Final do Brasileirão Feminino entre
Corinthians e Palmeiras terá arbitragem 100% feminina
Fabrini Bevilaqua, Edina Alves e Neuza Back - Cédito: Divulgação/Internet
O Campeonato Brasileiro Feminino de 2021 chega a sua final, que será disputada no próximo domingo (26), na partida em que o
Corinthians recebe o Palmeiras na Arena Itaquera, em São Paulo. Na partida de ida, disputada
no Allianz, também em São Paulo, o time alvinegro venceu por 1 a 0 e leva vantagem para o duelo final.
Diferentemente do
ocorrido no ano passado, quando a CBF utilizou árbitros
masculinos nas finais, por, segundo a comissão de arbitragem da entidade, não ter
quantidade suficiente de profissionais feminino habilitados no VAR para os
jogos, o destaque da decisão deste ano é a designação de arbitragem 100%
feminina na partida final.
A arbitragem, todas elas do quadro FIFA, ficara a
cargo da Edina Batista Alves, com Neuza Ines Back e Fabrini Bevilaqua Costa de assistentes.
A quarta árbitra será
Adeli Mara Monteiro com Marcela de Almeida Silva atuando de quinto árbitro.
O VAR também será
comandado pela ala feminina. Daiane Caroline Muniz dos Santos será a Árbitro de
Vídeo com Amanda Pinto Matias de AVAR e Regildenia de Holanda Moura de
Observador de VAR. Todas as integrantes da arbitragem da partida atuam em São Paulo.
Primeira árbitra a
comandar um jogo profissional masculino da FIFA, Edina Alves Batista, 41 anos, com 22 atuações até aqui, é a mulher
com mais jogos apitados em toda a história na Série A do Campeonato Brasileiro.
Esteve na Copa do Mundo da França, em 2019, no Mundial de Clubes da FIFA, em
2020 e nos Jogos Olímpicos de Tóquio
2020.
Alicio Pena Jr. - Vice-presidente da CA-CBF - Crédito: CBF
Na partida de ida, o
único homem escalado foi Péricles Bassols, que atuou como árbitro de vídeo. As
demais designações foram da arbitragem feminina com Thayslane de Melo Costa, de Sergipe, no apito com Leila Naiara
Moreira da Cruz, do Distrito Federal e Fernanda
Nândrea Gomes Antunes, de Minas Gerais, atuando de assistentes. A paulista Marianna Nanni
Batalha atuou de quarto árbitro, Patrícia Carla de Oliveira de quinto arbitro e
Regildenia de Holanda Moura de analista de campo.
Como Péricles atuou de
VAR, Bárbara Roberta da Costa Loiola, do Pará, atuou de AVAR e Silvia Regina de Oliveira de observador de
VAR.
Final 2020
Em 2020, a final foi
disputada entre Corinthians e Kindermann, de Santa Catarina. A equipe paulista
venceu o confronto final por 4 a 2 e como havia ocorrido empate em 0 a 0 na primeira
partida, ficou com o titulo daquele ano. Rodolpho Toski Marques apitou o
primeiro jogo e Wilton Pereira Sampaio apitou a final.
Dos 18 árbitros escalados nos
dois jogos, contando arbitragem de campo e VAR, 13 foram da árbitros
masculinos. Já nesta temporada, das
17 escalas, 16 pertencem ao quadro feminino.
Na temporada passada
critiquei duramente a Comissão de Arbitragem da CBF por não utilizar integrantes do quadro feminino nas finais da principal divisão da categoria e critiquei também as justificativas, relatadas acima, por
entender ser indícios de falta de planejamento com a arbitragem feminina.
Como o equívoco foi
corrigido este ano, não seria justo se desta vez não parabenizasse os
membros da CA-CBF pelas designações justas e merecidas que entendo serem
primordial para a afirmação e o crescimento cada vez mais da categoria.