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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Confederação do Futsal usa arbitragem para desafiar CBF

Em ato desesperado da cúpula administrativa da Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS), que insiste em não reconhecer a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como a única entidade reconhecida pela FIFA para desenvolvimento e representatividade do futsal no Brasil, agora tenta, em ato desesperador, não permitir a formação do quadro nacional de arbitragem de futsal da CBF, proibindo, retaliando e até mesmo excluindo dos quadros estaduais e nacional quem atuar ou filiar-se em outra entidade.

A CBFS não aceita que ela já não é mais a detentora da modalidade e ao invés de desafiar a CBF através dos clubes e atletas, usa os árbitros, que no entendimento dela é o lado mais fraco desse duelo pelo poder.

Abaixo a nota da CBFS sobre o rumo da arbitragem nacional.

Já a nota da Associação Nacional de Oficiais de Arbitragem de Futsal (ANAFUTSAL), que ao invés de defender seus filiados, omite-se por ter sido fundada e ter em seu comando pessoas ligadas ou indicadas pela diretoria da CBFS.

A angústia pela tragédia anunciada é tão grande que quase que diariamente estão acontecendo reuniões, lives e pressão de dirigentes, de forma oficial e não oficial, como uma live divulgada, no site da CBFS, na última quinta-feira.

Veja matéria abaixo.

CBFS e Federações unidas!

Em reunião realizada na tarde de ontem (17/02) a Confederação Brasileira de Futsal e as Federações do Sul e Sudeste se reuniram para discutir assuntos pertinentes a Arbitragem nacional e dos referidos estados.

Ficando assim definido que os oficiais de arbitragem pertencentes aos quadros estaduais das Federações, assim como os que possuem o escudo CBFS, não poderão atuar na temporada 2022 em outras entidades ou competições que não tenham parceria com a CBFS.

A CBFS e as Federações continuarão pautadas na continuidade do trabalho desenvolvido, através da diretoria e comissões de arbitragem da CBFS e Federações de Futsal do Brasil, com ética e transparência que esta gestão sempre tratou. Enquanto não houver parceria, que é a união de objetivos em comum em prol do futsal brasileiro, não haverá entrega dos produtos formados pelo modelo federativo do futsal no Brasil.

Estiveram presente na reunião os Presidentes Marcos Antonio Madeira (CBFS), Marcio Leandro D´Avila (Federação Catarinense de Futsal), Manuel Mazaira Vasquez (Federação De Futsal do Rio de Janeiro), Ivan Rodrigues Dos Santos (Federação Gaúcha de Futsal), Jose Raimundo De Carvalho (Federação Mineira de Futebol de Salão), Jesuel Laureano Souza (Federação Paranaense de Futsal) e Nilton Cifuentes Romao (Federação Paulista de Futsal). 

Credito: Reprodução site/CBFS

A arbitragem antes abandonada pela CBFS agora é o grande centro das atenções, inclusive, no fim de semana foi disponibilizado o novo Livro Nacional de Regras de Futsal, elaborado pela CBFS e ao ser encaminhado por alguns diretores, veio com a frase: "nem a regra eles tem pronta, imagine árbitros".

Em defesa da arbitragem até o momento, apenas, as Ligas filiadas a ABLF - Associação Brasileira de Ligas de Futsal e a ANOAF - Associação Nacional dos Oficiais de Arbitragem de Futsal. Como estas entidades já reconheceram a CBF, liberaram seus árbitros para os cursos e atividades em que forem convidados.

O fato é que a briga só terá fim quando a CBF de fato e de direito anunciar com nomes e documentos a estrutura do futsal nacional.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Árbitros acusam descontos irregulares no Sindicato do Amapá

Autoritarismo, arrogância e soberba marcam gestão de Enoque Pacheco; Árbitros cogitam convocar assembleia para destituição do atual presidente e sua diretoria

Presidente Enoque Pacheco com cara de poucos amigos - Credito: Facebook

Arbitragem no Amapá não é para amadores. Não bastassem os profissionais daquele estado receberem a menor taxa de arbitragem do país – cerca de 500 reais por jogo – e, até recentemente, levar anos para receberem atrasados, agora eles, segundo relatos, enfrentam uma suposta tirania na entidade de classe, vindas de um dirigente que eles elegeram justamente para defende-los.

Alguns árbitros, que manterei em anonimato para evitar represálias contra eles, procuraram este Blog relatando a forma arrogante, prepotente e antidemocrática que o atual presidente, Enoque Pacheco, trata os árbitros e administra a entidade. Eles também acusam a atual gestão de realizar descontos irregulares nas taxas de arbitragens e de não realizar prestação de contas.

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Segundo as informações e prints de conversas de whatsapp que o Blog teve acesso, de todos os valores pagos de taxas de arbitragens pela Federação, ao fazer repasses aos árbitros, o Sindicato desconta 5% de todas competições que ele tenha atuado pela FAF, mesmo sem ter havido uma assembleia para decidir sobre a cobrança que, inclusive é feita até mesmo de quem não é associado. Segundo ainda as informações, Enoque teria dito que os descontos seriam para pagar ISS - imposto Municipal - sobre valores das NF emitidas para a Federação Amapaense de Futebol (FAF).

Árbitros relatam que não tem acesso as Nfs para comprovarem o pagamento dos tributos e que os valores, já com os descontos, são depositados em suas contas bancarias sem qualquer recibo ou comprovante. Relatam também que, por não ter uma sede ou sala de reunião, dificilmente tem acesso aos dirigentes do sindicato, a não ser em reuniões no prédio da Federação, o que dificulta qualquer abordagem dos assuntos relacionados ao sindicato.




O Blog consultou um especialista que disse que as ações devem ser deliberadas em assembleias, principalmente as financeiras. Disse ainda que o sindicato tem a prerrogativa de não pagar árbitros não associados devolvendo dinheiro para quem repassou ou cobrar percentagens da taxas, até mesmo maior, desde que deliberado em assembleia.

Do Blog: Conforme determina a Lei nº 13.467/2017), o desconto das contribuições sindicais só pode ser efetivado com autorização prévia, expressa e individual.

Já o art. 150, VI, ‘c’ da Constituição Federal diz que: É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das entidades sindicais dos trabalhadores

Portanto, segundo o art. 150 da CF, o Sindicato é isento de ISS e o desconto no repasse aos árbitros, se realmente estiver ocorrendo, seria um ato criminoso e ilegal.

Segundo relatos, o Sindicato estaria também descontando 15,00 reais a título de mensalidades, inclusive de quem não é associado e isso, além de ser ilegal, gerou grande revolta na arbitragem local.

Segundo ainda revelou as conversas de Whatsapp, que o Blog teve acesso (veja abaixo), Enoque teria dito que este ano só será escalado os árbitros que estiverem sindicalizados, pois ele e o Carlão, seu vice e ligado a direção da FAF, já teriam alinhado com o presidente da Federação. 


As conversas também revelam a arrogância e o descaso com que o dirigente trata os árbitros, que são, mesmo que involuntariamente, contribuintes da entidade.

Ao ser questionado para marcar reunião com os árbitros para discutirem os assuntos, o presidente Enoque Pacheco sempre concorda e diz que a data será marcada, porém, passado quase dois anos da posse e se aproximando do fim do mandato, nenhuma reunião especifica para tratar do assunto foi realizada nesta gestão.


Os prints foram borrados para evitar possível retaliação contra os arbitros.

Blog procurou, mas não localizou Neto Goés e Marilene da Matta, presidente da Federação e presidenta da Comissão de Arbitragem, para falarem das denuncias. Um dirigente da FAF, sob condições de anonimato, concordou em falar sobre os descontos nas taxas e sobre não escalar árbitros que não concordam com os descontos ou não sindicalizados. O dirigente disse que a Federação não concorda e não apoia a cobrança, que para ele é indevida, e que a entidade jamais deixaria de escalar um árbitro por não ser sindicalizado.

“O sindicato vem, desde o ano passado, fazendo descontos nas taxas dos árbitros, inclusive dos não sindicalizados e isso é crime. O jurídico da FAF, a Comissão de Arbitragem, e o presidente, não estão de acordo com os descontos. Aliás, o presidente nem sabe que isto está acontecendo” - disse o dirigente.

Quem é Enoque Pacheco

Enoque Pacheco, quando ainda era árbitro - Crédito: Facebook

Enoque Costa Pacheco nasceu em Mazagão, Município da Região Metropolitana da Capital Macapá, tem 35 anos (12/05/1986), foi árbitro do quadro local e da CBF, mas se viu obrigado a encerrar a carreira em 2020 por problemas físicos. Fora da arbitragem é Agente Penitenciário e proprietário de uma pequena empresa especializada em serviços a base de gesso.

Tornou-se presidente do Sindicato Estadual de Arbitragem de Futebol do Estado do Amapá (SEAFA) em 2020. A época, o então presidente Carlos Lima (Carlão),  sofria acusações de supostas interferências nas escalas por ser próximo ao presidente da Federação e por não realizar prestações de contas e convocar eleições sindicais, mesmo estando com mandato encerrado. Segundo informações, em uma suposta articulação para la de suspeita nos bastidores e sem qualquer transparência, foi realizado o pleito que elegeu Enoque, com Carlos Lima de vice, ignorando a lei que torna inelegível candidato a reeleição que não tenha realizado prestação de contas na sua gestão, como diz o parágrafo único do artigo 70 da Constituição Federal de 1988.

Segundo informações, Enoque Pacheco nunca foi unanimidade, sequer era popular entre os árbitros, mas como se propôs a administrar a entidade e prometeu que sua gestão seria diferente e resgataria a união e credibilidade da categoria, foi abraçado pelos árbitros e tido como esperança para resolver os assuntos sindicais pendentes, modernizar e democratizar a entidade. Mas no poder, não demorou muito para demonstrar outra cara e toda sua arrogância sendo hoje questionado por todos do quadro que querem logo por um fim em sua gestão.

Procurado para falar sobre as denuncias e reclamações dos árbitros, Enoque Pacheco, do alto de sua conhecida soberba e arrogância, sarcasticamente desdenhou da mensagem do Blog (veja abaixo).



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Federação Gaúcha de Futebol Salão pune árbitros que optaram pela CBF

Paraguassu Figueiredo - Chefe dos árbitros na CBFS - Crédito: Facebook

Em suposta retaliação aos profissionais de arbitragem, a federação gaúcha de futebol de salão, estaria punindo os árbitros que aceitaram convite para participarem de treinamentos visando integrar quadro de árbitros da CBF. Dos integrantes da relação nacional da CBFS do ano passado, apenas os árbitros Diego Goldani e Marlon Caleb Ortiz Menna e as cronometrista/anotadoras Karlla Cristina Souza Martins e Liana Silva de Araújo continuam no quadro.

Segundo informações, a determinação teria partido de Paraguassu Fisch de Figueiredo, atual mandatário da Comissão de Arbitragem da CBFS. Figueiredo é gaúcho de Passo Fundo, mora em Porto Alegre e tem um bom relacionamento com Elias Machado, atual diretor de arbitragem da FGFS e demais dirigentes da modalidade no estado.

Se os árbitros do salonismo do RS estão sofrendo suposto boicote, o mesmo, até o presente momento, não estaria ocorrendo com os catarinenses, pois os principais árbitros daquele estado também aceitaram o convite da CBF e não foram excluídos do quadro da CBFS. Por conta deste possível boicote, árbitros gaúchos da elite no cenário nacional, não poderão trabalhar por entidades oficiais no Rio Grande do Sul.

Márcia Mariko (quem é Ednaldo Rodrigues?!) - Crédito: FPFS

Márcia Mariko Nishimura de Moraes,  atual Diretora de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol de Salão e membro da Comissão de Arbitragem da CBFS,  estaria trabalhando forte nos bastidores pelo boicote à CBF e, segundo informações, em live ocorrida dias atrás, teria questionado em tom de deboche, quem era Ednaldo Rodrigues – atual presidente interino da Confederação Brasileira de Futebol - para intervir no salonismo nacional.

Supostamente como represália, a CBFS vem excluindo do seu quadro, os árbitros que estão aceitando atuar pela CBF e como consequência, os principais campeonatos do país vão perder a qualidade na arbitragem por não contar com esses profissionais. A pressão teria chegado até nos árbitros internacionais do quadro FIFA, mas nestes, a força e as punições não surtirão qualquer efeito, tendo em vista que a FIFA reconhece apenas a CBF como responsável pela modalidade.

Acima quadro CBF e abaixo quadro CBFS/RS, sem os árbitros que aderiram a CBF

O Blog não conseguiu os contatos de Paraguassu Figueiredo, Marcia Mariko e Elias Machado para que se posicionassem sobre o assunto. Caso isso ocorra e algum deles se pronuncie, este post será atualizado.