Assembleia do SAFESP aprova contas da gestão
Aurélio Sant’Anna
No final da tarde da
última quarta-feira (13) foi realizada a primeira assembleia para prestação de
contas do SAFESP – Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo -. Ao
todo, 13 associados, em dia, segundo decidido nas duas assembleias anteriores,
aprovaram por unanimidade as contas de 2020, 2021, 2022 e parte de 2023.
Antes do início da
assembleia, em conversa pacifica, informal e fora da pauta, algumas informações
foram passadas e discutidas pelos presentes. Como dito, foram conversas em off
e aqui não vai nenhuma acusação para ninguém, até mesmo que, por enquanto não se
tem os elementos para provar, coisa que uma auditoria resolveria facilmente. Aliás, Aurélio deixou claro que sua grande frustração foi não realizar a auditoria que foi promessa de campanha, mas não foi
realizada devido ao alto custo, cerca de 10 mil reais.
O que foi dito:
- Aurélio falou sobre as
dificuldades do sindicato se manter. Relatou que minutos após a posse, recebeu
um enviado da Federação Paulista de Futebol, portando um distrato cancelando o
acordo que havia entre as entidades onde a FPF repassava os valores das
arbitragens de suas competições e o sindicato realizava os pagamentos aos
árbitros. Através desses pagamentos, onde se realizava os descontos das
contribuições, a entidade obtinha recursos para seu funcionamento.
- Segundo relatado,
outros profissionais como motoristas, fiscais, assessores, delegados e até
palestrantes em eventos de arbitragens da FPF recebiam através do sindicato que chegou
a movimentar mais de 4 milhões anuais em repasses.
- A ideia inicial era
oferecer benefícios para o associado para este fazer parte do sindicato e para
isso antes da pandemia já tinha realizado parceria com estacionamento para
facilitar os árbitros que se deslocam até a Federação para as viagens e devido
à dificuldade de vagas na região. O sindicato também estava em tratativas para
alugar uma casa de três quartos onde adaptaria para receber árbitros do
interior que viessem trabalhar em São Paulo para não terem despesas com hotel. O
projeto não foi a frente por falta de verba e ao pedir ajuda ao presidente da
FPF recebeu um sonoro não como resposta.
- “Infelizmente o árbitro
profissional não quer pagar sindicato. Quando nós assumimos isso aqui
(sindicato), as meninas que trabalhavam antes aqui falavam isso pra gente: se
vocês acham que o árbitro vai pagar, vocês são muito inocentes” – frisou Aurélio.
- Segundo informado, o
Safesp tem uma dívida tributária de cerca de 400 mil reais devido a fiscalização do
governo encontrar retiradas do caixa na antiga administração de três mil e até
dez mil reais mensais sem a devida comprovação, o que levou a perda de isenção
e multas sobre valores devidos gerando essa dívida enorme.
Segundo os bastidores, essas retiradas teriam sido feitas por um ex dirigente da entidade.
- Segundo informado, as
três funcionárias custavam algo em torno de 15 mil reais mês, mas ticket
alimentação, seguro de vida e saúde entre outros benefícios. No desligamento de
duas dessas funcionárias, a outra já tinha acertado, foi feito acordo de 36
meses onde o sindicato paga até abril do próximo ano, algo em torno de mil
reais mês para as duas.
- O estacionamento está
alugado, de forma verbal, uma vaga para uma clinica ao lado ao custo de 300
reais mês com o compromisso de cessar a locação quando as atividades voltarem
ao normal.
Por fim e no horário
estabelecido da segunda chamada, foi explanado de forma transparente toda
situação da entidade nessa gestão com balanço financeiro bancário, devidos
comprovantes, parecer do conselho fiscal devidamente a disposição dos
associados presentes que puderam notar que o SAFESP tem hoje em caixa, algo em torno de 50 mil reais. No balancete consta os valores de entrada dos campeonatos
administrados atualmente pelo sindicato, principalmente OAB e as devidas saídas
para pagamento dos árbitros.
Tudo isso eu, e os demais
presentes, vimos com nossos próprios olhos de forma transparente e com as
devidas explicações em caso de dúvidas.
Considerações finais.
Sou um critico da forma
como essa gestão administra o sindicato. Foram e são muito criticados por culpa
deles mesmos ao não entenderem o oficio da profissão e se negarem a darem
explicações e rebaterem críticas, as vezes injustas, que atingem não só a eles,
mas a entidade Safesp que eles representam. Ninguém pediu ou obrigou que eles
fossem dirigentes, mas a partir do momento que aceitaram, tem que agir conforme
interesses do sindicato e não pessoal.
Mesmo ainda achando que o
estatuto não está sendo respeitado, mas não sou dono da verdade, respeito as
interpretações diferentes e a justiça que decida, saio feliz dessa assembleia,
pois também luto por uma recuperação da entidade e as vezes temos que dar
passos atras para no futuro seguir em frente.
Vou seguir apoiando,
criticando quando necessário e a disposição para ajudar essa entidade que sou
associado desde 1992.
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