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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Nota de Repúdio!

O Blog do Marçal e seu editor, Marcelo Marçal, se solidarizam com a sociedade, amigos, familiares e a classe jornalística contra a prisão do jornalista Paulo Cézar de Andrade Prado, mais conhecido como Paulinho, proprietário e editor do ‘Blog do Paulinho’, ocorrida na manhã desta terça-feira (28) em São Paulo.

Podemos discordar do posicionamento político e partidário do jornalista e até de suas opiniões, mas não podemos admitir que haja censura no direito de opinar e de denunciar (com provas) e nem que isso seja usado como motivo para o cerceamento da liberdade de qualquer cidadão e principalmente de jornalistas.

Antes um ícone e fonte de inspiração e informações para mim, atualmente discordo de 90% dos comentários e opiniões do jornalista, principalmente na área política, onde apoiou prisões de jornalistas bolsonaristas, em medidas com aparente ilegalidade, assim como alega em sua prisão. Porém, respeito e defenderei até a morte o seu direito de se manifestar e emitir publicamente suas opiniões sem que isso se torne ameaças a sua integridade física e liberdade.

O Blog do Paulinho sempre foi um canal combativo e suas matérias investigativas frutificaram em vários processos e desafetos. Um deles, segundo bastidores, do mandatário da Kalunga, teria sido o motivo da prisão, pela terceira vez do jornalista.

Por uma imprensa livre, consciente, com papel investigativo e informativo, repudiamos a referida prisão.

PAULINHO LIVRE JÁ!


quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Final do Brasileirão Feminino entre Corinthians e Palmeiras terá arbitragem 100% feminina

Fabrini Bevilaqua, Edina Alves e Neuza Back - Cédito: Divulgação/Internet

O Campeonato Brasileiro Feminino de 2021 chega a sua final, que será disputada no próximo domingo (26), na partida em que o Corinthians recebe o Palmeiras na Arena Itaquera, em São Paulo. Na partida de ida, disputada no Allianz, também em São Paulo, o time alvinegro venceu por 1 a 0 e leva vantagem para o duelo final.

Diferentemente do ocorrido no ano passado, quando a CBF utilizou árbitros masculinos nas finais, por, segundo a comissão de arbitragem da entidade, não ter quantidade suficiente de profissionais feminino habilitados no VAR para os jogos, o destaque da decisão deste ano é a designação de arbitragem 100% feminina na partida final.

A arbitragem, todas elas do quadro FIFA, ficara a cargo da Edina Batista Alves, com Neuza Ines Back e Fabrini Bevilaqua Costa de assistentes. 

A quarta árbitra será Adeli Mara Monteiro com Marcela de Almeida Silva atuando de quinto árbitro.

O VAR também será comandado pela ala feminina. Daiane Caroline Muniz dos Santos será a Árbitro de Vídeo com Amanda Pinto Matias de AVAR e Regildenia de Holanda Moura de Observador de VAR. Todas as integrantes da arbitragem da partida atuam em São Paulo.

Primeira árbitra a comandar um jogo profissional masculino da FIFA, Edina Alves Batista, 41 anos, com 22 atuações até aqui, é a mulher com mais jogos apitados em toda a história na Série A do Campeonato Brasileiro. Esteve na Copa do Mundo da França, em 2019, no Mundial de Clubes da FIFA, em 2020 e nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

Alicio Pena Jr. - Vice-presidente da CA-CBF - Crédito: CBF

Na partida de ida, o único homem escalado foi Péricles Bassols, que atuou como árbitro de vídeo. As demais designações foram da arbitragem feminina com Thayslane de Melo Costa, de Sergipe, no apito com Leila Naiara Moreira da Cruz, do Distrito Federal e Fernanda Nândrea Gomes Antunes, de Minas Gerais, atuando de assistentes. A paulista Marianna Nanni Batalha atuou de quarto árbitro, Patrícia Carla de Oliveira de quinto arbitro e Regildenia de Holanda Moura de analista de campo.

Como Péricles atuou de VAR, Bárbara Roberta da Costa Loiola, do Pará, atuou de AVAR e Silvia Regina de Oliveira de observador de VAR.

Final 2020

Em 2020, a final foi disputada entre Corinthians e Kindermann, de Santa Catarina. A equipe paulista venceu o confronto final por 4 a 2 e como havia ocorrido empate em 0 a 0 na primeira partida, ficou com o titulo daquele ano. Rodolpho Toski Marques apitou o primeiro jogo e Wilton Pereira Sampaio apitou a final. 

Dos 18 árbitros escalados nos dois jogos, contando arbitragem de campo e VAR, 13 foram da árbitros masculinos. Já nesta temporada, das 17 escalas, 16 pertencem ao quadro feminino.

Na temporada passada critiquei duramente a Comissão de Arbitragem da CBF por não utilizar integrantes do quadro feminino nas finais da principal divisão da categoria e critiquei também as justificativas, relatadas acima, por entender ser indícios de falta de planejamento com a arbitragem feminina. 

Como o equívoco foi corrigido este ano, não seria justo se desta vez não parabenizasse os membros da CA-CBF pelas designações justas e merecidas que entendo serem primordial para a afirmação e o crescimento cada vez mais da categoria.

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Fratura exposta do apito

 O cartão nas mãos de Diego Souza além da desmoralização é uma fratura exposta na arbitragem brasileira

Diego Souza com o cartão que tomou do árbitro - Crédito: Pedro H. Tesch/AGIF 

No ultimo final de semana, na partida Grêmio 0x1 Corinthians, disputada na Arena Grêmio, em Porto Alegre, ocorreu uma cena triste e revoltante, pela passividade do árbitro, que chamou atenção e marcou, mais uma vez, de forma negativa a arbitragem brasileira.

O jogador Diego Souza, do time Gaúcho, literalmente tomou o cartão amarelo das mãos do árbitro Ricardo Marques Ribeiro, de Minas Gerais, revoltado pelo árbitro ter só advertido o goleiro corintiano Cássio, após este cometer uma falta fora da área. O pior da cena foi ver um arbitro atônito e surpreso com a atitude do jogador não tomar a única medida cabível no momento que seria a expulsão imediata do agressor, porque sim, tomar o cartão das mãos do árbitro foi uma agressão, não só a Ricardo Marques, mais a toda arbitragem brasileira.

Como ato seguinte, na cena cômica e digna de filme pastelão, para não dizer ridícula, Ricardo em vez de expulsar o contumaz indisciplinado, tirou do bolso outro cartão amarelo e mostrou ao jogador, não para puni-lo, mas para mostrar que tinha outro cartão de reserva no bolso, como se já estivesse esperando essa situação (veja abaixo).

Os homens de preto não se dão o devido respeito, não são respeitados como prevê a regra 5 das leis do jogo e na grande maioria não são árbitros, mas sim mediadores que apitam não querendo desagradar nenhum dos clubes e nem a comissão de arbitragem para estarem escalados na próxima rodada.

Após a partida, um dirigente gremista disse em entrevista que Ricardo já deveria estar aposentado, mas após uma cena como essa a sensação que fica é que realmente já está aposentado faz tempo e cumpre as escalas mais preocupado em receber a taxa de arbitragem do que em aplicar a regra com os rigores que a função exige.

Culpa dele? Não! Culpa de quem escala que não preparou alternativas para um arbitro aposentado em atividade que sempre entregou bem menos do que dele se espera para o nível de um arbitro que chegou ao quadro internacional e apitou grandes jogos.

Deixando claro que as críticas são dirigidas ao árbitro e nada pessoal contra Ricardo Marques, uma pessoa educadíssima que sempre me tratou com retidão e como cidadão tem minha admiração e respeito.