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sábado, 11 de julho de 2015

Sérgio Corrêa pode virar chefe de arbitragem da Conmebol

Sérgio Corrêa da Silva

Os países membros da Confederação Sul-Americana de Futebol – Conmebol – tem feito pressão para que uma profunda reformulação seja realizada no Comitê de Arbitragem da entidade. Tudo por conta do escândalo das escutas telefônicas que envolve seus dois principais dirigentes, o argentino Abel Gnecco (72) – membro - e o paraguaio Carlos Alárcon Rios - Presidente do Comitê desde 2003 -.

Obs. Ainda fazem parte do comitê os seguintes membros: Wilson Luis Seneme (Brasil), Ernesto Filippi (Uruguai) e Alberto Tejada (Peru).

E o principal candidato a chefiar o departamento é um Brasileiro. Ele não confirma, foge do assunto como o diabo foge da cruz, mas tratativas estão sendo realizadas para que Sérgio Corrêa da Silva, Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, assuma o cargo caso uma reformulação realmente seja realizada na entidade sul-americana.

O que pode dificultar a reformulação é o grau de envolvimento dos dois citados no escândalo com seus superiores, pois em meio à divulgação das escutas, Alárcon e Gnecco estavam no Chile e como se nada tivesse acontecido, absurdamente continuaram escalando os árbitros para os jogos da Copa América.

O que ficou claro nas escutas é o lamaçal no qual está afundado o futebol Sul-americano. Como acreditar nas próximas escalas deste Comitê? Será que por trás de cada erro de um árbitro no continente não há a pressão de algum dirigente como mostrou as escutas?

O que é claro e cristalino neste episódio é que cabeças devem rolar e que um novo dirigente deve assumir o cargo para trazer de volta a credibilidade das escalas e assim fortalecer novamente as decisões dentro de campo dos homens de preto do continente. Pela falibilidade humana, qualquer erro de arbitragem não é bom para a classe, mas é aceitável por mais absurdo que seja. Agora quando há suspeitas de manipulação, de erros intencionais, a consequência é devastadora para a categoria. Por isso, sob qualquer suspeita, como neste caso, a melhor providencia é a troca imediata dos comandantes.

Envolvida em um mar de lama, com dirigentes presos à pedido da policia americana (FBI), a letárgica Conmebol está em compasso de espera, mas o certo é que caso haja a troca de comando e Corrêa assuma o cargo, este deverá desenvolver um trabalho de reformulação na arbitragem Sul-americana nos mesmos moldes adotados na CBF, onde as escalas são distribuídas baseadas em números, estatísticas, transparência e competência dos apitadores. Vale frisar que num passado não muito distante, Corrêa foi convidado para fazer parte do Comitê de Arbitragem da FIFA como membro e só não aceitou o cargo devido há problemas de saúde em estagio mais avançado que enfrentava à época.

Entenda

Uma série de 11 escutas reveladas pelo canal América TV mostra irregularidades que teriam sido cometidas por Julio Grondona, presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA) durante os 35 anos em que foi presidente da entidade, até sua morte no ano passado.

Entre as suspeitas, está a possível influência de Grondona na indicação do árbitro Carlos Amarilla para o duelo entre Corinthians e Boca Juniors, pelas oitavas de final da Libertadores de 2013, em jogo recheado de polêmicas.

A conversa gravada de Grondona sobre a Libertadores foi com Abel Gnecco, representante da AFA no Comitê de Arbitragem da Conmebol. Gnecco revela como pressionou Alarcón (provável referência a Carlos Alarcón, presidente do comitê) para escalar Amarilla.

"Gostam aí na Argentina do Amarilla?" Olha, se não gostam dele, não sei. Eu gosto, bota ele e deixa de me encher o saco. Para Alarcón, me bota o Amarilla e para de encher. Bom, assim foi, o pôs e bom... e saiu bem porque, bom, tem que ser assim" - disse Gnecco a Grondona.

Frase: “A corrupção é como o câncer: quanto maior a demora em estabelecer o diagnóstico e iniciar o tratamento, menores são as chances de cura” (Alcione Alvez).

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