Desde Julho de 2009 quando Sérgio Corrêa foi orientado pelo presidente da CBF Ricardo Teixeira a não se pronunciar publicamente, venho tentando entrevistá-lo. Longe de mim achar que sou mais importante do que qualquer órgão gigantesco da imprensa e que por isso ele falaria comigo, mas como tenho um conhecimento pessoal com ele a pelo menos 17 anos inclusive tendo participado de jogos juntos quando éramos árbitros da Federação Paulista de Futebol, insistia na entrevista. O Brasil todo quer falar com o chefe dos árbitros do país, porque eu que mantenho um Blog simples seria diferente.
Porém a cada e-mails que eu enviava, ele sempre respondia educadamente que não falaria e quando falasse não privilegiaria uma única pessoa ou um único veiculo de comunicação e que até então só falaria para o site da CBF.
Ao deparar hoje com a entrevista dada ao jornalista Sílvio Barsetti do Estadão, reproduzida em todos os órgãos de imprensa do país, fiquei indignado e fui procurar uma explicação por ele ter agido diferentemente do que disse que faria anteriormente. Tentei vários contatos durante o dia de ontem, sem sucesso.
No final da tarde, recebi de uma fonte muito próxima a um dos integrantes da comissão de árbitros o seguinte e-mail: "Prezado senhor Marçal, leio o seu Blog e sou amigo pessoal de um integrante da comissão de árbitros da CBF, o mesmo relatou a mim que receberam vários e-mails do senhor tentando um contato com o presidente Sérgio Corrêa e que o mesmo não iria responder o seu contato por estar puto da vida com a imprensa e com a maneira sórdida e sorrateira de se fazer jornalismo a qualquer preço".
Fiquei curiosos e retornei o e-mail pedindo maiores explicações que para minha surpresa chegaram no final da noite de ontem.
No e-mail, o meu informante relata que Sérgio Corrêa no final do expediente na sede da CBF ficou aguardando em frente da entidade o táxi que havia solicitado para levá-lo até o hotel onde reside quando esta no Rio de Janeiro. Que era um final de dia com chuva fina, quando se aproximou um rapaz com bolsa de executivo na mão puxando conversa. Como ele, Sérgio Corrêa conversa normalmente com os taxistas e com os demais que ali ficam esperando um táxi, não se apercebeu que poderia se tratar de um jornalista.
No inicio da conversa o rapaz fazia perguntas tipo torcedor no intuito de desarmar o espírito do dirigente e ganhar a confiança, como aparentemente não estava com gravador e nem anotava o que ele falava, levou a conversa de forma informal para passar o tempo.
Como as perguntas ficaram mais objetivas, estranhou e indagou se ele era jornalista. O rapaz respondeu que sim e que era do Estadão. Neste momento caiu a ficha e percebeu o dirigente a forma sorrateira do jornalista em conseguir o que queria. Disse de imediato ao rapaz que não estava autorizado a dar entrevista, que não autorizava ele publicar o que fora dito de forma informal e que desmentiria tudo se fosse publicado. Para sua surpresa, no dia de hoje estava tudo estampado em praticamente todos os veículos de comunicação do país. Concluiu o meu informante.
A partir deste relato pude entender o porque que do presidente da Conaf não ter respondido o meu e-mail como sempre fez educadamente. Ele fora enganado, esta puto da vida com a imprensa e com razão. Ele foi testemunha viva de que “Jornalista não tem amigo. Jornalista tem informação” e o jovem jornalista não pensou duas vezes em usar de artifícios para conseguir o que ninguém conseguiu desde a lei da mordaça imposta por Ricardo Teixeira, que Sérgio Corrêa falasse.
Frase: "Nenhum homem merece uma confiança ilimitada - na melhor das hipóteses, a sua traição espera uma tentação suficiente”. (Henry Louis Mencken)
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