Ação milionária de ex-membro da Comissão de Arbitragem da CBF no TRT/RJ é adiada
Testemunha da
CBF, Alicio Pena Jr. falta a audiência e decisão de ação de 1 milhão de reais fica para
dezembro
A ação trabalhista (0100655-84.2022.5.01.0024) movida pelo ex-membro da Comissão Nacional de Arbitragem, Nilson de Souza Monção, contra a CBF – Confederação Brasileira de Futebol -, foi novamente adiada. Desta vez o motivo do adiamento da audiência de conciliação, que estava marcada anteriormente para janeiro deste ano e ocorreria na última quarta-feira (9), foi por conta do não comparecimento de Alício Pena Junior, funcionário e testemunha de defesa da entidade. Alicio não compareceu por ter realizado cirurgia recentemente da vesícula e sem a testemunha de defesa, o julgamento foi adiado novamente, desta vez para ocorrer no dia 09/12/2024.
Assim a CBF vai protelando uma decisão da justiça e jogando pra frente mais uma derrota iminente nos tribunais como tem ocorrido nos casos semelhantes já julgados.
Na citação da nova data,
a Juíza Flavia Buaes Rodrigues, advertiu aos citados que arcarão com multa de
R$500,00 em caso de ausência injustificada na próxima audiência que será de
instrução.
Almir Alves de Mello e
Erica Gonçalves Krauss, testemunhas de acusação desta ação, já ganharam suas
ações na primeira instancia, mas como faz em todo processo, a CBF recorreu e
aguardam decisão de segunda instancia.
A parte acusatória
reclama da falta de respeito de seus antigos companheiros, que não atendem
telefone, não respondem mensagens e poderiam ter avisado que não iriam
comparecer na audiência e assim evitar transtornos para todos que deixaram seus
afazeres para comparecerem no tribunal.
O processo que teve
início em setembro de 2022 tem valor da causa em R$ 1.003.334,00 e corre na 24ª
Vara do Trabalho do TRT da 1ª Região-RJ.
Demitidos
A CBF demitiu em abril de
2022, dez pessoas que faziam parte do departamento de arbitragem da entidade. Entre elas, um
dos nomes mais antigos da estrutura, Sérgio Corrêa, então responsável pelo VAR.
Corrêa estava na CBF
havia 16 anos. Entrou em 2006 e no ano seguinte assumiu a presidência da
Comissão Nacional, ficando até 2012. De 2012 até 2014 se ausentou da
presidência, passando a ser diretor do departamento de arbitragem. De 2014 até
2016 foi novamente presidente. De 2016 até a demissão, permaneceu na entidade em outros cargos, entre eles o de responsável pela implantação do VAR.
Também foram dispensados
Manoel Serapião, Coronel Marcos Marinho, Cláudio Cerdeira, José Mocellin, Nilson
Monção, José Roberto Wright, Almir Alves de Mello, Marta Magalhães e Érika
Krauss.
As demissões foram a pedido de Wilson Seneme, que tinha sido recém-empossado como presidente da Comissão de Arbitragem da CBF.
Com exceção de Sérgio Corrêa, os demais demitidos acionaram a entidade na justiça em busca de direitos trabalhistas. Pelo menos duas ações já foram julgadas em primeira instancia, com vitória dos demitidos, e se encontra em grau de recurso em segunda instancia. As demais aguardam julgamentos na morosa justiça brasileira.
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