Coronavírus
e a ‘vaquinha’ demagógica
Todo segmento da
arbitragem brasileira tomou conhecimento nos últimos dias da campanha para
doação e ajuda à ex-árbitra Léa Campos, de 75 anos, que passa por dificuldades
junto com o marido em Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde reside há 28 anos, por conta da pandemia do coronavírus. Léa fez um apelo em vídeo explicando a situação difícil pela qual vem passando e foi criado então no meio da arbitragem uma 'vaquinha' para doações.
A campanha que foi
encabeçada pela ex-assistente Ana Paula Oliveira e pelo ex-árbitro Leonardo
Gaciba, ambos presidentes das comissões de arbitragens da Federação Paulista de
Futebol (FPF) e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) respectivamente, arrecadou doações em torno dos 10 mil reais que foram depositados diretamente na conta bancaria disponibilizada pela ex-árbitra.
A lista das doações, a qual tive acesso com exclusividade, foi repassada para algumas pessoas como espécie de prestação de contas e vou divulgar alguns valores para contrapor o
discurso dos cabeças da campanha que foram exaltados em vídeo pela ex-árbitra.
Dois dos mais importantes dirigentes da arbitragem brasileira na atualidade deram seus depoimentos que foram amplamente divulgados nas mídias sociais dos árbitros e na imprensa para arrecadar mais recursos.
Segundo disse Ana
Paula na reportagem, ‘Léa é um marco para a arbitragem feminina no país’.
Mas essa admiração
explicita não foi o suficiente para a ex musa do apito se sensibilizar com o
bolso na hora de contribuir com a causa. Ana doou R$ 200,00 reais, cerca de 2.5%
do salário que recebe hoje na FPF e bem distante do que poderia doar levando em
consideração os cerca de 300 mil que teria arrecadado quando pousou pelada para
a Playboy graças a visibilidade que a arbitragem lhe deu.
Já o atual chefe da
Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, que define Léa como inspiração
e que se emociona quando escuta ela falar ‘meus colegas de arbitragem’, doou
também R$ 200 reais dos cerca de 25 mil mensais que recebe na CBF. Mas desse já
era esperado esse comportamento, pois todos tem o conhecimento que o moço de
Pelotas fala muito, adora um microfone, mas ação mesmo não tem nenhuma,
principalmente quando se trata de meter a mão no bolso.
Cerca de 90 pessoas
fizeram doações que na média ficaram entre 100 e 200 reais, sendo que a maior doação foi de R$ 300 e a menor de R$ 5
reais. Enquanto dois ex-presidentes da CA-CBF, com alto salario provenientes da arbitragem, doaram 100 reais cada, um ex-árbitro FIFA muito famoso que tira ótima remuneração na CBF, doou 60 reais e uma comentarista de arbitragem que por vez critica a postura dos dirigentes em relação aos árbitros doou 50 reais, bem menos do que gasta diariamente com cremes para esconder os buracos e as espinhas nos rosto antes de aparecer na telinha dos telespectadores.
Não entro no mérito dos valores doados por cada um, mas me causa espanto
a demagogia de ambos e o discurso politicamente correto que vai contra a pratica
como mostra os fatos.
Um comentário:
E vc, qto doou? Se alguém doasse 1 real, é com o intuito de ajudar. E vc poderia usar este espaço para colaborar TB, e não ficar criticando e expondo as pessoas.
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