alvo que ninguém viu”. (Erlandson F. A. Andrade)

Abaixo algumas fotos tiradas durante o fim de semana.

A viagem

Em frente da Federação Pernambucana de Futebol

O presidente Erich Bandeira não estava lá!

Edvânia Maria Cassiano de Sousa César - Simpática secretaria CEAF

Thiago Vieira Rodrigues - Funcionário CEAF

Com integrantes da CEAF

Com Murilo Falcão

Lanchando (Cartola) com Salmo Valentim

Em Altinho acompanhando a Final da Taça "Salmo Valentim" (Camp. local)

Bate papo com Evandro Carvalho - Presidente da FPF

Almoçando com os árbitro da Final

Quinteto já no estádio

Eu estava lá - Ilha do Retiro 12/05/2013

Autoridade

Com o campeão Flávio Caça-Rato

Com o campeão Renan Fonseca

Com o campeão Luciano Sorriso

Com o campeão Dênis Marques

No pódio

Massagem do árbitro após o jogo

Relatórios e sumula após a partida

Familia Sobral: Luiz Claudio Sobral, Laura Sobral, Elenisse Luiza, Emerson Sobral, Graziella Sobral, Pablo Sobral e Diego Sobral

Alguém sabe os nomes dos integrantes da família Castro?

Família Chianca: Camilla Alves, Isabella Alves e Ricardo Chianca

Família Amaral: Marlene Amaral da Silva, Beatriz Rocha, Clóvis Amaral e Camila Andrade Rocha

Alguém sabe os nomes dos integrantes da família Junior?

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Arbitragem Paulista: Envelhecida e mais cara do Brasil, esta há duas décadas sem revelar um árbitro!

Mesmo com R$ 3.5 milhões de reais gasto por ano com a estrutura do apito, o saldo é assustador, nenhum árbitro foi revelado nas duas ultimas décadas.


A arbitragem paulista é tida como exemplo para o resto do país, nessa época de decisões dos estaduais, seus árbitros são requisitados a peso de ouro para os jogos finais nos quatro cantos do Brasil, mas o que ninguém sabe é que se pudessem os paulistas também importariam árbitros de outros estados. E olha que aqui se gasta (investe) uma verdadeira fortuna com toda a estrutura disponibilizada para os homens de preto. Segundo apurado, somente os valores de 2012 bateram na casa dos R$ 3,5 milhões de reais. Mesmo com todo esse gasto - desde 2011 vem sendo acima de 1 milhão anual – há pelo menos duas décadas não se revelam um árbitros em São Paulo, e quando eu digo revelar, é árbitro com potencial para chegar ao quadro da FIFA e até mesmo para uma Copa do Mundo.

Dentro de poucos anos, os FIFAs terão que ser trocados por idade ou até mesmo por falta de condições físicas no caso do Wilson Seneme e a pergunta que fica e: quem estaria pronto para substituí-los? O estado de São Paulo tem dois aspirante FIFA, desses, Luiz Flávio foi promovido em 2010 e já tem 36 anos, se não for promovido nos próximos dois anos, será carta fora do baralho. Sobrará então Guilherme Ceretta de Lima, esse tem 30 anos mas um ego maior do que seu cérebro. Tornou se aspirante FIFA única e exclusivamente por vontade do ex presidente da CA-CBF Sérgio Corrêa, pois a comissão local (Paulista), devido a sua arrogância, não morre de amores pelo seu trabalho e nem pelas suas atitudes.

Idade avançada

Dando uma rápida olhada no quadro de 2013, pode se constatar facilmente que a arbitragem paulista esta envelhecida, sem perspectiva de renovação á curto prazo e andando na contra mão da história, pois enquanto a FIFA sinaliza na diminuição da idade dos apitadores, a FPF aposta em árbitros com idade avançada.


Quadro Ouro 2013

Usando como base o ano de 2013, dos 13 integrantes do chamado grupo ouro (Paulo César, Wilson Seneme, Antônio Prado, Flavio Guerra, Guilherme Ceretta, Leandro Bizzio, Luiz Flávio, Marcelo Aparecido, Marcelo Rogério, Raphael Claus, Rodrigo Braguetto, Rodrigo Guarizo e Vinicius Furlan), cinco tem idade acima de 40 anos e dos cinco que lutam por promoção a aspirante FIFA (até 36 anos), somente Raphael Claus teve oportunidades em jogos do Campeonato Brasileiro da série A.

Para reforçar a tese, se juntada à idade dos seis árbitros que foram para o sorteio das quatro partidas validas pelas quartas de final do Campeonato Paulista deste ano, teremos 236 anos com uma média de 38 anos. Dos seis árbitros, somente dois (Raphael Claus e Guilherme Ceretta de Lima) foram formados nesse século (2002) e nenhum sob o comando de Marcos Cabral Marinho.

Rainha da Inglaterra*

Por falar em Marcos Marinho, o endeusado dirigente do apito paulista não sabia até pouco tempo atrás como era uma bola de futebol. Você duvida! Convido então você a participar de uma palestra do mesmo, aposto que se surpreendera com suas palavras (ou falta delas) sobre o assunto arbitragem.

O hoje oficial da reserva, depois de 30 anos de serviços prestado à Polícia Militar, desde outubro de 2005, trocou o comando do Segundo Batalhão de Choque da Polícia Militar do Estado, para chefiar o quadro de árbitros da Federação Paulista de Futebol. Porém, antes comandou por 17 anos o policiamento nos estádios de futebol do Estado antes de se tornar o responsável pela arbitragem da FPF. Marinho foi convidado pessoalmente pelo presidente da FPF, já que Marco Polo Del Nero depois do escândalo da “Máfia do apito” queria uma pessoa completamente neutra, sem vínculos com clubes, para começar um trabalho novo de reestruturação da arbitragem e visando de imediato a recuperação da credibilidade da arbitragem paulista abalada pela prisão de Edílson Pereira.

As divisas de Coronel pode ter trazido de volta a credibilidade exigida pela FPF, mas a renovação prometida até o presente momento é pífia. Oito anos depois, só o arbitro Adriano de Assis Miranda que foi formado já sob seu pseudo comando (2006), trabalhou na primeira divisão do futebol paulista deste ano. Mesmo assim, já tem 34 anos e não é do quadro da CBF.

Hoje Marcos Marinho é uma espécie de Rainha da Inglaterra, tem um alto salário, é o chefe no papel, mas quem manda é Arthur Alves Junior, o verdadeiro chefe do apito paulista.

Ranking de araque

No inicio da sua gestão, quando estava mais perdido do que cego em tiroteio, Marinho pediu e contou com a ajuda de Sérgio Corrêa na elaboração do Ranking da arbitragem Paulista, ranking esse que ele logo tratou de rasgar quando deixou de publicar a pontuação e a ordem dos árbitros criando o famigerado quadro Ouro, Prata e Bronze, podendo assim fazer as promoções de forma sigilosa (sem acompanhamento da imprensa) e sob seu único critérios que só Deus sabe quais são.

Sorteio da arbitragem

Já escrevi algumas vezes que não vejo o sorteio da arbitragem como problema como alguns gostam de apontar para esconder a incompetência, para isso uso o sistema adotado pela FPF. Esse sistema implantado desde 2012 não foi adotado por vontade de Marco Marinho ou Arthur Alves Junior que pretendiam usar em 2012 o mesmo famigerado sistema de sorteio dirigido usado pela CBF e por 90% das demais federações do país. Mas no final de 2011, Marco Polo Del Nero impôs o fim do sorteio dirigido de árbitros na Federação Paulista e disse na época:

"Quero os 20 selecionados com chances desde o primeiro jogo. Se têm condição de apitar a Série A, tem que fazer clássico", frisou o dirigente.

Desde então, a FPF vem adotando esse sistema e não tem nenhum indicio que a arbitragem tenha piorado por causa disso. Os erros e acertos continuam nos mesmos patamares de quando o chefe do apito escalava quem ele queria e conforme seus “interesses”.

*Rainha de Inglaterra é uma expressão usada para Chefe de Estado que detém apenas funções cerimoniais, sem qualquer poder efetivo de intervenção nas instituições politicas do país.

Frase: "O pior dos dirigentes não é o que é menos letrado ou menos culto, mas o que se cerca de incapazes, desonestos e bajuladores” (Paulo de Tarso).

terça-feira, 23 de abril de 2013

Nicolás Leoz anuncia saída da Conmebol. Já vai tarde!



Uma noticia para se comemorar, Nicolás Leoz finalmente anunciou hoje (23), a sua saída da presidência da Conmebol, cargo que ocupa há 27 anos. O paraguaio de 84 anos tem sérios problemas cardíacos e já foi submetido a quatro cirurgias no coração. Em uma delas, em novembro do ano passado, passou por cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo para corrigir uma obstrução em uma de suas artérias. 

Por conta do quadro clinico e atendendo a recomendações medica o moribundo dirigente deu a entender que renunciará na próxima terça feira, dia 30 de abril. Para isso, ele já teria convocado uma reunião com os presidentes das dez federações filiadas onde colocará os motivos que o levaram à renúncia. Ela só será oficializada caso haja consenso entre todos os dirigentes. Vamos rezar para que isso aconteça e que o dirigente que bajulou e foi bajulado, abra espaço para novas lideranças.



Durante seu reinado (1986/2013), o futebol Sul-americano viveu tempos da idade da pedra, com irrisórias cotas de participação revertidas para os clubes, com a impunidade dentro e fora dos gramados tendo ultrapassando todos os limites, onde por diversas e repetidas vezes foi noticiada no mundo, cenas patética de policiais segurando escudos para jogadores cobrarem escanteios ou protegendo a arbitragem. Cenas de ônibus das delegações sendo apedrejados nas cercanias e entradas dos estádios com a total conivência da entidade sul-americana que fechava os olhos não punindo os infratores.



A Conmebol de Leoz sempre priorizou o lado financeiro em detrimento do técnico, pois permitiu em seus campeonatos a participação sem critérios de equipes sem qualidade técnica que utilizam de verdadeiros currais como campo de futebol. Já na parte disciplinar dentro de campo, premia os jogadores que abusam da violência não os punindo com suspensão cobrando 100 dólares de multa por cada cartão amarelo recebido para engordar ainda mais o caixa e manter o luxo da nova sede construída a peso de ouro, de muitas contusões de jogadores e até mesmo de morte de torcedores.

A carreira

Nicolás Leoz Almirón nasceu no dia 10 de Setembro de 1928 no pequeno município de Pirizal que fica no Chaco Paraguaio (Região semiárida), cerca de 80 km da capital Assunção. O filho do espanhol Gregório Leoz Latorre e da paraguaia Patron Almirón Bogarín, passou sua infância no complexo industrial de Carlos Casado, perto do rio Paraguai, Puerto Casado hoje é conhecido como Puerto La Victoria. Por conta do cargo que ocupa, em 2008 recebeu a cidadania colombiana.

Foi jornalista esportivo na década de 40/50 e formou-se advogado em 1957, então com 29 anos. Foi também professor de historia e diretor da empresa de alumínio e agropecuária.

Antes de chegar à presidência da Conmebol, foi presidente do Tribunal de Justiça da  Confederação Paraguaia de Basquetebol (57 a 77), presidente do Club Libertad (68 a 77) e presidente por duas vezes da Associação Paraguaia de Futebol (71 a 73 e 79 a 85).


Todos os presidentes da Conmebol

De 1980 a 1986 foi vice-presidente da Conmebol, tendo assumido a presidência em 01 de maio de 1986 substituindo o já falecido peruano Teófilo Salinas Fuller que estava na presidência desde 1966. Desde então, Leoz foi reeleito por seis mandatos consecutivo, sendo o ultimo em fevereiro de 2006. 

Denuncias de corrupção

Em novembro de 2010 foi acusado pelo jornalista inglês Andrew Jennings na rede de televisão BBC de Londres de ter recebido subornos na década de 1990 sobre contratos para a venda de direitos de televisão para a Copa do Mundo.
  

Andrew alegou ter obtido um documento confidencial da empresa ISL que mostrou que foi pago a Leoz pela empresa a quantia de 730.000 dólares americanos. A ISL ganhou o contrato para a distribuição dos direitos de televisão e o dirigente não respondeu às acusações. 

Mudanças

Como prenuncio das mudanças, a Conmebol tem adotado outra postura mais condizente com a realidade desde o inicio deste ano. Criou finalmente o tribunal de penas que tem aplicado punições para moralizar o futebol no continente, se bem que foram complacentes demais ao praticamente extinguir a pena aplicada ao Corinthians quando aceitaram a pressão exercida pela CBF. 


O Jovem Kevin foi assistir uma partida da Conmebol e saiu assim do estádio

Nesse caso, a vida do jovem Kevin Douglas Beltrán Espada morto dentro de um estádio, teve menos valor que um punhado de dólares arrecadados no amistoso vergonhoso entre a seleção do Brasil e da Bolívia.

Legado

Pelo atraso imposto ao futebol sul-americano, pela falência dos clubes e enriquecimento da Conmebol, pela violência dentro e fora dos gramados eu digo: Já vai tarde!

Frase: "O continuísmo é sombra do comodismo à luz da sabedoria". (Thimer)