Muitos debates e poucas conquistas na 37ª assembleia de trabalho da ANAF
No ultimo final de semana, dias 27 e 28 de Março, foi realizada a 37ª assembleia de trabalho da associação nacional dos árbitros de futebol (ANAF) com entidades, representantes e presidentes de sindicatos de árbitros de todo país. O encontro foi realizado no retiro de eventos do Hotel Sesc Campestre em Porto Alegre/RS.
Apesar do amplo debate de vários temas, poucas conquistas foram efetivadas no encontro e temas importantes como federação, profissionalização, direito de imagem e patrocínio não avançaram se tornando temas obrigatórios para os próximos encontros.
Destaques
Quinze presidentes e quatro representantes participaram dos trabalhos, destaques para João Lucas do Ceará que enfrenta grave crise no seu estado devido a imposições da Federação Cearense de Futebol (FCF). Destaque também para Lincoln Ribeiro Taques de Mato Grosso que anunciou a sua saída do sindicato no fim do seu mandato que ocorre este ano e a aproximação entre os lideres da arbitragem paranaense – Roberto Braatz, Adriano Milczviski e Airton Nardelli que iniciaram negociações para por fim as discussões e unir a associação e o sindicato dos árbitros.
Também destaque para os debates entre os participantes. Com a ausência de Salmo Valentim, por compromissos com a arbitragem pernambucana, os momentos mais acalorados ocorreram nos diversos confrontos e foram vários, entre Marco Martins, presidente da ANAF e Arthur Alves Junior, presidente do sindicato paulista, onde ambos defendiam suas posições, suas idéias, mas por um objetivo comum que era a arbitragem e em prol de melhorias para a categoria.
Como em encontros anteriores, vários assuntos voltaram a pauta, foram discutidos mais uma vez e dependem de outras medidas para serem colocados em praticas, entre os quais: a aprovação do estatuto da escola de arbitragem da ANAF, o direito de imagem, reajustes nas taxas de arbitragem, a tão decantada criação da Federação Nacional dos Árbitros de Futebol, cartas sindicais das entidades estaduais e patrocínios das camisas de arbitragem. Vários desses assuntos são discutidos até mesmo antes da criação da associação, mas lamentavelmente não saem do papel.
Outro ponto forte foi à moção de apoio a João Lucas, sindicalista do Ceará que enfrenta o peso da mão patronal desde que enfrentou e venceu o candidato da Federação Cearense de Futebol - Paulo Silvio - para a presidência do sindicato. Com a efetivação do candidato derrotado na comissão de arbitragem, todo tipo de boicote vem sendo realizado contra os árbitros e o sindicato que buscou medidas judiciais para resguardar o direito da categoria que covardemente abandonou sua entidade e seu presidente a sorte e ao deus dará. Se para o cearense foi feito uma moção de apoio, para Arilson Bispo da Anunciação, agredido recentemente em partida do campeonato baiano, foi realizado moção de repudio a agressão e cobrança das autoridades para que o ato seja exemplarmente punido.
Como em encontros anteriores, vários assuntos voltaram a pauta, foram discutidos mais uma vez e dependem de outras medidas para serem colocados em praticas, entre os quais: a aprovação do estatuto da escola de arbitragem da ANAF, o direito de imagem, reajustes nas taxas de arbitragem, a tão decantada criação da Federação Nacional dos Árbitros de Futebol, cartas sindicais das entidades estaduais e patrocínios das camisas de arbitragem. Vários desses assuntos são discutidos até mesmo antes da criação da associação, mas lamentavelmente não saem do papel.
Presenças
Alguns dirigentes aproveitaram a oportunidade para marcar presença e tentar acertar a situação dos seus sindicatos como Silvio Camargo do Espirito Santo que esta tentando reativar o sindicato inativo desde 2008.
Também aproveitou a oportunidade os dirigentes do apito paranaense que travam luta há muito tempo para serem representante dos árbitros. O sindicato liderado por Airton Nardelli esta amparado pela lei que lhe confere o direito de representar a categoria que por sua vez esta toda ela filiada a associação paranaense dos árbitros de futebol presidida por Adriano Milczviski. Com a presença do ex-presidente da APAF, Roberto Braatz, os três dirigentes conversaram mais sobre os problemas das duas entidades e formas de unificação nos dois dias do encontro do que no resto de todo processo até aqui.
As ausências
Sentida as ausências de vários sindicalistas, todos eles, a titulo de informação, não faltam ou deixam de mandar representantes aos congressos quando o deslocamento e estadia são bancados pela ANAF, entre eles e principalmente o estado de Alagoas que costuma mandar dois representantes quando as custas fica por conta da entidade nacional. Também não compareceram representantes do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Pará, Goiás e Rio de Janeiro.
Um dos ausentes, o recém empossado Edson Antonio de Souza de Goiás, perdeu a oportunidade de se apresentar aos dirigentes da entidade nacional, aos demais colegas e trazer as reivindicações do seu estado. A principio, Edson Antonio usa do mesmo artificio do antigo presidente, Elmo Alves Cunha, que não participava dos eventos e teria usado a função no sindicato apenas para manter status para ser escalado em jogos local e da CBF.
Pontos positivos
> Forma carinhosa que foram recebidos e tratados todos os participantes do evento.
> Harmonia entre os dirigentes que apesar de algumas divergências no campo das ideias, mantiveram a educação e o respeito aos demais ao ponto de apesar das arestas, o paulista Arthur Alves Júnior, dizer emocionado em alto e bom som que é apaixonado pela pessoa do Presidente Marco Martins.
> A presença do presidente do sindicato do Espirito Santo, ausente nos demais encontros e a aproximação entre os dirigentes da arbitragem paranaense que tem uma chance de ouro para por fim no imbróglio tão prejudicial aos árbitros da terra das araucárias.
> Condução dos trabalhos de forma serena do presidente Marco Martins que soube dosar e apimentar as discussões quando necessário. Grande líder e merecedor da confiança dos demais.
> A participação efusiva de Arthur Alves Junior do sindicato paulista que baseado em seus conhecimentos e no vasto material documental em seu poder na assembleia, se manifestou sempre que necessário auxiliando os demais nas discussões tornando o encontro uma assembleia de decisões solidas e amparadas pela lei.
Pontos negativos
> A logística, principalmente a do hotel no dia que antecedeu o inicio das atividades, não esteve como merece um encontro como esse. Quando um dirigente chega ao hotel – Arthur Alves Junior -, altas horas da noite após retornar de um jantar e não tem reserva em seu nome, é porque alguém não fez a lição de casa como deveria.
> O local do evento – batizado por alguns de sanatório – devido ao local afastado, pecou na falta principalmente de sinal de internet tendo em vista que vivemos em um mundo digital e todos tem necessidades constantes de estarem em contatos com suas atividades profissionais e com seus familiares. A imprensa presente, sem exceção, sofreu, pois mesmo os que tinham outros meios de comunicação como internet móvel, não conseguiam conectar facilmente e quando conseguiam o sinal era fraco devido o local isolado e no meio da vegetação como mostra a foto abaixo.
Mesmo assim, vários dirigentes foram vistos em longos bate papo no famigerado zap-zap, também conhecido como whatsapp, ou no facebook dando pouca importância para o que era discutido naquele momento.
> A não participação de árbitros gaúchos nos dois dias do encontro que tratava de assuntos diretamente ligados a eles. Mas uma vez fica provado que os homens de preto de norte a sul do país com raríssimas exceções estão cagando e andando para os assuntos da arbitragem, pois só se preocupam com escalas. Ouso afirmar e sem medo de errar que caso fosse encontro da CBF ou que Sérgio Corrêa estivesse presente no evento, não teria lugar para todo mundo e todo quadro gaúcho certamente estaria presente.
> Desnecessário o discurso bairrista proferido na cerimônia de homenagem dos 30 anos do sindicato gaúcho (Safergs). Fossem os paulistas presentes na cerimonia mal educados, teriam saídos da sala após ouvirem um monte de desaforos ditos por uma pessoa deselegante e sem senso de cordialidade.
Agradecimentos
Como sempre ficam aqui registrado meus agradecimentos à direção da ANAF, principalmente na pessoa do Presidente Marco Martins, que gentilmente proporcionou logística e estadia para minha participação no evento. Também agradeço a gentileza e a cordialidade de Erica Klauss, secretaria da ANAF e ao assessor de imprensa Julio Cancellier que me auxiliou e sempre esteve disponível para esclarecimentos necessários.
Agradeço também ao presidente do Safergs, Carlos Castro, pela recepção e cordialidade durante o evento. Poderia ganhar um dez e só não ganha por não ter agilizado a logística para que este que voz escreve pudesse fazer uma visita à Arena Grêmio na tarde do domingo como havia planejado e solicitado.
Agradeço também ao presidente do Safergs, Carlos Castro, pela recepção e cordialidade durante o evento. Poderia ganhar um dez e só não ganha por não ter agilizado a logística para que este que voz escreve pudesse fazer uma visita à Arena Grêmio na tarde do domingo como havia planejado e solicitado.
Aos amigos - e assim considero todos que estavam no evento - que revi, aos novos que conheci, quero dizer que foi um prazer o convívio com vocês durante esses dois dias e espero estar presente em Belo Horizonte no inicio de agosto para revê-los novamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário