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sábado, 14 de setembro de 2013

No apagar das luzes!

Foto ANAF

O sugestivo titulo acima vem bem a calhar para esse post, pois no inicio da noite de ontem, (sexta feira 13) a CBF realizou em Blumenau-SC reteste físico para árbitros e assistentes FIFA repetentes ou que não realizaram o ultimo teste em São Paulo por algum tipo de impossibilidade.

O teste inicialmente estava marcado para o inicio da tarde, mas devido ao sol quente, ele foi realizado quando já era noite em Blumenau-SC tendo acabado por volta das 19hs. Fora a mudança de horário, as atividades também não contou com a presença de um observador estrangeiro da FIFA o que é no mínimo estranho e desigual com os aprovados em São Paulo que realizaram as provas sob os gritos do instrutor argentino Cristian Rosén e às 11hs da manhã debaixo de um sol escaldante na capital paulista naquela manhã.

Pelas informações, boa parte da imprensa catarinense prestigiou as atividades, mas devo avisar que a imprensa esportiva não é especializada em arbitragem de futebol, dificilmente conhecem os árbitros, costumam perguntar quem é quem durante os testes e confundem com facilidade Pablo Alves e Heber Lopes pela careca que ambos ostentam.Também não sabem como e para que são realizado os testes e pouco se preocupam se esta sendo realizado de forma correta, se alguém queima e não recebe cartão entre outras coisas. Enfim, servem para divulgar, mas não  para dar credibilidade ao evento passando informações fidedignas e atualizadas como os especialistas do assunto arbitragem.

Longe de mim desconfiar do resultado da prova, pelo pouco que conheço o professor Paulo Camello, boto a maior fé nele, pois tem se mostrado competente, confiável e acima de tudo transparente em todas as vezes que estive presente nesse tipo de atividade. Mas não custava nada para a CBF trazer um observador FIFA de fora do país, pois daria mais credibilidade ao resultado e custaria bem menos do que vários pessoas que estavam presente no teste sem nenhuma função ou utilidade.

Pelas informações colhidas com uma fonte na pista, todos foram aprovados, mas só fizeram pro gasto e o desempenho de 100% só mascarou as péssimas condições físicas do grupo. A única exceção foi o mato-grossense Wagner Reway que fez os 24 tiros de 150 mts mostrando todo seu bom preparo físico conseguido certamente correndo atrás de alguns jacarés no pantanal mato-grossense.

Os demais passaram no limite e soltando os bofes pra fora da boca. De estranhar o fato do alagoano Francisco Carlos do Nascimento que apresentou lesão grau dois ter conseguido ser aprovado em menos de dez dias de preparação levando se em conta que precisou de pelo menos 20 dias fazendo tratamento. Muitas pessoas acreditavam que ele nem participaria dos testes, outros chegaram a duvidar que ele tenha sentido lesão nos testes de São Paulo. Será!

De bom a aprovação de Wilson Seneme, sem duvidas o melhor árbitro brasileiro nos últimos anos e fora isso é uma pessoa séria e comprometida com a boa arbitragem que permite que o melhor time vença sempre.

Outra vez a ANAF esteve presente dando todo apoio aos árbitros e assim Marco Martins vem tornando normal à participação da entidade dos árbitros nesses momentos que é muito importante para os homens de preto, mesmo que boa parte deles não reconheça o trabalho realizado em prol da categoria. E olha que os dirigentes da entidade deixam a família e os seus afazeres do dia a dia, não recebem um centavo sequer pelo tempo doado a classe onde lutam pelos direitos da arbitragem. Parabéns ANAF, parabéns presidente Marco Martins, o reconhecimento um dia certamente virá.

Parabéns também a todos os árbitros testados e aprovados, sei o quanto é difícil os testes e a dedicação que tem que ter para se manterem em condições de realizá-los. Sei ainda da angustia dos treinamentos, da expectativa e da apreensão dos familiares.

Então parabéns mais uma vez, sempre houveram as cobranças e elas serão cada vez maiores e é justamente isso que torna essa profissão tão fascinante e prazerosa.

Frase: “O que as vitórias têm de mau é que não são definitivas. O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas”. (José Saramago).

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