Chicotadas de Seneme e os bastidores da CA/CBF
Já faz algum tempo que o clima não é nada bom na Comissão de Arbitragem da CBF. Desde que assumiu o cargo em abril deste ano, a gestão Seneme abraçou a causa do sistema, foi implacável com quem cruzou seu caminho e, pelo que tudo indica, continuara cortando sem dó a cabeça de quem ousar qualquer objeção ou apresentar riscos ao seu comando.
O dirigente do apito anda tão soberbo, agressivo e babão do presidente da CBF Ednaldo Rodrigues que aumenta a cada dia a insatisfação e a rejeição unânime do seu nome pelos demais membros da diretoria da entidade. Também não é novidade pra ninguém a forma rude, rispida, soberba e com desprezo com que Wilson Luiz Seneme trata os presidentes de comissões estaduais, dirigentes, árbitros e principalmente seus subalternos mais próximos.
O regime é tão rigoroso com alguns que o árbitro de Flamengo e Santos, André Castro e o VAR, Adriano Milczvski, foram afastados das escalas e jogados na 'geladeira' disfarçada de reciclagem, antes mesmo do termino da partida disputada no Maracanã, na terça-feira (25), pela 34ª rodada do Brasileiro.
Segundo uma fonte dentro da comissão, em rodadas sem reclamações contra a arbitragem, Seneme trata todos com sua conhecida frieza e arrogância. Bem ao contrário de quando árbitros cometem erros e o ambiente muda radicalmente e o tratamento dispensados aos membros da CA modifica drasticamente. Os gritos e xingamentos do chefe do apito com seus subservientes auxiliares incapazes de abrirem a boca ou contestar algo ecoam por todo terceiro andar e são ouvidos até mesmo em outras partes da sede da entidade.
Segundo ainda a fonte, Emerson Augusto de Carvalho, Hilton Moutinho Rodrigues e Ricardo Marques Ribeiro, que trabalham proximos a Seneme, tremem de medo do chefe e cumprem todas as ordens, sejam elas as mais estapafúrdia que sejam. O único que esboça tímida contrariedade é Péricles Bassols, que finge de morto, mas no fundo, como é de conhecimento de todos na CA, tem como meta substituir Seneme quando este perder o cargo.
Outro ponto de discórdia é com Alicio Pena Júnior. Profissionalmente se respeitam, mas a insatisfação entre ambos é nítida, visível para qualquer um e atualmente nenhum nutre qualquer simpatia pelo outro. Quando foi contratado Seneme usou Alicio para fazer as escalas e com ele aprender o caminho das pedras, mas hoje o vê como uma sombra e o esconde de tudo para enfraquecer seu currículo enquanto espera o momento certo pra cortar a cabeça do ex aliado.
Para a fonte dentro da comissão, o salário de 100 mil mês, o contrato de quatro anos e as ‘costas quentes’ que tem na CBF, como costuma deixar bem claro às pessoas próximas e em lives, seriam os motivos de tanta truculência, soberba e arrogância do dirigente.
Nada como um dia atrás do outro. Hoje muitos árbitros choram pelo tratamento que recebem e relembram com saudades do tempo de Sérgio Corrêa, que cobrava e as vezes era até certo ponto grosso, mas nunca houve relatos de xingamentos ou algo parecido como agora e dava autonomia para todos trabalharem.
O Blog tentou, mas não conseguiu falar com Wilson Luiz Seneme ou qualquer outro citado. O espaço esta aberto e será atualizado caso algum deles mantenham contato.