
O Blog do Marçal teve acesso a entrevista e mostra como há apenas dois anos era diferente a opinião deste presidente que hoje ataca a renovação da arbitragem.
Hoje, o presidente que renunciou critica a arbitragem, mas veja qual era a opinião dele e vejam que ele participou do projeto de renovação dos árbitros.
Agora está cuspindo no prato que comeu!
Pergunta: Como será sua relação com o Presidente da Comissão de Árbitros da CBF?
Jorge Paulo: Será, não. Continuará. A minha relação com o Presidente da Comissão e a própria Comissão é a melhor possível. Temos um objetivo em comum, trabalhar pela arbitragem. Escrever nossos nomes na história para ser lembrado positivamente. Os projetos da Anaf, de agora em diante, deverão andar de mãos dadas com a CBF. Se tivermos que discordar de alguns pontos, será no campo das idéias apenas. Sempre com o intuito de acertar. Poucos sabem, mas já "cobro "da Comissão muitas coisas, mesmo antes das eleições. Desde a época do nosso amigo e irmão Edson Rezende venho fazendo gestões, cabíveis, lógico, para os árbitros e sempre fui muito bem recebido. O Sérgio, toda a Comissão, a CBF, a EBF, enfim, todos sabem que podem contar comigo pro que der e vier. Abraço a causa com devoção. Sou assim, não dá pra mudar agora depois de velho.
Pergunta: Pelo visto, cooperativa é o futuro da arbitragem, a Anaf vai acabar?
Jorge Paulo: Na minha opinião, criar uma Cooperativa seria apenas mudar o nome. Precisamos mesmo é de atitude. Nada adianta mudar as moscas. Precisamos arregaçar as mangas e mostrar trabalho. Visitar os Estados, participar dos cursos Brasil afora, passar um dia num Sindicato para levar a presença da Entidade ao Estado. Todos querem respeito e atenção. Os Presidentes de Sindicatos sentem a necessidade na carne. Não dá pra continuar agradando só aos grandes centros enquanto temos um potencial enorme nos recantos do Brasil. Árbitro é como jogador de futebol. Tem lugares bem pequenos por aí que surgem grandes árbitros. Precisam de uma chance, para mostrar o seu talento. O exemplo está na turma apelidada de "emergentes" com os quais tive a honra de trabalhar por uns dias na Granja Comary.
Mais dois elogios que devem ser destacados. O que mudou?
Pergunta: Que análise você faz do trabalho do presidente da CA/CBF (Sérgio Corrêa) no quadro de Árbitros Nacional?
Jorge Paulo: Considero que o Sérgio e a Comissão estão prosseguindo com as diretrizes traçadas até 2009, inicialmente, no projeto apresentado pelo Edson à CBF. Em quatro meses é difícil se estabelecer a própria marca. O Edson após o primeiro ano começou a dar à arbitragem brasileira as suas características pessoais, sempre pautada no trabalho sério e consistente. Com o Sergio Corrêa não será diferente. Mesmo porque quem sou eu pra fazer análise do trabalho de alguém. As pessoas que dão de si em prol de uma causa jamais deveriam ser julgadas. O ser humano é exigente para com os outros, não sendo, normalmente, consigo.
Pergunta: Que análise você faz da arbitragem brasileira no momento?
Jorge Paulo: Está numa curva ascendente. Tantos projetos já concluídos e muitos que estão por vir, estão melhorando , significativamente, a atuação dos nossos árbitros pelo Brasil e mundo afora. O árbitro só quer respeito e respaldo, o resto ele sabe fazer.
A pergunta deste Blogueiro é que pessoa é esta?
E na Assembléia da Anaf, renunciou a renúncia?
Leia abaixo a entrevista na integra:
Jorge Paulo de Oliveira Gomes Nascido no subúrbio Carioca do Realengo, tornou se árbitro de futebol após ter fraturado a perna em dois lugares. Jorge Paulo assume o comando da Arbitragem Nacional após uma eleição conturbada e nesta entrevista exclusiva dada ao site da Anaf que você lê a seguir afirma: "Os votos a nosso favor seriam da maioria esmagadora , mas os árbitros foram, vergonhosamente, intimidados. Principalmente, nos maiores Estados, com numero expressivo de votantes".
Anaf - Enfim, presidente da Anaf! o que sente?
R. Primeiramente, me sinto orgulhoso por ter angariado a confiança de quase todos os árbitros do Brasil. Aqueles que foram obrigados, pressionados, aviltados mesmo, na primeira eleição, foram os votos contrários que tive. Muitos desses, como disse, foram ameaçados de retaliação, não puderam exercer a própria vontade. Pasmem, mas ainda temos isto no nosso meio. Pouca gente sabe o que ocorreu nos bastidores desta eleição. Houve sujeira da grossa, mas trouxemos bastante sabão e escovão pra lavar tudo, custe o que custar. Tenho a sensação de não ter abandonado o objetivo ao primeiro grito que ouvi. Houve tentativa de intimidação, soco na mesa, truculência etc, mas na minha vida profissional tive este treinamento. Enfrentei situações muito piores, com riscos, vendo a morte de perto, não seria uma simples demonstração de destempero que iria me assustar. Nem a mim nem aos companheiros dos sindicatos que abraçaram esta causa.
Anaf - De onde surgiu a vontade de ser Presidente da Anaf?
R. Por mais estranho que pareça, quando eu estava ainda atuando fui convidado pelo Aragão pra ser o seu vice-presidente. Não aceitei por vários motivos, dentre os quais, por eu estar ainda em atividade e por achar que não deveria perder o foco na arbitragem. Depois que parei e observando a necessidade dos árbitros em ter um legítimo representante, isento da vontade de promoção pessoal, do proveito próprio, resolvi me candidatar e poder representar os meus pares. Concomitantemente, estava me aposentando também na Polícia Federal, assim, poderia me dedicar mais, me fazer presente nos Estados. Na verdade, fazer o que gosto e o que fiz durante 26 anos de arbitragem. Culminou num encontro esportivo em Brasília entre GO, RS, DF, MG, MS, TO e MT, onde alguns companheiros lançaram a idéia com o meu nome à frente. Dias depois amadureci e aceitei participar das próximas eleições.
Anaf - Quais seus objetivos como Presidente da Anaf?
R - São muitos. Garanto que se ficássemos o dia todo nesta entrevista não daria para enumerá-los. Ficamos a ver navios nesses últimos quatro anos. Foram anos jogados fora. Nada foi feito em beneficio do árbitro. Se alguém discorda, me mostre. Não sou eu que digo, todos podem atestar. As propostas de trabalho são imensas, mas sem promessas que não possam ser cumpridas ou fantasiosas. Posso afirmar que será uma outra Anaf. Quando presidente da Associação dos Policiais Federais em Brasília nos anos 90, dei uma nova roupagem àquela Associação. Na Anaf, com a participação de todos, pois temos um capital humano fabuloso, poderemos fazer a mesma coisa, dento das nossas particularidades. Já encaminhei aos Sindicatos um índice resumido dos nosso objetivos mais prementes. Mas pra falar a verdade, sem rodeios, precisamos fazer TUDO. TUDO MESMO.
Anaf - Esta eleição, foi um verdadeira guerra, com vários mandados judiciais, você esperava por isso?
R. Aliás, esta foi, na realidade, a única eleição na Anaf desde a sua fundação quando extinguiram a COBRASAF, comandada pelo meu incansável amigo Lindonor de Goiás. Ousei a me candidatar e a participar de forma democrática e isso foi o fim do mundo. As pessoas que estavam no poder, que já passaram por lá e que queriam ser perpetuar, não aceitaram e venderam a alma ao diabo para se segurar na cadeira. Nunca houve eleição para a Anaf. Todos que passaram por lá foram obrigados a assumir. Considero apenas um como preparado e unanimidade dentre os árbitros, outros dois, coitados, pegaram carona na história e escreveram seus nomes na areia, o vento levará. O árbitro nunca foi ouvido quanto à sua vontade. Na época da eleição escrevi muita coisa plagiando Chico Buarque porque parecia que havíamos voltado aos tempos das alcovas, dos becos soturnos, das amordaças. Faltou a reedição do AI5 dentro da Anaf. Bem que tentaram. Mais a frente vamos todos entender do porque dessa demanda judicial, dessa vontade de se agarrar a qualquer preço na cadeira. Houve preço pra tudo e todo mundo vai saber. Não tem caça às bruxas, mas não temos que omitir nada. Tudo que foi feito virá à tona em breve. Esperamos que esteja tudo em ordem e não passemos por mais um capítulo desagradável na história da arbitragem brasileira, com 99,99999 de pessoas honestas e de bem. Respondendo, não esperava nunca. Pra mim, as coisas não eram dessa forma, como para toda a nossa comunidade da arbitragem.
Anaf - Qual o fato que mais te magoou nesta eleição?
R. Me magoou saber que houve ameaça velada e ostensiva contra alguns árbitros em determinados Estados para votar no candidato que queriam empurrar goela abaixo. Em parte conseguiram, senão na primeira eleição eu teria engolido todos eles. Os votos a nosso favor seriam da maioria esmagadora , mas os árbitros foram, vergonhosamente, intimidados. Principalmente, nos maiores Estados, com numero expressivo de votantes.
Anaf - Haverá investigações sobre diretorias passadas?
R. Sobe esta última, com certeza. Algumas coisas precisam ser esclarecidas. Houve patrocínio que até hoje os gastos não bateram e as contas não foram aprovadas pela última Assembléia. É dever do ex-Presidente apresentar todas as contas, o que não ocorreu até o presente momento. Outra do passado, mais precisamente, será objeto de estudo de técnicos em auditoria para esclarecer pontos obscuros que foram atropelados no decorrer dos anos. É o nosso dever.
Anaf - Como será sua relação com o Presidente da Comissão de Árbitros da CBF?
R. Será, não. Continuará. A minha relação com o Presidente da Comissão e a própria Comissão é a melhor possível. Temos um objetivo em comum, trabalhar pela arbitragem. Escrever nossos nomes na história para ser lembrado positivamente. Os projetos da Anaf, de agora em diante, deverão andar de mãos dadas com a CBF. Se tivermos que discordar de alguns pontos, será no campo das idéias apenas. Sempre com o intuito de acertar. Poucos sabem, mas já "cobro "da Comissão muitas coisas, mesmo antes das eleições. Desde a época do nosso amigo e irmão Edson Rezende venho fazendo gestões, cabíveis, lógico, para os árbitros e sempre fui muito bem recebido. O Sergio, toda a Comissão, a CBF, a EBF, enfim, todos sabem que podem contar comigo pro que der e vier. Abraço a causa com devoção. Sou assim, não dá pra mudar agora depois de velho.
Anaf - Quais são seus planos para a arbitragem brasileira para o momento e para o futuro?
R. No presente, o mais urgente é acabar com o sorteio. O futuro já é amanhã mesmo, sou meio agoniado, sempre ouvi isso das pessoas. Primeiro, ouvir as vozes e saber o que mais está afligindo. Posso pensar que estou acertando e a categoria buscando coisas divergentes. Colocar a arbitragem no lugar que lhe é cativo. Considero a melhor arbitragem do mundo. Olha que já trabalhei com árbitros do mundo todo, de diversas escolas e nacionalidades.
Anaf - Que análise você faz do trabalho do presidente da CA/CBF (Sérgio Corrêa) no quadro de Árbitros Nacional?
R. Considero que o Sérgio e a Comissão estão prosseguindo com as diretrizes traçadas até 2009, inicialmente, no projeto apresentado pelo Edson à CBF. Em quatro meses é difícil se estabelecer a própria marca. O Edson após o primeiro ano começou a dar à arbitragem brasileira as suas características pessoais, sempre pautada no trabalho sério e consistente. Com o Sergio Corrêa não será diferente. Mesmo porque quem sou eu pra fazer análise do trabalho de alguém. As pessoas que dão de si em prol de uma causa jamais deveriam ser julgadas. O ser humano é exigente para com os outros, não sendo, normalmente, consigo.
Anaf - Que análise você faz da arbitragem brasileira no momento?
R. Está numa curva ascendente. Tantos projetos já concluídos e muitos que estão por vir, estão melhorando , significativamente, a atuação dos nossos árbitros pelo Brasil e mundo afora. O árbitro só quer respeito e respaldo, o resto ele sabe fazer.
Anaf - Aonde a arbitragem brasileira precisa melhorar?
R. No aspecto assistencial com cunho profissional. O árbitro é completamente desprotegido das intempéries da carreira. No caso de uma lesão, o árbitro deixa de ser árbitro e passa a ser um contundido. Nada é feito a seu favor. Árbitros de enorme potencial deixaram a carreira após acidentes, contusões e nada foi feito em contrapartida. Trataremos desse assunto com a CBF e encontraremos soluções, tenho certeza.
Anaf - De imediato, o que deveria ser feito para dar uma melhorada na arbitragem?
R. Já está sendo feito. Os projetos estão aí. Os resultados não deixam mentir. Me orgulho em fazer parte deles, junto com Antonio Pereira, na Comissão de Ensino.
Anaf - As atuais taxas de arbitragens nos campeonatos da CBF satisfaz aos árbitros e também a Anaf?
R. Teremos que discutir esse assunto com carinho. Todos querem melhoras não só nas taxas. O árbitro de hoje faz da taxa um elemento dentro do conjunto de necessidades. Foi-se o tempo em que só a taxa importava. O árbitro está mais profissional do que muita gente imagina, principalmente, os dirigentes do nosso futebol.
Anaf - Mulheres apitando jogos masculino, qual é sua opinião?
R.Considero o mesmo que homem apitando futebol feminino. Ou seja, tão normal que nem se deveria tocar nesse assunto. Tendo competência e capacidade, é uma atividade normal.
Anaf - Pelo visto, cooperativa é o futuro da arbitragem, a Anaf vai acabar?
R. Na minha opinião, criar uma Cooperativa seria apenas mudar o nome. Precisamos mesmo é de atitude. Nada adianta mudar as moscas. Precisamos arregaçar as mangas e mostrar trabalho. Visitar os Estados, participar dos cursos Brasil afora, passar um dia num Sindicato para levar a presença da Entidade ao Estado. Todos querem respeito e atenção. Os Presidentes de Sindicatos sentem a necessidade na carne. Não dá pra continuar agradando só aos grandes centros enquanto temos um potencial enorme nos recantos do Brasil. Árbitro é como jogador de futebol. Tem lugares bem pequenos por aí que surgem grandes árbitros. Precisam de uma chance, para mostrar o seu talento. O exemplo está na turma apelidada de "emergentes" com os quais tive a honra de trabalhar por uns dias na Granja Comary.
Anaf - Como esta a proposta de profissionalização da arbitragem?
R. Esta discussão é longa. Faremos uma pauta só para este assunto.
P - O que você acha do uso da tecnologia para auxiliar a arbitragem?
R. Sempre falo nos cursos que a tecnologia ajuda mas não apita os jogos. Os fundamentos básicos do árbitro jamais deverão ser sobrepujados por conta da confiança exagerada em recursos tecnológicos. Arbitragem é talento, é vocação. O que vier pra ajudar será bem-vindo mas o árbitro já nasce dentro da roupa preta.
Anaf - Qual é sua opinião sobre o sorteio para os árbitros?
R.Um absurdo! Não há interferência do poder público em qualquer outra profissão, só na nossa. Não sou profeta, mas vamos acabar com esta excrescência. É institucionalizar a desconfiança em todos nós.
Anaf - Árbitro de futebol, Policial Federal e Professor, aonde encontrou mais dificuldade?
R. Cada qual dentro das suas particularidades e características. Todas me orgulham muito e são a minha vida.
Anaf - Como Jorge Paulo entrou no mundo da arbitragem?
R. Um dia eu achava que era bom de bola e teimava em jogar. Em 1979, quebrei a perna em dois lugares jogando e o Edson que era meu colega de Faculdade me convidou para fazer o curso de árbitros. Iniciei o curso ainda de gesso e não parei mais. Depois achava que eu poderia apitar como ele apitava. De ilusão e ilusão, estou até hoje, com muito orgulho.
Anaf - Qual foi sua maior alegria na arbitragem?
R. Dentre inúmeras, a maior, ser convocado para a copa de 2002 - Coréia - Japão.
Anaf - E qual foi a maior frustração?
R. Ter sido quase demitido por ter me destacado na arbitragem e isso ter despertado a inveja em outras pessoas numa Instituição que já trabalhava há 20 anos, no caso a Polícia Federal. Como árbitro nunca me frustrei, pelo contrário. Tenho orgulho da minha carreira e dos amigos que fiz estrada afora.
Anaf - Aonde você nasceu?
R. Nasci no Rio de Janeiro, no subúrbio de Realengo e vim bem garoto pra Brasília, que considero a minha cidade.
Anaf - Em que ano e local que você fez o Curso de Árbitro?
R. 1979 - Brasília.
Anaf - Em que ano e Qual foi sua primeira partida profissional?
R. 1980
Esclarecimento: Este Blog tem sempre que necessário, usado da palavra para mostrar aos seus leitores quem é Jorge Paulo dirigente, não temos nada de pessoal contra a pessoa de Jorge Paulo. Usamos destes expediente por termos feito parte do processo de ascensão de JP à frente do comando da Anaf, como muitos, fomos traídos e enganados por confiar na palavra do dirigente e se com nós, que éramos aliados usou destes expedientes, imagine o que é capaz de fazer com os inimigos. A quem por ventura achar que é falácia, peço que faça uma reflexão e veja a que nível JP levou a entidade Anaf.
Frase: "Resistência aos tiranos é obediência a Deus". (Thomas Jefferson)