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quinta-feira, 24 de outubro de 2019


Eleições Safesp 
Atual presidente desiste da reeleição e abre espaço para novas chapas e candidatura de consenso

Sérgio Corrêa dando posse a Arthur Alves Junior em abril de 2011

Após decisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), as eleições do SAFESP – Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo - finalmente serão marcadas e o associado poderá escolher o próximo presidente e sua diretoria para que trabalhem nas dependências do "Edifício José de Assis Aragão" para benefícios de uma categoria e não os de seus interesses pessoais, como ocorre neste e na maioria dos sindicatos dos árbitros do país.

Uma nova Comissão Eleitoral será escolhida pelo vice-presidente Leonardo Schiavo Pedalini, que está respondendo pelo expediente da entidade, uma vez que o presidente Arthur Alves Junior, encontra se licenciado e trabalhando no Estado da Paraíba.

Com a decisão da juíza de fazer cumprir o regimento eleitoral de 2004, ambas chapas deverão desistir das eleições ou os candidatos de suas carreiras. O Art. 5º, letra C do Regimento Eleitoral de 30 de novembro de 2004, proíbe para os cargos de presidente e vice, que os candidatos estejam em atividade no futebol profissional o que dá margem a interpretação de que quem estiver ligado a Federação Paulista ou CBF está no futebol profissional e portanto são inelegíveis.
Regimento Eleitoral de 2004 proíbe candidaturas para presidente e vice de quem atuar no futebol profissional

Nota do Blog: Arthur Alves Junior, candidato a presidência na Chapa 2, já comunicou a desistência de concorrer ao 3º mandato para se dedicar integralmente ao projeto que vem implantando na Federação Paraibana de Futebol.
Rita Spironelli será membro da nova Comissão Eleitoral - Crédito: facebook

Pela chapa 1 Aurélio Sant'Anna é árbitro atuante, inscrito no quadro da FPF e momentaneamente, a pedido, vem trabalhando em categorias amadoras e certamente pedirá retorno ao profissional após as eleições, inclusive já fez este pedido à justiça que foi negado levando um 'pito' da magistrada para aceitar as regras do pleito. Mesma condição que sua vice Regildenia Moura, que deixou recentemente os gramados, mas virou instrutora de arbitragem da Conmebol para atuar no futebol profissional feminino.

Pela Chapa 2, que agora não existe mais, Arthur é inspetor da CBF onde trabalha no futebol profissional e também como dirigente de comissão de arbitragem e seu vice, Carlos Pianosqui, também atua como analista de arbitragem da CBF.

Vamos ver se vão respeitar o regimento eleitoral ou se teremos novas demandas na justiça!

Outras opções

Surge como opção uma terceira chapa que estaria sendo articulada por Benedito Martinho, mais conhecido como Benê (que atualmente é membro da chapa 2). A chapa supostamente seria composta por José de Assis Aragão, ex-presidente do Safesp, Abel Barroso Sobrinho e outros da "Velha Guarda" da arbitragem paulista como Silvio Roma. Porém esses também possuem vínculo com o futebol profissional, inclusive atuando como delegados da Presidência em jogos da FPF e CBF.

É hora de realmente ver de todos os possíveis candidatos quem vai abrir mão de suas carreiras pela causa, pela entidade e pela classe.

Nos bastidores, comenta se que o atual vice, pediu participação ou sugestões ao principal articulador da chapa 1, Daniel Destro, para montar a nova Comissão Eleitoral, que recusou o convite e teria sugerido outros nomes da oposição que também recusaram.

Comenta-se também nos bastidores que Rita de Cássia Spironelli, Daniel Luis Marques e Manoel Gil Gomes teriam aceito fazer parte da nova comissão eleitoral que deve ser anunciada ainda hoje pelo Safesp.

Com este cenário de que o candidato a presidente e vice não podem possuir vínculo com futebol profissional, que não possam estar licenciados ou inscritos na entidade do desporto para nenhuma função, desponta um possível candidato de consenso, o atual vice Leonardo Schiavo Pedalini.
Leonardo Pedalini pode surgir como nome de consenso

Mas sobre esta possibilidade, falaremos depois caso se confirme.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019


Trocando seis por meia dúzia
CBF troca três FIFAs para 2020. Dewson Freitas, Ricardo Marques Ribeiro e Wagner Reway deixam o quadro e serão substituídos por Bruno Arleu, Flávio Rodrigues de Souza e Rafael Traci

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou na última segunda-feira (30), a lista dos indicados para integrarem o quadro de árbitros FIFA em 2020. Três mudanças foram realizadas no quadro masculino, Dewson Freitas (PA), Ricardo Marques Ribeiro (MG) e Wagner Reway (MT) perderam o escudo e em seus lugares foram promovidos Bruno Arleu (RJ), Flávio Rodrigues de Souza (SP) e Rafael Traci (SC).

O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, comentou as alterações.

“A lista premia árbitros e assistentes por seus rendimentos técnicos nas últimas temporadas a partir de análises qualitativas das performances nas competições organizadas pela CBF” – explicou Gaciba.

Opinião do Blog
Como disse Leonardo Gaciba tempos atrás, a arbitragem brasileira não tem mais que seis ou sete árbitros com qualidades para apitar qualquer jogo e os que saíram e os que estão entrando certamente não fazem parte deste seleto grupo. Eu na verdade acho que Gaciba foi bem otimista, pois na minha opinião não temos nem a metade do que ele disse. É bem provável que os promovidos e rebaixados sejam do grupo dos 'cabeçudos', como também disse o chefe dos árbitros da CBF, se referindo aos seus comandados que não seguem orientações.

Promovidos
 Bruno Arleu/RJ (36 anos), Rafael Traci/SC (38 anos) e Flávio Souza/SP (39 anos) 

Entre os promovidos, o paulista Flávio Rodrigues de Souza é a principal aposta desta comissão, mas eu não apostaria tanto assim nele. Na verdade Flavio Souza já é um veterano do apito, vai completar sua 17ª temporada como árbitro em 2020 sem grande destaque, teve uma melhora de rendimento nos últimos dois anos devido a repetição nas escalas que fez com que adquirisse confiança e vem, principalmente nesta temporada, tendo boas atuações, mas já atingiu seu limite e certamente será mais um que passará pelo quadro internacional sem empolgar ou até mesmo atuar em grandes competições a nível internacional. Duvido muito que isso aconteça, mas por ser um menino de ouro, adoraria e ficaria muito feliz se ele me desmentisse.

A entrada de Rafael Traci talvez se justifique mais pelos que saíram, pois já era hora de fazem mudanças, mas o paranaense que agora atua por Santa Catarina não tem regularidade alternando boas partidas, principalmente quando não é exigido, com outras conturbadas quando se exige presença e poder de decisão rápida do árbitro do jogo. Tem a confiança da comissão, mas não tem todas essas qualidades dentro das quatro linhas. Pode evoluir? Pode, mas pela idade já atingiu seu máximo e a tendência é cair. Outro que não deixara saudades quando deixar a FIFA.

O carioca Bruno Arleu, 36 anos, sem dúvidas é o paraquedas da lista, aquele que entra no quadro para equilibrar os escudos dos estados. Seria um chororô, termo bem apropriado para os cariocas, se o estado do Rio de Janeiro, que fica na rabeira de São Paulo mais uma vez, perdesse em números de escudos para estados sem força no futebol como Santa Catarina.  Sem currículo, sem técnica, sem sal e sem alma, Arleu é o mais novo dos promovidos e certamente sem nada a perder pode ser o que mais aproveite a oportunidade e consiga evoluir fazendo jus ao escudo inesperado que literalmente caiu no colo.

Rebaixados
Ricardo Marques/MG (40), Dewson Freitas/PA (38) e Wagner Reway/PB (38)

Dos que deixam o quadro, apenas o mineiro Ricardo Marques foi surpresa, pois apesar de nunca ter sido apontado como melhor do país e nem apitar as grandes decisões, sempre atuava em grandes jogos alternando algumas boas atuações com outras tantas polêmicas. Já Dewson Freitas nunca conseguiu se firmar definitivamente, perdeu espaço com o tempo, cometeu erros inadmissíveis para um árbitro FIFA como o pênalti marcado fora da área para o Cruzeiro na partida contra o Palmeiras no ano passado e sua substituição já era esperada. Agora unanimidade era a esperada saída de Wagner Reway, talvez o árbitro que mais recebeu criticas durante sua permanência no quado internacional. Foram quatro anos com o escudo FIFA sem ser respeitado. Apesar de ser bom moço, Reway conseguiu ser rejeitado no quadro do Rio de Janeiro  e de outros estados indo parar na Paraíba onde a arbitragem tem tido ultimamente mais destaque nas paginas policiais que na esportiva e onde qualquer um que apareça vestido de preto apita uma partida profissional.

Resumo
A análise das trocas e o pessimismo do post comprova justamente o que disse Leonardo Gaciba, pois com raríssimas exceções, não temos árbitros de boas qualidades no país. Eu queria estar escrevendo ao contrário, elogiando os que saíram por relevantes serviços prestados com o escudo mais desejado do mundo e parabenizando os promovidos por estarem subindo degraus na carreira de forma justa e merecida, mas infelizmente seria utopia de minha parte, pois não temos motivos nem para parabenizar quem sai e nem para esperar algo melhor dos que estão entrando.

Mas se não temos uma boa safra a culpa é de quem? Dos árbitros? Não, mas sim de quem forma, de quem treina e principalmente de quem escala. O modelo atual está falido há pelo menos uma década e se não mudar a maneira de cooptar e formar os árbitros, quem quer que seja que sente naquela cadeira na CBF não vai conseguir mudar o que temos hoje e será refém de mais uma geração perdida.

Gaciba diz à pessoas próximas a ele que tem que escalar árbitros que na opinião dele são jurássicos (ultrapassados) como Heber Lopes, Leandro Vuaden e Marcelo Henrique para tocar o campeonato porque não tem opções. Sou obrigado a concordar com o gaúcho de Pelotas, pois ou ele escala esses profissionais em fim de carreira por segurança ou joga sua sorte nas mãos de meninos sem talentos a não ser em outras profissões como um deles que faz sucesso na internet com videos eróticos se masturbando. Mas se é escalado é porque tem quem goste de seus atributos, pois a técnica não difere dos demais não justificando a aposta no quesito apito.

Antigamente a arbitragem era dirigida por apenas uma pessoa e sua secretaria. Os erros existiam sim e muito, mas não mudou muito desde então. Hoje a comissão de arbitragem da CBF virou cabide de emprego, de apadrinhados bem remunerados que geram anos após anos resultados pífios para a arbitragem brasileira levando o investimento em consideração. Agora as partidas são apitadas e decididas pelo VAR que vem ocupando cada vez mais o espaço de árbitros omissos, sem personalidade e sem poder de decisão.

Crédito: Sérgio Lima / Folhapress
Amando Marques comandou sozinho a arbitragem brasileira de 1997 a 2005

Renovação
Claramente, até mesmo por falta de opções, não foi priorizado renovação no quadro internacional para a próxima temporada. Deixaram o quadro um árbitro de 40 anos (Ricardo Marques) e dois de 38 (Dewson e Reway) e entraram um de 39 (Flávio Souza, um com 38 (Traci) e um de 36 (Arleu). Diminuíram três anos na média de idade, mas a qualidade continua a mesma, ou seja, um quadro internacional com um talento, um meia boca, dois ou três coadjuvantes e o resto levantadores de placa de substituição.

Minha analise não é pessoal e baseada em cima do profissional dentro de campo. Conheço pessoalmente alguns deles e outros por contatos telefônicos e sei que são pessoas que batalharam muito pelo espaço, que não mediram esforços para responder as expectativas dentro das quatro linhas e se não foram os melhores, com certeza cada um deu o melhor que podia dar.

Abaixo lista de árbitros FIFA 2020

Árbitros
Anderson Daronco – RS
Bráulio da Silva Machado – SC
Bruno Arleu de Araujo – RJ
Flavio Rodrigues de Souza – SP
Luiz Flavio de Oliveira – SP
Rafael Traci – SC
Raphael Claus – SP
Rodolpho Toski Marques – PR
Wagner do Nascimento Magalhaes – RJ
Wilton Pereira Sampaio – GO

Assistentes
Alessandro Alvaro Rocha Matos – BA
Bruno Boschilia – PR
Bruno Raphael Pires – GO
Danilo Ricardo Simon Manis – SP
Fabricio Vilarinho da Silva – GO
Guilherme Dias Camilo – MG
Kleber Lúcio Gil – SC
Marcelo Carvalho Van Gasse – SP
Rafael da Silva Alves – RS
Rodrigo Figueiredo Henrique Correa – RJ

Árbitras
Deborah Cecilia Cruz Correia – PE
Edina Alves Batista – SP
Rejane Caetano da Silva – RJ
Thayslane de Melo Costa – SE

Assistentes
Fabrini Bevilaqua Costa – SP
Fernanda Nandrea Gomes Antunes – MG
Leila Naiara Moreira da Cruz – DF
Neuza Ines Back – SP