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quarta-feira, 24 de julho de 2019


SAFESP: O elefante branco do apito
Na tarde da ultima quinta-feira (17/07) estive nas dependências do Safesp (Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo) para retirar um exemplar do livro "Grandes Árbitros" que o autor, Daniel Destro, me presenteou e que, por motivo de viagens, deixou na entidade para que eu retirasse. Ao passar na sede pude constatar o quanto o sindicato paulista está abandonado pela atual diretoria, pelos candidatos na eleição e também por seus associados.

Como já disse varias vezes aqui neste canal e em outros, a linda sede do sindicato é um *elefante branco que atualmente só é frequentada por seus funcionários ou algum gato-pingado em busca de documentos, pois desde que seu presidente deixou de ser membro da comissão de arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF), o sindicato perdeu seu glamour e foi abandonado por todos, principalmente pelos puxa-saco que costumavam passar na entidade para beijar as mãos do presidente e mendigar escalas.
Arthur Alves e Michelle Ramalho (presidente da Federação Paraibana de Futebol)

O atual presidente Arthur Alves Junior tirou licença do cargo e esta na Paraíba trabalhando na Comissão de Arbitragem daquele estado. No seu lugar assumiu o vice Leonardo Schiavo Pedalini que está em viagem aos Estados Unidos juntamente com a oposição participando de um torneio de futebol. Entre eles Regildência de Holanda Moura que é candidata a vice-presidente na chapa de oposição.

Se o Safesp tem seu presidente licenciado e com o vice, que assumiu, fora do país, quem responde pelo expediente legal e administrativo da entidade? Eu não sei! Você sabe?

Enquanto isso nenhuma definição sobre a eleição ou se teremos eleição algum dia. O que sei é que tudo que havia previsto tempo atrás está ocorrendo, ou seja, eleição só Deus sabe quando vai ocorrer e se vai ocorrer. Mas quem é que esta preocupado com isso né! O presidente está licenciado, o vice e parte da oposição nos EUA e os associados, como sempre, só se preocupando com escalas.
O vice Leonardo Pedalini e Regildênia Moura da oposição nos EUA

*O que é Elefante branco
Elefante branco é uma expressão utilizada para classificar algo valioso ou que custou muito dinheiro, mas que não possui utilidade ou importância alguma na prática.

A expressão também e dado à obra ou projeto que é criado ou construído e que não possui quase nenhuma utilidade para a sociedade. Normalmente, estes investimentos são bastante caros e inúteis.

Lenda do elefante branco
A origem do uso da expressão "elefante branco" surgiu por causa de um costume típico no reino de Sião (atual Tailândia).

Segundo conta a lenda, no reino de Sião, o elefante branco era um animal bastante raro e considerado sagrado. Quando um elefante branco fosse encontrado, deveria ser entregue imediatamente para o rei.

Quando algum súdito não agradava o rei, este "presenteava-o" com um elefante branco que, por ser considerado um animal sagrado, não deveria ser recusado ou passado para outra pessoa.

O novo dono do elefante branco tinha a obrigação de cuidar muito bem do animal, alimentando-o, limpando-o e ornamentando-o, tendo para isso muitas despesas e nenhum ganho, pois os elefantes brancos não podiam trabalhar ou ser vendidos.
Agradeço a gentileza do escritor Daniel Destro e recomendo à todos a leitura do livro

 Os europeus, ao observarem esta prática, passaram a utilizar a expressão "elefante branco" para conotar coisas valiosas, mas que eram inúteis.

O Safesp com histórico de lutas que teve sua maior conquista em 1981 através da carta sindical, hoje agoniza e não passa de um elefante branco abandonado por todos que utilizou a estrutura da entidade para benefícios próprios.

segunda-feira, 1 de julho de 2019


Eleições no Sindicato Paulista

Justiça valida chapa 1 e determina reabertura do processo eleitoral em até 30 dias


Na tarde da ultima quinta-feira (27), a justiça divulgou decisão sobre o processo eleitoral que vem ocorrendo no Sindicato dos Árbitros de São Paulo (Safesp). A ação foi movida pelo candidato oposicionista Aurélio Sant’anna Martins que alegou ter sido impedido de concorrer à presidência da entidade por não residir na capital como prevê o regimento eleitoral de 2003 que foi utilizado no pleito.

O regimento prevê na leta H a inelegibilidade do candidato que não residir no município onde estiver instalada a sede administrativa da entidade. Martins reside em Jacareí, município localizado no Vale do Paraíba e distante cerca de 80 km da capital. 

Na decisão, a juíza Raquel Marcos Simões, da 86ª Vara do Trabalho de São Paulo, reconheceu a legalidade da chapa 1 com base no regimento eleitoral de 2004 e determinou que o mesmo seja usado na reabertura do processo eleitoral que deve ocorrer em até 30 dias. A magistrada decidiu ainda manter a atual diretoria no comando da entidade até que seja definido um novo presidente.

Pito!

A juíza Raquel Simões deu um pito (bronca) no candidato oposicionista quando este requereu que fosse retirada do regimento eleitoral a exigência dos candidatos não estarem atuando para que ele e a candidata a vice, Regildênia Moura, voltassem a atuar no futebol profissional: “é inadmissível a parte autora afastar-se do regimento eleitoral para usufruir do mesmo nas condições que apenas o favorece” – frisou a magistrada (veja abaixo).


Procurado, Leonardo Pedalini, vice-presidente e atual mandatário do Sindicato, disse que decisão judicial se cumpre ou recorre da mesma, mas que vai se reunir com a assessoria jurídica do sindicato nesta segunda-feira (1) para analisar a decisão e só após ira se pronunciar.

Veja abaixo a decisão judicial.


A decisão cabe recurso.

Nota do Blog

Lamentavelmente e como previ com antecedência, a eleição no Safesp, que teve findado o mandato atual em abril deste ano, ainda não ocorreu e provavelmente não será realizada em curto prazo tendo em vista que a briga judicial ainda vai continuar por mais algum tempo, pois tudo indica que a atual diretoria deve recorrer desta decisão judicial, que não é definitiva e cabe recurso o que deve levar um bom tempo até que tudo se resolva.

Desde o começo do processo eleitoral sou contra as duas chapas concorrentes por entender ser um retrocesso na entidade seja qual for a vencedora. A entidade só vai prosperar e representar realmente o associado como ele merece quando for eleito um presidente que não seja subserviente e principalmente, que não tenha qualquer tipo de ligação com entidades do futebol, como FPF e CBF.

Entendo que o atual presidente e candidato a reeleição, Arthur Alves Junior, não tem mais as mínimas condições de continuar no cargo. Poderia citar uma serie de motivos que já é de conhecimento de todos, mas Arthur se tornou um peso morto no cargo, abandonou a tempos a entidade e hoje, como fazia antes quando era funcionário da Federação Paulista de Futebol, serve aos interesses da CBF que o colocou na presidência de uma comissão de arbitragem em outro estado a quase três mil km de distancia do Safesp.

Por outro lado, com seu comportamento pessoalista, Aurélio Sant’anna e os demais membros da sua diretoria, já deram entender que pouco estão ligando para o sindicato e provavelmente não hesitarão em usar a entidade em interesses próprios. Basta saber que alguns deles usufruíram e presenciaram tudo de ruim que ocorreu na entidade nos últimos anos e calaram-se nos momentos que tiveram oportunidade de se manifestarem.

O candidato de oposição sequer compareceu na ultima assembleia de prestação de contas do sindicato, o que mostra estar mais preocupado em servir a si mesmo e a FPF, fato comprovado ao pedir autorização da justiça para voltar a apitar e ao não participar das decisões da entidade que pretende ser gestor, o que demonstra quais são suas reais intenções.

Lamento que a juíza não tenha determinado um novo processo eleitoral partindo do zero tornando inelegível todos os membros das duas chapas concorrentes, o que abriria oportunidades para o surgimento de novos candidatos isentos e que poderiam trazer esperanças de novos e melhores dias para a categoria.

Como a eleição será mesmo entre essas duas chapas, os associados vão decidir pelo menos pior. Um candidato que pretende administrar a entidade a quase três mil km de distancia e outro que, menos distante é verdade, mas também a distancia e sem voz para lutar pelos direitos dos seus associados tendo em vista que será prestador de serviços à entidade que as vezes terá que se opor.  

Essa é a dura realidade de um sindicato tido por muitos como o maior e mais organizado do país, mas que não passa de um elefante branco abandonado pelos seus dirigentes, pelos seus associados e na mira constantes dos interesseiros e seus vassalos.