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sábado, 27 de setembro de 2025

A decadente arbitragem catarinense

Cantucho João Setubal e Kleber Lúcio Gil comandam a arbitragem catarinense - Crédito: FCF

A arbitragem catarinense, até pouco tempo atrás uma referência na formação e celeiro de novos árbitros, que revelou Ramon Abbati Abel, um dos melhores árbitros do país na atualidade, Gustavo Bauermann entre outros, vem caindo na decadência desde a morte precoce do saudoso Marco Martins.

Como já admitia Martins a pessoas próximas, seus subalternos não estavam preparados para assumirem o poder e buscava alguém que pudesse substitui-lo quando chegasse a hora de subir degraus na hierarquia da FCF. O que Martins não previu era que a reaproximação com o amigo Sandro Rodrigues e sua posterior efetivação como membro da CEAF, traria uma briga silenciosa e geraria guerra de vaidades e ciúmes entre membros da comissão pelo seu cargo

Nos bastidores, corre a informação que os atuais dirigentes lutam em silencio pelo poder sem que se saiba realmente quem manda de verdade, tendo em conta que a entidade tem duplo comando na arbitragem, onde o ex-FIFA Kleber Lucio Gil comanda o departamento de arbitragem e Cantucho Setubal a comissão de arbitragem.

Segundo apurado, Kleber Gil, que hierarquicamente comanda o setor, não estaria nada satisfeito com o chefe e os demais membros da comissão de arbitragem e vem a tempos prometendo mudanças, mas tomar decisão, principalmente política, nunca foi o forte do atual dirigente.

O Blog apurou que Kleber Gil elaborou um questionário online aos árbitros (abaixo) onde eles puderam avaliar, de forma anônima, o trabalho da comissão de arbitragem e pelo que se sabe, o retorno foi uma insatisfação geral com os árbitros malhando a comissão, inclusive o próprio Gil que para eles, seria moroso, lento e benevolente demais para a função.


Árbitros descontentes

Depois que foi criado os grupos FCF 1, 2 e 3 que define em cada competição que o árbitro pode atuar, muitos se viram alijados das escalas enquanto tem outros que são escalados seguidas vezes. Segundo os árbitros, a escala só muda o campo, pois os árbitros escalados são os mesmos de sempre o que causa grande indignação por que outros árbitros poderiam estar na escala por meritocracia e não por outros motivos.

O Blog conversou com alguns árbitros que, na condição de off, reclamaram da falta de critérios e da repetição de escalas para os mesmos árbitros – tem deles escalado em quatro jogos em seis dias -, enquanto a maioria passa mais de mês sem ser escalado, reclamaram de escalas feitas por amizade e citam árbitros que estariam sendo escalados por supostamente frequentarem baladas e shows com membros da comissão. Citaram também escala para árbitros do primeiro escalão nas divisões inferiores e até a escala de um FIFA na Copa Santa Catarina. Mas a principal reclamação é a suposta proteção para o filho de Sandro Rodrigues, membro da comissão de arbitragem e ex braço direito de Marco Martins.

O Blog apurou que João Vitor Minich Vitorio, filho de Sandro Rodrigues, formado na turma de 2024 tendo recebido diploma no Seminário da Arbitragem Catarinense deste ano, foi escalado para apitar a final do Sub-12 da Copa SC enquanto árbitros do cursos anteriores ao dele não tiveram a oportunidade sequer durante a competição, muito menos em uma final.

Sandro Rodrigues e Marco Martins (ao fundo) - Crédito: Marçal

O Blog não conseguiu contato com Kleber Gil e nem com membros da comissão de arbitragem catarinense para que falassem sobre as denuncias e caso isso ocorra, este post será atualizado.


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