A decadente arbitragem catarinense
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Cantucho João Setubal e Kleber Lúcio Gil comandam a arbitragem catarinense - Crédito: FCF |
A arbitragem catarinense,
até pouco tempo atrás uma referência na formação e celeiro de novos árbitros,
que revelou Ramon Abbati Abel, um dos melhores árbitros do país na atualidade, Gustavo
Bauermann entre outros, vem caindo na decadência desde a morte precoce do
saudoso Marco Martins.
Como já admitia Martins a pessoas próximas, seus subalternos não estavam preparados para assumirem o poder e buscava alguém que pudesse substitui-lo quando chegasse a hora de subir degraus na hierarquia da FCF. O que Martins não previu era que a reaproximação com o amigo Sandro Rodrigues e sua posterior efetivação como membro da CEAF, traria uma briga silenciosa e geraria guerra de vaidades e ciúmes entre membros da comissão pelo seu cargo.
Nos bastidores, corre a informação
que os atuais dirigentes lutam em silencio pelo poder sem que se saiba
realmente quem manda de verdade, tendo em conta que a entidade tem duplo
comando na arbitragem, onde o ex-FIFA Kleber Lucio Gil comanda o departamento
de arbitragem e Cantucho Setubal a comissão de arbitragem.
Segundo apurado, Kleber
Gil, que hierarquicamente comanda o setor, não estaria nada satisfeito com o
chefe e os demais membros da comissão de arbitragem e vem a tempos prometendo
mudanças, mas tomar decisão, principalmente política, nunca foi o forte do
atual dirigente.
O Blog apurou que Kleber Gil
elaborou um questionário online aos árbitros (abaixo) onde eles puderam avaliar, de
forma anônima, o trabalho da comissão de arbitragem e pelo que se sabe, o
retorno foi uma insatisfação geral com os árbitros malhando a comissão,
inclusive o próprio Gil que para eles, seria moroso, lento e benevolente demais
para a função.
Árbitros descontentes
Depois que foi criado os
grupos FCF 1, 2 e 3 que define em cada competição que o árbitro pode atuar,
muitos se viram alijados das escalas enquanto tem outros que são escalados seguidas vezes. Segundo os árbitros, a escala só muda o campo,
pois os árbitros escalados são os mesmos de sempre o que causa grande indignação
por que outros árbitros poderiam estar na escala por meritocracia e não por outros motivos.
O Blog conversou com
alguns árbitros que, na condição de off, reclamaram da falta de critérios e da repetição
de escalas para os mesmos árbitros – tem deles escalado em quatro jogos em seis
dias -, enquanto a maioria passa mais de mês sem ser escalado, reclamaram de
escalas feitas por amizade e citam árbitros que estariam sendo escalados por
supostamente frequentarem baladas e shows com membros da comissão. Citaram também
escala para árbitros do primeiro escalão nas divisões inferiores e até a escala
de um FIFA na Copa Santa Catarina. Mas a principal reclamação é a suposta proteção
para o filho de Sandro Rodrigues, membro da comissão de arbitragem e ex braço
direito de Marco Martins.
O Blog apurou que João
Vitor Minich Vitorio, filho de Sandro Rodrigues, formado na turma de 2024 tendo recebido diploma no Seminário da Arbitragem Catarinense deste ano, foi escalado para apitar a final do
Sub-12 da Copa SC enquanto árbitros do cursos anteriores ao dele não tiveram a
oportunidade sequer durante a competição, muito menos em uma final.
O Blog não conseguiu
contato com Kleber Gil e nem com membros da comissão de arbitragem catarinense para que
falassem sobre as denuncias e caso isso ocorra, este post será atualizado.
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