Prezados leitores,
O Paraense Dewson Fernandes Freitas da Silva usando o dilatador (99% de uso pelos árbitros)
Como escrevi no post anterior, o 30º Congresso da Anaf foi muito proveitoso em todos os sentidos. Nele, obtive informações finais para alguns assuntos que estavam pendentes e algumas novas sobre o mundo da arbitragem. Neste e nos próximos posts, estarei postando informações obtidas ao pé do ouvido, que mostrará para quem está de fora, o quanto é brilhante, instigante e fascinante o mundo da arbitragem.
Também falarei da entrevista infeliz e cheia de rancor de um certo presidente que sonhara ser o libertador. Pena que seus soldadinhos eram todos de chumbo!
Patrocínios Anaf
Vou começar por um assunto que interessa a todos. Em 2008 diretoria da Anaf, fechou contrato com a empresa Glaxo no valor total de CR$ 325.320,00 reais. Deste total, somente 198 mil foram destinados aos cofres da Anaf, o restante, absurdos 127 mil reais ficaram a titulo de impostos e agenciamento para um árbitro famoso que goza de muito prestigio no meio da arbitragem. O contrato foi assinado no dia 31 de julho de 2008 por Jorge Paulo de Oliveira Gomes (presidente da Anaf), Márcio Andrei Bank (diretor de marketing da Glaxo) Vagner Tardelli Azevedo (árbitro Fifa como anuente) entre outros anuentes e testemunhas.
Em 2010, já sob a presidência de Marco Antônio Martins, apesar da cota pedida ter sido nos mesmos valores de 2008, eles foram reduzidos para CR$ 120.000,00 reais e sem margens para negociação, ou a entidade pegava, ou largava e convenhamos, naquele momento, sem caixa até mesmo para os serviços mais básicos, a Anaf não estava em condições de recusar recursos, mesmo que fosse uma quantia insignificante como a empurrada goela abaixo. Em nova reunião para tratar valores para 2012, a entidade preiteou novamente os valores de 2008 (325 mil), a Glaxo deu de imediato uma resposta negativa alegando que os valores seriam muito alto, que o foco estava voltado agora para os jogadores de futebol e que a arbitragem não seria mais uma prioridade da empresa.
Porém, as portas não foram totalmente fechadas, a Glaxo solicitou que a Anaf apresente um projeto de tempo de exposição, o que esta sendo realizado e será apresentado no próximo dia 06 de dezembro. Segundo já foi apurado, há um comprometimento muito grande por parte da arbitragem sendo que o uso dos dilatadores atingiram a marca de 99% e, enquanto a Glaxo paga 120 mil ano à entidade, somente na final da Copa do Brasil deste ano, o retorno de mídia foi apurado em 88 mil reais.
Segundo apuramos também, a Glaxo estaria pagando para alguns atletas ligado a empresa 9ine agency (Ronaldo) a quantia de CR$ 20.000,00 reais mês (esta informação não foi confirmada). Apuramos também que em 2010, a Lupo Sports ofereceu um milhão de reais para estampar sua marca nos calções dos árbitros no Brasileiro, quantia que poderia ser aumentada substancialmente mediante uma negociação que nem foi aberta pelo motivo da entidade dos árbitros não ter autorização para comercializar o espaço.
Volta do exílio!
No último dia 18/11/2011 sob o titulo Transparência e credibilidade o ex-presidente da Anaf Jorge Paulo de Oliveira Gomes falou sobre sua presença na audiência pública em Brasília organizada pela da Anaf. Vou comentar a entrevista porque tendo as informações e documentos que tenho, não posso me calar diante de tamanha disparidade.
Separei alguns pontos importantes e vou comentar e indagar um por um. Quero deixar claro que não conheço pessoalmente Jorge Paulo de Oliveira Gomes, como sempre disse, não posso falar do cidadão e sim do dirigente, deste sim, conheço suas atitudes e sei muito bem que este santo tem pau oco!
1 – Jorge Paulo: “Fui brigar pelos direitos dos árbitros e não me curvei aos caprichos escusos e até hoje maus explicados!”.
Comentário: Jorge Paulo brigou com tudo e com todos, menos pelos interesses dos árbitros. Se realmente tem caprichos escusos maus explicados como ele diz, ele deve vir a publico e explicar, como poe exemplo os 127 mil de agenciamento (não foi revelado o agenciador) e impostos até hoje mal explicados.
2 – JP: “Aliás, como muitas coisas na minha gestão, que desde o começo, e não era segredo pra ninguém, havia um exército de insatisfeitos com as minhas atitudes, dispostos a naufragar tudo que eu me propusesse a fazer”.
Comentário: Ingratidão é uma das piores coisa de um ser humano, esquecendo ele dos abnegados que foram escraxados e ameaçados por José de Assis Aragão, onde até reunião no meio da rua fizeram para o bem da entidade e para dar suporte para sua eleição e posse.
3 – JP: “O Presidente da Anaf, que não era da minha Diretoria, mas sempre teve um relacionamento estreito com o Presidente da Comissão de Árbitros da CBF, se posicionava sempre que podia contra mim, a favor da CBF. Fui taxado de tudo que puderam me taxar. Burro, foi o mais brando dos adjetivos que recebi”.
Comentário: Dirigir uma entidade de classe não é confrontar e bater o pé para dizer que tem força como feito na sua trágica administração. Em pouco mais de um ano no poder, a atual diretoria resgatou a entidade e conseguiu ganhos que jamais seria conquistado com sua forma jurássica de administrar. Ninguém ficou contra você, graças a Deus, ficaram todos a favor da Anaf.
4 – JP: “Eu poderia muito bem ter aceitado o que me ofereceram para não levar a frente essa vontade maldita de ver o árbitro escolher o seu próprio uniforme e receber os benefícios provenientes do contrato. Queriam me dar um cala boca e não aceitei essa afronta”.
Comentário: Como cidadão acima de qualquer suspeita como diz ser, deve vir a público dizer quem e o que te ofereceram como cala a boca para não levar a frente sua vontade. Acusar e levantar suspeitas pela metade não é o melhor caminho para se defender como sabe por ser da área jurídica.
5 - JP: “Os árbitros continuam a fazer papel de bobos da corte, enquanto os príncipes incham suas barrigas e suas contas bancárias”.
Comentário: Se os árbitros continuam é porque você julga que na sua época de árbitro e de dirigente já era assim. Você insinua que alguém esta inchando a conta bancaria e deveria dizer quem são essas pessoas e como ocorre esse inchaço.
Jorge Paulo de Oliveira Gomes foi presidente da Anaf de 14/11/2007 a 26/08/2010, neste período tomou decisões em sua grande maioria de forma equivocada. Vender o patrimônio da entidade foi uma delas, fechar parceria com um site de fofocas e guiar os árbitros para o enfrentamento com a CBF foram outras duas. Felizmente os árbitros não deram ouvidos ficando ele de megafone na mão, sozinho e pregando no deserto. Quando uma pessoa diz que suas decisões são equivocadas, essa pessoa pode estar errada, mas quando todos dizem isso, com certeza, o errado é você!
Para fechar com chave de ouro e mostrar que o santo realmente é de pau oco, já faz mais de um ano que ele entregou o cargo de presidente da Anaf e como esta registrado em ata, até hoje ele ainda não prestou conta e nem devolveu os documentos que pertence à entidade e que esta indevidamente em seu poder. Poderia ter aproveitado a estadia dos dirigentes da entidade em Brasília para devolver esses documentos. Não sei o que a atual diretoria esta esperando para tomar uma atitude mais drástica para reaver esses documentos, pois pelo visto, a diplomacia não funcionará neste caso.
É tudo que tenho para dizer deste infeliz reaparecimento, Jorge Paulo perdeu uma excelente oportunidade para ficar calado e asilado na sua insignificância de sempre. Uma vez, por e-mail, Jorge Paulo me disse que “quem com porcos andam, farelo come”. Pela a sua entrevista e pela sua companhia durante ela, posso dizer que este ditado cabe perfeitamente para ele e tenho dito!
Obs. O espaço esta aberto para caso Jorge Paulo queira se pronunciar.
No próximo post, falarei do contrato com a Penalty e de algumas reivindicações feita pela Anaf para a CBF no dia 09 de novembro.
Frase: “Política não se faz com ódio, não é função hepática. É filha da consciência, irmã do caráter, hóspede do coração” (Ulisses Guimarães)