Chance aproveitada!
Analise arbitragem Coritiba x
Figueirense
O árbitro alagoano Charles Hebert Ferreira
Cavalcante (foto) fez sua estréia na série A do campeonato brasileiro em 2009, logo
depois confirmou um gol de mão na série B. O erro, grave é verdade, tirou as
chances de se firmar na elite da arbitragem brasileira, mas como nem todo mal
dura para sempre, cinco anos depois do trágico lance, recebeu nova oportunidade
para reconquistar o espaço perdido e provar para todos e para ele mesmo que a cruz que carrega desde o erro no passado é devido a um acidente de percurso e que tem qualidades para atuar nos principais jogos do Brasil.
Ficha técnica:
Coritiba e Figueirense se enfrentaram na noite da
ultima quarta-feira (16), pela 10ª rodada da série A do campeonato brasileiro.
A partida foi disputada no estádio Couto Pereira em Curitiba para 10.383
pagantes.
Com as duas equipes na zona do rebaixamento, quem
levou a melhor foi a equipe catarinense, que se aproveitou das chances e venceu
por 2 a 0, com gols de Thiago Heleno e Everaldo, um em cada tempo de partida.
O Jogo
Primeiro tempo:
5’ – Logo no inicio da partida, o zagueiro Thiago
Heleno desviou de cabeça após escanteio para marcar o primeiro do Figueirense
sobre um Coritiba desorganizado e
candidatíssimo ao rebaixamento.
13’ – O
assistente Pedro Araújo marcou toque de mão do ataque do Figueirense de forma
correta.
27’ – Atacante Robinho do Coritiba caiu na área após
disputar a bola com o zagueiro do Figueira. Houve o choque que foi interpretado
como jogada normal de forma correta pela arbitragem.
31’ – Primeiro erro da arbitragem. Marcou falta de
Robinho do Coritiba em uma disputa de bola normal.
32’ -
Atacante do coxa Alex se jogou na bola, mas não conseguiu concluir para o gol.
Sensação que o atacante estava impedido no lance, fato ignorado pelo assistente Pedro
Araújo que marcou apenas tiro de meta.
Acréscimo: Mesmo não tendo muitas paralisações, no final do primeiro
tempo foram acrescentados corretamente dois minutos à partida. Efeito Copa do
mundo?
Segundo tempo:
2’ – Em uma jogada no meio de campo, Dener do
Figueirense tocou levemente o jogador Alex do Coritiba, arbitragem marcou a
falta corretamente e mostrou primeiro cartão do jogo. O amarelo foi exagero,
mas dentro do padrão brasileiro de mostrar amarelo para qualquer falta.
6’ – Luan do Figueirense deu entrada forte em
Carlinhos do Coxa e também foi amarelado. Desta vez corretamente.
10’ – Baraka, o contestado jogador do Coritiba
empatou a partida de cabeça, mas antes empurrou o zagueiro Nirley do
Figueirense. Gol anulado de forma correta pela arbitragem.
23’ –Ricardo Bueno recuperou a bola e num rápido
contra ataque lançou Everaldo que driblou dois zagueiro e tocou por cima do
goleiro Vanderlei. Um bonito gol, o segundo do Figueirense que definiu o placar
da partida.
45’ – Antes do apito final, Leandro Almeida do
Coritiba deu carrinho forte, mas lateralmente e foi punido corretamente com cartão amarelo.
Acréscimo: A placa anunciou quatro minutos de acréscimo
provando que a Copa do mundo deixou algum legado para a arbitragem brasileira.
Resumo:
Charles Hebert demostrou tranquilidade e confiança
no seu regresso a primeira divisão do futebol brasileiro. Foi muito bem
tecnicamente, razoável na parte disciplinar e contou com a ajuda dos assistentes e adicionais quando necessário.
Estranhamente atuou à frente da linha da bola quase
que o tempo todo da partida, herança herdada da série B onde não existe os
adicionais. Em um determinado lance, teve que usar sua agilidade
para não ser tocado pela bola, mas o posicionamento inadequado não interferiu
na sua arbitragem.
O “ponto futuro”, quando o árbitro antecipa a
jogada, deve ser usado sem exageros e não como posicionamento de jogo. Quesito
a ser corrigido.
A partida não ofereceu grandes dificuldades para a
arbitragem, mas no único lance que mereceu uma intervenção dos homens de preto,
neste caso de azul, o gol irregular de Baraka, agiram rapidamente e de forma
precisa.
A duas equipes jogaram futebol e não abusaram das
faltas, mesmo assim marcou 37 – 19 do
Coritiba e 18 do Figueirense - (três acima da media deste brasileiro), mas
poderia ter marcado menos, pois nem todo contato é falta segundo a regra do jogo. Outro quesito a ser corrigido.
Os adicionais usaram uniformes padrão de jogo, o uso dos agasalhos tira autoridade e da a sensação que são inúteis à partida. Mas os componentes da arbitragem poderiam usar amarelo, pois em partidas noturna, o azul confunde muito com as cores mais escuras dos times, no caso o Figueirense.
Conclusão:
Foi uma bela atuação do quinteto alagoano, se a
partida não exigiu tanto, pelo menos passaram despercebidos legitimando o
resultado do confronto. Pela atuação estão de parabéns e merecem novas
oportunidades.
Frase: “Neste mundo, são aqueles que aproveitam a oportunidade que têm as
oportunidades” (George Eliot).
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