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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Dilma veta 0,5% destinado aos árbitros

Categoria perdeu uma batalha, mas se tiver coragem para lutar, não perderá a guerra!


A presidenta Dilma Rousseff sancionou ontem (5), a medida provisória 671/2015 que prevê a responsabilidade fiscal e financeira dos clubes de futebol e detalha regras para parcelamento de dívidas. A matéria foi aprovada pelo Congresso Nacional em julho. A sanção foi publicada à noite, em edição extra do Diário Oficial da União na internet.

Conhecida como MP do Futebol, a medida recebeu 36 vetos da presidenta, entre parágrafos, incisos e artigos completos, como o que previa o repasse de 0,5% da receita proveniente do “direito de arena” a arbitragem. Repasse amplamente negociado pelos representantes dos árbitros de futebol. A justificativa para o veto foi que a medida não detalhou os critérios para a utilização e controle dos valores.

Estive em Brasília em junho acompanhando alguns dirigentes da arbitragem nacional que foram buscar apoio para a inclusão de percentual na MP em favor da categoria. Em um primeiro momento pediram 5% o que foi totalmente rejeitado pelos clubes e congressistas. Depois com a participação politica do Deputado Evandro Roman do PSD/PR, conseguiram as duras penas incluir o pequeno percentual de 0,5%. Pequeno sim, mas foi o que se conseguiu naquele momento e mesmo assim só foi aprovado no relatório final após longa peregrinação de alguns dirigentes do apito pelos gabinetes do congresso e devido a inteligência do Senador Sérgio de Oliveira Cunha, mais conhecido por Sérgio Petecão (PSD/AC) e do Deputado Evandro Roman que aproveitaram uma brecha no regimento para aprovar o relatório contra a vontade da bancadas da bola que era contra o percentual destinado aos árbitros.


Fico triste com o veto, principalmente por ter visto de perto o trabalho que foi feito para a aprovação desta medida com o percentual destinado a arbitragem. Por poucos dirigentes, é verdade, pois podia se contar nos dedos das mãos os que foram a Brasília. Árbitros então nem pensar, nenhum se fez presente para dar apoio na busca de melhorias para todos. Podem alegar despesas para deslocamento a Capital Federal, mas o argumento cai facilmente, pois sequer nem mesmo os de Brasília estiveram presentes, o que mostra a falta de comprometimento de todos com cada um pensando somente nas escalas, pouco se importando com a categoria. Mas como felizmente pude testemunhar, os dirigentes que foram não mediram esforços deixando seus afazeres e o convívio com os familiares para buscarem conquistas para uma classe totalmente desunida e que só pensam em benefícios próprios.


Espero que os árbitros não eleja um único culpado e nem que façam uma caça as bruxas. Nos bastidores já tem comentários maldosos contra o presidente da ANAF Marco Martins. Não sou advogado do dirigente, até mesmo porque ele não precisa, mas acompanhei e acompanho sua peregrinação por Brasília. Presenciei algumas das negociações, fui testemunha que ele e outros dirigentes que lá estiveram fizeram o possível e até mesmo o impossível para tentar emplacar os 5%, obtendo só 0,5%. Se a Dilma vetou, que culpa eles tem?

Vocês que criticam, quem de vocês já fez alguma coisa que resultou em ganho para a categoria? Falar é fácil, até papagaio fala e geralmente besteira. Tenham paciência, não sejam inquisidores, primeiro procurem informações e depois atirem suas pedras nos alvos certos.

Guerra

Os árbitros perderam uma batalha é verdade! O golpe foi duro, como um cruzado no queixo, deixou todos atordoados, golpe rasteiro e difícil de digerir, pois veio nos acréscimos, quando a vitória já era dada como certa. Mas não perderam a guerra se tiverem coragem de lutar! Podem virar esse jogo, tirar melhor proveito e ainda aumentar o ganho. Basta que seus dirigentes tenham coragem, parem de brincar de fazer casinha como diz um famoso dirigente e saírem da aba da CBF para enfrentar o problema como realmente se deve. Não há tempo a perder, deveriam estar se mobilizando desde ontem, logo após o veto para demonstrar que estão dispostos a lutarem pelos seus direitos dentro e fora de campo.

A classe precisa que seus lideres saiam dos casulos, das abas patronais, que não tenham medo das consequências, das perdas eventuais e que partam pro confronto se preciso for. A bola esta quicando e o momento de chutar é agora, bombardear o gol inimigo até marcar um golaço em favor dos homens de preto ou então que se calem para sempre aceitando as migalhas doadas como cala boca!

PARALISAÇÃO !

Frase: “Não se implora por direitos, se luta por eles” (Adolf Hitler)

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