Quem escala no Safesp?
Com início das competições da OAB,
surgem dúvidas sobre as escalas e destino dos valores do
No último sabado, teve início os jogos da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil -, tradicional campeonato que há décadas é de responsabilidade do Sindicato dos árbitros de São Paulo e novamente podemos observar, através das redes sociais, vários árbitros atuando na competição. O que chama a atenção é que em algumas fotos aparecem nos trios "escalados", profissionais não associados e até mesmo supostamente sem qualificação profissional exigida para exercer a função. Isso tudo por conta da desorganização administrativa do Sindicato Paulista.
Mas como indaga o texto do post, quem escala no Safesp? Essa é a pergunta que não quer calar. O Blog foi atras e segundo alguns disseram as escalas seriam feitas pelo próprio presidente Aurélio Sant´Anna Martins, eventualmente com auxílio do seu tesoureiro Fabrício Porfírio. Mas a quem diga que alguns campeonatos e amistosos são escalados por parceiros pontuais como empresas de arbitragem e até árbitros federados e uma dessas competições seria a OAB. Dessa forma o Safesp receberia a taxa, repassaria um percentual ao responsável pela escala e esse fica incumbido de pagar os prestadores de serviços.
Segundo apurado pelo Blog, a escala da OAB vem sendo loteada entre as empresas presentes nas duas últimas assembleias do Safesp e parente da vice presidente da entidade. Além do cargo no sindicato, Regildenia Moura é funcionária da CBF – Confederação Brasileira de Futebol -.
O Blog conversou com um árbitro que atua a alguns anos na várzea tanto para empresas de arbitragem como para o SAFESP e nos jogos da OAB.
“Quem fazia as escalas na gestão anterior do Safesp era as duas Vivianes (Vivian e Viviane). Com a nova diretoria, como não tinham conhecimento e nem capacidade para escalar, o atual presidente terceirizou as escalas dividindo a cidade de São Paulo em regiões. No ano passado, na zona leste escalava Salin (Salin Fende - Árbitro FPF e CBF), zona oeste Dema (Demetrius Pinto Candaçan), zona norte Salin e Dema dividiam as escalas, zona sul era do Mauro Perdigão e ABC ficou com a Regildenia, que obviamente passou para o irmão dela (Eraldol Holanda)".
Segundo informações, a OAB efetua o pagamento de 550,00 reais por partida na categoria adulto para o Sindicato que repassaria em média 450,00 reais aos terceirizados. Não se sabe o destino dos cerca de 100,00 reais retidos por jogo.
Segundo o apurado, a terceirização está acarretando na escala de não associados do Safesp e de alguns árbitros que sequer possui formação na área e isso serve de alerta para a OAB fiscalizar a devida documentação legal dos árbitros tendo em vista que provavelmente conste a necessidade de qualificação dos profissionais no contrato.
O Blog procurou a organização do campeonato, mas pautada na lei de proteção de dados, informou não poder passar informações contratuais, me restando, como associado, aguardar a prestação de contas para analisar as respectivas notas fiscais e os devidos pagamentos.
Não sou contra buscar essas parcerias, mas tem que ser algo legal e documentado. Também entendo que os árbitros, assistentes e representantes escalados devem ser associados do Safesp e receberem suas taxas diretamente da conta da entidade.
Por questão de logística e por conhecer o perfil técnico e disciplinar dos profissionais a escala regionalizada é um bom caminho e as parcerias fortalecem a arbitragem, porém critérios e regulamentos devem ser cumpridos e mantidos.
Porque não escalar os associados nas competições gerando renda para eles e facilitando o pagamento dos atrasados e da anuidade 2023? Porque não fazer as escalas dessas competições diretamente pelo Sindicato? Está na hora do Sindicato reabrir de fato as portas e não adiante argumentar que está morto, porque não está mais, pois com a grana que entrou dos inadimplentes e das anuidades já pagas deste ano, já somam quase 15 mil reais nos cofres do Safesp.
Também, reforço para aproveitarmos o momento das Assembleias, e incluir nas discussões as prestações de contas dos anos anteriores e a transparência do atual processo, como por exemplo, relação dos inadimplentes que pagaram, relação das anuidades 2023 quitadas ou pagamentos parciais, ficha atualizada dos associados, comprovantes de pagamentos entre outros.
Enfim, botar a maquina para funcionar no geral e não só para criar condições favoráveis a um grupo cumprir com outros interesses que todos sabem qual é.
O Blog tentou contato com o presidente Aurélio Sant’Anna Martins, para que esclarecesse os assuntos aqui abordados, mas infelizmente o mesmo continua não falando com o Blog.
Mesmo assim, o espaço está aberto e este post será atualizado caso se pronuncie.
Nenhum comentário:
Postar um comentário