Divididos entre duas entidades, árbitros
continuam apanhando calados
Na atualidade, existe duas entidades de classe que, pelo que tudo indica, resultara em uma briga nos bastidores e até mesmo na justiça para representar a arbitragem brasileira e especialmente para ter direito a indicação ao STJD e nesta condição, quem sabe fazer acordo cedendo o direito à CBF, sabe-se lá a que custo e a benefício de quem.
Criadas estatutariamente com o mesmo propósito, ou
seja, representar os árbitros do quadro nacional, tanto a ANAF – Associação Nacional
dos Árbitros de Futebol quanto a ABRAFUT – Associação Brasileira dos Árbitros
CBF – relegam e marginalizam os demais árbitros dos quadros das federações estaduais e outros milhares
de amadores espalhados pelo país que se sujeitam atuar sem quaisquer
garantias e direitos.
Prestes a completar 26
anos - fundada em 25 de outubro de 1997 – a ANAF, bem ou mal e abandonada pelos
árbitros que só pensam nas escalas e nas taxas, vinha fazendo o papel de
representar a categoria. Foi assim nas inúmeras visitas a Brasília para aprovar
a profissionalização da arbitragem, foi assim nas inúmeras visitas a CBF com
reivindicações, muitas delas atendidas como aumentos reais e aumento de 50%
para 60% da taxa do árbitro para o assistente entre outras conquistas que é do
conhecimento de todos, mas que posso relembrar nos comentários caso alguém
desconheça e queira saber.
Acompanho o trabalho
dessa entidade desde 2008, presencialmente desde 2011, e posso afirmar que todas as conquistas que a
categoria teve, foi sem qualquer apoio dos árbitros e para comprovar basta
olhar as fotos das visitas a Brasília, fotos dos congressos e assembleias que
será perceptível a ausência dos árbitros que reclamam dos dirigentes, mas na sua maioria não os apoiam, não contribuem em nada e nem tem sequer a curiosidade de saber a situação das finanças e da administração da entidade. Querem tudo, todos os direitos, todas as conquistas, mas não fazem nada e não contribuem com nada para que isso aconteça!
Recentemente foi criada a
ABRAFUT que tem como lema “criada para os árbitros não apanharem calados”, mas pelos episódios do
último domingo, onde o treinador Luiz Felipe Scolari, do Atlético Mineiro, disse que os árbitros “recebem ordem lá de dentro para perseguir o jogador
Hulk” e João Martins, auxiliar do técnico palmeirense Abel Ferreira que disse
que o “sistema não deixa os melhores ganharem no Brasil”, continuarão apanhando como sempre, pois o silencio imperou
nas entidades que representam ou deveriam representar a categoria.
Como todo mundo suspeita, a ABRAFUT foi criada sob ordens e benção da CBF, por prestadores de serviços e por essas condições, não vão atacar afiliados (Atlético e Palmeiras) do seu criador. A entidade novata, além de uma nota de repudio meia boca - a outra nem isso fez -, nada mais fara de verdade e pra valer nos tribunais desportivos e comum em defesa de quem ela diz representar.
Por sua vez, a moribunda e abandonada ANAF, que agoniza em seu tumulo esperando a última pá de cal, como tem feito ultimamente, continuará calada dormindo em berço esplêndido até o suspiro final.
A divisão na
representatividade, além de enfraquecer a categoria, vai aumentar ainda mais o
poder da CBF, que continuará indicando os representantes da arbitragem no STJD, seja qual for a entidade detentora do direito. Aliás, como historicamente sempre foi feito em acordos escusos por alguns dirigentes da
entidade, algumas vezes no calar da noite, outras dentre quatro paredes e sem
testemunhas. Acordos que nunca vieram a luz do dia com os detalhes incluindo a contra partida à
arbitragem por abrir mão de um direito contido na lei do desporto nacional. Nesses anos da existência da entidade, entra um, sai outro e nada muda. Quem entra se torna rapidamente uma engrenagem do 'sistema', esconde o passado ja pensando no futuro ou no seu futuro.
A arbitragem visivelmente está
dividida entre duas entidades na frágil e omissa representatividade, mas está
unida no fracasso da categoria de ontem, de hoje, de amanhã e de sempre por ser
formada por árbitros subservientes ao ‘sistema’, sem nenhum compromisso além
dos seus interesses pessoais, nas escalas, nas taxas e nas beneficies que a
função proporciona. Também está fadada ao fracasso por muitas das vezes,
depender de usurpadores sem visão de grupo e que como gafanhotos famintos usam
as entidades apenas como forma de atingirem seus objetivos pessoais.
Os culpados de tudo isso são somente os proprios árbitros. Então, como diz aquele famoso youtuber: "RECEBA!"
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