Pesquisar este blog

sexta-feira, 21 de setembro de 2018


Veteranos na final da Série C do Brasileiro

CA-CBF aposta na experiência para manter emprego em vez de dar oportunidades para novos árbitros

Marcelo Henrique - Crédito: Getty images

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) designou o árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique, 47 anos, para comandar a final da Série C do Campeonato Brasileiro entre Cuiabá e Operário (PR). A decisão será neste sábado (22), às 18h, na Arena Pantanal, em Cuiabá-MT. Outros dois veteranos, Michael Correia 38 anos e Silbert Faria Sisquim, 44 anos, serão os assistentes enquanto o também veterano, Rodrigo Nunes de Sá, 39 anos, será o quarto árbitro.

A escala certamente será mais uma para o quarteto tendo em vista a enorme quantidade de jogos muito mais importante que este que eles já trabalharam ao longo da carreira, mas seria oportunidade de ouro para muitos jovens árbitros com potencial do quadro nacional ganhar experiências para se firmarem cada vez mais na função e se tornarem referencia da profissão no futuro.

A entidade repete o que já tinha feito na Série D quando escalou um outro veterano, Leandro Vuaden, 43 anos, no confronto final entre Treze-PB e Ferroviário-CE e voltou a escalar na partida de ida da final da C que terminou empatada em 3 a 3 e em grande pancadaria entre os jogadores.

O conservadorismo nas escalas das finais é uma marca registrada do atual presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, Cel. Marinho, que durante uma década dirigindo a arbitragem paulista usava do mesmo expediente escalando árbitros FIFA nas finais das divisões inferiores como Série A2, A3 e segunda divisão.

Crédito: FERJ

Militar de formação - foi durante muitos anos comandante da tropa de choque da PM Paulista -, Marinho agarra com unhas e dentes o cargo e o alto salario da função que lhe caiu no colo não correndo nenhum risco que traria repercussão negativa como uma eventual má arbitragem de um jovem em uma final. Escalando um árbitro experiente em partidas de muita repercussão, o comandante entende que se houverem erros, eles serão creditados nas costas do árbitro e não nas dele caso tivesse ousado e escalado uma jovem promessa. Com esse pensamento São Paulo perdeu uma década e a arbitragem brasileira vai no mesmo caminho, ou seja, envelhecendo como a paulista onde todos os árbitros da elite estão próximos ou acima dos quarenta anos.

Em breve, pela lei da natureza e não tem como lutar contra, os ‘Marcelos, os Vuadens, os Jailsons’, que estão sendo sugados como laranja, encerrarão a carreira, substituirão o apito pelas bengalas e não teremos árbitros experientes para os jogos mais importantes, pois nossos jovens não são escalados por covardia e medo do Cel. em perder o emprego!

Leandro Vuaden, 43 anos, foi o árbitro da final da Série D - Crédito: César Greco

Obs. Antes que os patrulheiros de plantão venham criticar, quero deixar bem claro que não estou aqui criticando a escala dos 'veteranos' e sim por não serem dado oportunidades para novos árbitros. Também não estou questionando as qualidades do Vuaden, do Marcelo, ou até mesmo dizendo que os veteranos não possam apitar. Pelo contrario, os dois foram e ainda estão entre os melhores que vi atuar e tenho certeza que eles têm ainda muito que nos brindar com suas qualidades técnicas excepcionais dentro de campo. 

O que estou dizendo é que aos poucos tem que preparar os mais novos para quando chegar a hora deles, terém experiências necessárias para substituírem os veteranos com qualidade. Essa experiência eles só vão adquirir apitando jogos importantes e finais de divisões inferiores, mas isso lamentavelmente não é levado em consideração por covardia da maioria esmagadora dos dirigentes do apito!

Abaixo a escala completa da final da série C.

Nenhum comentário: