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sábado, 25 de agosto de 2018


Ex-árbitro FIFA intermedia patrocínio de 50 milhões entre CBF e Hidrelétrica Itaipu

Com acordo, Sandro Meira Ricci, funcionário da estatal binacional, assumiria Comissão Nacional de Arbitragem

Comitiva da CBF se reúne com direção da Itaipu - Crédito: Nilton Rolin/Itaipu

Há tempos atrás revelei que o ex-árbitro Sandro Meira Ricci tinha como projeto de carreira na arbitragem apitar uma Copa do Mundo e quando pendurasse o apito ocupar a presidência da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, hoje comandada pelo paulista Marco Cabral Marinho. Não posso negar que seu plano foi executado com maestria, pois mesmo sendo ruim de apito, mas bom de bastidores e politica, conseguiu atuar em duas Copa do Mundo, o que não é para qualquer um. Faltava a cereja do bolo, ou seja, a comissão nacional de arbitragem. Faltava, mas agora não falta mais, é apenas questão de tempo e explico abaixo a jogada de mestre executada nos bastidores, pela qual o parabenizo e tiro o chapéu!

Na ultima quarta-feira (22), uma comitiva da CBF esteve visitando a Hidrelétrica binacional de Itaipu, no Paraná, para onde Ricci foi transferido estrategicamente no inicio deste ano. Fizeram parte do grupo o atual presidente Antônio Carlos Nunes e o secretário-geral da CBF, Walter Feldman. Além de Nunes e Feldman, estiveram presentes o ex-jogador da Seleção Brasileira, Branco; o representante do Ministério do Meio Ambiente, Jair Júnior; o secretário-geral do Fundo Iguaçu, Ênio Eidt; o gerente de desenvolvimento técnico, responsabilidade social e sustentabilidade da CBF, Diogo Netto; e Carlos Painel, consultor de sustentabilidade da CBF. 

Eles visitaram as dependências da usina que abastece Brasil e Paraguai de energia e se reuniram com o diretor geral brasileiro da Itaipu, Marcos Stamm, para discutir possíveis parcerias futuras. O assunto principal foi apoio ambiental a Copa Verde, mas entre os assuntos em debate esteve também um possível patrocínio nas camisas dos árbitros no valor de 50 milhões de reais em quatro anos de contrato. A soma milionária seria usada no desenvolvimento e valorização dos profissionais do apito com a implantação de uma gestão profissional com amplo apoio através de centro especializado exclusivo para os árbitros com médicos, fisioterapeutas, nutricionistas massagistas, psicólogos entre outros.
Foto CBF/montagem Divulgação
Sandro Ricci intermedia acordo milionário que envolve presidência da CA-CBF

A intermediação do patrocínio foi feita toda ela por Sandro Meira Ricci, que por se tratar de um funcionário da estatal e, até recentemente, prestador de serviços da CBF, não aparecerá diretamente no acordo. A única exigência feita pelo ex-FIFA em reunião com o futuro presidente da CBF, Rogério Caboclo, é  sua indicação para a presidência da Comissão Nacional de Arbitragem.

Não se sabe ainda quando o acordo passaria a valer, pois a estatal binacional substituirá a TCL, que tem acordo de patrocínio com a CBF até 2019.


Itaipu deve substituir TCL nas camisas dos árbitros - Crédito: Carlos Sambrana

Não conseguimos contatar Rogério Caboclo, Cel. Nunes e Walter Feldman. Já Sandro Ricci não fala com o Blog.

sábado, 18 de agosto de 2018


Renunciou a renuncia

Emanuel Diniz, é doando que se recebe - Crédito: Elefante Verde

Em se tratando de arbitragem, o estado da paraíba realmente não pode ser levado a sério. Não é sem motivos que os homens de preto daquele estado estão diariamente nas manchetes policiais por todo tipo de denuncias e desserviços à categoria.

Recentemente o futebol paraibano, a justiça desportiva e os árbitros, foram manchetes em todo território nacional e em vários países do mundo por conta da ‘Operação Carola’ (clique aqui) deflagrada pelo GAECO que culminou com a denuncia de dirigentes e árbitros à justiça comum por manipulação de resultados.

Na ultima quarta-feira (16), o atual presidente do sindicato dos árbitros, Emanuel Diniz, renunciou ao cargo para qual foi eleito em 2017 com mandato até meados de 2020 (leia). Segundo apurado, a decisão, comunicada via grupo de whatsapp, teria sido por conta da participação de Diniz na campanha de Jair Bolsonaro candidato a presidência da Republica. Emanuel Diniz é filiado ao partido PSC (Partido Social Cristão), o mesmo de Bolsonaro pelo qual já foi candidato a vereador em Campina Grande-PB não sendo eleito tendo apenas 0,56% dos votos dos eleitores. Caso o ‘Messias’ carioca vença a eleição, Diniz sonha ter um alto cargo em Brasília ligado a segurança publica tendo em vista que o mesmo é militar e muito próximo de Bolsonaro.


Mensagem de Emanuel Diniz se afastando do cargo

Outro provável motivo da renuncia seria em represália a atual composição da CEAF-PB que conta com o local José Clizaldo França e o paulista Arthur Alves Junior que o presidente entende como uma interferência desnecessária que não trará nenhum ganho para a arbitragem local por se tratar de uma pessoa sem o mínimo de conhecimento dos problemas da arbitragem paraibana. Segundo uma fonte na Paraíba, Emanuel Diniz tinha conhecimento de todas as falcatruas denunciadas pelo MP na arbitragem local, tendo inclusive organizado uma reunião com os árbitros do quadro da CBF em Campina Grande para tratar do assunto e possivelmente derrubar José Renato, antigo chefe do apito local, mas se calou pensando em sua carreira. 

Renunciou a renuncia
O que poderia ser uma novidade, mas por ser politico e árbitro do desacreditado quadro paraibano, já era esperado, na sexta-feira (17), Diniz renunciou a renuncia e na maior cara de pau disse a interlocutores que ‘falam demais’ ignorando seu comunicado anterior se afastando do cargo.

O Blog tentou falar com Emanuel Diniz, mas ele fugiu das perguntas assim como todo politico foge quando faz algo errado e não tem explicação. Mas apuramos que a renuncia da renuncia teria sido por pressão dos demais membros da diretoria, pois supostamente havia um acordo entre eles para só renunciar quando outros, que estão impedidos pela justiça, estivessem aptos a assumir o cargo não deixando que a entidade caísse nas mãos de opositores.

O episodio é lamentável e mostra o quanto os dirigentes só pensam neles mesmos, são frágeis e suscetíveis às pressões. Não cumprir com a palavra nem quando se escreve, como no caso da renuncia, já é algo corriqueiro e até esperado do politico Emanuel Diniz, mas não é comportamento esperado e nem se pode admitir de um representante de uma categoria tão desacreditada como a arbitragem que agoniza em busca da credibilidade .

Caso a renuncia fosse concretizada, ninguém sentiria a mínima falta de Diniz, pois todos sabem que ele é o presidente de direito de um sindicato supostamente falido, sem sede, sem conta em banco, sem CNPJ e que só existe politicamente, mas que de fato não passa de um fantoche nas mãos de um 'reizinho' quem manda de verdade, não só no sindicato, mas em boa parte da arbitragem paraibana!

Emanuel Diniz, caso queira, assim como todos que se sintam atingidos pela postagem, tem o espaço aqui reservado e garantido para se manifestarem.