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terça-feira, 19 de setembro de 2023

CBF perde ação para ex-membro da comissão de arbitragem demitido por Seneme 

Almir Alves Mello e Wilson Seneme - Crédito: Marçal

Em abril de 2022, a CBF – Confederação Brasileira de Futebol – a pedido de Wilson Luiz Seneme, demitiu dez membros da Comissão Nacional de Arbitragem sob seu recente comando. Entre eles, um dos nomes mais antigos da estrutura, Sérgio Corrêa, então responsável pelo VAR e a mais de 17 anos à serviço da entidade. Na ocasião também foram dispensados Manoel Serapião, Coronel Marinho, Cláudio Cerdeira, José Mocellin, Nilson Monção, José Roberto Wright, Almir Alves de Mello, Marta Magalhães e Érika Krauss.

As demissões foram anunciadas diretamente pelo recém-empossado presidente da CA-CBF, Wilson Seneme, durante reunião telepresencial.

Boa parte deles entraram na justiça pedindo vínculo empregatício e indenização pelos serviços prestados. E a primeira decisão proferida foi parcialmente favorável a Almir Alves de Mello que era o responsável por cortes de vídeo do VAR.

Almir, ao lado de Daronco, durante trabalho pela CBF

A ação trabalhista - 0100532-58.2022.5.01.0001 - foi julgada em primeira instancia na 1ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. No ultimo dia 12, a Juíza Adriana Malheiro Rocha de Lima, julgou procedente em partes os pedidos formulados pelo advogados Tulio Claudio Ideses representando Almir Alves de Mello, condenando Confederação Brasileira de Futebol - CBF ao pagamento de valores ainda a serem calculados e fazer constar o vínculo empregatício e todos seus benefícios em carteira profissional de trabalho.

O pedido inicial foi de pouco mais de 766 mil reais.

Advogados da CBF tentaram impedir o testemunho do CEL. Ricardo Mauricio Ferreira de Almeida, que também trabalhou na CA-CBF e que também está processando a entidade, mas a juíza negou o pedido. Cláudio Vinícius Cerdeira também depôs em favor de Almir substituindo Nilson Monção que não compareceu à audiência.

Já Alicio Pena Júnior foi a testemunha de defesa e Gustavo Oliveira Galvão o advogado da CBF.

Segundo trecho da sentença, que o Blog teve acesso consultando o TRT/RJ, Almir ingressou na CBF em 01/08/2016, na função de analista de desempenho de arbitragem e foi demitido por Wilson Seneme, sem justa causa, em 25/04/2022 através de uma reunião telepresencial.

Almir Alves Mello em jogos da CBF

Em seu depoimento, Almir afirmou que cumpria expediente diário no escritório da comissão de arbitragem da CBF, além de laborar aos finais de semana acompanhando presencialmente partidas oficiais de futebol, conforme escala previamente organizada pela CBF.

Segundo o documento, seu salário era de R$13.000,00 mensais.

Por sua vez, a CBF afirmou que Almir exerceu a função de Analista de Desempenho, mas sem possibilidade de qualquer ingerência da CBF; que o reclamante NUNCA esteve subordinado, a qualquer preposto da CBF. Não tinha horário prefixado, jamais teve jornada fiscalizada ou registrada, não estava suscetível a aplicação de penalidades e gozava de total autonomia em relação à sua rotina de trabalho.

Pelo exposto, a 1ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, no mérito, julgou procedentes em parte, os pedidos formulados pela defesa de Almir Alves de Mello, condenando Confederação Brasileira de Futebol - CBF ao pagamento de indenização e o reconhecimento do vinculo empregatício.

Almir na Cabine do VAR/CBF

Segundo a decisão da magistrada, em razão do reconhecimento do vínculo de emprego, são devidas as seguintes parcelas ao autor:

- aviso prévio de 45 dias; 

- férias em dobro dos períodos 2016/2017, 2017/2018, 2018/2019 e 2019/2020, todas + 1/3 (deduzidos os valores pagos, como abaixo se especificará);

- férias proporcionais 2021/2022 (10/12 – projetado ao AP indenizado) + 1/3; décimo terceiro salário 2022 proporcional (5/12); 

- FGTS (8%) de todo o período imprescrito; indenização de 40% do FGTS; multa do art. 477 da CLT.

A base de cálculo é o salário de R$13.000,00.

Após o trânsito em julgado, a reclamada deverá ser intimada a anotar a CTPS do autor com as informações acima, observando a projeção do aviso prévio indenizado de 45 dias até 09/06/2022 sob pena de multa fixa de R$5.000,00 a ser revertida ao autor.

Do julgamento ainda cabe recursos.

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Assembleia do SAFESP aprova contas da gestão Aurélio Sant’Anna

Assembleia Safesp - Crédito: Marçal

No final da tarde da última quarta-feira (13) foi realizada a primeira assembleia para prestação de contas do SAFESP – Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo -. Ao todo, 13 associados, em dia, segundo decidido nas duas assembleias anteriores, aprovaram por unanimidade as contas de 2020, 2021, 2022 e parte de 2023.

Antes do início da assembleia, em conversa pacifica, informal e fora da pauta, algumas informações foram passadas e discutidas pelos presentes. Como dito, foram conversas em off e aqui não vai nenhuma acusação para ninguém, até mesmo que, por enquanto não se tem os elementos para provar, coisa que uma auditoria resolveria facilmente. Aliás, Aurélio deixou claro que sua grande frustração foi não realizar a auditoria que foi promessa de campanha, mas não foi realizada devido ao alto custo, cerca de 10 mil reais.

O que foi dito:

- Aurélio falou sobre as dificuldades do sindicato se manter. Relatou que minutos após a posse, recebeu um enviado da Federação Paulista de Futebol, portando um distrato cancelando o acordo que havia entre as entidades onde a FPF repassava os valores das arbitragens de suas competições e o sindicato realizava os pagamentos aos árbitros. Através desses pagamentos, onde se realizava os descontos das contribuições, a entidade obtinha recursos para seu funcionamento.

Crédito: Marçal

- Segundo relatado, outros profissionais como motoristas, fiscais, assessores, delegados e até palestrantes em eventos de arbitragens da FPF recebiam através do sindicato que chegou a movimentar mais de 4 milhões anuais em repasses. 

- A ideia inicial era oferecer benefícios para o associado para este fazer parte do sindicato e para isso antes da pandemia já tinha realizado parceria com estacionamento para facilitar os árbitros que se deslocam até a Federação para as viagens e devido à dificuldade de vagas na região. O sindicato também estava em tratativas para alugar uma casa de três quartos onde adaptaria para receber árbitros do interior que viessem trabalhar em São Paulo para não terem despesas com hotel. O projeto não foi a frente por falta de verba e ao pedir ajuda ao presidente da FPF recebeu um sonoro não como resposta.

- “Infelizmente o árbitro profissional não quer pagar sindicato. Quando nós assumimos isso aqui (sindicato), as meninas que trabalhavam antes aqui falavam isso pra gente: se vocês acham que o árbitro vai pagar, vocês são muito inocentes” –  frisou Aurélio.

- Segundo informado, o Safesp tem uma dívida tributária de cerca de 400 mil reais  devido a fiscalização do governo encontrar retiradas do caixa na antiga administração de três mil e até dez mil reais mensais sem a devida comprovação, o que levou a perda de isenção e multas sobre valores devidos gerando essa dívida enorme.

Segundo os bastidores, essas retiradas teriam sido feitas por um ex dirigente da entidade. 

- Segundo informado, as três funcionárias custavam algo em torno de 15 mil reais mês, mas ticket alimentação, seguro de vida e saúde entre outros benefícios. No desligamento de duas dessas funcionárias, a outra já tinha acertado, foi feito acordo de 36 meses onde o sindicato paga até abril do próximo ano, algo em torno de mil reais mês para as duas.

- O estacionamento está alugado, de forma verbal, uma vaga para uma clinica ao lado ao custo de 300 reais mês com o compromisso de cessar a locação quando as atividades voltarem ao normal.

Por fim e no horário estabelecido da segunda chamada, foi explanado de forma transparente toda situação da entidade nessa gestão com balanço financeiro bancário, devidos comprovantes, parecer do conselho fiscal devidamente a disposição dos associados presentes que puderam notar que o SAFESP tem hoje em caixa, algo em torno de 50 mil reais. No balancete consta os valores de entrada dos campeonatos administrados atualmente pelo sindicato, principalmente OAB e as devidas saídas para pagamento dos árbitros.

Tudo isso eu, e os demais presentes, vimos com nossos próprios olhos de forma transparente e com as devidas explicações em caso de dúvidas.

Considerações finais.

Sou um critico da forma como essa gestão administra o sindicato. Foram e são muito criticados por culpa deles mesmos ao não entenderem o oficio da profissão e se negarem a darem explicações e rebaterem críticas, as vezes injustas, que atingem não só a eles, mas a entidade Safesp que eles representam. Ninguém pediu ou obrigou que eles fossem dirigentes, mas a partir do momento que aceitaram, tem que agir conforme interesses do sindicato e não pessoal.

Mesmo ainda achando que o estatuto não está sendo respeitado, mas não sou dono da verdade, respeito as interpretações diferentes e a justiça que decida, saio feliz dessa assembleia, pois também luto por uma recuperação da entidade e as vezes temos que dar passos atras para no futuro seguir em frente.

Vou seguir apoiando, criticando quando necessário e a disposição para ajudar essa entidade que sou associado desde 1992.

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Presidente do SAFESP mente ao Ministério Público do Trabalho!

Buscando o arquivamento pelo MPT da denúncia feita pelo associado Douglas Roberto Maffei D´Andréa contra as supostas irregularidades praticadas nas Assembleias realizadas este ano pela atual Diretoria do Safesp, com o objetivo de alterar o quadro associativo visando o pleito eleitoral e a total omissão nas prestações de contas, o presidente Aurélio Sant´Anna Martins, mentiu, em sua peça de defesa, obtida com exclusividade pelo Blog, ao Ministério Público do Trabalho de São Paulo.

O Blog teve acesso, com exclusividade, da documentação do processo e vai pontuar o que disse o ex-árbitro a justiça e o que realmente aconteceu.

Aurélio declarou nos autos do Inquérito Civil nº 00206.2023.02.000/4 que:

Em 10/07/2023 o Sindicato denunciado peticionou nos autos negando as irregularidades denunciadas, afirmou em síntese, que o Sindicato foi gravemente afetado pela pandemia COVID no ano de 2020 o que acarretou o seu fechamento e que até o início deste ano (2023) não existiam associados aptos para deliberar sobre qualquer assunto do sindicato. Dessa forma, em um tentativa de reativar o sindicato, no início deste ano, a atual diretoria deliberou, ouvindo as pessoas presentes, na melhor forma de readmitir os árbitros aposentados, bem como diminuir os valores das anuidades e taxas as árbitros da ativa, enfatizando que o que foi deliberado não necessitariam de assembleias, pois se tratava de prerrogativa da diretoria atual, "mas se preferiu marcar as assembleias e ouvir aqueles, inclusive que não tinham direito a voto, para se buscar o que a maioria aprovariam.

Em suas considerações ao MPT, Aurélio ainda diz que o Sindicato permaneceu fechado sem atividades, portanto sem receitas, acumulando despesas, o que também é mentira, pois o Sindicato mesmo de forma remota escalou árbitros para amistosos e campeonatos, dentre os quais RB Brasil, OAB e outros, além de ter recebido anuidades de associados, o que por si só, segundo a atual legislação e o Estatuto do Sindicato, determina a Assembleia Ordinária de Prestação de Contas, o que essa administração não fez de nenhum ano, nem mesmo do último ano da administração Arthur Alves Junior/Leonardo Pedalini.

Em outubro de 2022, o Sindicato realizou Assembleia Extraordinária, presidida pelo próprio Aurélio, onde ratificou o apoio paulista à fundação da FENAF - Federação Nacional dos Árbitros de Futebol, com os associados aptos a votar à época, inclusive com publicação em Diário Oficial do Estado de São Paulo e a regularização financeira de alguns associados que desejaram participar desse momento da arbitragem paulista e brasileira.

Outro fato que chama a atenção na defesa do Sindicato é o trecho que diz:

"O denunciante, (Douglas Roberto Maffei D´Andréa) era membro da administração anterior e mencionou irregularidades praticadas pela antiga administração".

Douglas e Aurélio durante posse do instrutor no Safesp - Crédito: Marçal

Mentiu de novo o presidente. Aurélio nomeou o denunciante, em evento que este Blog cobriu, como Secretário da Escola de Árbitros Armando Marques em seu mandato e o permitiu ser instrutor coordenador em alguns cursos da entidade, sendo que o denunciante pediu seu desligamento por motivos pessoais (veja abaixo), o que se isso não acontecesse, poderia estar até hoje prestando serviços ao Sindicato Paulista. 

Também ataca a administração anterior disseminando irregularidades e mais irregularidades, mas sem nada de concreto pra provar o que fala, inclusive podendo ser responsabilizado conjuntamente com sua diretoria pelo teor de suas declarações.

Face a manifestação do MPT de que, se necessário for, deverá ser buscado a litigância por meio de inquérito civil e que a prática de improbidade administrativa e financeira, bem como suas controvérsias e desdobramentos devem ser levados para a esfera judicial, locus adequado para serem dirimidas.

O MPT arquivou o processo dando o prazo de 10 dias para que o denunciante se manifeste nos autos.

Em contato com o Douglas D´Andréa o mesmo disse que estudará junto com advogados o que decidirá fazer sobre a sequência ou não da ação, mas que ficou perplexo com o conteúdo do que leu nos autos e que, se não fosse sigilo essa parte do processo, os árbitros paulistas teriam vergonha.

Veja abaixo na integra os documentos que o Blog teve acesso.





terça-feira, 29 de agosto de 2023

CBF desvaloriza Brasileiro ao dar um título ao Galo por mini-torneio

Por: Rodrigo Mattos - Colunista do UOL

O time do Botafogo já jogou 20 vezes no Brasileiro para acumular 11 pontos na liderança. Ainda está longe de garantir o título pois tem quase um turno inteiro para correr para garantir a taça. Seus adversários serão os maiores times do Brasil e a caminhada será árdua por 38 rodadas.

Agora imaginem um jogador alvinegro que acorda de manhã e lê no noticiário que a CBF reconheceu um título brasileiro do Atlético-MG em um mini-torneio de seis jogos, com o nome de Torneio dos Campeões, disputado com o Rio Branco, de Vitória, Portuguesa, de SP, e Fluminense, em 1937. Uma taça ganha em dois meses.

E esse pensamento vale para todos os jogadores que disputaram de forma dura o Brasileiro pelos últimos 53 anos desde 1971. Times que enfrentaram campeonatos de fato, longos, contra os principais times do Brasil, para se sagrarem campeões. No final, seus esforços foram igualados a meia dúzia de partidas de um min-torneio de verão esquecido.

"Ah, mas a realidade era diferente na década de 30" De fato, era. Não havia a possibilidade de um campeonato nacional, o que levava a disputa de min-torneios sem representatividade nacional de fato, alguns de seleções, outros de times, organizados por federações - não havia CBF, nem CBD na época.

O dossiê feito pelo Atlético-MG - como mostra uma extensa matéria do "Globo Esporte" - conta a história de um min-torneio que tem o confronto entre os campeões estaduais de quatro Estados, Rio, São Paulo, Minas e Espírito Santo.

Não há nenhuma representatividade de times do Sul, do Nordeste, do Centro-Oeste ou do Norte. A divisão regional do país era diferente, mas não havia equipe nenhuma de Estados dessas regiões. Não era sequer um mini-torneio de âmbito nacional.

O que havia, sim, eram equipes irrelevantes para o futebol sob qualquer perspectiva como a Liga da Marinha e a Aliança Campista. Disputaram uma fase preliminar. Quase que a Liga da Marinha emplaca um título "Brasileiro" não fosse eliminada pelo Rio Branco na prévia.

O Atlético-MG ganhou com jogos de ida e volta um quadrangular, inclusive tomando uma goleada de 6x0 do Fluminense no Rio. Na partida de volta, o Fluminense abandonou o jogo aos 18min do segundo tempo quando o Galo vencia por 4x1. Ao final, foi campeão com 9 pontos.

No seu dossiê, também segundo a matéria do "Globo Esporte", o Galo alega isonomia em relação ao reconhecimento das Taças Brasil e do Roberto Gomes Pedrosa. Bem, o reconhecimento da Taças Brasil como Brasileiro já foi sem nenhuma base técnica, baseado também em dossiê do Santos.

Eram campeonatos que, em certas edições, os times jogavam quatro vezes e eram campeões. Estavam classificados por serem campeões estaduais. Seu paralelo é com a Copa do Brasil, que foi criada para revive-la aliás. São torneios relevantes na sua época, nunca foram o Brasileiro, nem de perto se assemelham a ele.

O Roberto Gomes Pedrosa, sim, há uma discussão porque era uma competição mais nacional, com mais jogos disputados. E foi a base para a formação do que se convencionou chamar de Brasileiro. Ainda assim, era um campeonato proporção menor do que se instalou em 1971. Não deveriam ser reconhecidos também na modesta opinião desta blog diante dos fatos históricos. Porém, é uma posição bem defensável de quem os quer incluir no rol de Nacionais.

Na realidade, Ricardo Teixeira, em 2010, deu uma canetada e reconheceu esses títulos por mera política. Havia uma disputa em curso no Clube dos 13, primeiro por eleição, depois por poder na entidade. E a CBF queria atrair clubes para o seu grupo, que tinha Kléber Leite à frente, contra Fábio Koff. Ao distribuir títulos, agradava vários clubes e os trazia para seu lado. O C13, no qual Koff ganhou a eleição, acabou implodido pelas manobras da CBF e de seus clubes aliados.

Pois essa decisão é tomada como referência para dar o novo título ao Galo.

A CBF atual afirmou que foi uma decisão baseada em pareceres dos departamentos de competições e jurídicos. Bem, Ricardo Teixeira alegou também que foi uma decisão técnica.

No final das contas, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, repetiu Teixeira ao reconhecer como um título Brasileiro um mini-torneio de poucos jogos, e, neste caso, com parte dos adversários irrelevantes. A base é um monte de matéria de jornais que chamava o Atlético-MG de campeão brasileiro.

Se houver um mínimo de coerência da CBF, o Paulistano e o Bangu também devem ser reconhecidos como campeões brasileiros, já que ganharam o mesmíssimo Torneio dos Campeões, em 1920 e 1967. É possível até cogitar pagar com atraso as cotas de premiação para a Liga da Marinha pelo seu 5o lugar no Brasileiro.

Difícil é explicar para os jogadores dos times que correm por 38 rodadas para levantar a taça porque eles deveriam levar o Brasileiro a sério.

Documento que oficializa o título brasileiro do Atlético-MG de 1937 — Foto: Reprodução

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Discussão com Seneme gera paralisia facial em árbitro FIFA

A convivência entre o árbitro paranaense Heber Roberto Lopes, hoje atuando por Santa Catarina, e Wilson Luiz Seneme, presidente da comissão de arbitragem da CBF, que nunca foi boa, desde os tempos que ambos pertenciam ao quadro da FIFA, piorou com Seneme presidindo o comitê de arbitragem da Conmebol e azedou de vez quando este foi contratado pela CBF.

Segundo pessoas próximas aos dois, na época em que ambos eram árbitros do quadro FIFA, Seneme reclamava em off da preferência dada ao paranaense pelas comissões de arbitragem, o que muitos na época entendiam como ciúmes, tendo em vista que Heber, além de ter mais qualidades técnicas dentro de campo, era hábil politicamente e um gentleman quando precisava enquanto Seneme, além de ser acanhado, de difícil convivência, mal sabia falar com as pessoas.

Como já demonstrou em várias situações, Seneme é um homem rancoroso e vingativo e ao assumir a CA/CBF, vem aproveitando a oportunidade de uma macabra vingança contra seu algoz de outrora. A primeira alfinetada foi tirar Heber do apito, principalmente na Série A do Brasileiro onde é o recordista com 363 jogos, seis desses em 2021. A última partida de Heber na elite do brasileiro foi Cuiabá e Fortaleza, na 38ª rodada no dia 06/12/2021 com escala de Alicio Pena Júnior e a partir daí, com Seneme no comando, não atuou em mais nenhum jogo passando a ser escalado somente como VAR, o que gerou uma discussão acalorada como divulgado na época (veja).

A relação voltou a ficar tensa no final de maio, após a partida Sport e Botafogo/SP pela sétima rodada da Série B do brasileiro. Na ocasião, o árbitro carioca Bruno Mota Correia, foi orientado pelo VAR a revisar um lance de possível pênalti para o time paulista. Heber viu movimento antinatural do defensor em bola na mão na área, mas o árbitro manteve a decisão de campo e não marcou o pênalti (veja abaixo).

O lance é polêmico, eu marcaria, pois tem pênaltis sendo marcado nessa mesma situação em diversos jogos, mas Seneme entendeu como interferência desnecessária e disse que Heber queria apitar o jogo, que estava queimando o jovem que a comissão estava trabalhando, o que causou mais uma discussão acalorada entre os dois e o alto estresse do embate teria trazido problemas ao profissional do apito.

Segundo informações, logo depois Heber teria sofrido princípio de paralisia facial, se recuperando logo depois. Mas, desde a discussão, o carequinha bom de apito e de VAR não foi mais escalado por Seneme.

Wilson Seneme e Péricles Bassols - Crédito: CBF

Um membro da CA/CBF reafirmou em off, que todos estão proibidos de falar com o Blog. Disse também que eles, que tem familiares que dependem deles, não concordam com certas atitudes de Seneme, mas tem medo das consequências se ao menos ousarem questionar qualquer decisão do ditador do apito.  Segundo esse membro, em reuniões interna, Seneme em tom de deboche e sempre direcionando olhar para Péricles Bassols, a quem desconfia tramar pelas suas costas, diz saber da rejeição que causa no grupo, mas que se alguém quiser se habilitar a resolver, basta pagar o restante do contrato que ele tem com a CBF, que ele vai curtir sua aposentadoria tranquilamente.

É a política Seneme de “se não vai no amor, vai na dor” aterrorizando membros da comissão de arbitragem da CBF e a arbitragem brasileira 😉.

Não consegui contato com Heber Roberto Lopes. Seneme e nenhum outro membro da CA/CBF fala oficialmente com o Blog. O espaço esta aberto para quem foi citado e este post será atualizado caso isso ocorra.

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Perseguição á árbitros goianos e xingamentos de Felipe Melo causam racha na ABRAFUT

Diretoria e fundadores da ABRAFUT - Crédito: Divulgação

E a ABRAFUT hein! Pouco mais de três meses após sua fundação, por árbitros da elite do futebol brasileiro, sob as benções da CBF, a entidade que foi criada para que árbitros não apanhasse calados, enfrenta sua primeira briga interna e, além do racha na diretoria, vê aumentar a insatisfação dos associados pela falta de atitudes e providencias na defesa da categoria.

Os recentes episódios da perseguição em cima da arbitragem goiana por parte da CBF, que não escala nenhum profissional de Goiás desde a critica da Federação Goiana de Futebol em cima de Seneme e arbitragem brasileira após confronto entre Cruzeiro e Goiás e os xingamentos, no ultimo domingo, de Felipe Melo, após partida entre Grêmio e Fluminense, foi o gatilho do levante de alguns e da insatisfação de boa parte dos profissionais do apito.

Segundo informações, Marcelo Carvalho Van Gasse e Felipe Correa, presidente e diretor financeiro da ABRAFUT, já não falam a mesma língua e divergiram sob quais medidas deveriam ter sido tomadas nos episódios relatados acima. Segundo os bastidores, já no apagar da carreira, Marcelo Van Gasse foi totalmente contra um posicionamento da entidade contra a CBF no caso dos árbitros goianos, o que teria irritado o Palmito, apelido de Correa, que era favorável um posicionamento firme da entidade em favor dos árbitros.

Em uma rápida e acalorada discussão, Felipe Correa teria dito a Van Gasse que além de estar sendo subserviente à comissão de arbitragem trocando sua dignidade por escalas ao não defender a categoria, a ABRAFUT não vem atendendo os propósitos pela qual foi criada ao tomar medidas contra jogador e se omitir sobre a tirania da CBF.

Diretoria da ABRAFUT. Em destaque goianos sem escala desde 25 de julho

O clima na diretoria não é bom e muitos deles, principalmente os dois goianos (Wilton Sampaio e Bruno Pires), que estão sentindo na pele e no bolso o peso da tirania de Seneme, já demonstram arrependimentos por terem aceitados fazerem parte da criação de uma entidade chapa branca para servir unicamente aos propósitos da CBF.  

Desde que a ABRAFUT foi criada, este Blog alertou que era uma entidade chapa branca, criada por árbitros da elite, todos eles subservientes a CBF e que nada fariam na defesa da categoria quando os interesses desta estivessem presentes.

O silêncio no caso de perseguição absurda a arbitragem goiana assim como os inúmeros árbitros punidos, muitos deles publicamente, são indícios mais que suficientes para provar os propósitos nada sindical da nova entidade e de seus dirigentes. 

O Blog não conseguiu contatar nenhum dos árbitros-dirigentes citados para falarem sobre o assunto. Este post será atualizado caso algum deles se pronunciem.

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Perseguição da CBF à arbitragem goiana se estende à base

Representantes dos árbitros (ANAF e ABRAFUT) se calam 

Wilton Sampaio, árbitro punido e diretor da ABRAFUT calado - Crédito: Twitter

Como já noticiei nos canais que administro, a arbitragem goiana vem sofrendo uma violenta perseguição da Comissão de Arbitragem da CBF, comandada por Wilson Seneme, desde que a Federação Goiana de Futebol divulgou nota criticando Seneme e a arbitragem de Caio Max por supostos erros na partida contra o Cruzeiro, ocorrida no dia 23 de julho, no Mineirão, pela 16ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.

Desde então, em pelo menos 93 jogos com possibilidade de escalas para os profissionais do estado, nenhum foi designado. Nem mesmo os árbitros internacionais, do quadro FIFA, Wilton Pereira Sampaio, Bruno Raphael Pires e Fabricio Vilarinho da Silva foram escalados.

A perseguição é tão grande e pode ser facilmente comprovada acessando e comparando as escalas disponíveis no próprio site da entidade. Nem mesmo a categoria de base, onde em 100% dos jogos os árbitros designados são do próprio estado (confira), escapou da punição. Na partida Goiás e Cruzeiro, pela 6ª rodada do Sub-17, que será disputada na tarde desta quinta-feira (10) em Goiânia, todos os integrantes da arbitragem escalados para o confronto são do Distrito Federal (veja abaixo).

A CBF tenta se defender alegando que as escolhas dos árbitros são técnicas e não geográficas. Uma balela que conta com a covardia dos dirigentes da FGF, que demonstram arrependimento pela nota ao ficarem chorando pelos quantos como meninos mimados em entrevistas minimizando a situação em vez de tomarem atitudes corajosas exigindo respeito para seus filiados, entre eles a arbitragem.

Outra covardia está se verificando nas entidades que se dizem defensoras dos árbitros. Até o presente momento, tanto a ANAF – Associação Nacional dos Árbitros de Futebol - como a ABRAFUT – Associação Brasileira dos Árbitros CBF – estão caladas sem tomarem qualquer atitude ou providencias na defesa de seus representados como delas se esperam.

Da ABRAFUT, entidade que todos da arbitragem goiana são associados, pouco ou nada pode se esperar tendo em vista que esta entidade, que foi criada sob as asas e a pedido da CBF, é composta por dirigentes e associados todos eles prestadores de serviços da arbitragem nacional e nenhuma entidade chapa branca e com o rabo preso desde sua fundação, tem legitimidade e coragem para cobrar qualquer coisa do patrão.

Dirigentes da ABRAFUT - entre eles Wilton Sampaio e Bruno Pires - Crédito: Instagram

Já da ANAF, também historicamente aliada do patrão, não se pode esperar mais grandes coisas. A entidade sofre a tempos com o desprezo dos árbitros, vem perdendo espaço dia a dia e se tornou moribunda desde que Ednaldo Rodrigues assumiu a presidência da CBF cortando qualquer relação e a verba que a matinha em funcionamento e que usava na defesa dos árbitros.

Aos poucos, a entidade outrora gigante, está se apequenando cada vez mais e se aproximando a passos largos do fim. Basta saber a cargo de quem ficara a incumbência da última pá de cal e o que dirá a história sobre esta personalidade macabra.

O Blog falou com Salmo Valentim, presidente da ANAF. Segundo o dirigente, a entidade que preside repudia veemente a perseguição covarde e indevida da CBF, através de Wilson Seneme, que não atinge só os profissionais de Goiás, mas toda a categoria que esta sendo intimidada com a retaliação. O dirigente também disse que ainda hoje, tanto a CBF quanto Wilson Seneme serão denunciados no STJD - Superior Tribunal de Justiça Desportiva - para que respondam pela perseguição e normalizem as escalas dos profissionais de Goiás o mais rápido possivel.

O Blog entrou em  contato com presidente da ABRAFUT, mas lamentavelmente e sem ter o que falar, não respondeu até o fechamento deste post que será atualizado caso isso ocorra.

segunda-feira, 31 de julho de 2023

'Se não vai no amor, vai na dor’: Em represália a nota oficial, Seneme castiga toda arbitragem goiana

A arbitragem goiana sentiu o duro golpe de provar no último fim de semana o que o Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme, quis dizer com sua celebre frase: ‘Se não vai no amor, vai na dor’.

“Eu resumiria, e vou explicar depois, assim: se não vai no amor, vai na dor” – disse Seneme ao podcast ‘Hoje Sim’.

Na rodada ocorrida neste fim semana, Seneme não escalou árbitro goiano em nenhuma partida das competições em andamento da CBF. Segundo o Blog apurou, o motivo foi a nota oficial da Federação Goiana de Futebol (veja abaixo), divulgada na última segunda-feira (29) criticando a atuação do árbitro Caio Max, na derrota do Goiás para o Cruzeiro no domingo (23), em Belo Horizonte, pelo Campeonato Brasileiro da Série A.

Segundo a nota, após análise, foi avaliado que o Goiás foi claramente prejudicado ao não ter a penalidade concedida pelo árbitro Caio Max Augusto Vieira, do RN, e pelo VAR Rodrigo Nunes de Sá, do RJ, ao final do 1º tempo.

A nota ainda diz que “diante destes fatos, a FGF irá cobrar a Comissão de Arbitragem da CBF por um eventual esclarecimento em casos de erros claros cometidos contra seu filiado (veja abaixo).

Pelo visto o tiro saiu pela culatra e a cobrança dos goianos foi respondida com um recado duro e digno de um 'ditador' deixando todos profissionais do estado fora das escalas. Nem mesmo os árbitros e assistentes do quadro internacional e mundialista, Wilton Pereira Sampaio, Bruno Raphael Pires e Fabricio Vilarinho escaparam da ira e de retaliação do ditador do apito.

Até mesmo os jogos que foram realizados em Goiás nesta rodada, onde normalmente se utiliza estrutura local como quarto árbitro e analistas de campo, escaparam da ira de Seneme. Em todos eles - Goiás x Grêmio, Atlético-GO x Sampaio Correia-MA e Aparecidense-GO x Floresta-CE -, foram escalados profissionais do DF para as funções que seriam desempenhadas pelos locais.

A perseguição foi clara e comprovada a seguir. Veja abaixo as escalas - que um integrante da CA/CBF gentilmente enviou ao Blog -,  e comprove nenhum profissional de GO escalado nas 46 partidas das séries A, B, C e D do Brasileiro. Veja nos detalhes os profissionais de outros estados se deslocando para cumprirem as funções onde normalmente nos outros jogos, são escalados locais.

Na rodada anterior, oito profissionais goianos foram escalados nas mesmas divisões.

A ira de Seneme

Segundo uma fonte na CA-CBF, Seneme ficou irritado, muito contrariado e bradou ser inadmissível a nota da FGF criticando o árbitro. Segundo ainda a fonte, Seneme não esconde o desprezo com a CEAF goiana pelo fato de ser comandada por um Militar (Cel. Júlio César Mota) que nunca foi árbitro e não teria autoridade para fazer qualquer análise.

O Blog falou com um membro da CEAF goiana que disse que só o presidente Ronei Freitas pode falar sobre o assunto. Também informou que a comissão estadual não emitiu qualquer análise, que não foi informada e só ficou sabendo da nota quando esta foi publicada pela FGF. Pelo visto, sentiram o golpe.

Como todos sabem, Seneme não fala com o Blog e todos os membros estão proibidos de darem qualquer informação e estão apavorados de serem ligados a qualquer postagem, mas caso alguém queira se pronunciar, o espaço esta aberto e este post será atualizado.

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Presidente do Cruzeiro é flagrado em traição com esposa de árbitro mineiro

Segundo uma fonte, mesmo morando juntos, casal estava separado a mais de três meses

Foto de Sérgio com esposa de árbitro em festa foi publicada pelo colunista Leo Dias - Crédito:  Reprodução Instagram @leodias

No último final de semana, um vídeo polêmico foi divulgado nas redes sociais do colunista Leo Dias onde aparecem Sergio Santos Rodrigues, presidente do Cruzeiro e Tassiana Valim, esposa do árbitro Felipe Fernandes de Lima, que apitou a final do Campeonato Mineiro de 2022 em que o Cruzeiro foi derrotado por 3 a 1 pelo Atlético Mineiro.

No vídeo, veja abaixo, segundo descrito no post, gravado no dia 15 de junho em uma boate em Uberlândia-MG, as imagens mostram o momento em que Sérgio e Tassiana trocam carinhos em uma boate, sem se importar com o flagra.

Tassiana Valim que é Secretária Geral e vice-presidente da Comissão de Direito e Família da OAB-MG, é casada com Felipe Fernandes de Lima, árbitro do quadro da Federação Mineira de Futebol (FMF) e da CBF, com quem tem uma filha. Sérgio é casado, tem três filhos, entre eles um bebê de meses.

Segundo relatos, o motivo seria vingança. O dirigente teria ficado com a esposa do árbitro por estar ressentido desde a final do campeonato mineiro do ano passado, pois, segundo especulações que rondam nos bastidores, o presidente do clube culpou o árbitro e teria guardado rancor pelo seu time levar a pior, o que influenciou na pulada de cerca.

Ao jornalista, Felipe não quis comentar sobre o assunto e resumiu que “Estou conversando com ela [Tassiana]”. O perfil do casal saiu do ar após o flagra vir à tona.

O Blog tentou falar com Felipe Lima para esclarecer as informações, porém não recebeu qualquer reposta. Em contato com uma fonte próxima ao árbitro, foi informado que o casal havia se separado a cerca de três meses com processo de separação tramitando na justiça, mas que Tassiana ainda não tinha saído da casa por conta da filha que tem com Felipe. Segundo a fonte, Tassiana não tomou os devidos cuidados se atentando que oficialmente ainda estava casada com uma pessoa publica e que qualquer envolvimento amoroso poderia ser mal interpretado vindo a expor a família, o que de fato ocorreu.

Felipe Lima, Tassiana Valim e Sérgio Santos Rodrigues - Crédito: Internet

O Blog não conseguiu contato com Sérgio Santos Rodrigues. O presidente da Associação do Cruzeiro (SAF da Raposa) – que cuida do futebol – tem como mandatário Ronaldo (R9) com 90% das ações do Cruzeiro.

O Blog também não conseguiu contatar Tassiana Valim. O espaço esta aberto caso algum dos citados queiram se pronunciar e o post será atualizado caso isso ocorra ou surja novas informações.

terça-feira, 11 de julho de 2023

Seneme cede à pressão e afasta terceiro árbitro em um mês por erros graves

Bruno Arleu - Novo inquilino da 'geladeira Seneme'

O árbitro Bruno Arleu Araújo (FIFA/RJ) é mais um que visita, por tempo não informado, mas que não deve ser superior a duas rodadas, a ´geladeira Seneme’. O carioca foi afastado pela Comissão de Arbitragem da CBF após marcar pênalti que resultou no gol da vitória do Santos, por 4 a 3, sobre o Goiás, na Vila Belmiro, no último domingo (9).

A maioria dos integrantes da comissão de arbitragem da CBF entendeu que houve erro de Arleu ao marcar pênalti de Lucas Halter, do Goiás, sobre Joaquim, do Santos. O árbitro recebeu a sugestão do VAR para revisar o lance e mesmo assim manteve a decisão de campo.

Bruno Arleu não é o primeiro a ser punido com a geladeira na gestão Seneme. Só este ano, antes dele, Jean Pierre Lima (RS), Raphael Claus (SP) e Mayron Novaes (MA) - validou gol em que a bola não entrou na série D – foram afastados para reciclagem.

Aliás, Bruno Arleu conhece bem o caminho tortuoso da ‘geladeira Seneme’, pois esta é a segunda vez que o FIFA é afastado na administração do paulista. A outra vez foi também em jogo do Goiás, no empate por 1 a 1 com o contra o Fortaleza, pela 10ª rodada do Brasileiro de 2022, na Arena Castelão, no Ceará. Na ocasião, o árbitro carioca foi afastado após não marcar um pênalti do zagueiro Caetano, do Goiás, sobre Yago Pikachu, do Fortaleza.

Entre junho e julho do ano passado, o tom das cobranças de jogadores, técnicos e dirigentes subiu e sete árbitros foram afastados pela CBF, que tentava assim contornar mais uma crise envolvendo o setor. Na ocasião, além do FIFA carioca foram afastados Savio Pereira Sampaio (FIFA/DF), Rafael Traci (FIFA/SC), Emerson de Almeida Ferreira (MG), Marcus Vinicius Gomes (MG), Luiz Flávio de Oliveira (FIFA/SP) e Wagner Reway (FIFA/PB. A CBF teve que construir um puxadinho na geladeira para caberem todos.

Não há padronização para o afastamento de profissionais, seja quanto ao tempo na "geladeira", seja entender quais erros são passíveis dessa punição. Para alguns, como o paulista Raphael Claus, o castigo pode durar duas rodadas, outros são escalados nas divisões de acesso, mas para outros, a pena pode ser perpetua como a do maranhense Mayron Frederico que, com exceção de já estar designado como quarto arbitro na rodada seguinte, não foi mais escalado desde o gol irregular.

A ABRAFU – Associação Brasileira dos Árbitros CBF, que, segundo alguns, foi fundada para que o árbitro não apanhe calado, esta muda, quietinha e age como se nada estivesse acontecendo com seus associados. Como o corpo diretivo é composto por subservientes prestadores de serviços da CBF, a surpresa é zero para todos, pois caso pecam qualquer reclamação, entrarão na fila da 'geladeira Seneme’. Arleu e Claus, que são da diretoria, sabem bem o que é 'apanhar calado'.

Diretoria da ABRAFUT - Punidos em destaque