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terça-feira, 3 de julho de 2012

ANAF da exemplo e quita taxa de arbitragem atrasada desde 2010

Há exatamente dois anos atrás, mas precisamente no dia 31 de julho de 2010, jogaram Brasília/DF e Araguaína/TO pela 1ª fase da serie D do Campeonato Brasileiro daquele ano. O trio de arbitragem foi composto pelos paulistas Robério Pereira Pires, Dante Mesquita Junior e Giovani Cezar Canzian. O quarto árbitro foi Wales Martins de Souza e o assessor Jamir Carlos Garcez, ambos do Distrito Federal.

Os árbitros de São Paulo que gastaram com a viagem, hotel e refeição, literalmente pagaram para trabalhar, pois a equipe do Brasília, o responsável pelo borderô da partida não pagou a taxa da arbitragem, posteriormente encerrou as atividades e os árbitros ficaram a ver navio.

Fui informado por um integrante da arbitragem da partida do ocorrido e desde então tenho cobrado dos dirigentes uma solução para o caso. Um ano depois, a Anaf-Associação Nacional dos Árbitros entrou com representação no STJD requerendo a quitação da taxa, o tribunal deliberou a favor dos árbitros, multou o clube e doblou a multa no julgamento seguinte, mas como o clube encerrou as atividades, o prejuízo ficou até agora com os árbitros.

Até agora, eu disse! Mas como não concordei com o ocorrido, fiz vários contatos, publiquei varias matérias no Blog do Marçal e no Apitonacional cobrando uma solução da entidade ANAF, para mim, a única que poderia resolver esta questão, bastava vontade e coragem política para isso.

Na semana passada, entrei em contato com o tesoureiro da ANAF, Salmo Valentim, que gentilmente ficou de estudar o caso e apresentar uma solução posteriormente. Disse ao senhor Valentim que a entidade deveria quitar as taxas e repor no caixa da entidade quando conseguir receber do clube o valor que é de aproximadamente 10 mil reais somando os demais jogos.

Disse também ao senhor Valentim que o dinheiro que usaria para repassar aos árbitros, entrou no caixa da ANAF através dos árbitros e nada mais justo que ser usado com eles, que a entidade que deve ter um caixa razoável e conta com uma assessoria jurídica respeitável, tendo mais condições do que os árbitros de agüentar o prejuízo e brigar juridicamente para receber estas taxas não pagas. Fato que os demais árbitros do país não deve se opor, pois a qualquer momento qualquer um deles pode passar por esta situação, com o agravante que pelo menos dois desses árbitros que não receberam as taxas na partida de Brasília (Dante Mesquita Junior e Giovani Cezar Canzian), já não fazem mais parte da arbitragem.

Felizmente para os árbitros, após uma reunião entre o presidente Marco Martins e seu tesoureiro Salmo Valentim, ficou decidido que a ANAF pagará as taxas não recebidas, para isso, basta que os árbitros daquelas partidas de 2010, entrem em contato com a secretaria da ANAF, Érica Kraus que ela já esta autorizada a repassar os valores. Pode ser que não recebam tudo de uma única vez, mas as taxas não pagas serão quitadas integralmente com a ANAF cumprindo o seu compromisso de trabalhar pelo árbitro de futebol.


Durante todo esse tempo sem que recebessem suas taxas que é de direto, os árbitros mantiveram contatos com várias pessoas que devido ao cargo que cada uma ocupava e ocupa no momento, poderiam ter resolvido já ha bastante tempo essa situação, mas demonstrando que cada um só pensa em si, preferiram empurrar com a barriga para não se indispor com alguém. Entre eles, Sérgio Corrêa, o chefão do apito que lavou as mãos, Arthur Alves Junior do riquíssimo sindicato paulista, que gastou milhares de centenas de reais em uma reforma faraônica na sede e ignorou os pedidos de seus associados e até mesmo Claudio Freitas foi procurado e todos eles não mostraram qualquer interesse em resolver a questão.

Esse ignorante que voz escreve, usando de muita vontade, persistência e falando com as pessoas certas, conseguiu com que os árbitros finalmente venham a receber o que gastaram de volta e o que merecem por ter desempenhado o seu trabalho de forma honesta e digna.

Quero agradecer o presidente Marco Martins, o tesoureiro Salmo Valentim que se sensibilizaram com a causa e deram uma solução satisfatória para todos. Um grande dirigente para olhar para frente precisa concertar o passado primeiro. Não se constrói uma grande entidade só com dinheiro em caixa e sim com a satisfação de seus associados.

Contrariando o que muitos dizem que eu só quero ver o lado ruim da arbitragem, informo que esta não é a primeira vez que intercedo a favor de alguém da arbitragem. Para refrescar a memória de alguns, foi após insistentes cobranças minha (leia os posts mais antigos) que o então presidente da ANAF Jorge Paulo sorteou um automóvel zero kilômetros ganho por Elmo Resende Cunha que ultimamente deve estar com muita raiva de mim devido a umas criticas que fiz do o seu trabalho.

Foi também após muitas insistências que a ANAF conseguiu que o clube dos 13 fizesse o pagamento dos prêmios de assistentes do Campeonato Brasileiro de 2010.

Não estou cobrando nada e nem querendo reconhecimento, só estou falando disso agora para lembrar a todos que não sou bonzinho, é verdade! Mas também não sou esse monstro como alguns pensam.

Não persigo ninguém em especial, mas estou sempre atento a todos os assuntos. Se fatos relacionados à arbitragem ocorrerem seja ele bom, ou seja ele ruim, desagrade A ou desagrade B, estará estampado no Blog do Marçal ou no apitonacional.

Não tenho compromisso com ninguém, não dependo de escalas e não uso cabresto de dirigente como alguns. Nem tão pouco sou financiado por qualquer árbitro ou ex-árbitro para falar bem deste.

Frase: "As duas coisas mais importantes não aparecem no balanço de uma empresa: sua reputação e seus homens”. (Henry Ford)

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