O Rei
do VAR
Ramon
Abatti paralisou 40 vezes as partidas por sugestão do VAR no Brasileirão
2024
O Brasileirão 2024 terminou no último domingo (8) coroando o Botafogo FR com seu segundo título nacional. Antes, venceu a final polêmica de 1995 contra o Santos com arbitragem, até hoje não esquecida de Marcio Rezende de Freitas, então FIFA de Minas Gerais. Talvez a final mais polêmica da era dos pontos corridos.
O Brasileiro deste ano também teve suas polêmicas. Na verdade, talvez uma ou duas rodadas no máximo passaram com arbitragens despercebidas. Nas demais, reclamações dominaram o noticiário esportivo e o saldo foi geladeira para vários árbitros, não poupando nem mesmo os da elite, do seleto quadro FIFA. Alias, como nossos árbitros internacionais bateram cabeça e exageraram nos erros na competição e aqui não vou entrar na discussão das possibilidades e suspeitas de erros intencionais em determinados jogos por conta da manipulação de resultados que estão sob investigação das autoridades policiais e de congressistas que, alias, já convocaram vários árbitros para deporem na CPI das apostas esportivas.
Nos bastidores da arbitragem, os comentários é geral de que não será nenhuma surpresa caso apareça, mais cedo ou mais tarde, algo semelhante a 'Máfia do Apito' versão casa de apostas.
Mas deixando as polemicas de lado e entrando nos números da competição e como os números não mentem, posso afirmar que Ramon Abatti Abel é o Rei do VAR. O catarinense de 35 anos, do quadro FIFA foi o mais acionado pelo VAR. Nos 21 jogos apitados por ele na competição, foram 40 recomendações para checagem de lances que passaram despercebidos por ele em campo. Em 10 mudou sua decisão.
Se a arbitragem
brasileira não tem critérios, o mesmo não se pode falar de Ramon, que mantém o
ritmo. Na temporada passada o badalado árbitro também esteve entre os com mais
recomendações pelo VAR. Em 23 partidas foram 44 paralizações com sete mudanças de decisões.
Abatti ficou um mês na
geladeira após erros no confronto Palmeiras 2x2 Fortaleza, pela 31ª rodada que foi
a mais polemica da competição. Além de Ramon, outros dois árbitros (Bráulio da
Silva Machado e Flávio Rodrigues de Souza) e outros quatro profissionais do VAR
(Diego Pombo Lopez, Pablo Ramon, Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral e José
Claudio Rocha Filho), foram punidos pela CBF.
Outro inquilino do VAR foi o carioca Alex Gomes Stefano. Se Ramon foi o que mais recebeu
recomendações de checagem, Stefano foi o que mais mudou suas decisões. Em seu
primeiro ano na elite do futebol brasileiro, o árbitro de 36 anos, que comandou
22 jogos, teve 39 paralisações de jogo e mudou a sua decisão em onze ocasiões.
Fechando o top 3 está o
gaúcho Rafael Klein que caiu duas posições em relação ao ano passado. Foram 33
paralisações com nove alterações de decisão nos 21 jogos que comandou.
Em 2023 Klein liderou os
rankings de paradas e mudanças. Na edição passada, nas 23 partidas que
arbitrou, paralisou o jogo 48 vezes e mudou sua decisão em 13.
Obs. Esta postagem não é uma critica direta aos árbitros mencionados, que seguem protocolos e recomendações, mas serve como uma pequena mostra de como nosso VAR é intervencionista interferindo demasiadamente nas decisões de campo e de como nossa arbitragem usa o VAR como muleta para corrigir seus erros, a falta de atitude e tomadas de decisões.
Chamo atenção ainda para que toda vez que a ferramenta é acionada, um erro foi cometido. Seja ele em campo ou pela interpretação equivocada do operador da tecnologia que não se cansa de buscar pelo em ovo ou algo imperceptível para sugerir revisão no lance, muitas vezes até mesmo, ignorando o protocolo para uso da tecnologia.
Com informações: Espião estatístico - GE
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