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terça-feira, 15 de outubro de 2024

Ação milionária de ex-membro da Comissão de Arbitragem da CBF no TRT/RJ é adiada

Testemunha da CBF, Alicio Pena Jr. falta a audiência e decisão de ação de 1 milhão de reais fica para dezembro

Nilson Monção - Credito: CBF

A ação trabalhista (0100655-84.2022.5.01.0024) movida pelo ex-membro da Comissão Nacional de Arbitragem, Nilson de Souza Monção, contra a CBF – Confederação Brasileira de Futebol -, foi novamente adiada. Desta vez o motivo do adiamento da audiência de conciliação, que estava marcada anteriormente para janeiro deste ano e ocorreria na última quarta-feira (9), foi por conta do não comparecimento de Alício Pena Junior, funcionário e testemunha de defesa da entidade. Alicio não compareceu por ter realizado cirurgia  recentemente da vesícula e sem a testemunha de defesa, o julgamento foi adiado novamente, desta vez para ocorrer no dia 09/12/2024.

Assim a CBF vai protelando uma decisão da justiça e jogando pra frente mais uma derrota iminente nos tribunais como tem ocorrido nos casos semelhantes já julgados.

Na citação da nova data, a Juíza Flavia Buaes Rodrigues, advertiu aos citados que arcarão com multa de R$500,00 em caso de ausência injustificada na próxima audiência que será de instrução.

Almir Alves de Mello e Erica Gonçalves Krauss, testemunhas de acusação desta ação, já ganharam suas ações na primeira instancia, mas como faz em todo processo, a CBF recorreu e aguardam decisão de segunda instancia.

A parte acusatória reclama da falta de respeito de seus antigos companheiros, que não atendem telefone, não respondem mensagens e poderiam ter avisado que não iriam comparecer na audiência e assim evitar transtornos para todos que deixaram seus afazeres para comparecerem no tribunal.

O processo que teve início em setembro de 2022 tem valor da causa em R$ 1.003.334,00 e corre na 24ª Vara do Trabalho do TRT da 1ª Região-RJ.

Demitidos

A CBF demitiu em abril de 2022, dez pessoas que faziam parte do departamento de arbitragem da entidade. Entre elas, um dos nomes mais antigos da estrutura, Sérgio Corrêa, então responsável pelo VAR.

Corrêa estava na CBF havia 16 anos. Entrou em 2006 e no ano seguinte assumiu a presidência da Comissão Nacional, ficando até 2012. De 2012 até 2014 se ausentou da presidência, passando a ser diretor do departamento de arbitragem. De 2014 até 2016 foi novamente presidente. De 2016 até a demissão, permaneceu na entidade em outros cargos, entre eles o de responsável pela implantação do VAR.

Nilson Monção, Wilson Seneme e Sérgio Corrêa - Crédito: Conmebol

Também foram dispensados Manoel Serapião, Coronel Marcos Marinho, Cláudio Cerdeira, José Mocellin, Nilson Monção, José Roberto Wright, Almir Alves de Mello, Marta Magalhães e Érika Krauss.

As demissões foram a pedido de Wilson Seneme, que tinha sido recém-empossado como presidente da Comissão de Arbitragem da CBF.

Com exceção de Sérgio Corrêa, os demais demitidos acionaram a entidade na justiça em busca de direitos trabalhistas. Pelo menos duas ações já foram julgadas em primeira instancia, com vitória dos demitidos, e se encontra em grau de recurso em segunda instancia. As demais aguardam julgamentos na morosa justiça brasileira.


sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Advogados e Magistrado agridem árbitra verbalmente em competição da OAB

Quarta árbitra Elaina Larisse sofrendo pressão de jogadores/advogados

A árbitra Elaina Larisse Frutuoso Cestari, do quadro de árbitros da Federação Amazonense de Futebol (FAF), foi cercada, recebeu leve empurrão na altura da clavícula e sofreu seguidas agressões verbais por parte de 15 jogadores, todos eles advogados e membros da OAB-AM, quando atuava, no último sábado (28), como quarta árbitra na Copa dos Advogados do Amazonas, na partida Apelação 0x2 Modus Operandi.

Tudo isso consta no relatório da quarta árbitro da partida. O incidente ocorreu após uma jogada polêmica, em que um pênalti não teria sido marcado para a equipe do Apelação que, fazendo jus ao nome, apelaram de forma exorbitante e desproporcional. Irritados com a não marcação, os jogadores/advogados foram tomar satisfação com a quarta árbitra Larisse Frutuoso, acusando-a de não ter corrigido a decisão do árbitro principal da partida, Halbert Luis Baia, também do quadro CBF e por informações ao árbitro que resultaram em punição com cartão amarelo para um jogador e cartão vermelho para o técnico que invadiram o campo de jogo.

Após o gol, o vídeo mostra a confusão e a quarta árbitra bastante exaltada e de dedo em riste repetindo a frase: 

“Ele tocou em mim, ele tocou em mim, ele tocou em mim”.

O Blog apurou em conversa com a quarta árbitra, que você pode ouvir no vídeo mais abaixo, que o citado como ´ele´ teria sido o jogador número 90, Neto Hagge, como consta na sumula da partida. A árbitra também relata que o vídeo foi cortado no exato momento em que sofre o toque em seu corpo que a deixou visivelmente transtornada e ofendida na honra pelo abuso e falta de respeito.

Segundo o relato da quarta árbitro (veja final da matéria), os jogadores Almir Prestes (33), José Mario Presidente (76), Neto Hagge (90), Diego Nunes Silva (22), Bruno Machado Lima (3), Thales Simões (39) e Luís Márcio Albuquerque a cercaram e proferiram diversos xingamentos e ofensas em tom misóginos atingindo sua honra, dignidade e decoro.

Cita ainda em seu relato a quarta árbitra que o jogador de número 90 (Neto Hagge) deus duas cutucadas na altura da clavícula a empurrando no que se sentiu agredida no ato.

O vídeo também mostra o jogador número 18, que segundo a sumula é Luís Márcio Nascimento Albuquerque, bastante exaltado e com gestos exagerados insultando e exercendo forte, excessiva e desproporcional pressão na quarta árbitra.

No seu relatório, a quarta árbitra disse que Luís Márcio ofendeu a arbitragem dizendo que a equipe era horrível, eram uns ‘merdas’ entre outras ofensas tratando a arbitragem com desdém e menosprezo na tentativa de humilhar a equipe dizendo que ele era magistrado e os árbitros não eram ninguém.

O Blog apurou que o jogador número 18 é Luiz Márcio Nascimento Albuquerque, Juiz titular da 2.ª Vara do Juizado Especial Cível de Manaus.

Luís Márcio Albuquerque - Crédito: Chico Batata/ TJAM

Segundo relatos (relatório e áudio da quarta árbitra), a situação se agravou quando o treinador e um jogador do banco de reservas invadiram o campo protestando a não marcação do pênalti. Larisse, cumprindo suas funções, orientou que ambos retornassem para fora de campo. Contudo, ao relatar o ocorrido ao árbitro central, as agressões começaram. A confusão se espalhou rapidamente com os jogadores/advogados atacando verbalmente Larisse.

“Desde o minuto zero estavam me desrespeitando”, relata a quarta árbitra.

O Blog entrou em contato com Elaina Larisse para que ela falasse sobre o ocorrido. Ouça abaixo.

O que fica evidente baseado nas imagens do vídeo e relato da quarta árbitra é a agressividade dos jogadores, todos eles advogados, que demonstraram falta de postura, de educação e descontrole emocional não respeitando a profissional do apito que, por si só seria o suficiente e pior por se tratar de uma mulher.

Pelo informado, tinham três ´homens´ na equipe de arbitragem, mas pelas imagens e ausência dos mesmos na cena das agressões, nenhum deles foi mais homem do que ela.

A pergunta que fica é se esses aqui jogadores, mas advogados nos tribunais, agem assim, de dedo em riste confrontando o magistrado de forma agressiva e ameaçadora nos tribunais quando perdem uma ação e se o juiz também desrespeita as pessoas, ou as chamam de ‘merda’ em seu tribunal.

Elaina Larisse frutuoso - Crédito: arquivo pessoal

Também lamentar a postura passiva e sem autoridade do árbitro da partida, que faz parte do quadro CBF, que a todo momento finge não ver e nem ouvir a pressão e as agressões verbais contra sua companheira de trabalho não tomando atitude condizente com a situação e clima tenso no momento. Sua postura covarde contribuiu decisivamente para que a quarta árbitra, que desempenhou sua função com coragem e profissionalismo, fosse ofendida e agredida conforme descrito no seu relatório.

É importante destacar que Elaina Larisse Frutuoso Cestari, além de árbitra, também é advogada assim como seus agressores, inclusive com atuação desde 2018 no TJD/AM. O fato de compartilharem a mesma profissão não impediu o desrespeito e a tentativa de intimidação, que, segundo Larisse, teve um claro viés de gênero.

Relatório da quarta árbitra

O Blog entrou em contato com a Liga de Futebol dos Árbitros do Amazonas (LFAA) e com a OAB/AM - Ordem dos Advogados do Brasil - para que comentassem as denúncias, mas não recebeu retorno até o fechamento desta matéria. O espaço está aberto para quem foi citado e queira se pronunciar e este post será atualizado caso isso ocorra.

Crédito: Imagens e vídeos Canal Esportes AM e LFAA

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Piripaque mental afasta Seneme da CBF

 Chefe dos árbitros da CNA se afastou do cargo para fazer tratamento contra cansaço mental; em 2019 teve mesmo problema durante Copa América

Seneme durante reunião na CBF visivelmente abatido - Foto: Wilton Junior

A pressão psicológica e mental sobre quem trabalha na arbitragem na sede da CBF, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, fez mais uma vítima. Desta vez foi o atual presidente da comissão nacional de arbitragem, Wilson Luiz Seneme, que mesmo tendo sua arrogância e soberba como barreira, teve um piripaque mental a cerca de 20 dias e está afastado do seu cargo desde então.

Segundo uma fonte dentro da CBF, o comando da arbitragem brasileira está sendo exercido, interinamente, pelo paulista Emerson Augusto de Carvalho, ex-assistente FIFA e atual vice-presidente da comissão. Segundo ainda a fonte, Wilson Luiz Seneme afastou-se sem alarde e sem avisar ninguém, além do presidente Ednaldo Rodrigues, para realizar exames e desde então não compareceu mais a sede da CBF.

Nos bastidores da CBF, da arbitragem e dos clubes, comenta-se seu esgotamento mental por conta da grande pressão que vem recebendo do presidente Ednaldo Rodrigues, que fala em autonomia para todos os setores, mas que na prática, não há. Todos sabem que Ednaldo não confia em ninguém, vive preocupado procurando inimigos, inclusive nas pessoas próximas,  provavelmente tem escutas atrás de cada porta, em cada rodapé e vem jogando toda sua fúria em Seneme devido ao seu enfraquecimento como dirigente por conta dos constantes erros de arbitragem.

Surto durante Copa América

Esta não é a primeira vez que Seneme sofre desse surto mental. Segundo uma pessoa próxima ao ex-árbitro, durante a Copa América de 2019, disputada no Brasil, quando era presidente do Comitê de Arbitragem da Conmebol e chefiava a arbitragem da competição, no Rio de Janeiro, enfrentou o mesmo cansaço mental devido à pressão sofrida pelo cargo. Na ocasião o piripaque foi bem mais grave onde teria tratado as pessoas próximas e subalternos com rispidez e que, em publico, teria agredido verbalmente sua esposa Mônica. 

Uma pessoa que trabalhava com o dirigente na ocasião e não quer ser identificada, que presenciou a cena, disse que deu dó ao ver a cara de choro e de vergonha da esposa do então chefe e que o constrangimento foi geral. Porém, todos, inclusive ele, não tiveram coragem de falar uma palavra sequer pra não virar alvo da fúria naquele momento e nem sofrer possíveis perseguições no futuro.

No mesmo dia, Seneme teria deixado as dependências da Copa América antes do seu termino travado e sem condições físicas e mental para continuar dirigindo os árbitros no torneio sendo levado direto para tratamento médico de ambulância. 

Cargo maldito

Wilson Seneme não é o primeiro presidente de comissão de arbitragem da CBF a ter problemas de saúde no cargo. Em agosto de 2007, o então presidente Edson Rezende de Oliveira, se afastou para tratar sérios problemas de saúde e se afastando definitivamente logo depois. Em seu lugar assumiu Sérgio Corrêa, que também teve sérios problemas de saúde em 2010, mas continuou no cargo até 2012 quando foi substituído pelo Cel. Marcos Cabral Marinho, de São Paulo.

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

A Janja do SAFESP

Moribundo, atual presidente condenado pela justiça, some e entrega administração da entidade à esposa
Aragão e Maria Aparecida - Foto Crédito: Safesp

José de Assis Aragão, 84 anos, eleito no final de 2023 com apoio da FPF – Federação Paulista de Futebol - de forma irregular - conforme diz a letra A e a letra B do Art. 5º do regimento eleitoral. Aragão teve suas contas rejeitadas na gestão ANAF - Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Gestão 2003 a 2006) e foi condenado por improbidade administrativa em junho de 2021 como publicado pelo Blog do Paulinho (leia) e denunciado varias vezes aqui neste espaço. 

Trechos do regimento eleitoral do Safesp

Segundo informações, moribundo e sem condições de exercer suas funções estatutária, o ex-árbitro teria entregue a administração do sindicato a sua esposa Maria Aparecida G Aragão, mais conhecida como Cida,  denunciada no esquema que ficou conhecido como ‘Ouro de Tolo’, um golpe financeiro que agitou o mundo do futebol no ano de 2009 que, segundo reportagem da Revista Época Dinheiro (leia), lesou várias pessoas, entre elas Junior, lateral esquerdo com passagem pelo Palmeiras, São Paulo, Atlético Mineiro entre outros. O jogador teria sido lesado em cerca de 100 mil reais na época.

Pelo que se sabe, Cida não tem nenhum vinculo direto com a entidade sindical, a não ser a esposa do presidente. Mesmo assim, Cida, segundo as informações, estaria abrindo, fechando, articulando, definindo e comandando todos os assuntos do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (SAFESP). Uma espécie de presidente de fato.

Na primeira palavra do presidente após ser empossado, em janeiro deste ano, Aragão disse que “com sugestão da minha esposa, foi aprovada uma equipe de mulheres por todas as esposas da nossa diretoria e associados que quiserem agregar a esse grupo para aumentar o raio de ação, que é “sui generis” em sindicatos de árbitros”. Na carta aos associados, Aragão deu mostra do que viria pela frente, ou seja, quem dirigiria de fato o SAFESP seria sua esposa, que como já dissemos, não tem nenhum vínculo direto ou indireto com a entidade.

Na foto Maria Aparecida (circulo) atrás de Aragão e os apoiadores (esq/dir) Ulisses Tavares, Silvio Aranha, Oiti Cipriani e Carlos Roberto. O x indica os diretores afastados da direção. Foto crédito: Safesp

Segundo as informações, da tropa de elite de apoio para retorno de Aragão (Oiti Cipriani, Carlos Roberto Silva (Carlão), Silvio Luiz Aranha, Benigno Naveira, Nelson de Souza Góes e Rodrigo Bragheto), somente Ricardo Ibitinga continua com suas atividades. Os outros se afastaram ou foram afastados por Maria Aparecida, que foi apelidada de Janja* do SAFESP.

*Para quem não conhece, Janja (Rosangela da Silva), atual mulher do presidente Lula, tem os mesmos modus operandi de Maria Aparecida, ou seja, não tem nenhum cargo institucional, além de dormir com o presidente, mas atua efetivamente nas decisões de governo, tendo inclusive representado oficialmente o Brasil na última olimpíadas.

Blog entrou em contato com todos os citados, mas até o fechamento deste post não recebeu nenhuma. O Blog não conseguiu contatar Maria Aparecida Aragão para que falasse sobre as denúncias e caso qualquer citado responda, este post será atualizado.

Sob condição de anonimato, um dos apoiadores de Aragão retornou a mensagem relatando que:

“Verdade, tudo com anuência do Aragão. Não é funcionária e age como presidente. A situação está delicada. Estão metendo os pés pelas mãos” - disse ele e acrescentou:

“Eu trabalhei igual um burro de carga para não dar problema e ele eleito a mulher tomou posse e me descartou sumariamente. Na realidade fomos traídos pelo Aragão” – finalizou ele pedindo anonimato.

Aragão e Reinaldo tem longa historia de parceria - Foto crédito: Safesp

Histórico Aragão

O ex-árbitro FIFA Jose de Assis Aragão presidiu a ANAF - Associação Nacional dos Árbitros de Futebol - de 2003 a 2006. Em 2007 teve suas contas rejeitadas sendo expulso da entidade por má gestão.

Nessa mesma época foi administrador do estádio do Pacaembu (2001 e 2005) e sua gestão foi denunciado pelo MP que virou condenação em 2021 sendo apenado em:

• ressarcimento dos cofres públicos (R$ 585,5 mil – o valor inicial era de R$ 210 mil);

• perda de função pública;

• suspensão dos direitos políticos por quatro anos;

• multa de 20% sobre os danos ocasionados (R$ 117,1 mil);

• proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios, incentivos fiscais e crediários, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica, pelo prazo de três anos.

Segundo os autos divulgados pelo Blog do Paulino (link acima), o processo correu a revelia, pois Aragão teria fugido de todas as tentativas de citação da justiça. Aragão não recorreu da decisão.

Aragão também teve seu nome ligado ao chamado esquema ‘Ouro de Tolo’, que teria sido comandado por Maria Aparecida Gonçalves, citado acima.

Essa é a dupla que dirige o que deveria ser o maior sindicato de árbitros do país, mas a entidade paulista e a maioria nos demais estados refletem fielmente a categoria que é acovardada, que só da atenção para escala e taxa sendo subservientes sob ordens de entidades ligadas as federações e CBF.

Que Aragão é ditador, arrogante e prepotente e que trairia seus apoiadores não tinha duvida nenhuma e não foi novidade para ninguém, pois em duas assembleias em que participei como associado, que alias ainda sou, avisei para todos a ficha corrida do candidato, que seria uma eleição ilegal e o que aconteceria caso levassem aquela loucura em frente. Por ter dito isso fui agredido verbalmente e por pouco não chegando a vias de fato. 

Ameaças que me foram feitas na ocasião por um apoiador e depois diretor de Aragão

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Após indignação de árbitros, presidente de comissão é demitido no DF

Raimundo Lopo Abreu como presidente e Geufran Almeida como membro serão os novos dirigentes da Comissão Distrital de Arbitragem do DF

Marrubson foi demitido na ultima sexta (9) - Crédito Foto: Jéssika Lineker

O presidente da Comissão Distrital de Árbitros de Futebol do Distrito Federal, Marrubson Melo Freitas, foi demitido de suas funções na última sexta-feira (9). Para ocupar o cargo, Daniel dos Santos Vasconcelos, presidente da FFDF nomeou o ex-árbitro Raimundo Nonato Lopo de Abreu para presidir o departamento. Com a nomeação de Lopo, Geufran Almeida de Oliveira, ex-presidente da CDAF, retorna para compor a comissão de arbitragem do DF.

Segundo nota divulgada no site oficial da FFDF, o desligamento foi a pedido de Marrubson devido a novas funções assumidas na arbitragem e na vida profissional.

O Blog apurou que a nota não passa de um teatro para que a FFDF e Marrubson não saiam queimados e desmoralizados do episódio. Pelo apurado com uma fonte dentro da Federação, o dirigente foi demitido a mais de 30 dias e vinha desde então tentando se manter no cargo. A demissão foi devido ao desgaste com os árbitros e acumulo de reclamações vindas de todos os lados (leia) sobre a atual gestão na arbitragem local. Desde que assumiu a comissão distrital, Marrubson fez regredir o nível e qualidade da arbitragem candanga tirando a obrigatoriedade de aprovação nos testes físicos e nas provas teóricas. Os testes continuaram sendo realizados, mas, segundo a fonte, seria de fachada, não reprovava ninguém e não eram levados em considerações nas escalas. Segundo ainda a fonte, Marrubsom dizia abertamente aos árbitros que os testes físicos e teóricos eram só ‘balizador. Ou seja: só para saber como os árbitros estavam fisicamente.

Mas as reclamações não param por aí. Alguns reclamam que foram retirados do quadro por não apresentarem atestado de vacina da covid e citam o árbitro Leandro Almeida que foi retirado do quadro CBF sem qualquer explicação.

Árbitros que preferem não ter nomes citados com medo de represálias, relatam que na gestão anterior, treinavam nas dependências do Corpo de Bombeiros de Brasília - Centro de Capacitação Física (CECAF) – ótimo local para treinamentos e com toda estrutura a disposição e com a chegada de Marrubson, por intriga dele com um ex-árbitro que atua como bombeiro, foram obrigados a mudar o local de treinamentos. Passaram a treinar no estacionamento do pavilhão do Parque da Cidade, um local escuro, sem banheiro – o mais próximo fica a cerca de mil metros – e que sequer tem água para beber.

Rodrigo Paulino e a filha Ana Carolina Paulino - Crédito: Divulgação/internet

Mas a principal reclamação dos árbitros é o fato do vice-presidente da comissão, Rodrigo Paulino, que substituía Marrubson com certa regularidade por este estar sempre ausente a serviço da CBF, proteger a filha e assistente Ana Carolina. Na interinidade, Paulino promoveu a filha assistente para o quadro CBF deste ano e a mesma foi indicada para fazer o curso RAP/FIFA feminino antes mesmo de ser homologada no quadro nacional e após ter sido reprovada em dois testes físicos, o de dezembro do ano passado para o regional e o de fevereiro deste ano para o quadro nacional.

Segundo ainda as denúncias, mesmo não estando apta fisicamente para o campeonato estadual, com exceção das três primeiras rodadas por estar em viagem ao exterior, Ana Carolina foi escalada nas seis rodadas seguintes enquanto a maioria dos assistentes sequer foram escalados. Em um desses jogos, Ana Carolina teria cometido um equívoco grave ao não informar ao árbitro sobre uma possível penalidade em lance próximo a ela e o erro não foi suficiente para tira-la das escalas causando grande insatisfação, pois o mesmo não ocorre com qualquer outro do quadro que são retirados das escalas quando cometem qualquer tipo de erro enquanto ela recebe promoção ao quadro nacional.

Para piorar a situação e corroborar com as denúncias, Ana Carolina, que foi aprovada no reteste de março e no dia seguinte estava escalada na partida Minas Brasília x JC/AM pelo A1 Sub-20 feminino. O fato foi repetido também em pelo menos mais cinco partidas da primeira divisão do Candagão.

Ter o pai como analista não foi privilegio do estadual, pela CBF, em pelo menos duas partidas - Real Brasília x Atletico Mineiro e Minas Brasília x Cuiabá – Ana Carolina teve o pai atuando como analista de arbitragem o que seria antiético e fere o regulamento de arbitragem (veja abaixo).




Os árbitros reclamam também da quebra de protocolo por parte de Carolina que teria, após um jogo local oficial onde atuou, em vez de se juntar ao trio, ido tirar fotos com familiares nas arquibancadas, o que também é proibido pelo regulamento da arbitragem e que traria severas punições caso fosse qualquer outro árbitro, o que não ocorreu com a assistente protegida pelo pai e vice-presidente da CEAF/DF.

O que eles disseram

O Blog entrou em contato com Rodrigo Paulino de Souza para que falasse sobre as denúncias. Rodrigo Paulino disse que tudo não passa de calunias.

“Sou uma pessoa idônea e já formei muitos árbitros desde 2012, inclusive a Leila Cruz, assistente FIFA de Copa do Mundo e o Maguielson, árbitro de Série A do Campeonato Brasileiro. Não reconheço nepotismo em nenhum nível da minha parte e muito menos privilégio à minha filha. Na verdade, ela até perde em alguns momentos porque eu tenho esse cuidado ético com ela” - disse o dirigente que acrescentou:

“Estou achando importante expor a minha visão de tudo isso pra dar uma resposta a esta pessoa que fez essa denúncia. A pessoa que fez essa denúncia caluniosa precisa se informar melhor sobre meu caráter. Inclusive, por esse e outros motivos, estou deixando a Comissão de Arbitragem esta semana”.

O Blog também procurou Ana Carolina Paulino. A assistente visualizou a mensagem, mas preferiu bloquear em vez de responder o contato.


Trecho da pergunta e contato bloqueado - Crédito: Reprodução WhatsApp

O Blog não procurou Marrubson Freitas pelo fato de o mesmo ter sido demitido do cargo na semana passada.

O Blog entrou em contato com a Comissão de Arbitragem da CBF para esclarecer se é ético e permitido pelos regulamentos um analista da entidade analisar desempenho de um filho na arbitragem em uma partida oficial, mas não recebeu qualquer retorno até o fechamento deste post que será atualizado caso isso ocorra.

sábado, 6 de julho de 2024

A urgente e necessária aposta para salvação da comissão de arbitragem da CBF

Crédito: Rodrigo Ferreira/CBF

O texto abaixo deste post é longo, pois disseca as qualidades dos jovens árbitros vistos como promessas que estão recebendo oportunidades na arbitragem brasileira e o bom é que se o print é eterno, este texto poderá ser revisto daqui algum tempo para comparações e até mesmo acertos e erros de previsões sobre eles. Então, boa leitura!

Quem acompanha o trabalho deste blogueiro sabe das críticas quanto a gestão da arbitragem brasileira, mas não posso ser injusto ao ponto de negar e não reconhecer quando há um avanço em curso.

A renovação promovida pela Comissão de Arbitragem da CBF, comandada por Wilson Luiz Seneme, merece destaque, pois reflete o esgotamento técnico, físico e mental da antiga geração de árbitros. Essa geração cumpriu seu papel, mas apenas a introdução da tecnologia na arbitragem permitiu prolongar sua atuação. As medidas de aumento da faixa etária implementadas em administrações anteriores foram um primeiro sinal de mudança. A transferência de árbitros experientes para as salas de vídeo na sede da CBF ajudou a corrigir decisões de campo e a evitar erros graves que poderiam prejudicar as equipes.

Apesar do tempo e dos inúmeros cursos promovidos pela administração “Senemiana”, o desempenho em campo não melhorou conforme esperado. Essa administração, semelhante aos tempos de comando militar, escolheu coadjuvantes e seminaristas para a comissão, pessoas cumpridoras de ordens e que não ousam desafiar, opinar ou conversar com qualquer pessoa fora da entidade.

A renovação é uma tentativa de restaurar a credibilidade dos árbitros, que foi prejudicada por acusações sem comprovação científica ou técnica feitas por um dirigente de futebol. A arbitragem brasileira e sul-americana, especialmente em eventos como a Copa América, necessita de renovação tanto no campo, na instrução quanto nos gabinetes.

São Paulo foi o pioneiro ao trazer o argentino Patricio Loustau para renovar a arbitragem estadual que não forma um grande árbitro desde Raphael Claus formado no início deste século. Acredito e ela não tem outra saida que o próximo passo da CBF será contratar um gestor internacional para modernizar a arbitragem brasileira.

Antigamente, os árbitros iam ganhando espaço com atuações nas séries D, C, B até chegar na A. Porém a urgência necessária, mas sem muitas explicações, inverteu este processo. Isto ocorreu com vários árbitros que sem qualquer experiências e jogos no currículo foram jogados na arena com os leões. Muitos deles foram devorados pelo sistema, outros estão tentando curar as feridas que ainda sagram e teimam não cicatrizar, mas felizmente alguns, que nasceram com o dom divino de arbitrar, estão aproveitando as oportunidades matando um leão por vez.

O Seneme dizia que tudo seria inédito e isto vem acontecendo realmente, inclusive as promoções para a FIFA tem ocorrida dentro do critério geopolítico, a exemplo de dois assistentes e um árbitro de vídeo – coincidentemente do estado do presidente da CBF - que chegaram na frente de muitos outros com maior número de partidas.

As diretrizes que eram públicas e podiam ser consultadas por qualquer internauta no site da CBF até 2022 foram retiradas do ar e até hoje, quase três anos depois, não voltaram. Uma delas dizia respeito a promoção do árbitro internacional (FIFA) que só podia ser indicado se tivesse atuado em pelo menos 20 partidas na Série A e até que se prove em contrário, isto já não existe mais.

Para atuar na Série A, algumas exigências foram alteradas, porém não se pode afirmar que houve descumprimento se as regras fossem claras, mas a escuridão voltou a arbitragem brasileira.

Os dados abaixo, até a rodada deste fim de semana, das jovens promessas da arbitragem foram capturados do site oficial da CBF, exceto as diretrizes que completam mais de dois anos retiradas do ar.

Alex Stefano, 36 anos (23/05/1988) atuou na primeira final do Carioca 2024 (Flamengo x Nova Iguaçu), sendo uma das promessas da gestão de José Carlos Santiago. Antes de atuar na maior competição do Brasil ele só tinha atuado em 1 partida da Série C e duas da Série D.

Alex Gomes Stefano - Crédito: Cesar Greco/Palmeiras

Atuou até agora em 18 partidas de profissionais pela CBF. Destas, seis pela Série A.

Após fazer partidas na Série A, o carioca foi ganhar experiência na Série B.

Alex Gomes Stefano - Rio de Janeiro/RJ

N     Competições/Jogos

1      Série A6

2      Série B4

3      Série C1

4      Série D6

5      Profissional1

6      Sub-206

7      SUB174

8      Aspirantes2

9      A1: 2

10    Sub-16 Feminino1

11    Sub-14 Feminino: 3

 Total: 36 jogos.

Bruno Vasconcelos, 35 anos (19/12/1989), mais um da Bahia, de Ednaldo Rodrigues, sendo aproveitado. O jovem Bruno Pereira Vasconcelos, que foi promovido com apenas duas atuações na Série B, em 2023, é de Madre de Deus – Município baiano da grande Salvador que é uma fábrica de árbitros -. 

Bruno Pereira Vasconcelos - Credito: FBF/Arquivo pessoal

Se demonstrar as qualidades esperadas pela comissão nacional de arbitragem não haverá nenhum problema, pois o importante é que a esperança se torne realidade. Na rodada deste fim de semana, a 15ª, fará sua quinta exibição, na partida São Paulo x Bragantino, sendo que a última foi no mesmo estádio, na partida São Paulo x Criciúma, pela 12ª rodada.

Bruno Pereira Vasconcelos - Madre de Deus/BA

N     Competições/Jogos

1      Série A5

2      Série B: 5

3      Série C4

4      Série D5

5      Profissional6

6      Eliminatórias1

7      Aspirantes1

8      Sub-201

9      SUB172

10    A21

Total: 31 jogos.

# Bruno Mota, de 34 anos (01/11/1989) é o segundo carioca que busca seu lugar na Série A. O sósia do Mbappé fará a sua 10ª partida na Série A e pelo tempo da escala anterior, em 17 de abril, na partida Fortaleza 1x1 Cruzeiro, pela 2ª rodada, o petropolitano não foi bem avaliado, deu uns passos atrás e, nesta época fria e sombria, esteve visitando a geladeira Senemiana. Perdeu vidas e mais um erro pode ser fatal.

Bruno Mota - Crédito:  Gil Gomes/AGIF

No Carioca, uma partida polêmica no empate em 0 a 0 entre Fluminense e Vasco, quando teve dados pessoais – numero telefone e endereço - vazados, sofreu ameaças e fez um registro de ocorrência na delegacia (mais detalhes).

Bruno Mota Correia - Petrópolis/RJ

N     Competições/Jogos

1      Série A5

2      Série B5

3      Série C4

4      Série D5

5      Profissional6

6      Eliminatórias: 1

7      Aspirantes1

8      Sub-201

9      SUB172

10    A21

Total: 31 jogos.

Davi Lacerda, de 28 anos (06/12/1995), reside em Serra, no Espírito Santo, também é uma das novidades. Este já atuou nas Séries B, C e D antes de atuar na principal divisão e já entra em sua 8ª participação, o que é um indicativo que seu companheiro Dyorgines Andrade Padovani perdeu espaço por ainda não ter alcançado as características passadas pelo Imperador do Apito.

Davi de Oliveira Lacerda - Crédito Cesar Greco/Palmeiras

O Lacerda vai atuar na partida entre Fortaleza x Fluminense, cujo novo treinador é dado a reclamações fortes contra os jovens árbitros. Que ele se antecipe. Interessante que a comissão tem por hábito repetir árbitros em partidas de uma mesma equipe, como foram no dia 30 de junho (Atlético Mineiro 1x1 Atlético Goianiense) e no dia 3 de julho (Bragantino 3x1 Atlético Goianiense). Esta repetição é algo a ser estudado, pois não é algo corriqueiro no apito.

Davi de Oliveira Lacerda - Serra/ES

N     Competições/Jogos

1      Série A8

2      Série B: 6

3      Série C5

4      Série D10

5      Profissional5

6      Sub-201

Total; 35 jogos. 

Gustavo Baurmenn tem 29 anos (14/11/1995), mora em Francisco Beltrão, no Paraná, mas atua no Catarinense. Ele é mais um das revelações do Marco Antônio Martins, cujo trabalho rendeu dois árbitros nativos internacionais Bráulio Machado e Ramon Abatti Abel, este lançado por Leonardo Gaciba e Alicio Pena Junior em 2021. Ramon já foi para um mundial das categorias de base da FIFA e está pré-selecionado para o Mundial de Seleções, quando deverá, pelo que tudo indica, estar presente com Raphael Claus (segunda copa) e Wilton Sampaio (terceira copa). 

Gustavo Ervino Bauermann - Crédito: Donaldo Hadlich

Já Bráulio, o que se acha estrela e grande nome da arbitragem catarinense, a tendência é estagnar na carreira e ir perdendo espaço pouco a pouco. Suas ultimas atuações tem dado calafrios e deixado a comissão de cabelo em pé! Mas felizmente o jovem Baurmenn tem talento e dom para arbitrar e o 'estrela' deve ficar em segundo plano voltando para categoria de coadjuvante, que ele nunca deveria ter saído.

Gustavo atuou nas Séries B, C e D nos anos anteriores, portanto não se pode dizer que ele queimou etapas. Árbitro inteligente, enérgico, com excelente preparação física graças ao excelente trabalho feito no futebol catarinense que se espera seja mantido, haja vista o legado do saudoso Marco Martins que nos deixou em 17 de fevereiro de 2024, de maneira precoce.

Gustavo Ervino Bauermann - Francisco Beltrão/PR

N     Competições /Jogos

1      Série A6

2      Série B5

3      Série C4

4      Série D8

5      Profissional: 2

6      SUB171

Total: 26

Jonathan Benkenstein, de 38 anos (17/04/1986) já é veterano, mas somente agora vem tendo oportunidades com a comissão formada pelo IA (não é inteligência artificial, mas Imperador do Apito) Wilson Seneme. Como Gustavo Ervino ele passou pelas Séries D, C e B para chegar a A. No campeonato gaúcho não se via atuações na dupla Gre-Nal, mas aos poucos vai se firmando. 

Jonathan Benkenstein Pinheiro - Credito: Porthus Junior/Agencia RBS

A idade avançada não lhe possibilitará chegar a FIFA, mas poderá completar as escalas como fazia seu companheiro Jean Pierre que, em breve, fará um ano de afastamento dos gramados, após deixar de marcar um penal e expulsar um zagueiro do Athlético Paranaense sobre a joia Endrick do Palmeiras.

Jonathan Benkenstein Pinheiro - Novo Hamburgo/RS

N     Competições/Jogos

1      Série A7

2      Série B10

3      Série C3

4      Série D3

5      Profissional3

6      Sub-208

7      SUB171

8      Aspirantes2

9      A12

Total: 39 jogos.

João Gobi, 28 anos (21/11/1995), do interior de São Paulo, foi lançado rapidamente na Série A na temporada passada, numa forma de tapar o buraco da falta de renovação da arbitragem. Como saiu na frente, se apressou e acabou sofrendo críticas em algumas atuações, com a Comissão Nacional o deixando de lado e dando oportunidades a um mais jovem, Matheus Candançam que, pelos números de jogos até o momento, com certeza irá para o quadro da FIFA.

João Vitor Gobi - Crédito: Rafael Vieira/AGIF

A baixa idade dos paulistas e outros acima mencionados acabam trazendo esperança de que tendo apoio, respeito e paciência os que tiverem talento irão se sobressair e assim termos melhores arbitragens.

João Vitor Gobi - Cajobi/SP 

N     Competições/Jogos

1      Série A10

2      Série B10

3      Série C1

4      Série D6

5      Profissional4

6      Aspirantes2

7      SUB172

8      Sub-2013

9      Sub-172

10    A13

11    A31

Total: 54 jogos.

Mateus Candançan, 26 anos (06/06/1998), é de Barueri, na grande São Paulo e pelos dados da CBF, também é engenheiro. Matheus era a grande aposta de Ana Paula Oliveira quando esta dirigia a arbitragem paulista. Filho de árbitro, apita desde criança na várzea paulista. 

Matheus Delgado Candançan - Crédito: Cesar Greco

É desengonçado, lento, corre com freio de mão puxado e parece um caminhão com pino de eixo quebrado, mas é um tocador de jogo, nunca nota 10, nunca nota 5 e seus jogos costumam não dar grandes problemas. Ele vem tendo atuações discretas, o que é um bom sinal, pois o árbitro que aparece demais acaba tendo uma vida mais curta. O número de jogos nas séries A e B são indicativos da confiança da comissão nacional. Não passou pelas Séries C e D como deveria, mas como disse anteriormente, o talento não pode esperar pelas oportunidades e se tiver talento, que seja promovido.

Matheus Delgado Candançan Barueri/SP

N     Competições/Jogos

1      Série A27

2      Série B17

3      Série C2

4      Série D2

6      Profissional4

7      Sub-2010

9      Aspirantes1

9      SUB173

10    Sub-171

11    A11

Total: 68 jogos.

André Luiz Bento, 30 anos (16/04/1994), de Sabará/MG, que se ingressou na arbitragem para jogar campeonato de futebol dos árbitros. Mistura de esperança e decepção, é ate aqui, sem dúvidas a grande ausência e talvez o mais ferido pelos leões, que no caso são seus leõezinhos interno da enorme arrogância que carrega dentro de si. André Luiz Skettino Policaro Bento tinha atuado em apenas treze jogos de profissionais da CBF, sendo quatro da Série B antes da estreia na Série A, na partida Corinthians 1x1 Cuiabá na temporada passada. Depois engatou mais quatorze jogos até o final da temporada passada.

André Luiz Skettino Policaro Bento - Crédito: 

Se terminou 2023 em alta e com grandes sonhos, 2024 tem sido tremenda ducha de agua fria. Teve uma partida desastrosa na derrota do Atlético Goianiense para o Flamengo por 2 a 1 na primeira rodada do brasileirão deste ano. Foi alvo de críticas de todos os lados, principalmente das equipes e foi afastado para reciclagem. Desde então integra a geladeira SENEMIANA.

Precisa ter mais inteligência e menos ímpeto caso queira sair do fundo do poço. É novo, tem talento, mas precisa calçar a sandália da humildade e controlar o ego para reconquistar a confiança e o espaço perdido.

André Luiz Skettino Policaro Bento - Sabará/MG

N     Competições /Jogos

1      Série A12

2      Série B19

3      Série C4

4      Série D5

5      Profissional2

6      Sub-203

7      SUB172

8      A11

Total: 48 jogos.

Encerro desejando que cada um deles possa se firmar na elite e chegar nos principais jogos do futebol brasileiro. Cobro bastante e sou critico por entender que quem está na elite tem que mostrar resultados e ser cobrado caso isso não ocorra, mas não torço contra nenhum árbitro de futebol, mesmo porque sei que eles não têm apoio de ninguém e sabem desde sempre que os erros serão fatais, pois a geladeira chamada ‘PADA SENEMIANA’ as vezes demora mais para uns que outros como tem ocorrido com vários árbitros de futebol.