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sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Com Netto Góes chefiando GT da arbitragem da CBF, FAF anuncia fim da dívida com árbitros
Netto Góes em treinamentos da arbitragem - Crédito: Junior Souza / CBF

O resultado do "Grupo de Trabalho da Arbitragem" brasileira - GT da Arbitragem -, pode e muito provavelmente não dará em nada, mas tem um grupo de árbitros que já estão sendo beneficiados graças a iniciativa e finalmente vão receber as taxas de arbitragem em dia. Os árbitros em questão são os do AMAPA, estado onde Netto Goes é vice-presidente da Federação local, presidida pelo seu pai, o Deputado Roberto Goés.

Após muitos anos a FAF – Federação Amapaense de Futebol - anunciou (leia) o pagamento em dia das taxas de arbitragem, inclusive as atrasadas, para tirar a fama de mal pagadora da entidade e do vice Netto Góes que, segundo informações de bastidores, é quem realmente comanda a FAF devido aos compromissos do pai político.

Como vice presidente, Góes foi um dos responsáveis pelo não pagamento das taxas dos árbitros que atuam no futebol amapaense conforme estatuto do torcedor estipula.

Mesmo com esse histórico de desdém, má gestão e falta de comprometimento com os árbitros e por mais incrível que poça parecer, a CBF nomeou Raimundo Góes Netto como chefe do grupo de Trabalho que discute a profissionalização, formação e uso de tecnologia na arbitragem brasileira.

Netto Góes como vice-presidente em reunião na FAF - Crédito: Divulgação / FAF

Ou seja, a CBF demonstra total falta de compromisso com a categoria nomeando uma pessoa com esse currículo para chefiar os trabalhos. Como acreditar que o projeto é sério e dará frutos se, de forma imaginaria e hipoteticamente falando e pelo histórico, colocaram uma raposa para cuidar do galinheiro.

Talvez esse seja o motivo pelo qual, segundo bastidores, o dirigente do Amapá esteja sendo boicotado no grupo que lidera não recebendo todas informações necessárias. Além de liderar o grupo de trabalho, Netto Góes, foi indicado pela CBF e já tomou posse como membro do Comitê Permanente da FIFA de Responsabilidade Social do Futebol, com salário de 250 mil dólares anual e mandato até 2029.

Historicamente, a Federação Amapaense de Futebol enfrentou problemas de atrasos no pagamento de árbitros em temporadas passadas, como em 2015 e 2020. Vale frisar que o estado paga uma das piores taxas de arbitragem do país, cerca de 500,00 reais para o árbitro que, em muitas ocasiões, só recebiam a metade no ato e o restante muito tempo depois como já foi divulgado em várias matérias jornalísticas.

Netto Góes tomando posse na FIFA - Crédito: Instagram

Dando um google, é possível ver o farto noticiário sobre as dívidas da FAF com os árbitros. Em 2021, notícia publicada no Diário do Amapá, relatam que a FAF destina R$20 mil para pagamento da arbitragem amapaense.

“A Federação Amapaense de Futebol (FAF) iniciou nesta terça-feira (27) uma série de pagamentos destinados a 52 árbitros que compõem o quadro da instituição. Os valores são variados e referentes a jogos apitados nos anos de 2019 e 2020” – diz um trecho da reportagem (leia).

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