Dilma
veta 0,5% destinado aos árbitros
Categoria perdeu uma
batalha, mas se tiver coragem para lutar, não perderá a guerra!
A presidenta Dilma
Rousseff sancionou ontem (5), a medida provisória 671/2015 que prevê a
responsabilidade fiscal e financeira dos clubes de futebol e detalha regras
para parcelamento de dívidas. A matéria foi aprovada pelo Congresso Nacional em
julho. A sanção foi publicada à noite, em edição extra do Diário Oficial da
União na internet.
Conhecida como MP do
Futebol, a medida recebeu 36 vetos da presidenta, entre parágrafos, incisos e
artigos completos, como o que previa o repasse de 0,5% da receita proveniente
do “direito de arena” a arbitragem. Repasse amplamente negociado pelos
representantes dos árbitros de futebol. A justificativa para o veto foi que a medida não
detalhou os critérios para a utilização e controle dos valores.
Estive em Brasília em
junho acompanhando alguns dirigentes da arbitragem nacional que foram buscar apoio para
a inclusão de percentual na MP em favor da categoria. Em um primeiro momento
pediram 5% o que foi totalmente rejeitado pelos clubes e congressistas. Depois
com a participação politica do Deputado Evandro Roman do PSD/PR, conseguiram as
duras penas incluir o pequeno percentual de 0,5%. Pequeno sim, mas foi o que se
conseguiu naquele momento e mesmo assim só foi aprovado no relatório final após
longa peregrinação de alguns dirigentes do apito pelos gabinetes do congresso e
devido a inteligência do Senador Sérgio de Oliveira Cunha, mais conhecido por
Sérgio Petecão (PSD/AC) e do Deputado Evandro Roman que aproveitaram uma brecha
no regimento para aprovar o relatório contra a vontade da bancadas da bola que era
contra o percentual destinado aos árbitros.
Fico triste com o veto,
principalmente por ter visto de perto o trabalho que foi feito para a aprovação
desta medida com o percentual destinado a arbitragem. Por poucos dirigentes, é
verdade, pois podia se contar nos dedos das mãos os que foram a Brasília.
Árbitros então nem pensar, nenhum se fez presente para dar apoio na busca de
melhorias para todos. Podem alegar despesas para deslocamento a Capital
Federal, mas o argumento cai facilmente, pois sequer nem mesmo os de Brasília
estiveram presentes, o que mostra a falta de comprometimento de todos com cada
um pensando somente nas escalas, pouco se importando com a categoria. Mas como
felizmente pude testemunhar, os dirigentes que foram não mediram esforços
deixando seus afazeres e o convívio com os familiares para buscarem conquistas
para uma classe totalmente desunida e que só pensam em benefícios próprios.
Espero que os
árbitros não eleja um único culpado e nem que façam uma caça as bruxas. Nos bastidores
já tem comentários maldosos contra o presidente da ANAF Marco Martins. Não sou
advogado do dirigente, até mesmo porque ele não precisa, mas acompanhei e
acompanho sua peregrinação por Brasília. Presenciei algumas das negociações, fui
testemunha que ele e outros dirigentes que lá estiveram fizeram o possível e até mesmo o impossível para tentar emplacar
os 5%, obtendo só 0,5%. Se a Dilma vetou, que culpa eles tem?
Vocês que criticam,
quem de vocês já fez alguma coisa que resultou em ganho para a categoria? Falar é fácil,
até papagaio fala e geralmente besteira. Tenham paciência, não sejam
inquisidores, primeiro procurem informações e depois atirem suas pedras nos alvos
certos.
Guerra
Os árbitros perderam
uma batalha é verdade! O golpe foi duro, como um cruzado no queixo, deixou todos atordoados, golpe rasteiro e difícil de digerir, pois veio nos acréscimos, quando a vitória já era dada como certa. Mas não perderam a guerra se tiverem coragem de lutar! Podem virar esse jogo, tirar melhor proveito e
ainda aumentar o ganho. Basta que seus dirigentes tenham coragem, parem de
brincar de fazer casinha como diz um famoso dirigente e saírem da aba da CBF
para enfrentar o problema como realmente se deve. Não há tempo a perder, deveriam
estar se mobilizando desde ontem, logo após o veto para demonstrar que estão
dispostos a lutarem pelos seus direitos dentro e fora de campo.
A classe precisa que
seus lideres saiam dos casulos, das abas patronais, que não tenham medo das
consequências, das perdas eventuais e que partam pro confronto se preciso for.
A bola esta quicando e o momento de chutar é agora, bombardear o gol inimigo até marcar um golaço em
favor dos homens de preto ou então que se calem para sempre aceitando as migalhas
doadas como cala boca!
PARALISAÇÃO JÁ!
Frase: “Não se implora por direitos, se luta por
eles” (Adolf Hitler)
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