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terça-feira, 29 de maio de 2012

A função do AAA

A primeira polêmica (de muitas que irão ocorrer neste Campeonato Brasileiro) envolvendo os árbitros assistentes de gol ocorreu na partida entre Vasco e Grêmio. Este gol do Grêmio foi anulado pelo árbitro assistente auxiliar (AAA) Marcos André Gomes da Penha na partida dirigida pelo árbitro Célio Amorim.



Independente da decisão tomada, no meu ponto de vista equivocada pois não vejo falta na jogada, é importante ficarmos atentos a alguns fatos que irão acontecer nestas 38 rodadas (agora 37).

1. Posicionamento: Os árbitros de gol estarão colocados do mesmo lado dos bandeiras. O motivo desta colocação é uma orientação da Fifa que no ano passado “experimentou” os árbitros de gol no lado inverso, fez suas conclusões e este ano os troca de lado para perceber em qual dos lados os efeitos positivos são melhores. Os árbitros centrais, neste conceito, seguirão realizando seu deslocamento em sua diagonal principal.

2. Comunicação: Os árbitros de gol (também por orientação da Fifa) não fazem qualquer tipo de gesto ou sinalização. Sua comunicação e informações ao árbitro central chegam em pequenas mensagens pelo microfone. Ex: pênalti, falta, vermelho etc.

3. Filosofia: O sistema centenário de poder centralizado no árbitro central NÃO MUDOU. Ou seja, os árbitros de gol, assim como os árbitros assistentes e o 4º árbitro são membros INFORMATIVOS. Eles devem, sempre que o árbitro não estiver melhor colocado para tomar uma decisão, informar seu ponto de vista em relação à jogada.

Assim chegamos ao ponto. A função nova (que ainda é um EXPERIMENTO) deve ser assimilada pelas pessoas que vão exercê-la e também pelo resto da equipe de arbitragem. Os centrais deverão saber receber informações e caso estejam convictos de suas decisões agradecer ao AAA e ficar com o seu ponto de vista. Os AAA deverão saber o momento correto de auxiliar ao árbitro, procurando colaborar somente nos momentos em que sua intervenção seja essencial e indiscutível.

Sempre que dirigi uma partida deixei muito claro para minha equipe que minha decisão final sempre seria a que eu consideraria naquele momento a melhor para o time. Portanto, sem “melindres”, será natural (como sempre foi) uma informação chegar ao árbitro e o mesmo não acatá-la. Vida que segue.

Um risco assumido pela CBF quando adotou o sistema novo é o fato da pequena experiência que todos os árbitros têm neste novo sistema. Os árbitros que trabalharam este fim de semana na série A, exceção aos paulistas e cariocas, não tiveram mais de oito horas de treinamento no novo modelo.

Pense, será que com oito horas de treinamento você se sentiria seguro para excercer suas funções profissionais?

Assim, polêmicas virão e será difícil cobrar “excelência” com tão pouco tempo de treinamento.

Blog do Gaciba

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