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quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

FELIZ ANO NOVO VELHO: Péricles Bassols desaposenta para apitar Paulistão 2021

Aposentado desde 2017, carioca de 45 anos vai ser principal atração do apito paulista na próxima temporada

Péricles Bassols - Crédito: CBF

A arbitragem paulista vem recebendo críticas a anos pela falta de renovação no seu quadro. Seus principais árbitros, Raphael Claus, Luiz Flavio e Flavio Souza estão na casa dos 40 anos e nenhum dos nomes lançados nas últimas temporadas conseguiram se firmar.

Quando assumiu o comando da comissão de arbitragem no fim de 2019, Ana Paula Oliveira prometeu, entre outras, trabalhar duro em busca de novos valores, mas não foi bem isso que ocorreu. Basta consultar os árbitros que foram utilizados nas finais das cinco principais divisões do estado deste ano, onde, com raríssimas exceções, muitos deles com idade avançada, anos e anos de quadro e sem nenhum destaque, tanto a nível estadual, como nacional. Os chamados árbitros da reborréia, como diria um ex-dirigente do apito paulista.

Sem perspectivas que um deles sobressaia e sem esperanças que algum fenômeno desponte repentinamente no atual quadro, a aposta agora será em um árbitro aposentado em 2019, desatualizado e que virou comentarista de arbitragem e, por vezes, tecendo críticas aos atuais árbitros. O polêmico Péricles Bassols Pegado Cortez, um ex-árbitro com 45 anos de idade (03/07/1975), que foi árbitro do quadro carioca de 2007 a 2015 onde teria saído pelas portas do fundos após dezenas de polêmicas e atritos com o então presidente da Coaf, Jorge Rabello, se torna do dia para a noite a principal esperança e aposta da CEAF Paulista.

Bassols ingressou no quadro da FIFA em 2010 e saiu no fim do mesmo ano perdendo a vaga para Gutemberg Fonseca. Bom de bastidores, retornou em 2012 permanecendo até o fim de 2017 quando deixou o quadro internacional  por deficiência técnica. Namorou a bela ex-assistente FIFA Paulista Maria Eliza Correia Barboza, mas ficou marcado mesmo pela final do campeonato brasileiro de 2011 ao não marcar pênaltis para o Vasco nos dois jogos contra o Flamengo.

Segundo informações de bastidores, na época de ad Boy, quando era conhecido como ‘Menino do Rio’, teia sido filiado a torcida organizada Young Flu.

Atuou por dois anos no futebol pernambucano (2016/2017) de onde saiu da mesma forma que entrou, ou seja, sem ser percebido ou deixado qualquer legado. Foi contratado no início de 2019 pela Turner onde desempenhou a função de analista de arbitragem até dezembro deste ano. Morando em São Paulo, surpreendentemente alinhavou sua vota ao apito na maior federação do país que gasta cerca de três milhões anuais só com a arbitragem.

Ex-árbitro atuando como comentarista de arbitragem da Turner - Crédito: Twitter

Na manhã desta quinta-feira, último dia do ano, entrei em contato com Ana Paula de Oliveira que gentilmente respondeu confirmando Péricles como árbitro em campo, mas com prioridade para atuar no VAR a partir do próximo Paulistão.

A edição do Campeonato Paulista de 2021 tem início em 28 de fevereiro e a grande novidade ficara por conta da presença do VAR (árbitro de vídeo) em todas as partidas, incluindo a fase de grupos sendo que os gastos serão todos da Federação Paulista de Futebol (FPF).

Na temporada deste ano, o árbitro de vídeo foi utilizado apenas no mata-mata.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Cabidão de emprego e as lambanças da comissão de arbitragem da FPF

Desatenção em modelo de declaração de próprio punho obriga quadro refazer cadastro para temporada 2021

Mesmo com gigantesco recursos monetário e de estrutura e vários membros a disposição, o que transforma o departamento em um verdadeiro cabidão de emprego, a Comissão Estadual de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol, que tem como Presidente Ana Paula Oliveira, abusa do direito de cometer erros, muitos deles aqui relatados ao longo dos anos, como mais esse a seguir.

Desde os tempos que Ana Paula era assistente sensação e requisitadas em todos os jogos e até os dias de hoje, os árbitros, em época de renovar inscrição no quadro estadual de arbitragem, são obrigados a redigir uma declaração de próprio punho, seguindo um modelo disponibilizado pela FPF, requerendo sua inscrição.

Neste ano, referente temporada 2021, não está sendo diferente. Ocorre que o modelo deste ano, que o Blog teve acesso, como você pode ver abaixo, diz que as taxas seriam pagas pelos clubes mandantes ao Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (Safesp), que por sua vez repassaria aos árbitros como ocorria até o fim do ano passado.

Porém, o termo de parceria entre FPF e o Sindicato foi encerrado, quando da eleição de Aurélio Sant'Anna e Regildenia de Holanda Moura, para o presente mandato, que se manifestaram publicamente contra o acordo.

O Blog entrou em contato com Ana Paula, presidente da CEAF paulista, perguntando sobre o documento que alegava parceria com o sindicato. O Blog ainda indagou se não seria algum tipo de erro, até mesmo que ela própria, é citada como 'senhor' no documento, mas a dirigente negou a existência da parceria com o sindicato no documento e afirmou que só o pagamento das taxas do feminino seria via Safesp, como você pode conferir abaixo.



Só que em menos de 30 minutos após contato do Blog, a FPF não só alterou o modelo da declaração no portal do árbitro, como estendeu o prazo via grupo de whatsapp para a entrega da nova declaração, desta vez sem mencionar que receberiam as taxas do Safesp, como você pode ver abaixo.

A estrutura da FPF é inchada, cara e não apresenta grandes resultados, principalmente se levando em consideração o custo benefício. Para piorar as coisas, se equivocam costumeiramente e cometem erros primários, o que é inadmissível e prova cabal de que nem sempre ser bom dentro de campo significa que terá bom desempenho como gestor nos gabinetes com poltronas macias e ar condicionado.

Desta vez o recurso "copiar e colar" falhou e se não fosse os questionamentos deste Blog, pelo qual não recebeu qualquer agradecimento, mas provavelmente críticas, mais um erro grave foi evitado, desta vez contra o edital de inscrição, desta comissão abastada em recursos, mas péssima em resultados.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Falta de renovação na arbitragem Paulista e o machismo na CBF

 Em São Paulo, Ana Paula Oliveira assumiu a presidência da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF) no final de 2019 e com uma comissão mais jovens, prometeu uma renovação no quadro de árbitros e uma gestão mais moderna. Até agora não saiu da promessa!

Ana Paula Oliveira chefe da arbitragem paulista — Foto: Rodrigo Corsi/FPF

A Comissão comete os mesmos erros das comissões anteriores escalando no Campeonato Paulista Sub-23, árbitros do quadro nacional para partidas das rodadas simples, como Vinícius Gonçalves Dias Araújo na partida Jabaquara x Itararé, Adriano de Assis Miranda em Independente x Osvaldo Cruz, Rafael Gomes Félix da Costa no confronto Mauá x Amparo, Thiago Duarte Peixoto em Bandeirante x XV de Jaú e Márcio Henrique de Góis em Francana x Rio Branco.

E aí vem a pergunta: Cadê a tão falada renovação Ana Paula?

Respeita as minas CBF

Já a CBF, que fez evento para promover a final do Brasileirão Feminino, que diz tanto em empoderamento feminino, que investiu e investe cada vez mais na categoria, dá exemplo de machismo ao escalar no primeiro jogo da final um árbitro do quadro masculino da FIFA, com mulheres de assistentes e no VAR e o resto da equipe composta por homens.

Jogo de ida entre Corinthians e Avaí na Arena Itaquera - Crédito: Frederico Tadeu/Avaí

Será que Edina Alves Batista (SP), seis jogos na Série A do brasileiro deste ano; Rejane Caetano da Silva (RJ), jogos na C e D; Thayslane de Melo Costa (SE), jogos na C e D; Deborah Cecília Cruz Correia (PE), jogos na C e D; Charly Wendy Straud Deretti (SC), jogos na C e D,  todas elas com escudo FIFA não poderiam apitar as finais? Se não, porque ostentam o escudo internacional? Falta de opção? Falta de confiança da Comissão NAS MINAS ou o que?

Pelas escalas, e como diz Sérgio Corrêa, as escalas falam, as árbitras servem para apitar as partidas do masculino e não servem para atuar nos confrontos decisivos do feminino. Confesso que tento entender, mas não consigo!

Alguém do comando da arbitragem na CBF poderia responder ao Blog e também aos leitores e amantes do futebol e da arbitragem, que torcem verdadeiramente pelo esporte mais popular no mundo.

Atualizado: 13:10hs: Segundo informações pós postagem, o paranaense Paulo Roberto JR. seria o escalado para a partida da volta da final do feminino entre Corinthians e Avaí, que será disputada no dia 6 de dezembro em Florianópolis-SC.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

SAFESP é subserviente à FPF em pagamento do Paulista Feminino

Entidades estariam cometendo possíveis irregularidades conforme lei de incentivo ao esporte

O Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (Safesp), publicou chamada em seu site oficial, onde convoca os árbitros que estão atuando no Campeonato Paulista Feminino 2020 para receberem as taxas de arbitragem das partidas.

A chamada, em minha opinião, não é necessária, tendo em vista que a maioria dos árbitros são associados e a entidade tem os dados bancários, bastando pagar.

Mas extraoficialmente está sendo quase que implorado que os árbitros quitem a anuidade e façam a doação dos 3% para que o Sindicato possa honrar com seus compromissos, principalmente salários das funcionarias e despesas básicas, dentre elas supostamente cinco meses de energia elétrica.

Ocorre que o Safesp pagará as taxas do feminino por um único objetivo, o Campeonato Paulista Feminino 2020, à exemplo de anos anteriores, é realizado por meio de Convênio Público da Lei de Incentivo Paulista do Esporte, firmado entre a Federação Paulista de Futebol e o Governo do Estado de São Paulo por intermédio da Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude.

A FPF possui outros convênios nos mesmos moldes de aporte financeiro com o Governo do Estado.

Os convênios dessa natureza são regulares e normais entre as entidades do desporto e associações que buscam o desenvolvimento e a prática esportiva, de lazer e recreação, seja de forma participativa ou no alto rendimento, mas por se tratar de repasse de recursos públicos, mesmo que indiretamente, eles são fiscalizados pelo Governo e devem contratar fornecedores e prestadores de serviços que tenham como objetivo final o fornecimento do serviço e/ou bem contratado/comprado, com os melhores preços e a sua documentação fiscal, trabalhista e previdenciária em dia. As contratações ainda devem ocorrer, preferencialmente via chamamento, como exemplo a própria FPF  já está fazendo para o Feminino de 2021.

Para cada bem ou serviço, é necessário no mínimo três orçamentos de empresas idôneas à manter relações com a administração pública.

Agora é que começa as supostas irregularidades em relação ao fato de o Safesp pagar as taxas de arbitragem do Campeonato Paulista Feminino.

Se o Safesp pagará às taxas é porque apresentou, quando do chamamento para fornecimento, melhor proposta financeira e atendeu todas as exigências da lei e será o responsável direto pelas escalas dos oficiais de arbitragem que irão trabalhar na competição.

Mas na prática, não é bem assim. O sindicato esta se colocando mais uma vez na condição de submisso aos interesses da FPF e apenas vai pagar os prestadores de serviços, sem ser o responsável direto pelas escalas. As designações estão sendo feitas pela Comissão de Arbitragem da FPF, que tem Ana Paula Oliveira como presidente e usando-se dos árbitros inscritos no quadro de arbitragem da FPF conforme print abaixo:

A escala completa do feminino e de todas as rodadas estão no portal da FPF (clique aqui e confira).

A contratação também deve ter ocorrido de forma equivocada, pois é do conhecimento de todos, inclusive da própria FPF, que o Safesp não está com suas certidões em dia, principalmente a do ISS, pois o atual presidente Aurélio Sant´Anna Martins, que está licenciado, disse ter pedido ajuda à FPF, mas em consulta ao portal da Prefeitura de São Paulo, o Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo está sem suas certidões legais em dia e em vigência.



Não é possível também obter a Certidão Mobiliária da Prefeitura de São Paulo.

Os problemas com certidões são em outras instâncias e órgãos também. Por exemplo a CND Federal é obrigatória e não sai.

Mediante estes fatos, como pode a FPF contratar o Sindicato como fornecedora dos serviços de arbitragem para o Campeonato Paulista Feminino, uma vez que esse serviço será pago por meio do incentivo estadual e é parte do processo administrativo e plano de trabalho junto à SELJ.

O projeto na integra pode ser acessado no portal de Transparência do Governo Estadual e no site da Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo, ou ainda pelo site www.lpie.sp.gov.br (Clique aqui).

O Blog encaminhou e-mail para a comunicação da FPF com pedidos de esclarecimentos e o envio de documentações para que sanasse definitivamente as dúvidas, porém até o fechamento desta matéria, não obtivemos retorno. Dentre as nossas considerações perguntamos, por exemplo:

- Quais empresas enviaram orçamento para a prestação de serviços de arbitragem?

- O contrato e o orçamento enviado pelo Safesp à época.

- Como o Safesp pagará a arbitragem se não é quem fornece os árbitros?

- Se a FPF, supostamente a pedido dos árbitros, está pagando as taxas dos demais campeonatos diretamente aos mesmos, porque no Feminino se optou pelo Safesp?

Também mantive contato com o presidente da Federação Paulista de Futebol, Sr. Reinaldo Carneiro Bastos, que prontamente respondeu com o respeito e a cordialidade de sempre e informou que:

“Toda e qualquer denúncia deve ser esclarecida sempre.

Garanto a você que não há irregularidades no nosso convênio com Selj para apoio do futebol feminino de São Paulo.

Este convênio existe há alguns anos e nossas prestações estão todas aprovadas”.

Em relação às nossas perguntas sobre o Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo, Reinaldo Carneiro, informou:

“Não conheço a situação do Sindicato dos Árbitros, mas a pedido dos nossos árbitros pagamos a todos eles diretamente, sem passar pelo Sindicato.

Assunto sobre arbitragem, resolvemos com os nossos árbitros.”

Reinaldo Carneiro mostrou-se muito digno e atencioso para com o Blog e tenho a plena certeza de que irá apurar as irregularidades aqui apontadas e se for o caso, responsabilizar os responsáveis por eventuais equívocos ocorridos na esfera da sua entidade.

Quanto ao Safesp, o seu presidente licenciado estará concorrendo nos próximos dias ao cargo de vereador na cidade de Jacareí e se eleito, espero que renuncie ao cargo de Presidente e se perder o pleito municipal, que se empenhe em realmente trabalhar dignificando o cargo para o qual foi eleito, pois até o presente momento, nada fez pra isso.

Quanto a presidente em exercício, Regildênia de Holanda Moura, continua cumprindo suas escalas e compromissos com o futebol profissional enquanto o prédio da entidade continua fechado e abandonado as traças.

Há quem diga que o Safesp feche as portas definitivamente nos próximos meses, se nada for feito.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Leilão Beneficente da FPF e o Banco Digital

Após recusar ajuda na pandemia, leilão da entidade paulista destina 156 reais para cada árbitro e obriga abertura de conta digital em banco parceiro 

Imagem: Reprodução FPF

A Federação Paulista de Futebol - FPF - por meio de sua Comissão de Arbitragem, posicionou a todos de forma pública que a entidade não tinha a obrigação de auxiliar os profissionais do seu quadro de arbitragem, pois segundo a entidade, os mesmos são autônomos e não existe qualquer vínculo empregatício entre as partes.

Esse comportamento de ‘lava as mãos’ por parte da FPF, causou grande revolta silenciosa no quadro, que durante toda a pandemia foi obrigada a manter os treinamentos físicos em dia, participar das atividades online e em plataforma digital, para estarem aptos as escalas no retorno do futebol.

A recusa na ajuda foi uma decisão na contramão em relação à atitude de outras federações e entidades e principalmente a CBF – Confederação Brasileira de Futebol -, que doou cerca de dois milhões de reais a categoria.

Segundo uma fonte na entidade, por suposta exigência de um dos patrocinadores, a FPF realizou uma série de leilões com camisas e outros objetos doadas por clubes, jogadores ex-jogadores famosos com objetivo de arrecadar valores para ajudar atletas, ex-atletas e árbitros em uma iniciativa em parceria com a Sincredi, Maré do bem, EY e Penalty.

Acontece que os árbitros começaram a receber o seu percentual de doação, fruto do leilão, em valores individuais médios de R$ 156,99, mas apesar da soma irrisória, somente os árbitros que atenderem todos os requisitos do edital do leilão, para receber, são obrigados a abrir uma conta digital no Banco Maré, um dos apoiadores do leilão.

Depósito na conta digital aberta pelo árbitro

Os procedimentos, orientações e determinações para o recebimento foram repassados ao quadro de arbitragem por meio da Circular 276/FPF assinada pelo Presidente da FPF Reinaldo Carneiro Bastos e pelo seu vice-presidente de Comunicação e Marketing, Bernardo Itri.

O absurdo é o fato de que para receber uma doação que beira o ridículo, o profissional ainda tem que abrir conta em um banco digital que tem registro de sérias reclamações no Portal Reclame Aqui, conforme você pode conferir clicando aqui.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Federação Paulista veta árbitro por não participar de lives

Crédito imagem: Reprodução Watch ESPN

Desde o início da pandemia do Covid-19, a Federação Paulista de Futebol, tem realizado diversas atividades online com árbitros do quadro Estadual. No início de abril deste ano, no inicio da quarentena, em entrevista ao canal ESPN, Ana Paula Oliveira, presidente da comissão de arbitragem da FPF, disse que a entidade estava realizando treinamentos através da internet e monitorando a parte física dos árbitros enviando vídeos e sugestões de treinamentos para serem feitos em casa.

Pouco tempo depois a entidade passou a realizar lives exclusivas com os árbitros do quadro estadual, mas nem todos puderam participar devido a estrutura em suas residências sem sinal de internet, falta de computadores e até mesmo celulares mais modernos para participarem das atividades online.

Lembrando que a pandemia pegou em cheio a categoria com muitos árbitros não tendo sequer o que comer e não puderam se dar ao luxo de investir em equipamentos para participarem das lives. Lembrando ainda que a FPF não fez nenhum tipo de aporte financeiro como adiantamento das taxas ou deu qualquer ajuda aos árbitros durante o tempo que ficaram sem atuar por conta do coronavírus.

Durante a paralisação das atividades, tudo, ou quase tudo, foi feito pelos governantes, pela CBF que fez aporte substancial aos árbitros do quadro nacional, pela ANAF que socorreu as entidades estaduais, por diversas Federações e Sindicatos para minimizar a crise no setor como contas atrasadas sem corte de energia, isenção de multas, de taxas de inscrições da CBF e das Federações.

Crédito imagem: Reprodução Instagram

Mas em São Paulo, onde esta a Federação mais rica e mais bem estruturada do futebol brasileiro, praticamente virou as costas para os árbitros. Para piorar e mostrar mais uma vez que a entidade nunca se preocupou com a arbitragem como seus dirigentes gostam de afirmar, árbitros afirmam que não estão sendo escalados por não terem participado de algumas lives, só que o critério não estaria sendo usado na mesma medida com todos.

Segundo um árbitro que não quis se identificar com medo de represálias, ao questionar o porque que não estaria sendo escalado nos atuais campeonato da entidade sendo que esta apto em todos os quesitos físicos e técnicos, ouviu como resposta que o mesmo não teria participado de todas as lives. Segundo esta fonte, o arbitro Benedito Alessandro de Jesus Santana, não teria sido aprovado nos testes físicos de março, mas como supostamente participou de todas as lives, está sendo convocado para as atividades físicas (Ariet) visando atuar nas competições em andamento da FPF.

Se confirmado e tudo indica que sim, o critério é absurdo, ilegal, tendo em vista que os árbitros são autônomos e até mesmo cruel, a comissão de arbitragem da FPF colocar a presença online em todas lives como um pré-requisito como se em nosso país tivéssemos uma tecnologia espetacular.

Crédito imagem: Reprodução FPF

Entrei em contato com Ana Paula Oliveira para que falasse sobre a denúncia. Ana retornou o contato, mas coincidentemente e apesar dos 100 MB de velocidade, o sinal da internet estava ruim e não conseguimos conversar. Também não conseguimos restabelecer contato até a publicação desta matéria.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Sem luz no fim do túnel: Sindicato Paulista pode ficar às escuras

Safesp não teria pago plano de saúde das funcionárias, as quatro ultimas contas de água e luz e fornecimento pode ser interrompido a qualquer momento

Depois deste Blog noticiar o total abandono da manutenção, limpeza e conservação da sede e também da ausência de administração do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (SAFESP), venho informar que a entidade poderá sofrer com a falta de água e ficar, literalmente, às escuras nos próximos dias. Isso mesmo, as escuras foi o que eu disse, pois as contas de energia elétrica não estariam sendo pagas o fornecimento pode ser interrompida a qualquer momento como consta na notificação de contas vencidas da ENEL enviada a entidade.

O Blog teve acesso as contas de energia da entidade (abril, maio, junho e setembro) e antes que façam uma auditoria e mova nova ação para descobrir como consegui o documento, informo que obtive com a concessionaria e como nas vezes anteriores que divulguei documentos, de forma licita e sem hackear qualquer equipamento.

O documento abaixo, com vencimento em 14 de setembro, traz notificação de contas vencidas e não quitadas nos meses de  abril, maio, junho e setembro do presente ano que somam R$ 1.505,94 em atraso.

Fora as contas mais básicas, pois as de água também não estariam sendo quitadas, uma fonte próxima a tesouraria da entidade informou que o plano de saúde das funcionárias, com custo de cerca de mil reais mês, não teria sido pago nos últimos meses. Segundo a fonte, duas delas deram à luz recentemente e o não pagamento do convenio, além da preocupação normal de não ter direito a assistência médica, pode trazer sérios problemas, principalmente aos bebês que não terão a segurança de uma rede médica conveniada caso precise.

O pagamento do salário das três funcionárias está garantido até este mês, pois está sendo custeado pelo Governo Federal por meio do incentivo dado para o enfrentamento da pandemia, causado pela Covid-19. Mas como ficara após isso?

Outra preocupação é se o seguro de vida dos associados está em dia. A indagação é por conta dos dias difíceis que a humanidade passa por conta da pandemia e se algum associado vier a falecer, se o pagamento não estiver em dia, a família não receberá o valor da apólice.

Sei e entendo todas as dificuldades do momento e por esse motivo faço um apelo aos árbitros e associados que recolham a porcentagem que é de direito do Safesp – aprovado em Assembleia - e também para todos os árbitros e ex-árbitros que durante o processo eleitoral ressurgiram dos mortos, inclusive gravando vídeos, entre eles Sálvio Spinola, Cleber Abade, Renata Ruel, José de Assis Aragão, Benedito Martinho, que façam de livre e espontânea vontade a doação de qualquer valor para o sindicato paulista conseguir respirar por mais alguns dias e quem sabe surgir uma saída desse caos.

É legal e estatutariamente permitido o Safesp receber doações. Segue os dados bancários para quem quiser ajudar: 

Banco: Bradesco

Agência: 0549,

Conta Corrente: 79900-9, 

Favorecido: Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (CNPJ para DOC ou TED: 51.736.908/0001-07).

Neste post, como disse que faria e como é minha obrigação, informei apenas algumas das muitas coisas erradas que estão acontecendo na entidade e em breve farei uma super matéria dos bastidores do prédio “José de Assis Aragão”, isso se ele resistir ao abandono e estiver de pé até lá.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Safesp e a total omissão de dirigentes e associados

Seguindo o compromisso de levar aos leitores a série de matérias sobre o atual momento do sindicato paulista de arbitragem, hoje vou pontuar a total omissão dos dirigentes e associados!

Aurélio Sant´Anna Martins

Presidente licenciado e que até a presente data não mostrou a que veio, mal assumiu o cargo e abandonou o sindicato para concorrer às eleições municipais na cidade de Jacareí em uma vaga ao Legislativo, órgão que fiscaliza o Executivo e é o responsável por criar as leis municipais. Mas em seu exemplo pessoal não fez isso em nenhum momento, em ato ou decisão junto ao Safesp, pois não foi capaz de cumprir coisas simples como transparência prometida, auditoria nas contas da antiga administração, nomeações dos cargos e comissões entre outros. Aurélio é Maçom, instituição que prega a tolerância, a igualdade, o respeito a autoridade, a liberdade e fraternidade. Bem diferente da sua realidade.

Crédito: Instagram

Com esse comportar já começam a surgir comentários na categoria de que quando eleito o pensamento era: pior não pode ficar! Mas ficou!

O presidente licenciado precisa urgentemente falar com seus associados e mostrar a que realmente veio, inclusive explica a relação com seu suposto diretor de marketing, assessor pessoal e “aspone” Daniel Destro, que continua a “floriar” nas notícias divulgadas no site da entidade.

Se não tem o que esconder, sugiro publicar no site o Regimento Eleitoral que o elegeu, já que publicaram o Estatuto e até mesmo para que todos possam ler o artigo 5º do presente Regimento em que proíbe de concorrer e de permanecer no cargo pessoas com vínculo ao futebol profissional (presidente e vice).

Abaixo print do conteúdo extraído do Regimento Eleitoral de 2.004 e que conduziu o processo eleitoral.

Regildênia de Holanda Moura

Vice-presidente eleita, atual presidente em exercício e respondendo pelo expediente do Sindicato, assim como os demais da sua chapa, “sumiu” das redes sociais na luta por melhores condições dos árbitros paulistas no exercício de suas funções e está sendo mais uma, infelizmente, a usar do cargo para voos maiores.

Regildenia Moura com Emerson Augusto durante curso da Conmebol - Crédito: facebook

Não entrarei no mérito técnico ou merecedor das funções que Regildenia vem desempenhando junto à FPF como analista, junto à CBF como assessora e junto à Conmebol como instrutora técnica e analista, mas sim no aspecto da mesma ignorar totalmente o Regimento Eleitoral e o Estatuto Social da entidade onde ela hoje representa como presidente, mas entro no mérito da moralidade do caso.

Regildênia e muitos outros árbitros obtém boa parte da renda pessoal atuando no futebol profissional. Certamente ela sabia disso quando do processo eleitoral, fez sua escolha e agora é preciso arcar com suas consequências.

Com bom fluxo e trânsito junto às comissões de arbitragem, principalmente em São Paulo por sua proximidade com APO que a convidou para fazer parte da sua comissão, Regildenia vem se destacando e sendo a profissional mais escalada, inclusive batendo recordes no número de escalas em um curto espaço de tempo. Se considerarmos o tempo gasto para cumprir as escalas, os deslocamentos, as aulas e os cursos, onde está o tempo dedicado para a administração da entidade, nesses últimos trinta dias. Por isso não foi surpresa nenhuma ver o total abandono da sede do Safesp, que está literalmente habitada por traças, baratas e ratos de todas as espécies.

Abaixo print com as escalas da CBF nos últimos trinta dias, inclusive com partidas profissionais da Série A, B e C.

Abaixo print da última escala da profissional junto à FPF na Séria A2 do Campeonato Paulista.

Regildênia de Holanda Moura quando questionada por pessoas sobre a atuação dela, insiste em dizer que não possui vínculo e nem atua no futebol profissional, que a maioria de suas escalas são no futebol feminino e que este não é considerado “profissional” no Brasil. Essa argumentação eu nem vou levar em discussão, pois na minha opinião é apenas para desviar o foco.

Reservo-me ao direito de destacar um trecho da súmula oficial (disponibilizada no portal da Federação Paulista de Futebol) e veja o “Profissional” na categoria do jogo.

Seguindo linha de raciocínio logico, se Lucas Canetto Bellotte e Leandro Carvalho da Silva, árbitros envolvidos em polêmicas recentemente na Série A2 do Campeonato Paulista de Futebol Profissional, tivessem como analista de campo Regildênia de Holanda Moura, que certamente e merecidamente teria detonado trabalho deles nas partidas e precisassem do Safesp para representá-los junto à FPF, qual seria o comportamento da dirigente? Defenderia o árbitro que ela detonou na análise ou colocaria em duvidas seu trabalho como analista?

Quem se habilita a responder!

Associados omissos!

O Safesp está abandonado em sua administração, mas também por seus associados. O que já foi o mais importante sindicato do país, hoje está vazio. Um verdadeiro elefante branco encostado em um barranco, com caixa vazio, dividas enormes e administrado por um grupo de aventureiros mais perdidos que cachorro quando cai de caminhão de mudança.

Fotos mostram o abandono da sede do SAFESP

É do conhecimento de alguns que existe um movimento surgindo com alguns associados e outras antigas lideranças para buscar na Justiça um posicionamento oficial de Aurélio e Regildênia, fazendo os escolher entre administrar de fato e como se deve a entidade ou desempenhar suas outras funções. Torço para que isso realmente ocorra o mais rápido possível, pois algo precisa ser feito e por todos!

Também é do conhecimento que ex dirigentes da entidade se movimentam nos bastidores com intuito de angariar apoio entre associados para convocar assembleia, destituir a atual diretoria, empossar uma junta governativa com a missão de convocar novas eleições em conformidade com o estatuto e regimento eleitoral.

Sou contra qualquer tipo de golpe e entendo que se cumpra mandatos conquistados nas urnas, mas entendo também que esta diretoria é ilegítima e como os atuais dirigentes abriam mão de administrar o sindicato, não há outra alternativa a não ser usar a carta magna da entidade para encontrar uma saída para a atual crise e assim salvar esse gigante que está agonizando a espera da pílula milagrosa.

Finalizo afirmando que mais uma vez a entidade foi usada para benefícios próprios, objetivando voos maiores, o que não sou contra, desde que haja trabalho e se cumpra o mandato com ganhos e progressos para ambas as partes.

E informo que seguirei com as matérias, inclusive a do funcionário público, árbitro assistente e atual Diretor Financeiro da Entidade Fabrício Porfírio de Moura, destacando suas “ausências” do posto de trabalho para cumprimento de suas escalas. Viva o portal de transparência!

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Erros de arbitragem na Série A2 balança Comissão Paulista 

A Série A2 do Paulistão, que dá acesso à primeira divisão do Campeonato Paulista em 2021, está definindo seus semifinalistas e após a atuação polêmica e desastrosa de Lucas Canetto Bellotte, que foi afastado para reciclagem, na partida de ida entre Taubaté e São Bento e de Leandro Carvalho da Silva em XV de Piracicaba e Portuguesa, a Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF), através de sua presidente Ana Paula Oliveira, escalou árbitros FIFA, os melhores do estado, para os jogos de volta desses confrontos. Os árbitros serão os mesmos das finais do Paulistão da Série A1 deste ano, que certamente indica que a escala tem objetivo de permanência dos membros da comissão no cargo e minimizar as péssimas atuações dos jogos de ida.

Bronca online

Essa escala de segurança foi feita após dirigentes das duas equipes prejudicadas balançarem as estruturas do prédio de número 55 na Rua Federação Paulista de Futebol, na Barra Funda, em São Paulo, que segundo algumas informações, a "Comissão" só não caiu por conta das reclamações devido o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, de licença no cargo e em viagem fora do Brasil e o presidente em exercício, Mauro Silva, ter agido com sua conhecida paciência e diplomacia com todos.

Abaixo a licença de Reinado, publicada no portal da FPF.

Mesmo com toda a boa disposição de Mauro Silva em minimizar os erros de arbitragem, comenta-se que houve uma reunião de aproximadamente vinte minutos, com a participação de Reinaldo Bastos, de forma online, onde ele de forma áspera, cobrou a Comissão por maior desempenho e seriedade, inclusive teria dito para a "toda poderosa" que não é hora para "inovar" e que o campeonato precisa ser encerrado de forma legitima em campo e sem danos as equipes.

Segundo fontes, durante a reunião, Ana Paula teria tentado argumentar, porém não houve espaço para suas "argumentações" e nada pode fazer a não aceitar o pito.

A bronca foi tão grande que a comissão não teve outra saída a não ser fazer uma escala de segurança para conter a gritaria dos clubes e assim garantir, por enquanto, o emprego de todos. A CEAF paulista definiu que o FIFA Raphael Claus apita Portuguesa e XV de Piracicaba na tarde desta segunda-feira (14) no estádio do Canindé em São Paulo valendo uma vaga para a semifinal e o também FIFA Luiz Flávio de Oliveira atuará na noite da próxima terça-feira no confronto entre São Bento e Taubaté em Sorocaba.

Veja escala abaixo.

Ana Paula, pelo que já se sabe, está com seus dias contados no cargo, nem tanto por sua má gestão, mas principalmente por sua personalidade difícil de se lidar e por ser avessa ao trabalho em grupo.  Dois anos se passaram desde que assumiu o cargo e a arbitragem paulista não evoluiu como prometido e como esperado, pois sequer no quadro de aproximadamente 600 árbitros, tem dois promissores com qualidades para apitar partidas decisivas de divisão de acesso, tendo que recorrer aos medalhões o que torna a gestão pífia, principalmente levando-se em consideração o custo beneficio.

Também conta negativamente seus famosos "pitis" e a total falta de honrar a palavra em compromissos assumidos e começa a fechar portas, antes sempre abertas.

Torço para que a "toda poderosa" desça do salto alto e da imagem de boa menina das redes sociais e realmente desenvolva um bom trabalho para a qual foi contratada, pois os comentários ruins e negativos a seu respeito, que já é do conhecimento de muitos, só crescem e não só em São Paulo, mas no Brasil todo. 

Não é raro dirigentes de outras federações reclamarem por conta das quebra de compromissos assumidos por ela em nome da FPF, o que os colocam em grande dificuldades, principalmente com custos tendo em vista que precisam antecipar passagens aéreas e cuidar da logística necessária para receberem os instrutores paulistas em seus estados. 

Os anos estão passando, a juventude e a beleza não é mais a mesma e pelo visto, comportamento antes ignorado, agora não será mais tolerado. Chegou a hora de mostrar competência para merecer o cargo, pois hoje, apadrinhamento, aparência e o marketing pessoal não esta sendo o suficiente. Fica a dica!

Para finalizar e descontrair dizem que o prédio balançou mais que as arquibancadas do La Bombonera em dia de Boca e River em final de campeonato.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Amapá: Ex-presidente continua mandando em sindicato mesmo com mandato vencido em janeiro

Calão entregando cestas básicas adquiridas com aporte da ANAF - Crédito: Diário do Amapá

Como amplamente divulgado aqui neste canal, a ANAF – Associação Nacional dos Árbitros de Futebol -, disponibilizou em maio, aporte financeiro de 3 mil reais para os sindicatos filiados usarem como auxílio aos seus associados para amenizar a crise por conta da pandemia do Covi-19 (leia). Prestação de contas e eleições regulares estão entre os critérios exigidos pela Associação para liberação dos recursos que foram destinados as entidades estaduais exclusivamente para auxiliar os associados (veja abaixo).

Mas no Amapá, a história contada foi bem diferente.

Segundo matéria publicada no dia 19 de agosto do presente ano no Diário do Amapá (leia), o Sindicato Estadual de Árbitros de Futebol do Amapá (Seafa) presidido, de forma supostamente irregular, por Carlos Augusto de Almeida Lima, distribuiu 45 cestas básicas para associados com os recursos de 3 mil enviados pela ANAF.

Segundo Carlos Augusto disse na matéria, o aporte da entidade nacional seria para ser usada nos preparativos das eleições internas, mas que, diante da dificuldade que os árbitros estão enfrentando sem os jogos, direcionou o dinheiro para compra das cestas básicas.

O que não é verdade, pois matéria no site da ANAF deixa bem claro que a verba é emergencial e para ser distribuída entre os associados para amenizar as dificuldades por conta da pandemia.

A fala do ex-dirigente do sindicato na matéria demonstra possíveis irregularidades que ele vem cometendo desde o dia 3 de janeiro quando findou o mandato da sua diretoria frente a entidade e mesmo assim continua como se ainda fosse presidente. Conforme diz a lei, nenhuma pessoa, sem mandato ou decisão judicial favorável nesse sentido, tem direito de falar, agir ou tomar qualquer decisão em nome do sindicato, inclusive não teria legitimidade para compor Comissão Eleitoral, possivelmente sem mandato.

A titulo de informação, a comissão eleitoral lançou edital referente as eleições no dia 8 de fevereiro. Difícil acreditar que a CE tenha sido composta antes do fim do mandato e só deliberado sobre eleição um mês depois.

Edital convocando eleições

Com o fim do mandato e sem uma nova diretoria eleita, o correto seria os associados em dia com suas contribuições, se reunirem em assembleia para eleger, entre eles, representantes para uma junta governativa para em um prazo estipulado, gerir a entidade, convocar eleições e dar posse a nova diretoria eleita.

Outra medida seria qualquer associado procurar o Ministério Público Estadual ou do Trabalho, munido de documentos para denunciar as possíveis irregularidades cometido pelo ex-dirigente que insiste permanecer no cargo mesmo com mandato vencido e assim se perpetuando no poder por conta da passividade dos árbitros amapaenses.

Carlão, como é mais conhecido Carlos Augusto, preside o sindicato desde 19 de dezembro de 2002 quando foi eleito pela primeira vez em eleição com chapa única e presença de Raimundo Américo Furtado, então presidente da Federação Amapaense de Futebol.

Entenda

A última diretoria do Seafa tomou posse no dia 2 de janeiro de 2018 com mandato até 2 de janeiro de 2020.

No dia 8 de fevereiro deste ano, a Comissão Eleitoral deu início ao processo eleitoral com votação prevista para 27 de março.

Em 23 de março, Inácio Barreto da Câmara, presidente da CE, suspendeu, por tempo indeterminado, a data da eleição, mantendo todos as decisões já homologadas.

Documento comprova que mandato da ultima diretoria terminou dia 02/01/2020

O que eles disseram

Tentei contato via whatsaap com Carlos Augusto, mas não recebi resposta até a publicação desta matéria.

Contatado para falar sobre a verba enviada ao sindicato do Amapá e o porque desta entidade ter recebido a verba mesmo não atendendo os critérios estabelecidos para todos, Salmo Valentim, Presidente da ANAF, não respondeu a mensagem até o fechamento desta matéria.

Contatado, Inácio Barreto da Câmara, presidente da CA, também não retornou mensagens e nem esclareceu a data que a CE foi constituída, se foi dentro do prazo legal e o porquê da demora em iniciar o processo tendo em vista que o mandato terminaria no início de janeiro.

Também solicitei o envio do Regimento Eleitoral para esclarecer muitas perguntas sobre a legalidade ou não dos atos do ex-presidente e da CE, mas tanto Carlos Augusto como Inácio Barreto ignoraram o pedido, o que configura falta de transparência e cerceamento de informação, não a este Blog, mas sim aos associados da entidade.

Inácio Barretos, Samuel dos Santos e Roberto Soares, membros da Comissão Eleitoral, são árbitros do quadro nacional da CBF e caso tenham conhecimento ou coniventes com as possíveis irregularidades nas eleições do SEAFA, se denunciados, podem responder procedimentos na corregedoria de arbitragem da CBF.